"(...)Um dia, Marcelo ganhou de seu pai um computador portátil, leve e supermoderno. Era algo fabuloso. Agora Marcelo podia ficar conectado à internet o dia todo, assistir a filmes, baixar músicas, fazer os deveres da escola e ligar para os amigos e trocar caretas. Marcelo ficou tão enfeitiçado pelo seu computador portátil que, da noite para o dia, ele virou a sombra do menino. E como o computador era ágil! Executava os comandos num piscar de olhos. Uma verdadeira ilha paradisíaca com mil e uma aventuras, amigos e atrativos. Marcelo levava-o para tudo quanto era lugar.
Quantos jogos havia para conhecer! Nem sobrava tempo para olhar para os lados e cumprimentar as pessoas. Marcelo estava deslumbrado com as descobertas que fazia diariamente. Pra que ficar ouvindo as histórias de família se o computador portátil guardava na memória histórias mirabolantes e emocionantes das mais diversas culturas?
Sem perceber, Marcelo deixou o continente e foi viver na sua ilha portátil, a mil milhas de sua casa. As avós e o avô chamaram o neto com insistência. Até arranharam as gargantas, mas Marcelo estava longe, muito longe. Nada ouviu. Nem...(...)"
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