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Olá amiga(o) ,
Fui professora dos projetos "Estímulo À Leitura",
"Tempo Integral" e a favor da leitura lúdica,
afinal, quer momento mais marcante que a fantasia da vida?
Portanto, será um prazer receber sua visita em mais um blog destinado a educação.
Nele pretendo postar comentários e apreciações de materiais didáticos de Língua Portuguesa, além de outros assuntos pertinentes, experiências em sala de aula, enfocando a interdisciplinaridade e tudo que for de bom para nossos alunos.
Se você leu, experimentou, constatou a praticidade de algum material e deseja compartilhar comigo,
esteja à vontade para entrar em contato.
Terei satisfação em divulgar juntamente com seu blog, ou se você não tiver um, este espaço estará disponível dentro de seu contexto.
Naturalmente, assim estaremos contribuindo com as(os) colegas que vêm em busca de sugestões práticas.
Estarei atenta quanto aos direitos autorais e se por ventura falhar em algo, por favor me avise para que eu repare os devidos créditos.
Caso queira levar alguma publicação para seu blog, não se
esqueça de citar o "Linguagem" como fonte.
Você, blogueira sabe tanto quanto eu, que é uma satisfação ver o "nosso cantinho" sendo útil e nada mais marcante que
receber um elogio...
Venha conferir,
seja bem-vinda(o)
e que Deus nos abençoe.
Krika.
30/06/2009

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quarta-feira, fevereiro 18, 2015

O caminho do rio>Estímulos informativos>Nascimento do rio> Hora da história>PDF>18/02/2015


O caminho do rio
Elza Yasuko Passini
Era uma vez um córrego. Nasceu na será como um fiozinho de água, surgindo no meio da mata e de algumas rochas. Foi descendo, descendo por entre rochas grandes, mas, como percorria um terreno montanhoso, na descida podia correr. No caminho encontrou outro córrego e o convidou a irem juntos até o mar.
-Mas é tão longe... - falou o amigo.
-Vamos juntos que a gente chega lá!
Os dois córregos então formaram um riacho à procura do mar, encontrando um caminho entre rochas.
Ao se verem diante de um morro, perguntaram:
-Senhor morro, como podemos passar, para chegar até o mar?
-Vocês devem dar a volta em mim – respondeu o morro.
-Por quê? – perguntou o riacho formado pelos dois córregos.
-Porque é mais fácil do que cavar. Cavar um morro pode levar muito tempo. De qualquer forma, é sempre buscando as partes mais baixas que vocês vão chegar até ao mar.
- Por quê?
- Porque o mar fica na parte mais baixa, lá na praia.
O riacho e o córrego, então, seguiram caminho.
(...) Às vezes se perdiam, faziam voltas. E muitas vezes se espalhavam. O cavalo, boi e porco é que gostam desses alagados para beberem água...
(...) Chegaram num grande rio e acharam que era o mar.
_Esperem, sou grande mas não sou o mar -disse o rio.
- O mar tem sal e a minha água é chamada de doce, embora não tenha açúcar nenhum.
Na verdade minha água não tem sabor algum.
- Você não é mar? Quem é então? – perguntou o riacho.
-Sou um rio como vocês. Tenho margens, não vêem? Sou maior do que vocês em volume de água, largura. Vocês são meus afluentes.
Vocês juntam água com a minha e vamos juntos até o mar. Além de vocês, tenho outros afluentes que encontramos pelo caminho, e vamos ficando cada vez mais volumosos, largos e fortes.
- Olha o tubo sugando nossa água. Aquela máquina rega a plantação e a água pode voltar para cá. È o ciclo da água  desde que os plantadores não usem agrotóxicos.
Assim seguiram viagem...
Percorrem um vale apertado cercado de mata.
Caem assustados numa cachoeira...
- Calma, é um degrau de terra chamada cachoeira. – Disse o rio.
Estamos descendo para chegar ao mar!
E assim houve o encontro entre o mar e as águas do riachinho, córrego e rio que desceram lá da serra.
- Mas, e agora, Omar está empurrando de volta? Ele não quer que juntemos nossas águas?
O mar explica:
- Calma, estou em maré cheia e, em vez de receber a água dos rios, entro nos rios. Esperem a maré mudar e vocês serão bem-vindos.
Quando chegou a maré baixa,as águas entraram no mar, misturando seu sabor doce ao salgado do mar. E ficaram juntos até que o calor do sol os aqueça e reinicie o ciclo da água, mas aí é outra história.
NASCIMENTO DO RIO ATÉ CHEGAR AO MAR
Os córregos se tornam riacho, que se lança no rio, que desemboca no mar:
 o caminho percorrido pelas águas de um rio da nascente à foz é o tema desta obra para crianças dos primeiros anos do ensino fundamental.
A suavidade no texto e nas ilustrações envolve o leitor e torna agradável absorver as informações e conceitos trabalhados no livro.
Sequência didática
Gênero Textual: Texto informativo
v  Livro: O CAMINHO DO RIO - Elza Yasuko Passini
v  Objetivos:
- Expor os conhecimentos prévios sobre o tema abordado.
- Conhecer a composição de um livro e um pouco do processo de escrita e edição do mesmo.
- Identificar o gênero textual (Informativo).
- Desenvolver o gosto pela leitura, aprimorando a habilidade de compreensão e interpretação.
- Reconhecer a importância dos rios, informando-se sobre as formas de conservação e as ações prejudiciais a essa fonte de vida.
- Ouvir, analisar e dramatizar música e poema, explorando o tema em foco, tendo contato e informações sobre outros gêneros textuais, podendo compará-los.
v  Componentes curriculares: Língua Portuguesa / Ciências
v  Conteúdos: Estratégias de leitura / O caminho do rio / Análise textual, estrutural e linguística
v  Ano: 2º
v  Tempo estimado: uma semana
v  Material necessário: livro, cartolina, papel ofício, lápis de cor, giz de cera, tinta guache, papel madeira, texto impresso, livros, revistas, cola, cd, aparelho de som, gravuras, pincel atômico, etc.
v  Desenvolvimento:
 1º momento:
- Apresentação do tema, levantando os conhecimentos prévios dos alunos a respeito do tema abordado.
- Exploração das partes que compõem um livro, bem como sua produção e edição.
- Trabalhar a questão do gênero textual presente nesta história.
- Leitura do livro, seguido de explicações, comentários espontâneos ou dirigidos.
- Compreensão oral através de questões, como:
 Quais os personagens da história?
 Qual assunto tratado nessa história? Qual o nome do autor?
- Falar sobre a referência do livro.
2º momento - Explanar sobre o tema, ressaltando a importância dos rios para a
 sobrevivência dos seres vivos, bem como as partes que compõem um rio e 
também os caminhos que esse percorre.
- Expor a questão da conservação dos rios e a degradação sofrida por essa fonte
 de vida, enfim todos os aspectos e questões que envolvem a temática.
3º momento - Trazer letra da música: 
RIACHO DO NAVIO (Luiz Gonzaga) e poema: 
O MENINO QUE GANHOU UM RIO (Manoel de Barros), para serem explorados em sala.
- Realizar atividade contendo análise textual, estrutural e linguística.
v  Leitura do texto acompanhado de comentários dirigidos ou espontâneos.
v  Ilustração do texto de forma coletiva, em papel madeira com uso de desenhos à mão livre, recortes e colagens, etc.
Relato: Esta atividade contou com a participação ativa de todos os alunos, tanto na leitura e comentário do livro, quanto no momento de execução da música, demostrando conhecer não só a música, como também o cantor e lembraram também outras canções interpretadas pelo artista. A proposta de trabalho com o poema foi igualmente proveitosa e interessante, principalmente no momento de escrita e ilustração do texto, em que todos  participaram ativamente.
Ouvindo a história: AQUI , AQUI
Atividades: PDF: Fontes de energia: AQUI     AQUI
Partes de um rio: AQUI
Desdobramento 

O MENINO QUE GANHOU UM RIO
Minha mãe me deu um rio.
Era dia de meu aniversário e ela não sabia o que me presentear.
Fazia tempo que os mascates não passavam naquele lugar esquecido.
Se o mascate passasse minha mãe compraria rapadura ou bolachinhas para me dar.
Mas como não passara o mascate, minha mãe me deu um rio.
Era o mesmo rio que passava atrás de casa.
Eu estimei o presente mais do que fosse uma rapadura do mascate.
Meu irmão ficou magoado porque ele gostava do rio igual aos outros.
A mãe prometeu que no aniversário de meu irmão ela iria dar uma árvore para ele.
Uma que fosse coberta de pássaros.
Eu bem ouvi a promessa que a mãe fizera ao meu irmão e achei legal.
Os pássaros ficavam durante o dia nas margens do meu rio e de noite eles iriam dormir na árvore do meu irmão.
Meu irmão me provocava assim: a minha árvore deu lindas flores em setembro.
E o seu rio não dá flores!
Eu respondia que a árvore dele não dava piraputanga.
Era verdade, mas o que nos unia demais eram os banhos nus no rio entre os pássaros.
Nesse ponto nossa vida era um afago!
Texto extraído do livro Memórias Inventadas, de Manoel de Barros.


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