segunda-feira, março 25, 2024

A escada>Atividade lúdica>Onomatopeias>Noções espaciais>Profissões>Hora da história> 25/03/2024

 

Beatriz Montero/Guridi
Esta ação é repetida, com o mesmo resultado infrutífero, pelo sapateiro, pelo jardineiro e pelo padeiro. 
Desta forma, sobre a carta depositada à porta do quarto andar acabam por se acumular um par de sapatos, um ramo de flores e um pão, até que entra em cena uma menina decidida e espevitada. 
Tal como as restantes personagens, a pequena sobe pela já conhecida – para o leitor – escada até ao também referido quarto andar. 
Uma vez ali, a história dá uma reviravolta inesperada, graças à espontaneidade e esperteza da menina que resolve com graça e prontidão toda a trama da história. 
A escada é uma história original de Beatriz Montero, que recria a aquisição da linguagem nas crianças de tenra idade. 
Cada degrau é uma pequena conquista da sua mente.
O carteiro, o sapateiro, o jardineiro e o padeiro sobem a escada e vão deixando os nomes das suas profissões e alguns objetos à porta. 
Deste modo, aprendem pouco a pouco novas palavras e conceitos. «Não entendem todas as palavras que ouvem, mas a repetição ajuda-as a gravá-las na sua memória», destaca a escritora. 
Com esta história, Beatriz Montero pretende estimular as capacidades intelectuais dos mais pequenos. Para tal, tem uma estrutura simples e repetitiva que facilita a memorização e o jogo de interação com as crianças. «Subir e descer a escada imprime um movimento divertido ao conto, por onde passam personagens com diferentes profissões.» 
Cada profissão é um degrau necessário na vida quotidiana, e todos são igualmente importantes. 
O padeiro faz o pão que comemos, o sapateiro conserta os sapatos com que caminhamos, o jardineiro trata das plantas e das árvores, o carteiro distribui as cartas e põe-nos em contato com os que vivem longe. 
E como são todos igualmente importantes, todos fazem a mesma coisa na história: sobem, tocam à campainha, deixam lá um objeto, e descem a escada. «Conhecer as diferentes profissões contribui para o desenvolvimento social da criança num mundo que ela está a descobrir», refere Beatriz Montero. 
O jogo de onomatopeias (Trrim! Trrim!), reforçado pela ilustração, dá um tom lúdico à narração e marca um ritmo que – no caso de ela ser contada – permite a participação dos que a estão a ouvir. 
A esse respeito, Beatriz Montero indica que as crianças mais pequenas precisam que as marcas da história sejam reiterativas e evidentes para as poderem recordar, memorizar e repetir. 
«As crianças gostam de aprender de forma lúdica e afetiva», declara ela. Para além disso, destaca que A escada as ajuda a interiorizar conceitos espaciais como: «em cima e em baixo» ou «dentro e fora» (a porta fechada que, por fim, se abre). 
Esta história mostra também uma menina autônoma que, por si própria, toma as decisões de subir a escada, apanhar as coisas que estão no chão, pôr as flores no cabelo, calçar os sapatos e comer o pão. «A independência proporciona confiança e autoestima. 
Por isso, a menina grita Abre a porta!, porque tem a certeza de que o seu avô lhe vai abrir a porta”, esclarece Beatriz Montero, que visa com este final destacar a importância dos laços afetivos entre a menina e o avô: «esse amor que abre todas as portas». 
A rapidez no avanço das ações faz com que seja mais fácil seguir o enredo. Para além disso, a forma como a história está construída leva a despertar a curiosidade e a alimentar o interesse por conhecer o desenlace. 
O conto é perfeitamente compreensível através das ilustrações. Basta seguir as peripécias das personagens divertidas e com estilo próprio a quem Raúl Nieto Guridi dá vida com «poucos adereços» e jogando simplesmente com o «lápis» e com certas «texturas». 
O ilustrador andaluz concebeu a narração visual como «um jogo» com uma entrada em cena «divertida». Nele participam: «uma escada, umas personagens que sobem e descem, e uma menina que encerra a trama com ternura (e uma certa esperteza)». A escada é representada nas ilustrações como «um elemento solto e cambiante», ao qual Raúl Nieto concede a mesma importância das personagens «e estas têm a sua própria peculiaridade em função da sua profissão». 
Assim, todas estão caraterizadas de forma que, sem necessidade do texto, o leitor possa reconhecer a sua profissão. Além disso, o relato visual desenrola-se como se as personagens fossem elementos de uma intriga: «um conjunto de personagens de teatro para representar uma obra cômica com um final feliz e divertido» Fonte

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