terça-feira, outubro 30, 2012

História engatada 2> Meiguice>Gatos de papel> Estímulos felinos> 30/10/12


História engatada
Sylvia Orthof
Eva Furnari

Quando é que um mais um é igual a três?
Um gato listrado, uma gata listrada casando de noite, 'como casam os gatos'... e mais uma vez, um gato xadrez.
História engatada
Livro

Ficha de leitura
Literatura Infantil e reescrita:
uma história sobre gatos




História de um gato de papel que consegue sair do papel e passa por várias aventuras no mundo real.

Um gato desenhado pode saltar para a rua,
ser atropelado e passar por mil aventuras?
Talvez... Mas... mesmo um gato de papel
precisa de carinho e de amizade

Atividades
AQUI
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Meiguice
Adelina Lopes Vieira


Deram à linda Clarisse uma gatinha mimosa, tão branca, tão carinhosa, tão engraçada, tão mansa que a encantadora criança por nome lhe pôs — Meiguice.
Tinha bom leite ao almoço e biscoitos e bolinhos; dormia em sedas e armarinhos, e ronronava fagueira quando sentia a coleira de fita azul, no pescoço.
Clarisse amava deveras a bichinha cor de neve e a gata, nervosa e leve, adorava a pequenita; e tinham graça infinita, estas amigas sinceras!
Veio Raul, o mais louro e traquinas dos rapazes, forte e audaz entre os audazes, fanfarrão e desordeiro; correu a casa ligeiro indo encontrar o tesouro, a doce e branca Meiguice, deitada comodamente na cama fofinha e quente da prima, e gritou: — Que vejo? um bicho tão malfazejo, sobre o leito de Clarisse!
E zás, suspendeu a gata pela coleira de fita, atirou a pobrezita, ao jardim e, satisfeito, à priminha o heróico feito foi contar como bravata.
Debatia-se Meiguice, no lago, fria, transida, a morrer. O gaticida sentiu remorso pungente ao ver o pranto tremente no olhar azul de Clarisse.
E... correndo, denodado, deitou-se ao lago profundo, (dois palmos d'água); do fundo tirou Meiguice, e ofegante disse em tom dilacerante: — Salvei-a!
— Estou perdoado?
Livro:
http://www.behance.net/gallery/Meiguice/1480655





Poesia

Deram à linda Clarisse
uma gatinha mimosa,
tão branca, tão carinhosa,
tão engraçada, tão mansa
que a encantadora criança
por nome lhe pôs — Meiguice.



Tinha bom leite ao almoço
e biscoitos e bolinhos;
dormia em sedas e armarinhos,
e ronronava fagueira
quando sentia a coleira
de fita azul, no pescoço.



Clarisse amava deveras
a bichinha cor de neve
e a gata, nervosa e leve,
adorava a pequenita;
e tinham graça infinita,
estas amigas sinceras!



Veio Raul, o mais louro
e traquinas dos rapazes,
forte e audaz entre os audazes,
fanfarrão e desordeiro;
correu a casa ligeiro
indo encontrar o tesouro,



a doce e branca Meiguice,
deitada comodamente
na cama fofinha e quente
da prima, e gritou: — Que vejo?
um bicho tão malfazejo,
sobre o leito de Clarisse!



E... zás, suspendeu a gata
pela coleira de fita,
atirou a pobrezita,
ao jardim e, satisfeito,
à priminha o heróico feito
foi contar como bravata.



Debatia-se Meiguice,
no lago, fria, transida,
a morrer.
O gaticida
sentiu remorso pungente
ao ver o pranto tremente
no olhar azul de Clarisse.



E... correndo, denodado,
deitou-se ao lago profundo,
(dois palmos d'água); do fundo
tirou Meiguice, e ofegante
disse em tom dilacerante:
— Salvei-a!
— Estou perdoado?

Interpretação
AQUI

Família de Gatos
Tema - Família de Gatos:
Nós somos os três irmãos gatinhos, nossa mãe gata teve oito filhotes na mesma ninhada.
Somente nós ficamos juntos, os outros cinco foram doados.
Gostamos muito de brincar, um dia pulamos corda, outro dia brincamos de bola e as vezes fazemos longos passeios pela vizinhança.
Em um destes passeios quase nos metemos em uma tremenda encrenca, meu irmão, o de camisa azul, propôs a nós dois que saíssemos para explorar o outro lado da rua, nunca havíamos ido até lá, nossos passeios se limitavam ao nosso lado da rua, duas casas para a direita e três casas para a esquerda de onde morávamos.
Relutei em aceitar, fizemos uma votação, o placar foi de dois a um, perdi e tive de aceitar a decisão do grupo.
Eram mais ou menos três horas da tarde quando nossa aventura começou, saímos de casa e paramos no meio fio, olhamos para um lado e para outro, tinha poucos carros na rua, atravessamos sem problemas
Do outro lado havia uma uma grande casa pintada de verde, entramos pelo vão do portão e contornamos a construção, fomos parar em um grande e bonito jardim que ficava atrás da casa, lá existiam muitos brinquedos espalhados pelo chão, estes brinquedos certamente eram das crianças da casa, que não estavam ali por causa do calor do meio da tarde.
Olhamos um para o outro e não hesitamos, brincamos com a bola vermelha, com a gangorra amarela e com o trenzinho de seis vagões.
Nem percebemos e a noite chegou, foi quando decidimos voltar para casa, retornamos pelo mesmo caminho, paramos novamente no meio fio e não acreditamos no que víamos, eram carros e mais carros que passavam e não paravam, aquilo não tinha fim.
Neste dia fizemos uma descoberta, é no inicio da noite que as pessoas voltam para casa do trabalho e isto faz o número de automóveis na rua aumentar, tivemos de esperar mais de duas horas para conseguir atravessar a rua. Chegamos em casa depois das nove horas da noite.
Ainda bem que as pessoas que dirigem carros dormem, imagine só se não parasse de passar carros, talvez a gente estivesse lá até hoje.
Responda as Perguntas Abaixo:
1) Quantos gatinhos nasceram na mesma ninhada dos três irmãos gatos?
2) Quantos gatos foram doados?
3) A que horas os irmãos gatos saíram para a aventura no outro lado da rua?
4) O que existia atrás da casa verde e era grande e bonito?
5) Que cor era a bola com que eles brincaram?
6) Dos brinquedos citados no texto, qual era amarelo?
7) Segundo o texto, de onde as pessoas voltam para casa no inicio da noite?
Gabarito:
1: Oito
2: Cinco
3: Três
4: Jardim
5: Vermelha
6: Gangorra
7: Trabalho



Resultado de imagem para livro o gato e o novelo de lã atividades






O gato, astuto, observa o novelo de lã. Suas pupilas, de gato, verticais, registram o novelo como um código de barras: não piscam. Sua língua, de gato, umedece os seus bigodes de gato cuidadosamente. Suas unhas, de gato, retráteis, saltam à frente. O novelo, fofo, farto, oferece às unhas, língua, bigodes e pupilas de gato (e ao próprio gato) um promissor passa-tempo. O novelo, imóvel, intacto, como um gato prestes a dar um bote de gato, espera pelo gato que, imóvel, prepara o seu bote de gato. Num pulo de gato, o gato salta um salto certeiro, atingindo o novelo que, mesmo sem ser gato, mas sendo novelo e por isso farto e fofo, saltou como um gato ao contato das unhas retráteis do gato, em seu bote de gato. Saltou ainda mais que um gato, ainda mais alto, ainda mais vezes, o novelo, pois era fofo e o chão duro, como previu o astuto gato. E o novelo, enquanto farto e fofo, distraía o gato e sua curiosidade de gato, com suas patadas de gato, certeiras ao desenrolar o novelo. E o novelo de lã, lã de algodão (pois pra ser fofo, o novelo, tem que ser de lã de algodão), pulava os seus melhores pulos de gato, mostrando seus nós, embaraços, voltas e laços, que entretinham, de fato, o gato. O gato, ao desenrolar da brincadeira, ao desenrolar do novelo, ao sentir entre as unhas de gato o algodão do novelo, embaraçando-se e se desembaraçando aos seus movimentos de gato, sentia-se farto e fofo, não como um novelo, mas como um gato.
Até que por fim em linha reta estende-se o novelo que sem nós laços voltas ou embaraços nem fofura nem fartura nem pulos não pode ser novelo assim em linha reta nem pode entreter o gato e no entanto mesmo assim em linha reta nunca deixará de ser algodão.

Tênis
Autor : Guilherme de Almeida
Ilustradora : Ellen Pestili


A maestria poética de Guilherme de Almeida e a sensibilidade da ilustradora Ellen Pestili transformam uma tia, um gato, um novelo de lã em uma história criativa, dinâmica e muito colorida.
Um novelo/ cai. E, ao vê-lo, o gato bate na bola:/ e a bola, branca de neve,/ pula e rola,/ fofa e leve.
Uma harmonia perfeita entre as imagens e as palavras convidam a criança a soltar a imaginação e a viver momentos de encantamento como viveu a ilustradora ao realizar seu trabalho.
A respeito disso comenta:
Sempre gostei de poesia.
Ao ler Tênis, fiquei muito feliz, pois além de ser um poema delicado, com ritmo e movimento, me possibilitaria soltar a imaginação na ilustração.
Um novelo que pula e solta sua linha não poderia ser melhor para fazer a arte do livro. Simplesmente um deleite.
Atividades• Criar outras ilustrações para a última página.
• Criar outros versos para a penúltima página.
• Realizar a leitura das ilustrações, chamando a atenção para os detalhes.
• Saber mais sobre o escritor Guilherme de Almeida.
• Visitar o site da ilustradora www.ellenpestili.com/.


Tênis



A titia
borda e espia
o gato branco, enroscado
no feltro verde da mesa
e acordado,
com certeza.
Um novelo
cai. E, ao vê-lo,
o gato bate na bola
e a bola, branca de neve,
pula e rola,
fofa e leve…
Silenciosa,
vagarosa,
– uma duas angolinhas… –
a bola solta uma lenta,
longa linha
que se aumenta.
Pouco a pouco,
no mais louco
desnorteante corrupio,
a bola desaparece.
Mas o fio
Cresce… cresce




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