terça-feira, outubro 23, 2012

Bruxa Zelda>Aula instrucional> Estímulos literários>23/10/12

Conhecer e trabalhar com gênero receita
Conhecer e aprender a escrever receitas culinárias.
Duração das atividades
Aproximadamente 5 aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Estratégias para compreensão do funcionamento da escrita alfabética.
Estratégias e recursos da aula
Ao desenvolver essa seqüência didática o aluno poderá conhecer e trabalhar o gênero textual receita culinária, além de consolidar experiências de interpretação e produção de texto.
Para orientar a temática vamos trabalhar com comidas típicas das festas juninas, mas antes é preciso retomar com grupo o sentido das festividades realizadas nesta época.
DICA
Professor(a) caso o contexto não seja festa junina, você poderá adequar a temática.
Poderá, por exemplo, trabalhar a partir dos contos de fadas, articulando à criação de receitas inventadas por personagens como as bruxas ou fadas.
Pode-se então, construir um livro de bruxarias, de modo que neste produzam, entre outros, a receita da maçã envenenada da branca de neve etc.
Esta abordagem é importante, pois vamos ampliar as experiências e contatos com diversos textos, isto é, o fato de trabalhar o gênero receita, não implica restringir-se a textos deste gênero.
No caso de optar alternativa acima conheça:
■O manual prático de bruxaria Autor
Malcolm Brid (traduzido e adaptado Heloísa Pietro)
Editora: Ática
■A Bruxa Zelda e os oitenta docinhos
Autora: Eva Furnari
Editora: Ática
■A bruxa ataca de panela
Autora: Sônia Junqueira
Editora: Formato
A Bruxa Ataca de Panela - 4ª Ed. 2010 - Conforme a Nova Ortografia



Uma bruxa muito louca quer devorar alguns meninos da redondeza.
Mas acontece que seu feitiço vira contra o feiticeiro, e a história acaba em uma tremenda confusão!
Professor(a), no caso de trabalhar com livros e outros materiais complementares, é sempre importante que os explore, retomando ou mesmo introduzindo novos aspectos textuais que compõem o gênero, tais como: título, editora, ilustração, partes em que se divide etc.
Ainda pensando na mediação da temática, sugerida como alternativa poderá trabalhar com filme Castelo Rá-tim-bum, que aborda, entre outras aventuras, os desafios de um bruxo mirim que precisa escrever seu livro de receitas/magias.
Ainda como alternativa temática para abordar o gênero receitas, você poderá articular esta produção a conhecimentos trabalhados na disciplina de ciências, montando receitas que trabalhem e apresentem as propriedades vitamínicas dos ingredientes.
Sugiro neste caso, trabalhar com frutas, chás, entre outros.
Em práticas assim, é sempre interessante pesquisar e conhecer alimentos típicos de sua região e/ ou que fazem parte do cotidiano das crianças.
No caso desta abordagem o grupo poderá pesquisar tais propriedades utilizando variados recursos de pesquisa como internet, livros, jornais, bem como utilizar-se da sabedoria popular.
I – Tema abordado: Festa Junina
História da Festa Junina e tradições
Apesar de hoje serem festas católicas, as comemorações juninas antecedem o nascimento de Cristo. Em certa época e durante muito tempo os católicos passaram a associar esta celebração ao aniversário de São João, no dia 24 de junho, mais tarde, os festejos incluíram os dias de Santo Antônio (dia 13) e São Pedro (dia 29).
Ao longo dos anos, cada região do Brasil comemora de um jeito diferente.
O que importa é o ingrediente principal: a alegria.
Hoje, as festas juninas são entendidas como uma oportunidade para juntar os amigos e a família e se divertir!
A decoração é feita com bandeirinhas coloridas, confeccionadas com folhas de papel de seda ou cartolina de diversas cores ou, até as mais originais são as bandeirinhas de jornal ou folhas de revistas coloridas.
Quando há espaço usam papel laminado nas cores vermelha e amarela para fingir uma fogueira, amassando o papel de forma a imitar as labaredas.
As folhas amarelas ficam na parte de dentro, para imitar a chama mais forte do fogo.
Junta-se uns gravetos de madeira para colocar em volta e montar a fogueira.
 Para entrar no clima da festança os participantes da festa se vestem a caráter.
Os homens costumam usar camisa xadrez, calça jeans com retalhos coloridos como se fossem remendos das calças, lenço no pescoço, chapéu de palha, bota e um bigode caprichado desenhado com lápis de pintar os olhos.
Já as mulheres usam vestidos de estampas florais com babados e rendas, cabelo dividido em duas tranças e amarrado com fita, chapéu de palha, meia calça colorida, sapato, batom de cor viva e sardas desenhadas na bochecha com lápis de pintar os olhos.
A musica típica das festas juninas é um pouco parecida ao forró, e toca todo tempo, embalando o bate papo dos amigos. São tocadas quase sempre as mesmas, como Pula a Fogueira, Cai Cai Balão, Capelinha de Melão, Pedro, Antonio e João etc.
Há ainda várias brincadeiras como a quadrilha em que geralmente é tocada a musica Festa na Roça.
A maior atração está na confusão, quanto maior mais divertida se torna a brincadeira.
Outras brincadeiras comuns são a pescaria, corrida de saco, o ovo cozido na colher, pular a fogueira de mentirinha do papel laminado, a corrida dos três pés, para as crianças.
Para os mais jovens, o correio elegante, e até um bingo, que é apreciado até pelas pessoas mais idosas.
As comidas normalmente são o Arroz-doce, canjica, cocadinhas, bolo de fubá, docinhos de amendoim, cuscuz, milho cozido, pinhão, bolinhos de polvilho, suspirinhos, etc.
As bebidas mais famosas destas festas são Quentão e Vinho Quente, apreciados por homens e mulheres.
Texto retirado do endereço
Professor(a) a atividade a seguir orienta a interpretação das informações contidas no texto.
Ela desenvolverá, principalmente, a capacidade de localizar as informações de um texto lido. Sugerimos ampliar na oralidade a exploração quanto à origem e as características das festividades desta época: quanto à decoração, as comidas, brincadeiras, vestes, músicas, entre outros.
É importante que os alunos compreendam as especificidades das festas juninas e como elas apresentam manifestações diferentes em cada região do nosso país.
DICA
Organize a sala em grupos, de modo que cada grupo ficará responsável por socializar, nos murais da escola, as informações e curiosidades das festas juninas em cada região do nosso país.
1 – Leia junto com o(a) professor(a) o texto.
Em seguida faça uma leitura silenciosa e sublinhe no texto as palavras que você não conhece.
Professor(a) durante a correção da atividade 1 converse com o grupo sobre o significado e sentidos das palavras grifadas.
Possibilite a participação de todos, de modo que os próprios colegas ajudem na compreensão das expressões marcadas.
Aproveite para orientar que muitas vezes o sentido global da frase pode nos ajudar a compreender um termo que não conhecemos.
Explore também o uso do dicionário para estas situações.
Poderá inclusive, organizar uma pesquisa em duplas, no dicionário.
2 – Quais são os santos católicos comemorados no período das festas juninas?
3 – O texto diz que cada região do nosso país comemora a festa junina de um jeito.
Mas um “ingrediente” é comum em todas as festas.
Qual é este ingrediente que não pode faltar?
4 – Como são decoradas as festas juninas?
5 – Quais são as brincadeiras típicas destas festas? Conte-nos qual delas você mais gosta.
6 – Verifique no texto e registre quais são as comidas mais encontradas nesta festividade.
7- Entre as guloseimas das festas juninas qual delas não pode faltar para você?
II – Observando e caracterizando o gênero receita.
Envie um bilhete à família solicitando que envie livros, revistas, cadernos, jornais, embalagens, e outros materiais que tenham receitas.
Exponha todo material recebido de modo que todos possam observar atentamente e dialogar sobre questões como:
A) Todos foram convidados a trazer uma receita, então vamos observar em que tipo de material (suporte) encontramos receitas culinárias?
B) Quando a receita vem acompanhada da imagem/foto do alimento faz alguma diferença para o leitor?
C) Porque vocês acham que muitos produtos alimentícios possuem receitas em sua embalagem?
D) Este tipo de texto conta uma história? Então, o que ele “diz”?
E) Como ele é organizado? Em quantas partes está dividido? Quais são essas partes? Por que esse texto é dividido nessas partes?
F) Na escrita deste texto sempre deve haver três partes importantes. Quais são essas partes e porque não podem faltar?
G) Além do título, ingredientes e modo de preparo, há outros dois itens que podem contribuir muito para o leitor que irá preparar uma receita.
Professor(a) oriente, para que discutam a importância (não a obrigatoriedade), de constar na receita o tempo médio de preparo e o número de porções.
É importante que os alunos compreendam que se trata de um texto que pode ser encontrado em diversos portadores/ materiais tais como o jornal, embalagens de produtos alimentícios, livros, entre outros.
Além disso, é bom que observem que nos livros e embalagens é comum encontrarmos uma foto do alimento preparado. Esta imagem é sempre atraente e apetitosa, de modo que incita o interesse do leitor em fazer a receita.
É interessante que percebam que quando um produto traz em sua embalagem uma receita a mesma está indicando a necessidade de que aquele ingrediente deva ser utilizado.
Isso pode ser explorado a partir de uma pergunta do tipo: por que será que há uma receita na embalagem desse produto?
Os escritores de uma receita devem considerar também que é um texto que se organiza, no mínimo, em três partes essenciais.
São elas: título (nome da receita), ingredientes e modo de fazer ou preparo.
O título é algo extremamente importante, pois revela aquilo que será preparado.
Já os ingredientes, devem ser organizados em lista, e por fim o modo de preparar que deve ser um texto explicativo.
Aqui é bom destacar que ser trata de um texto que nos oferece orientações/ instruções a respeito do modo como devemos proceder para realizar algo.
Trata-se de um texto instrucional e não de uma história, legenda ou outro.
Se desejar, aproveite para comparar com outro gênero trabalhado recentemente.
Esse procedimento de comparação deixará os alunos atentos para as diferenças entre os aspectos textuais que compõem cada gênero.
III – Sistematizando informações








Dica
Professor(a) antes que os alunos iniciem as atividades oriente uma conversa para que expressem quais são as funções da receita culinária, aborde: onde a buscamos, para quê, em que suportes estão mais presentes etc.
A fim de registrar esta abordagem, produza um cartaz que contenha estas informações e fixe-o no mural da sala.
A) Qual é o alimento que esta receita nos ensina fazer? Como identificamos no texto, esta informação?
B) Quantos e quais são os ingredientes que vamos precisar para o preparo dessa receita?
C) Depois de separados os ingredientes qual é a primeira coisa a ser feita no preparo?
D) Quando devemos cortar os doces?
E) Esta receita poderia ser feita por uma criança? Por quê?
F) Crie uma receita e anote no caderno. Lembre-se de todos os itens necessários, na organização deste texto.
Dica:
Professor(a) a atividade F pode ser orientada como uma expressão livre da criança quanto ao “tipo” de receita, ou, se desejar, oriente para que a produção apresente uma receita de um bolo de aniversário.
Acreditamos ser importante oferecer elementos para os escritores mirins quanto ao possível uso do texto que será escrito.
Esta atividade deve servir para sistematizar as informações já aprendidas sobre a prática social deste gênero.
 Assim, sugerimos a observação do título da receita, que neste caso elucida que o que será feito é um doce (pé de moleque).
Poderão observar ainda que quando vamos preparar uma receita devemos ler e então depois conferir e separar os ingredientes.
É essencial que os alunos apreendam que o preparo de uma receita não se resume ao ato de misturar os ingredientes.
Portanto, a organização textual e a explicação dada no modo de preparo, descritiva “passo a passo” é essencial para a composição adequada desse gênero.
IV Construindo um livro de receitas culinárias
Pesquise receitas típicas das festas juninas da sua região.
Selecione no mínimo quatro para serem preparadas e degustadas pelas crianças.
Após o preparo deve-se registrar por meio de um ditado a receita trabalhada.
Em seguida, o grupo deve provar o alimento.
Na escolha da receita, tente priorizar as que não precisam ir ao fogo.
Organize de modo que o grupo todo possa participar de todo o preparo e organização do ambiente.
 Você encontrará uma lista receitas típicas de festa junina.
Se possível, escolha uma das receitas trabalhadas para oferecer às turmas da escola ou às famílias, como um gesto de gentileza.
Prepare uma embalagem, tipo de presente e junto desta, oferte cópia da receita a ser registrada pelas crianças.
V Exposição do trabalho
Professor(a) retome com seu grupo os diversos gêneros textuais já trabalhados, e pesquisem em jornais, sites e outros materiais com a temática junina.
 Verifique a seguir algumas fotografias, de um mural trabalhado, com uma turma de Primeiro ano do I Ciclo.
Os gêneros expostos neste mural foram: música, receita, panfleto, convite, bilhete, reportagem, parlenda, notícia, poema.
Para cada uma destes textos, foram preparadas atividades que avaliaram os saberes trabalhados sobre cada um destes gêneros.






Recursos Complementares
Verifique no site
 o texto “FESTAS JUNINAS: CULTURA, RELIGIOSIDADE E TRADIÇÃO”, como fonte de estudo complementar.
Aqui no portal verifique: Transpondo uma História em Quadrinhos para o gênero receitas culinárias
Avaliação
As atividades propostas devem desenvolver nos alunos a compreensão da função e dos usos da receita culinária, bem como a estrutura e a forma de apresentação desse gênero.
Para verificação você poderá:
Apresentar uma receita e solicitar que os alunos circulem ou sublinhem de lápis de cor laranja o título, de azul os ingredientes e de amarelo o modo de preparo.
Montar uma lista de comidas típicas da festa junina.
Em seguida os alunos deverão “criar” a receita de uma delas.
Oralmente peça que o grupo aponte três veículos/ suportes nos quais circulam receitas culinárias.
Projeto autobiografaia/a Furnari








A Bruxa Zelda e os 80 Docinhos? de Eva Furnari conta a história do professor Boris, um cientista maluco que cria muitos experimentos nem sempre dão muito certo.
Um dia o professor Boris recebe uma carta de seu primo falando sobre a descoberta de um antigo livro de alquimia do seu avô e que nele havia uma fórmula para ?
O elixir da Juventude?
Mas o mesmo encontrava-se codificado e esperava que o professor conseguisse decifrar o código. Graças a uma foto antiga de seus avô, Boris consegue depois de muito trabalho decodificar a receita e a notícia chega aos ouvidos da malvada bruxa Zelda que tenta se apoderar da receita. Graças a uma pequena confusão feita por seu assistente Nicolino, Zelda acaba se apoderando do caderno de receitas de doces da tia de Nicolino. Após comer muitos doces Zelda acaba adoecendo e tem que ser cuidada por sua prima Zilda.
Preocupado em recuperar sua receita pressupõe que o mesmo esta com Zelda (pois ele acha que Zilda, mais jovem, é Zelda depois do elixir). Para isso o professor e seu assistente se disfarçam de vendedoras de cosméticos e visitam Zilda.
Lá, porém descobrem que Zelda está com o livro de receitas e que a receita do elixir deveria estar com a tia Ambrósia.
Visitando tia Ambrósia finalmente recuperam a receita original, mas Nicolino serviu-se de um novo refresco que a tia acabara de fazer e na verdade tomou o elixir da juventude.








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