Bill Borges
Em uma história divertida, o leitor vai acompanhar "As girafas metidas da montanha" e perceber que nem tudo é o que parece ser...
Ao alto daquela montanha dez girafas sobem toda tardezinha... Toda tardezinha!
O que
será que tem no alto daquela montanha?
Esta curiosa e intrigante história recomendada para
crianças entre quatro e cinco anos e onze meses, estudantes da pré-escola, nos leva a perceber que nem tudo é o que parece ser...
Divertido e instrutivo, este conto acumulativo fala de
autodescobertas, de famílias, de amigos, do mundo natural e social e outras tantas coisas que
só lendo mesmo a história para descobrir.
Além de estimular a imaginação da criança, fator
essencial para seu desenvolvimento nessa etapa da vida, o livro ensina valores como amizade,
união, afeto, gentileza e cuidado com o outro, bem como respeito a outros pontos de vista.
Este é um fator importante, sobretudo quando a Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
defende uma perspectiva que vincula o educar ao cuidar e o brincar ao interagir.
Toda tarde, dez girafas sobem uma alta montanha.
É este fato o início do conflito que se dá na
floresta, na obra escrita e ilustrada por Bill Borges. Nove araras, oito coelhos, sete macacos, seis
flamingos, cinco jacarés, quatro abelhas, três rinocerontes e dois sapos tiram suas próprias
conclusões e constroem vários pré-conceitos sobre as girafas, procurando demonstrar as razões metidas. Até que um esperto papagaio averigua os fatos e descobre que as girafas vão toda a
tarde para o alto da montanha para sentir o vento do entardecer e vislumbrar as cores celestes
mudando com o pôr-do-sol.
Trata-se de uma trama única e rápida, cujos personagens são animais
humanizados, dado que dialoga com as expectativas do leitor previsto.
A linguagem utilizada é
adequada ao público-alvo, pois parte de um repertório já consolidado pelas crianças, fazendo uso
de um universo vocabular bem próximo do cotidiano.
O autor utiliza amplamente o recurso
linguístico da repetição, que favorece a antecipação e a participação do interlocutor, no momento
da leitura. Assim, a sucessão de repetições e novidades introduz termos e vocábulos, com o
objetivo de ampliar o repertório cultural das crianças.
Esse recurso evidencia o caráter lúdico da
narrativa, construindo uma espécie de trava-línguas cumulativo. As ilustrações têm qualidade
estética e caracterizam-se pelo emprego de cores primárias em tons fortes, o que resulta um
visual animado, que capta a atenção do estudante.
As imagens dialogam diretamente com o
escrito, favorecendo a compreensão da obra e a construção de sentidos, ao representar
figurativamente, os elementos e quantidades anunciados pela palavra.
O tratamento do tema é
bem-sucedido, já que a problemática do preconceito é abordada de forma delicada e com humor. Somente porque são altas e conseguem subir ao topo da montanha, as girafas são vítimas de
boatos, os quais procuram estigmatizar e generalizar esse grupo de animais. Assim, a história
aponta para a importância do respeito às diferenças e para o enriquecimento subjetivo de quem
acolhe pontos de vista diferentes. Fonte
Sugestões de atividades:
1 – Pedir às crianças que tragam à sala de aula seus bichos de pelúcia preferidos. Em seguida, separá-los por grupos, por exemplo, de quatro patas, de duas patas etc. Fazer a contagem dos bichos de cada grupo junto com os alunos em voz alta, depois repetir a operação, contando a quantidade de patas de cada grupo.
2 – Outra atividade é separar os bichos por semelhança, por exemplo, grupos de cães, gatos, girafas etc. Pedir para que os alunos façam desenhos dos lugares onde esses animais vivem.
3 – Pedir para transformarem o texto em uma peça de teatro e vivenciarem a história.
Temas abordados: conto acumulativo, bullying, aceitação
Transversalidade: meio ambiente, pluralidade cultural
Interdisciplinaridade: Geografia, Ciências, Matemática Fonte
Livro: AQUI
Ouvindo a história: AQUI
Desenhando a girafa metida
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