quarta-feira, abril 01, 2020

Bem lá no alto>Hora da história>Hora de cantar>Onomatopeia>Acumulativa>Lengalenga>01/04/2020


Canta livro
Através destes 2 vídeos trouxe a dica...Em cima ela musicada e abaixo a prof.encanta e conta...
Susanne Straber

Neste livro, um urso avista um bolo. Ele parece muito apetitoso. Mas, puxa, está bem lá no alto... Como o urso vai conseguir pegá-lo?

Um livro para crianças bem pequenas em que se mostra o quanto é bom poder contar com a ajuda dos amigos e de acontecimentos inesperados.


Professora Alba Marília
Conta a história

Sobre a obra
A narrativa de Bem lá no Alto é tipicamente acumulativa, mas também repetitiva. O urso aparece, mas não consegue alcançar o bolo. Então surge o porquinho, mas o bolo continua bem lá no alto e eles não alcançam. Chega o cachorro, mas ainda não dá. Vem o coelho, depois a galinha. Por último chega o sapo. O bolo continua bem lá no alto e a turma toda, bem lá embaixo. A cada página, esta estrutura permite à criança se antecipar ao que está por vir. Isso a faz reter mais facilmente a história, assumindo seu papel de leitora. E foi exatamente isso que aconteceu por aqui.
Quando líamos, Eduardo observava as ilustrações e muitas vezes lembrava dos bichos da história, sempre demonstrando grande interesse pela parte em que chegava a criança. Talvez porque lembrasse, da primeira leitura que fizemos, que era ela quem daria o bolo aos animais.
As várias onomatopeias do texto como VUPT, OPA, UPA, FLAP, PÓIM, ZAPT e PLAM, costumam agradar os pequenos, assim como o som dos animais. Eduardo gosta muito quando imitamos os animais, principalmente os mais diferentes, (um “pocotó” relinchando é o preferido dele!). Ao ler Bem lá no Alto, imitei pra ele quase todos os personagens que queriam o bolo: porco (óinc óinc), galinha (cocóó, cocóó) e sapo (croac croac). Ele sempre fica surpreso ao nos ver fazendo isso. Histórias com animais são muito apreciadas por crianças pequenas e com ele não é diferente.
Com fonte em caixa alta, a narrativa possui ações recorrentes e destaca e expressões que se repetem. Isso favorece principalmente a que a criança participe, pois memoriza mais facilmente o enredo. Depois das primeiras leituras, Eduardo passou a completar as frases que aparecem a cada vez que um novo ajudante surge na história e que localizam o bolo (“bem lá alto”) e os animais (“bem lá embaixo”) sempre falando a palavra bem de forma esticadinha e pausadamente (beeemmmm).
Na primeira vez que lemos, ao chegar na parte em que a janela se fechava, a expressão dele foi de desapontamento, de frustração. Não costumo ler os livros que recebemos da Taba antes de ler com ele, tampouco examino o mapa de exploração (Vejo, claro! Mas sempre depois). Como abrimos o pacote juntos, Eduardo quase sempre quer fazer a primeira leitura já neste momento. Gosto de ser surpreendida pela história junto com ele. Penso que mesmo que eu leia anteriormente, teremos sempre a oportunidade de fazer uma nova leitura a cada vez que tomarmos o livro nas mãos. É também uma forma de verificar como será a minha mediação com aquela obra, do quanto estou atenta para perceber os detalhes….
Quando chegamos nesta parte da janela se fechar, ao ver o desapontamento dele e, embora pudesse imaginar o final da história, ressaltei o fato do passarinho ter conseguido pegar a cereja do bolo. Ele pareceu mais conformado, ao menos o passarinho comeria um pedacinho….. Nesse momento, retomamos as páginas anteriores e vimos juntos que aquele sapeca passarinho, na rede elétrica, vinha se aproximando e que, assim como os bichinhos que estavam na calçada, também desejava aquele apetitoso bolo. Naquele ponto, pelo menos o passarinho tinha ficado feliz….
Surpresa então quando, na página seguinte, a criança aparece na porta com o bolo nas mãos! Os animais todos em pé, enfileirados um atrás do outro, esperando pelo bolo tão desejado. Observamos como os animais estendiam as patinhas (sapo e coelho) ou asinhas (galinha) para receber o bolo da criança. Nas vezes seguintes em que lemos o livro, com ele sentado no meu colo, o vi imitando os animais, fazendo o mesmo gesto com as mãozinhas estendidas….
Foi engraçado notar como Eduardo foi observando mais atentamente as ilustrações em outras vezes que lemos “o livro do urso”, como passou a chamá-lo. Aproveitei para mostrar a ele alguns detalhes: como cada animal que chegava observava o bolo lá em cima, como os animais mudavam de posição na escadinha para tentar alcançar o bolo, o tamanho (cada vez menor) de cada bichinho que chegava e o quanto o urso foi ficando cansado com o passar do tempo.
Também nas primeiras vezes em que lemos, senti falta de uma ou duas páginas a mais no final da história, que evidenciassem a partilha do bolo entre os personagens. Depois, julguei que não era necessário, que o encerramento dado pelo autor foi inteligente o suficiente para fazer os pequenos leitores entenderem que o bolo tão desejado seria sim compartilhado – ainda que a criança acessasse o livro sozinha, sem um adulto mediador. As ilustrações inclusive mostram isso sem o recurso do texto. Continua:  AQUI
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2 comentários:

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