segunda-feira, outubro 08, 2012

A botija de ouro>Literatura afro/brasileira>+Atividades>08/10/12



O livro conta a história da amizade entre duas crianças no tempo da escravidão.
A amizade torna-se a força para que ambos, a partir de suas realidades sociais, lutassem contra a servidão.
AQUIAQUI Homenagem a Joel Rufino dos Santos
AQUI

EXPRESSÃO ORAL E LITERATURA

Escritores/as como Carolina de Jesus, Solano Trindade, Eliza Lucinda, Cuti, Esmeralda Ribeiro, Conceição Evaristo, Heloísa Pires, Geni Guimarães e tantos(as) outros(as) podem entrar em nossos saraus de poesia, juntamente com Cecília Meireles, Vinícius de Morais, Carlos Drumond de Andrade, Manoel Bandeira, entre tantos poetas e escritores brasileiros.
Nesse sentido é necessário estarmos atentos(as) para textos que podem reforçar o preconceito, sendo dúbios e, seu significado.
Vejamos a poesia abaixo:

As borboletas

Brancas, azuis, amarelas e pretas
Brincam na luz as belas borboletas
Borboletas brancas são alegres e francas
Borboletas azuis gostam de muita luz
As amarelinhas são tão bonitinhas
E as pretas então, oh que escuridão!
Vinícius de Morais

A associação da borboleta com a escuridão pode tanto remeter a algo ruim como pode ter um sentido de surpresa, de susto, como nas brincadeiras de "pute" (quando encobrimos o rosto para surpreender ou assustar uma criança pequena).
A partir dessa poesia tão conhecida de muitas crianças, podemos trabalhar com cores variadas, pintando borboletas de papel, destacando a beleza de todas as cores, inclusive da cor preta. Pode-se utilizar histórias nas quais a cor preta tem destaque positivo, como Menina Bonita do Laço de fita; o Menino Marrom; Biografia das cores. Criar histórias com as crianças e refazer poesias, como a de Vinícius de Morais, substituindo escuridão por outros adjetivos.
O texto de Pedro Bandeira "A Redação de Maria Cláudia" apresenta muito bem o contraste entre as cores:
A redação de Maria Cláudia

Os brancos são muito diferentes dos negros.
Mas depende do branco e depende do negro.
Na minha caixa de lápis de cor o branco não serve para nada.
Só o preto é que serve para desenhar. Por isso, os dois são muito diferentes.
Tem o giz e tem o carvão. Eles são iguais. Os dois servem para desenhar.
Com o giz, a gente desenha na lousa.
Com o carvão, a gente desenha um bigode na cara do Paulinho para a festa de São João. (...).
O papel é branco e é igualzinho ao papel preto chamado carbono que escreve em baixo tudo o que a gente escreve em cima.
A noite é preta, mas o dia não é branco. O dia é azul. Então o preto da noite é só da noite.
Não é igual nem é diferente de nada.
Nessa metodologia são trabalhadas as diferenças entre as cores utilizando diversos materiais como flores de cores diferentes, coelhinhos, pintinhos, por meio de colagens, desenhos, pinturas. De forma lúdica, as crianças vão construindo referenciais sobre a identidade étnico-racial sem preconceitos.
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