terça-feira, novembro 13, 2012

A curiosidade premiada>Falando pelos cotovelos>Figuras de linguagem,Estímulos interrogativos e literários>PDF>13/11/12



Fernanda L.Almeida

A criança pergunta sobre tudo, incomodando todo mundo.
Mas logo todos percebem que esse é um bom jeito de descobrir o mundo.

Para trabalhar com as expectativas dos alunos para o novo ano escolar.
Ouvindo: AQUI
Proposta de leitura: AQUI
Livro: AQUI

Assunto: Curiosidade
Toda criança possui um batalhão de ideias na cabeça, está sempre descobrindo as coisas, disse Ruben Alves que "olho de criança parece aqueles radares nos aeroportos... são olhos inquietos, estão olhando para todas as coisas..."
Freire nos orienta a buscar os interesses dos alunos como forma de motivá-los, incentivá-los na participação.
Percebo que as curiosidades que as crianças possuem, quando trabalhadas em aula, podem despertar o interesse da criança, tornando-a mais participativa.
" É o papel do professor cultivar o espírito de curiosidade" (DEWEY, 1953), por isso devemos sempre incentivar a criança a pensar "PORQUÊ?"
Indicamos o livro "A Curiosidade Premiada", para ser trabalhada na hora do conto.
Nele a personagem principal, Gigi, é uma menina que quer saber sobre tudo.
Com base nessa estória, podemos gerar um momento de interação com a turma sobre o tema curiosidade, levando-os a perceber que a curiosidade surge sobre tudo aquilo que inda não descobrimos, conforme afirma Ruben Alves "a curiosidade é isso, uma coceira que dá na cabeça da gente... a gente quer saber".
Algumas atividades que podem ser propostas nos momentos seguintes são:
Um livro de curiosidades da turma: um trabalho em grande grupo, onde os alunos elaborarão perguntas as quais eles não sabem as respostas, mas gostariam de saber.
Será interessante vê-los elaborando e compartilhando questões.
A Caixa dos Curiosos: uma caixa colocada em um local de fácil acesso das crianças, que sempre fica em aula, onde as crianças podem escrever suas dúvidas e depositar ali, onde mais tarde o professor terá acesso.
O importante dessa proposta é o incentivo as perguntas, tornar o aluno mais participativo, e com base nisso, o professor poderá incrementar suas aulas e abordar temas que sejam de interesse dos seus alunos.
Pesquisa: Incentivar a curiosidade também é incentivar a pesquisa, afinal como podemos obter informações que nos ajudem a descobrir coisas novas?




Que menina curiosa era  Glorinha!
Tudo queria saber!
__Por que você está de camiseta azul? - perguntava ao moço que que passava na rua.
__Por que você tem o cabelo cacheado? - perguntava à prima mais velha.
__Por que você é careca? - perguntava ao vovô.
Em casa, quando estavam fazendo a janta, Glorinha perguntava:
__Como é que se faz feijão?
__Glorinha, vai brincar, vai! Estou ocupado agora...
Era o telefone tocar para a menina sair pulando e cutucando quem falava:
__Com quem você está conversando, hein? Com quem? Com quem? - pedia Glorinha.
__Pare de amolar, menina!
Na escola, era a mesma coisa. O professor dizia:
__Podem guardar os cadernos!
E Glorinha pedia:
__POR QUÊ?
A mãe e o pai de Glorinha já não suportavam tantas perguntas.
__Querido! - disse a mãe de Glorinha numa noite - Estou exausta!
__E eu, então, querida! - suspirou o pai de Glorinha nessa mesma noite - Hoje Glorinha me fez passar uma vergonha enorme no mercado. Tudo ela quer saber. Tudo ela pergunta...
__Será que nossa filha tem algum problema?! - assustou-se a mãe.
__Quem poderia nos ajudar? - perguntou o pai.
__Já sei! A Dona Domingas!!!
Dona Domingas era a velhinha mais simpática da rua. Simpática e muito, muito sábia. Quando chegaram lá, Dona Domingas ouviu o problema e sorriu carinhosamente, dizendo:
__Ora, meus amigos, o que Glorinha tem é CURIOSIDADE ACUMULADA...
__E isso é grave, Dona Domingas? - perguntaram os pais.
__Pode se tornar grave se vocês não responderem as perguntas que ela faz.
__E o que pode acontecer?? - perguntaram de novo os pais mais assustados ainda.
__Glorinha pode começar a inchar, inchar, inchar até explodir.
__Nossa!!! - exclamaram os pais.
E, daquele dia em diante, eles passaram a responder a todas as perguntas da menina... que foram muitas. Como as perguntas continuavam a aumentar e os pais de Glorinha continuavam cansados.
__É assim mesmo! - explicou Dona Domingas. - Glorinha precisa gastar toda a curiosidade que acumulou. Depois, ela vai passar a perguntar menos e com mais calma.
E foi assim mesmo. Glorinha foi perguntando menos... mas, em compensação, suas perguntas foram ficando mais difíceis.
__Por que o vento venta?
__Por que o arco-íris é colorido?
__Como é que foi que eu nasci?
Desesperados, foram consultar, novamente, Dona Domingas. Ela abriu aquele seu sorriso carinhoso e explicou com calma:
__Ora, se Glorinha faz perguntas que vocês não sabem responder, comecem a perguntar junto com ela!
__Nós?! - espantou-se a mãe.
__Mas já somos adultos! Gente grande não sai perguntando as coisas. - concluiu o pai.
__Quem foi que disse que gente grande não pergunta? - ralhou Dona Domingas - Eu sou gente grande há muito tempo e continuo fazendo perguntas até hoje. Vão e perguntem junto com a Glorinha!
E foi exatamente isso que eles fizeram. Uma manhã, durante o café, ela cismou de saber:
__Onde terminam as estrelas?
Os pais não sabiam, então levaram a menina até a universidade onde havia um astrônomo que estudava as estrelas. O homem entregou a Glorinha um telescópio!
__Tele o quê?
__Te-les-có-pio, Glorinha! Com ele conseguimos olhar as estrelas que estão muito distantes da Terra. E,sabe, a gente acredita que além dessas estrelas existem outras e outras e mais outras.
__Puxa! Que interessante! - murmurou Glorinha.
Um dia, durante o almoço, a menina cismou de saber:
__Como nascem as árvores?
Os pais não sabiam, então, num domingo, encontraram o jardineiro cuidando da praça da cidade. Ele, gentilmente, respondeu:
__Ora, Glorinha, as árvores nascem das sementes! - e entregou à menina uma sementinha.
- A semente vai pra debaixo da terra, começa a inchar, um broto escapa lá de dentro e vai crescendo, crescendo, criando folhinhas e galhos até que se transforma numa árvore!
__Puxa! Que incrível! - murmurou Glorinha.
Uma tarde, durante o lanche, a menina cismou de saber:
__Para que serve aquela mangueira que o elefante tem na frente do rosto?
Os pais não sabiam, então levaram a filha até o zoológico. O tratador dos bichos, muito paciente, explicou:
__Esta mangueira na frente do rosto do elefante se chama TROM-BA, Glorinha. Ela é o nariz do elefante, serve para ele respirar, coçar a cabeça e tomar banho.
__Puxa! Que demais! - gritou Glorinha.
Os pais, contentes, voltaram à casa de Dona Domingas.
__Estamos tão orgulhosos de Glorinha, Dona Domingas! Ela aprendeu tantas coisas em casa e lá fora que queríamos dar um prêmio a ela.
__Meus filhos, a Glorinha já recebeu o prêmio!
__Já?! - pediram os pais, espantadíssimos!
__Sim, perguntem a ela...
E os pais perguntaram.
__Qual foi o prêmio que você ganhou, Glorinha?
__Papai, mamãe! Eu ganhei o maior prêmio que uma criança pode querer... O prêmio é VIVER NUM MUNDO INTERESSANTE!
__Só?
__E vocês acham pouco!?
Os pais não achavam, tinham perguntado por perguntar, porque toda a família tinha aprendido como é importante ter curiosidade e fazer um montão de perguntas.
E Dona Domingas continuou a receber pais preocupados.
__Para falta de curiosidade de filho, o que eu faço, Dona Domingas?
__Ora, meu filho - dizia Dona Domingas para o pai. - É só plantar bananeira! A curiosidade descerá até a cabeça porque, com certeza, ela mora no dedão do pé.



FALANDO PELOS COTOVELOS
 LÚCIA PIMENTEL GÓES

Alguém já conseguiu cortar as unhas do "pé da mesa"?
E alguém já penteou os cabelos de alguma "cabeça de alho"?
É possível jogar futebol com um "pé de vento"?
Este livro brinca com as expressões de nossa linguagem coloquial, com as nossas "maneiras de dizer" as coisas.
Rui fica muito encafifado quando a avó lhe diz “não vá esfolar o pé da mesa!”, e logo depois avisa que “vem vindo um pé-de-vento”. A mãe, para complicar, ainda acrescenta: “Vá num pé e volte noutro!”. É muito pé para a cabecinha de Rui. Assim não dá pé! Onde estará a cabeça do alho que a mãe mandou buscar? E a
coitada da irmã, que tem que fazer boca de siri? Isso sem falar na cabeça dele que, alguém falou, está nas nuvens. Ai, meu Deus, será que ninguém fala coisa com coisa? E, de confuso, o pequeno passa a assustado, achando que a avó vai espetá-lo e assá-lo na brasa só porque tirou notas baixas. Rui chora, a mãe põe a culpa nos filmes de horror da televisão e explica que ele não pode levar tudo ao pé da letra. Mas a avó se zanga com ele. “Não tem jeito”, se conforma o menino. “Eles têm que falar comigo como se eu fosse do tempo da onça!”
Durante a leitura:
1. Antecipar aos alunos que o texto trará muitas outras expressões como as do título. Orientá-los para que tentem identificálas e que anotem as que não entenderam.
2. Peça para observarem como as ilustrações produzidas no livro e que traduzem o sentido literal das expressões e provérbios, mostrando as confusas interpretações que Rui produz a respeito do que a avó e a mãe falam.
Depois da leitura:
1. Faça, junto com os alunos, um levantamento de todas as ocorrências de expressões populares e provérbios que aparecem no texto, e aproveitem para observar quais foram ilustrados. Solicite que expliquem oralmente o que querem dizer. Assim, você terá oportunidade de esclarecer dúvidas.
2. Proponha que, durante a semana, recolham expressões desse tipo, prestando atenção ao que ouvirem na rua, em casa, nos comerciais de tevê etc.
3. Peça que cada aluno escolha uma das expressões pesquisadas e a ilustre como fez Negreiros para as do livro. Promova depois uma exposição dos trabalhos chamada “Ao pé da letra”.
4. Pé de mesa, céu da boca são catacreses, expressões metafóricas que já caíram em domínio público, isto é, já se transformaram em nome popular para o que designam. Fazer com a classe um levantamento de outras (sugestões: asa da xícara, pé da montanha, boca da noite etc.).
5. Desenvolva com a classe o trabalho com os provérbios, pedindo que procurem outros junto aos familiares ou mesmo em livros que os relacionem, como O livro dos provérbios, ditados populares de Ciça Alves Pinto, da Editora SENAC, São Paulo. Esclareça o seu significado, pois nem todos são fáceis de entender.
6. Brincando de encontrar o par
Aproveitando a estrutura binária dos provérbios, escreva-os em tiras de cartolina e recorte-os separando suas duas partes. Depois, embaralhe as tiras e peça que os alunos encontrem o par.
Exemplos:
Em boca fechada nada tem.
Quem tem pressa espeto de pau.
Quem tudo quer não entra mosca.
Em casa de ferreiro come cru.
Uma outra proposta seria a de simplesmente completar os provérbios que eles já trabalharam. Sugestão:
Quem não tem cão ............................
Filho de peixe ....................................
De grão em grão, ...............................
7. Verificar se eles prestaram atenção que um dos provérbios que aparecem no texto (“Macaco velho não bota a mão em cumbuca”) foi modificado pela avó: “Sou macaca velha e ainda boto a mão em cumbuca!” A mudança provoca, evidentemente, uma alteração de sentido.
 O que a avó quis dizer com aquilo?
8. Jogos de mímica

Organize a classe em grupos. Sorteie um provérbio para cada um.
O grupo deverá apresentá-lo sem usar palavras, apenas recursos teatrais, como mímica ou ruídos. A classe deve adivinhar de que provérbio se trata.

Atividade PDF: AQUIAQUI
Ficha literária: AQUI
História quadrinhos/Onomatopeia: PDF: O prisioneiro: AQUI
Interpretando tirinhas: AQUI
Que confusão: Figura de linguagem: PDF: AQUI


Explorando expressões na literatura infantil
■Aprimorar a linguagem oral através da identificação de expressões que possuem duplo sentido.
■Registrar as expressões do texto que possuem duplo sentido.
■Identificar personagens principais do livro, correlacionando-os às expressões que utilizam.
■Explicar o significado das expressões presentes no livro.
Duração das atividades3 aulas de 50 minutos aproximadamente
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o alunoJá ter tido um contato com expressões metafóricas.
 Um trabalho nesse sentido pode ser visto na aula intitulada:
"Expressões Metafóricas: como trabalhar".
Estratégias e recursos da aula
1ª aula:
a) Conversar com os alunos sobre as expressões que usamos e que podem ter duplo sentido.
Pedir que eles falem algumas expressões de que se lembram.
b) Convidá-los a assistir ao vídeo baseado na história presente no livro "Falando pelos cotovelos" de Lúcia Pimentel Góes, disponível no link:
http://www.youtube.com/watch?v=qjGBHZuHuUA
c) Caso a escola disponha do título, a professora poderá convidar os alunos a fazer uma leitura dialogada do livro, onde cada criança representará uma personagem da história.
Nesse momento, a professora poderá trabalhar o reconhecimento das personagens principais: o menino (Rui), a mãe e a avó.
d) Pedir aos alunos que registrem, numa folha, uma expressão do texto que não sabem o significado. Cada criança lerá a expressão que anotou e, com o auxílio da professora e dos colegas da sala, tentará descobrir o seu significado.
Em seguida, poderá fazer uma ilustração.
Após a apresentação de todos os alunos, a folha poderá ser colocada no mural da sala, com o título: Expressões que aprendemos com o livro "Falando pelos Cotovelos".

2ª aula: a) Recordar a história da aula anterior pedindo aos alunos que recontem oralmente.
b) Escrever no quadro ou distribuir uma folha xerocopiada com as atividades abaixo.
O dicionário poderá ser utilizado.
1) Explique o que significam as expressões:
* Vá num pé e volte noutro.
* Me dá uma mão.
* Traga uma cabeça de alho.
* Rui tem a cabeça nas nuvens.
* Ele é um língua-de-trapo.
* Fala pelos cotovelos.
2) Substitua as palavras grifadas por um sinônimo:
* Não vá esfolar os pés da mesa!
* Vem vindo um pé-de-vento.
* Vovó ralhou comigo.
* Rui começou a resmungar.
c) Quando todos tiverem feito a atividade, a professora fará a correção oralmente, pedindo aos alunos que expressem suas respostas.

3ª aula: a) Propor aos alunos que escolham uma das expressões do livro.
Essa expressão será o título de um texto narrativo que irão escrever em duplas.
EXEMPLO:
Pedir que os alunos pensem:
■Onde e quando acontecerá a história?
■Quem serão os personagens?
■Qual o problema a ser enfrentado pelo personagem principal?
■Como se resolverá o problema?
b) Após a produção de texto, a professora fará a correção e poderá propor que os alunos digitem suas histórias corrigidas no computador, ilustrem e confeccionem um livro da turma com as expressões de duplo sentido.
(Caso a escola não possua computadores, a produção poderá ser refeita pelos alunos, ou seja, cada membro da dupla fará a cópia de um parágrafo.)
Recursos Complementares Significado de palavras com duplo sentido, assim como diversos exemplos podem ser acessados a partir do link:
http://www.colegioweb.com.br/portugues/metafora
Avaliação: Verificar se os alunos entenderam a história, bem como as expressões contidas a partir de sua participação oral.
Verificar se os alunos foram capazes de expressar o significado das expressões oralmente e por escrito.
Observar se os alunos foram capazes de identificar as personagens da história, bem como se foram capazes de identificar a quem pertencia as falas contidas no livro, fazendo a dramatização da história.
Avaliar a clareza do texto produzido, se o título (a expressão escolhida) teve relação com o texto produzido.
Observar se conseguiram trabalhar em dupla, interagindo e participando ativamente da atividade proposta.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=23207

Atividades  para imprimir: Ficha literária AQUI



2 comentários:

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Obrigada pela visita e volte mais vezes!
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Nosso idioma oficial é a LINGUA PORTUGUESA, atenção aos truques de virus.
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