Nas lembranças que remetem às casas de vó, nos quintais avermelhados das casas com design nem tão moderno assim. Quantos momentos da infância seriam realmente memoráveis se não fossem pelas subidas travessas nos galhos das árvores, carregados de frutas, de folhas, de sonhos.
De todas essas árvores de frutas e de sonhos, uma em especial marca os quintais. Saudosas bolinhas pretas, coladas ao tronco liso. Aqueles pretumes doces, de casca cerosa, que brincando com os dentes só soltam um “ploc”.
A árvore, que pode chegar até 10 metros de altura e tronco manchado liso de até 40 cm de diâmetro, está coberta da frutinha mais apreciada dos sonhos e das saudades de cada geração.
Seus pequenos frutos de casca preta e polpa branca ligados à semente, podem ser consumidos diretamente do pé, ou ainda em geleia, suco, licor, aguardente, vinagre e até vinho.
Conhecendo a jabuticaba
Leitura informativa
A obra é baseada em pequenas histórias, tiradas do texto original de Monteiro Lobato.
Em As jabuticabas, a tarde corre tranquila ao pé da jabuticabeira até que Narizinho leva uma ferroada de vespa na língua – o inseto estava aninhado na frutinha que a menina acabara de morder. Depois de receber os cuidados de Tia Nastácia, Narizinho vai se entreter com as notícias trazidas por Emília, que recorre a sua peculiar desenvoltura para contar o que aconteceu com a vespa da jabuticaba. Ideal para quem quer ter o primeiro contato com o autor e a turma do Sítio do Picapau Amarelo.
Marismar Borém
A personagem principal, Luiza, é uma linda e esperta menina que tem "olhos de jabuticaba" e fica intrigada com os comentários das pessoas e suas associações com a fruta.
Mais AQUI Sobre a obra e autora
Ouvindo: AQUI
Mas que significado isso pode ter para uma menina que nasceu na cidade grande e nunca viu uma Jabuticaba na vida? Nem sabe o que é uma Jabuticaba!
Mais sobre a obra
Conhecendo jabuticaba e experimentando geleia de jabuticaba: AQUI
Lembram da menina bonita do laço de fita?
Vejam AQUI
( para destacar a jabuticabeira...)
Desdobramento
Uma história: Olho de jabuticaba
Em uma manhã de sol, um olho azul virou para um olho preto e disse:
- Por que você é tão escuro?
- Fácil, porque eu me pareço com uma jabuticaba, aquela fruta deliciosa.
- E você, por que é tão azulzinho?
- Ué... Eu não sei.
O olho azul passou vários dias pensando, pensando e pensando. E nada descobriu. Por que ele era azul e não preto, como aquela fruta docinha, que todos gostavam? Não existia nenhuma fruta azul, pelo menos que ele conhecesse.
Resolveu, então, descobrir e foi procurar o companheiro.
- Olho preto, preciso saber por que sou azul, você pode me ajudar?
- Claro, será um imenso prazer desvendar esse enigma, caro colega.
E lá foram eles.
Leram livros.
Conversaram com várias pessoas.
Falavam de herança genética, coisa de pai para filho. Eles nada entendiam.
Falavam que eram olhos muito comuns em países que eles nunca tinham ouvido falar, Suécia, Finlândia e Dinamarca. Eles nada entendiam.
Já sem esperanças de descobrir, saíram andando, tristonhos.
O olho de jabuticaba, a fruta deliciosa. E o olho azul.
Num piscar de olhos, o olho azul avistou uns meninos brincando na calçada.
Que alegria! Que brilho no olhar...
- Olho de jabuticaba, já sei! Descobri! E disse eufórico:
- Eu sou uma bolinha de gude!
Aula interdisciplinar,tema jabuticaba
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