Sonia Rosa
Esta é uma história de amor e encantamento, uma adaptação do clássico infantil A Bela Adormecida. Contudo, este reconto tem suas singularidades: destaca o carnaval, a tradição das escolas do subúrbio nos desfiles e a festa nos barracões do samba. Dá vivas a passistas e percussionistas, mestres-salas e porta-bandeiras. Celebra a beleza, a alegria, a emoção, a ancestralidade, o amor, a criatividade, o encontro e a união.
Abram alas, minha gente! A Bela Adormecida do Samba pede passagem!
Quantas versões de Bela Adormecida você conhece?
A história da princesa que fura o dedo e cai em sono profundo conta com registros antigos, como o do francês Charles Perrault, no século XVII, e dos irmãos alemães Jacob e Wilhelm Grimm, no século XIX (isso sem contar os registros anteriores com requintes de crueldade e erotismo).
Seja qual for a versão que você conheça, a narrativa atravessou séculos e faz parte (ainda hoje) do repertório de muitos leitores/ouvintes.
Cada qual promovendo um ajuste aqui, outro ali, mais um acolá, até chegar à adaptação de Sonia Rosa, ‘A Bela Adormecida do Samba’, publicada neste ano mesmo (2021) pela Mazza Edições, com ilustrações de Luciana Grether.
A versão de Rosa insere elementos afro-brasileiros que conferem à história uma ambientação bastante peculiar, mas mantém o enredo das versões europeias.
A protagonista é Bela, “a mais jovem e graciosa passista que o Rio de Janeiro já conhecera”, filha de mestre-sala e porta-bandeira de uma importante escola de samba carioca.
Como de praxe, assim que a menina nasce, é alertada por uma entidade mística (o adivinho Ifá) sobre a possibilidade de espetar o dedo (sempre ele). E assim acontece, exatamente quando ela se preparava para seu primeiro desfile:
“No afã de vestir rapidamente a sua fantasia, o zíper emperrou… Com força e determinação, ela foi puxando dali e daqui, até conseguir fechar sua fantasia, mas acabou se ferindo no dedo.
O sangue vermelho jorrou forte. Forte demais para tão pequeno machucado… Uma vertigem repentina e um grito ecoou no barracão… Bela caiu ao chão… adormecida.”
As inovações não param por aí.
Ao invés de um castelo coberto por rosas e espinhos, a Bela negra adormece no barracão da escola de samba, que fica “encoberto por árvores diversas; tamarineira, cajueiros, goiabeiras, mangueiras e até um baobá” e assim começam boatos sobre um “barracão adormecido com uma jovem de beleza rara…”
Enquanto o barracão e a Bela dormem, ficamos aqui apreciando a leveza desse conto de fadas… Afinal, em meio a tantos problemas, quem nunca desejou cair no sono profundo e só acordar quando tudo estivesse resolvido? Fonte
Ouvindo a história: AQUI
Atividades sugeridas/PDF: AQUI Página 56;
Página 20: Almanaque alfabetizador antirracista
Sugestões e reflexões de intervenções didáticas
A Bela desadormecida: AQUI
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