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Colaboração e Direitos Autorais
Olá amiga(o) ,
Fui professora dos projetos "Estímulo À Leitura",
"Tempo Integral" e a favor da leitura lúdica,
afinal, quer momento mais marcante que a fantasia da vida?
Portanto, será um prazer receber sua visita em mais um blog destinado a educação.
Nele pretendo postar comentários e apreciações de materiais didáticos de Língua Portuguesa, além de outros assuntos pertinentes, experiências em sala de aula, enfocando a interdisciplinaridade e tudo que for de bom para nossos alunos.
Se você leu, experimentou, constatou a praticidade de algum material e deseja compartilhar comigo,
esteja à vontade para entrar em contato.
Terei satisfação em divulgar juntamente com seu blog, ou se você não tiver um, este espaço estará disponível dentro de seu contexto.
Naturalmente, assim estaremos contribuindo com as(os) colegas que vêm em busca de sugestões práticas.
Estarei atenta quanto aos direitos autorais e se por ventura falhar em algo, por favor me avise para que eu repare os devidos créditos.
Caso queira levar alguma publicação para seu blog, não se
esqueça de citar o "Linguagem" como fonte.
Você, blogueira sabe tanto quanto eu, que é uma satisfação ver o "nosso cantinho" sendo útil e nada mais marcante que
receber um elogio...
Venha conferir,
seja bem-vinda(o)
e que Deus nos abençoe.
Krika.
30/06/2009

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segunda-feira, junho 11, 2012

A montanha encantada>Rubem Alves> Morte>O soldadinho de chumbo>11/06/12


A montanha encantada dos gansos selvagens
Era uma vez uma montanha mágica e um bando de gansos selvagens.
A montanha mágica era um lugar delicioso, tranqüilo, e todos os gansos iam para lá uma vez, mas só quando estivessem leves...
Neste livro, Rubem Alves apresenta a morte para as crianças de uma maneira leve e subjetiva.
Mas, apesar dos momentos difíceis, tinham muitas alegrias, como o nascimento de um gansinho, o Cheiro-de-Jasmim.
Ele gostava muito das histórias contadas pelos velhos gansos à beira do lago. Um dia ouviu a história sobre a Montanha Mágica, onde a vida era bela, mas só iriam para lá os velhos, pois esses eram mais leves (por não terem mais tantos medos), e podiam voar até lá. Com o passar do tempo, seu pai, que tanto amava, foi ficando leve até que chegou sua hora de partir. Cheiro-de-Jasmim ficou muito triste, mas sabia que seu pai estava contente por estar num lugar tão belo.
INFORMAÇÕES GERAIS
•Público-alvo: Ensino Fundamental – 2° nível.
•Temática: morte, separação e transcendência.
•Temas transversais: Saúde, meio ambiente, ética e orientação sexual.
•Interdisciplinaridade: Arte, Filosofia, Língua Portuguesa e Psicologia.
OBJETIVOS
•Compreender o ciclo da vida e como a morte foi e é encarada em épocas e culturas diferentes;
•Estabelecer comparações entre o meio ambiente de hoje e do passado;
•Compreender o processo de imigração para a formação do povo brasileiro.
EXERCÍCIO ORAL
Analise com os alunos aspectos do enredo do livro, fazendo perguntas sobre o relacionamento do Cheiro-de-Jasmim e seu pai. Ressaltar valores como amizade, ternura, companheirismo, saudades etc. Abrir o assunto para possíveis comentários pessoais, a respeito da perda de pessoas da família e/ou amigos.
PROPOSTA DE REDAÇÃO
Tema sugerido: UMA PESSOA INESQUECÍVEL.
O professor deverá motivar os alunos a contar uma história de caráter pessoal. Enfatizar as circunstâncias do envolvimento entre elas, a época, o motivo dessa pessoa ser especial etc.
ENTREVISTA
1.Os alunos devem entrevistar pessoas de sua família a respeito do passado (estabelecer uma data – anos 60, por exemplo) focando principalmente as mudanças no meio ambiente, como era o local onde eles viviam, como eram os meios de transporte, comunicações etc.
2.Conseguir material visual (fotografias, desenhos, recortes, objetos etc) de locais do passado e dos dias atuais;
3.Formar painel de exposição em sala de aula, com o resultado do trabalho.
PESQUISA
•Dividir a sala em equipes, devendo-se pesquisar sobre o tema morte e religião. De modo a conseguir um painel mais amplo, sugerir que as equipes façam um recorte temático. Exemplo: Como a morte era encarada pelos europeus da baixa Idade Média? Ou no Brasil colonial?...
•Cada equipe apresenta os dados obtidos em seminários para a classe.
SUGESTÕES DE ACOMPANHAMENTO
•Relatório que qualifique o desempenho do aluno em relação aos objetivos;
•Nota ou conceito do professor para o desenvolvimento das habilidades;
•Auto-avaliação.




A montanha encantada dos gansos selvagens

Havia, certa vez, um bando de gansos selvagens….É preciso dizer que eram selvagens, para não confundir com os gansos domésticos.
Gansos domésticos têm medo de voar, não gostam das alturas, preferem viver fechados em cercadinhos de tela, desde que seus donos lhes dêem milho e verdura picada.
Ah! Como são diferentes os gansos selvagens.
Não sabem o que é ser bicho de um dono. São livres.
Voam muito alto. Viajam para lugares desconhecidos, distantes, ainda que isso seja perigoso…. São mais magros: devem ser livres para poder voar. E os seus olhos são diferentes.
É que eles viram estrelas e pores-do-sol que os gansos domésticos não podem ver.
Nossos gansos eram selvagens.
Viviam livres, sem dono, numa linda planície . Havia florestas, e o cheiro das árvores, pelas manhãs, era gostoso. Seus companheiros eram os outros bichos que amam a liberdade: veados, esquilos, sabiás, pintassilgos, borboletas, abelhas….
No centro da planície havia um lago.
Era ali que os gansos brincavam. Era ali que eles ficavam mais bonitos. Todo o mundo sabe que os gansos são desajeitados, bamboleantes e engraçados na terra firme. Mas na água ficam serenos e calmos, como os navios….
Lá viviam eles, alimentando-se de bichinhos e brotos tenros de verdura. Botavam seus ovinhos, chocavam gansinhos e os gansinhos cresciam….
MAS NEM TUDO ERA BOM. NADA É PERFEITO.
Às vezes o calor era demais. Ou frio demais. E havia os caçadores, com suas espingardas, dando tiros, rindo quando uma ave morria…
Foi ali que nasceu um gansinho, bem pequeno, menor que um ovo. Tinha de ser. Pois é dentro dos ovos que as gansas botam, que os gansinhos se formam, a pouco e pouco.
Seu pai lhe contou no ouvido, como num segredo, o nome que havia escolhido para ele.
Não…..não foi Roberto, nem Ricardo, nem Dirceu….Foi Cheiro-de-Jasmim."Porque todo mundo que sente o cheiro de jasmim sorri, feliz… Quero que meu filho seja feliz…..quero que ele faça os outros felizes", disse o papai Ganso.
"SE O PAI AMA O FILHO, o nome do filho deve ser algo que o pai TIRA DO FUNDO DE SEU CORAÇÃO."
Havia muitos nomes lindos de gansos: Chuva-e-tarde-de-verão….Sombra-de-árvore…..Liberdade….Vôo-Alto….Amigo…..Brilho-da-lua, etc…
Cheiro-de-Jasmim cresceu como todos os outros gansinhos. Não fez nada diferente. Aprendeu a andar, aprendeu a nadar, experimentou o calor e teve que se abrigar do frio, tremeu de medo ao ouvir o barulho das armas dos caçadores…. MAS HAVIA ALGO DE MUITO ESPECIAL…..Ele gostava das horas que todos os gansos se reuniam, quando o sol ia se pondo…..
O sol se refletia, dentro do lago. Parecia uma fogueira….E Cheiro-de-Jasmim não entendia por que é que a água do lago não apagava o fogo do sol, lá no seu fundo….
Esta era a hora em que os velhos se punham a contar estórias. E falavam especialmente das montanhas mágicas…..
MONTANHAS MÁGICAS. Elas podem ser vistas lá longe, justo onde o sol estava se pondo. Eram altas, misteriosas, encantadas, A primavera durava sempre..não havia calor nem frio demais.
E havia um fruto encantado, vermelho como o sol e que, se comido, fazia com que os gansos fossem jovens para sempre.
Até os velhos e aleijados voltavam a ter os corpos de outrora, perfeitos, fortes, belos…..E, sobretudo, lá não havia caçadores.
- Se as montanhas mágicas são tão maravilhosas, por que é que não nos mudamos para lá? – perguntou Cheiro-de-Jasmim.
- É que elas são altas demais – respondeu o velho ganso, contador de estórias.
Para se chegar até lá, o corpo tem que ficar leve, muito leve…..é preciso ser como uma libélula……..um papagaio flutuando ao vento…..Somos pesados demais…..sabem por quê?
É QUE TEMOS MEDO DE TANTA COISA. É O MEDO QUE NOS FAZ PESADOS.E PORQUE SOMOS PESADOS FICAMOS COM AS CARAS TRISTES…CANSADAS….Quem tem cara triste não pode voar….mas quando o tempo vai passando, os gansos vão ficando leves, até que chega o dia do grande vôo….
Cheiro-de-Jasmim olhou para o seu pai.
Olhava este, para as montanhas encantadas. Já não havia mais o brilho do sol. Mas o brilho da lua as tornava mais belas ainda.
E ele notou que seu pai, outrora pesado e sério, estava ficando mais leve. Pela primeira vez ele sentiu uma tristeza de pensar que, um dia, eles se separariam. Mas, por que partir, se a vida é tão boa?
- É NECESSÁRIO PARTIR PARA CONTINUAR A VIVER, respondeu o velho ganso, adivinhando os pensamentos que passavam pela cabecinha de Cheiro-de-Jasmim….
- Quando se fica mais leve, fica difícil viver aqui. A comida, muito pesada, faz mal. O ar, muito pesado, faz mal. O frio dói nos pulmões. As coisas mais leves são mais belas e sobem mais.
Mas são mais frágeis. Precisam de um ar diferente. E por isso é necessário partir para as montanhas encantadas…
UM DIA O CORAÇÃO DIZ QUE É PRECISO PARTIR PARA CONTINUAR A VIVER. Quando isso acontece, chegou a hora da DESPEDIDA….
O tempo passou.
Cheiro-de-Jasmim cresceu. Vieram seus filhos. Ele ficou pesado como todos os outros. Enquanto isso seu pai ficava mais leve….
Até que chegou o dia do adeus. Nada mais segurava aquele ganso, mais selvagem e mais leve do que nunca.
Estava pronto para a viagem misteriosa.
Claro que havia algo que o prendia. O AMOR PELO LUGAR, O AMOR POR TODOS….E especialmente, o amor por Cheiro-de-Jasmim. Como ele o amava!……
Cheiro-de-Jasmim chegou-se ao pai, abraçou-o e perguntou:
- Quando você partir, vai sentir saudades?
O velho ganso se calou.
Cheiro-de-Jasmim continuou:
- Não chore…..eu vou abraçar você….
E assim, ficaram juntos, muito tempo, pensando que a vida era tão boa, tão bonita… O vento veio de mansinho, sem nenhum barulho. O velho ganso nem precisou bater as asas. Ele estava leve, leve…. e ele partiu para a montanha encantada.
Todos se reuniram, como sempre faziam quando isso acontecia….Todos falavam da saudade e choravam…..
O mundo já não era o mesmo….
Mas Cheiro-de-Jasmim podia jurar haver ouvido os risos de seu pai, tais como ouvira muitos anos atrás, quando era jovem e belo."





A FINITUDE DA VIDA

  O que o aluno poderá aprender com esta aula
A) Expressar e/ou refletir sobre situações de perdas e os sentimentos de dor, ansiedade, tristeza envolvidos em tais situações.
B) Compreender e lidar com a morte e com as perdas que viverá ao longo de seu desenvolvimento.
Duração das atividades
2 aulas de 50 minutos
Estratégias e recursos da aula
Comentário ao/a professor/a:
Professor/a, sabemos que o tema “morte” é encarado diferentemente pelas pessoas, contudo, geralmente, vivido com bastante angústia pela maioria dos seres humanos.
Não raro vivenciamos na escola situações de perdas de familiares, de alunos, de professores e até de animais de estimação, que causam desconforto e dor nos envolvidos.
Muitas vezes, por considerá-lo um tema delicado e carregado de sofrimento, os adultos deixam de abordá-lo com as crianças, acreditando que não falar sobre o assunto minimizará a dor dos pequenos.
No entanto, acreditamos que é fundamental discuti-lo abertamente com as crianças, com honestidade e responsabilidade, auxiliando-as na compreensão de que a morte, apesar de envolver sentimentos de dor, tristeza, saudade, dentre outros, é uma etapa da vida e a finalização de um ciclo.
Essa aula poderá ajudar as crianças a fazer contato com situações de perdas e possibilitar reflexão sobre tais situações.
Acreditamos que ao abrir espaço para que as dúvidas em torno dessa temática sejam expressas, é possível que as crianças compreendam-na melhor e, assim, sintam-se mais fortalecidas para lidar com as mesmas no dia a dia.

1º Momento: Professor/a, convide os alunos/as a se sentarem no chão para ouvirem a história Soldadinho de Chumbo.
Se preferir, poderá exibir o vídeo Soldadinho de Chumbo, disponível em:


Soldadinho


Professor/a fique atento/a apenas para o fato de que o final da história disponível nesse link foi modificado com o intuito de minimizar o sentimento de dor da criança ao perceber que o Soldadinho e a Bailarina “morreram”.
Nesse vídeo, a autora escreve: “Mas não fiquem assustados, pois ele não está morrendo.
Ele só será um novo brinquedo”.
Como essa aula foi planejada para abordar o tema da morte, não justifica fazer tal ajuste.
A sugestão da utilização do vídeo foi dada para que o/a professor/a tenha mais uma opção para contar a história, caso não queira fazer apenas a leitura do livro.
Caso opte por utilizar esse vídeo, explore a fala da autora destacada acima, promovendo a reflexão que os brinquedos não morrem, mas podem estragar, ser consertados ou transformados em outro brinquedo, como anunciado nesse vídeo.

2º Momento: Após contar a história, sentar com o grupo de crianças em uma grande roda e propor uma reflexão a partir das seguintes perguntas:
Qual o sentimento despertado em vocês ao ouvirem essa história?
Vocês acham que a história teve final feliz?
Se sim, por quê?
Se não, por quê?
 Vocês acham que brinquedos morrem?
Se os personagens da história fossem pessoas, seres humanos, o que aconteceria com eles no final da história?
Para onde você acha que iriam a Bailarina e o Soldadinho de Chumbo depois que morressem?
No que eles se transformariam?
Qual a mensagem que essa história nos deixa? Se você pudesse, mudaria o final dessa história? Se não, por quê? Se sim, por quê?

3º momento: Convidar os/as alunos/as para assistirem ao clipe “Soldadinho de Chumbo”, disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=aWfebZDfOZo

 



Questionar aos/as alunos/as: Vocês concordam que uma história de criança tem que ter final feliz?
Vocês conhecem crianças que não tem (ou não tiveram em algum momento) histórias felizes? Relatem essas histórias.

Atividade 2 (2ª Aula de 50 m inutos)
1º Momento: Retomar com os alunos a história Soldadinho de Chumbo contada na aula passada e explorar o que eles puderam pensar a partir dessa história.
Observar se houve modificação nos pensamentos dos/as alunos/as no espaço de tempo em que tiveram entre a outra aula e essa.
Após esse momento, convidar os/as alunos/as a ou virem uma nova história : “Os porquês do coração”.
SILVA, Conceil Corrêa da. Os Porquês Do Coração. São Paulo: Editora do Brasil, 1995.

Os porques


O livro retrata a história de Mabel, uma garota muito falante, que não para de fazer perguntas. Ela quer sempre saber o porquê de tudo.
Em seu aniversário, Mabel ganha um lindo peixinho dentro de um aquário, que se torna seu melhor amigo.
Infelizmente, o peixinho morre durante a narrativa.
A narrativa oferece recursos para entender e lidar com as perguntas que as crianças fazem diariamente.
O texto introduz, sobre todas as questões, a tematização da morte, apresentando-a como parte da vida, e oferece a possibilidade de lidar com a dor da separação e da saudade.
Esse livro teve como objetivo oferecer um espaço para "colocar o assunto na roda da conversa" a partir da reflexão e questionamento das convicções a respeito da vida e da morte, visando assim, contribuir para a sua desmistificação e a diminuição da negação e do pavor que ela provoca, a fim de encará-la como parte natural da vida e a de melhor lidar com ela no cotidiano pessoal e profissional.
Resumo da história:
A autora aborda a história de uma menina chamada Mabel que gostava muito de fazer perguntas.
 Ela ficava o tempo todo perguntando ao pai e à mãe os porquês das coisas.
Um belo dia ela ganhou de presente de aniversário um lindo peixinho ao qual deu o nome de Igor e com quem desenvolveu uma grande amizade.
Mabel cuidava muito bem de Igor e conversava muito com ele até que um dia Igor morreu. Mabel ficou muito entristecida e passou a se perguntar por quê??

2º Momento: Após contar a história, dividir o grupo em quatro sub-grupos de até 6 crianças e solicitar aos alunos que conversem entre si sobre possíveis perdas que tenham vivido ou que temam viver.
Após essa primeira reflexão, os/as alunos/as deverão elaborar perguntas sobre as dúvidas que têm em relação à morte.
A partir dessas perguntas, as crianças montarão cartazes contendo as dúvidas do coração de cada uma no que se refere à temática “morte”.
Caso as crianças encontrem dificuldades em expressar suas dúvidas, o/a professor/a poderá auxiliá-las sugerindo perguntas iniciais como, por exemplo, aquelas que já tenham sido feitas pelas próprias crianças em outros momentos.
 Algumas perguntas costumam ser recorrentes, como: Por que as pessoas morrem?
Pra onde vão as pessoas quando morrem?
Vou encontrar tal pessoa novamente?
 Vou morrer também? Quando?

3º momento: Os /as alunos/as deverão expor suas produções e, após essa etapa, todos/as circularão pela sala procurando conhecer as dúvidas dos/das colegas para buscar ajudar-se mutuamente na busca de respostas para as inquietações apresentadas por meio das perguntas.
Professor/a, nesse momento vale retomar a mensagem do livro em que Mabel, a personagem principal, depois de chorar muito a morte do peixinho Igor, experimentou a sensação de senti-lo bem pertinho dela, “nadando em seu coração”.
Nesse sentido, cabe ao/a professor/a, mediante a manifestação de angústia e sofrimento por parte das crianças ao entrar em contato com o tema, acolhê-las e confortá-las levando/as a refletir que pessoas ou animais queridos, quando se vão, deixam-nos lembranças preciosas que poderemos resgatar sempre que formos tocados/as pelo sentimento de saudade.
Outra forma de ajudar as crianças a lidar com o sentimento de dor pelas perdas é solicitar que façam uma “cartinha” ou um “desenho” em que registrem seus sentimentos através de mensagens, “recados do coração”, para estas pessoas queridas ou animais que partiram e deixaram saudades.
Cada criança, se desejar, poderá socializar sua produção e guardá-la da maneira mais preciosa que conseguir!

Recursos Complementares
Professor/a, você poderá utilizar outros recursos, a saber:
Vídeo: “A bailarina e o Soldado de chumbo”, disponível em


Livros:
WILD, M. Vó Nana. São Paulo: Editora Brinque-booK, 2000.
ALVES, R. A Montanha Encantada dos Gansos Selvagens. São Paulo: Paulus, 1997
CARVALHO, L. Cadê meu avô. São Paulo: Editora Biruta. Coleção Tempo de Crescer, 2004.

Avaliação
Professor/a, procure identificar se as crianças conseguiram recordar situações de perdas ou colocar-se no lugar de pessoas que tenham vivido tais situações.
Observe se as atividades da aula sensibilizaram os/as alunos/as para situações de perdas que tenham vivido ou que poderão viver.
Avalie a participação dos/as alunos/as ao escutar as histórias e o respeito durante a manifestação de sentimentos dos colegas.
 Além disso, verifique se houve envolvimento dos/das alunos/as durante as discussões em pequenos grupos e nas produções gráficas.

 
"Falando de Morte com crianças"

O texto a seguir encontrei numa viajem que fiz pela NET no SITE:


Com o propósito de ter noção, de como dar abertura a esse assunto que é um dos maiores tabus na nossa sociedade ocidental, um tema que está sempre associado à dor, tristeza, sofrimento, perdas, fracasso, impotência, experiências negativas.

"Falando de morte"

"Falando de morte com crianças" é uma Projeto que tem como objetivo oferecer um espaço para "colocar o assunto na roda" a partir da reflexão e questionamento das convicções à respeito da vida e da morte, visando contribuir para a sua desmistificação e a diminuição da negação e do pavor que ela provoca, a fim de encará-la como parte natural da vida e a de melhor lidar com ela no cotidiano pessoal e profissional.
Assim como o nascimento, a morte é parte da vida, mas na nossa sociedade ocidental a morte é um grande tabu, um assunto evitado, negado, ignorado, do qual ninguém quer falar e do qual entende-se que as crianças precisam ser afastadas, protegidas, poupadas.
Para os adultos - pais, educadores e profissionais de saúde -, é muito difícil falar com as crianças sobre a morte, assim como outras questões de grande importância como sexualidade, separação, adoção, dentre outras.
Mas as crianças não desconhecem a realidade da morte, elas têm sua forma própria de perceber, compreender e reagir à morte, forma esta que está sempre presente em suas brincadeiras, curiosidades e em suas próprias experiências de perdas e luto, e o adulto que silencia diante da morte não está protegendo sua criança e sim deixando-a sozinha em suas dúvidas, ansiedades, temores e fantasias.
Dessa forma, o "Falando de morte com crianças" tem como principais objetivos contribuir para a desmistificação do tema da morte no universo infantil, facilitar o diálogo dos adultos com as crianças sobre o tema; ajudar a criança a melhor compreender e lidar com a morte e com as perdas que irá se deparar ao longo de seu desenvolvimento, bem como contribuir para a formação de adultos mais capazes de lidar e conviver com a realidade da morte.

"Reflexão sobre a morte e o luto na infância"
Através de exposições teóricas básicas sobre a morte e o luto na infância, bem como sobre as formas possíveis de dialogar sobre o tema, propiciar um espaço de discussão, reflexão e troca de experiências sobre a morte no universo infantil, a fim de encontrar formas adequadas e seguras de conversar com as crianças, de ajudá-las a melhor compreender e lidar com a morte e as perdas que irá sofrer no decorrer de sua vida.

PERDAS: Falando a Verdade

Nos desenhos animados, a casa desaba e o personagem sai dos escombros ileso, lépido e faceiro. Como acreditar então em morte irreversível?
 Crianças entre dois e quatro anos raramente se perturbam e ficam ansiosas pela visão da morte, pois não têm idéia do que ela significa.
- A irreversibilidade é um conceito que ainda não existe nessa faixa etária.
Esses sentimentos emergem por volta dos cinco ou seis anos.
Um pouco mais tarde, por volta dos sete, começa a aparecer o sentimento de perda, ao mesmo tempo em que a criança começa a ler e a entender melhor a realidade que a cerca.
Violência, câncer, acidentes e tóxicos já podem entrar no bate-papo.
É justamente nessa fase que ocorrem a maioria das perguntas sobre a morte.
As perguntas podem parecer difíceis até para os adultos – por quê ela viveu tão pouco?
Para onde ela foi? – mas as respostas devem ser simples e verdadeiras, baseadas nas suas crenças pessoais.
 Se você não sabe a resposta ou têm dúvidas sobre o assunto, diga isso para a criança.
- O que vale é passar uma idéia na qual você acredita.
É sempre preferível dizer a verdade - a sua verdade.

ORIENTAÇÕES
Como lidar com a situação:
- Diga sempre a verdade. Evite criar histórias mirabolantes e fantasiosas.
Se disser que a pessoa que morreu foi para o céu, um lugar maravilhoso, cheio de brinquedos, por exemplo, a criança pode querer ir para lá também.
Além disso, o pequeno nota a incoerência do argumento, pois se o lugar é tão bom, por que todos estão tristes?
- Respeite o tempo da criança. Ela pergunta de acordo com a sua capacidade de entender.
- Dê respostas curtas e objetivas. Avance apenas se a criança pedir mais explicações.
- Respeite o desejo da criança. Se ela faz questão de ir ao velório, leve-a (não precisa ficar o tempo todo).
- Use exemplos do cotidiano.
- Evite desmentir a versão de um companheiro.
- Os pais não são obrigados a saber tudo. Seja franco se tiver dúvida. Se achar necessário, porque ajuda profissional.

Continuando a "viajem" encontrei coisas interessantíssimas neste SITE também:

Um "pouquinho" de quando o assunto é a morte:
Vou ver a vovó de novo?
Não. Você não irá mais vê-la. Mas você vai ter sempre a lembrança dos momentos bons que viveu com ela. Ela sempre estará no nosso coração...
Aproveite para relembrar passagens felizes passadas junto com a vovó.
 Se você acredita num reencontro futuro, fale isso para a criança.
Por quê as pessoas morrem?
Usando as plantas como exemplo: Ela era uma semente, germinou, cresceu, deu frutos ou flores e depois morreu porque ficou velhinha. Mas o perfume de suas flores ou o gosto de seus frutos ficaram na vida de muitas pessoas.
Usando borboletas como exemplo: Primeiro é um ovo bem pequeno.
Depois, desse ovo sai uma lagarta. Esta lagarta usa folhas e pequenos galhinhos de plantas para fazer um cobertor que se chama casulo, ela se cobre toda deixando a cabeça de fora, continua se alimentando e se crescendo, se desenvolvendo e virando borboleta dentro desse casulo.
Quando ela está pronta sai do casulo e já é uma linda boboleta. Esta borboleta bota novos ovos e começa tudo de novo.

*****
(A vida da borboleta varia de duas semanas a três meses, dependendo da espécie).
Quando ela morre, deixa muitos ovos serão outras borboletas!!!
E se você morre, quem vai cuidar de mim?
A mãe ainda é jovem, não vai morrer agora. Mas se isto acontecer, tem o pai, a vovó, a tia e o tio (citar nomes) que vão cuidar de você. Além disso, você vai crescer, ter os seus próprios filhos e também vai precisar cuidar deles.
Procure mostrar para a criança que ela está amparada, e que o ciclo da vida continua.
O que acontece com o corpo de alguém que morre?
O corpo é colocado num caixão e enterrado num lugar chamado cemitério, que a gente visita para rezar.
*****
Ahhh! Ainda estou muito sensibilizada pela morte do meu PAI...
Penso que nós "Contadores de Histórias" assim como os pais e professores devemos falar mais sobre a morte com as nossas crianças, afinal, a morte é a única certa na vida!
Alguns livros infantis que abordam o assunto:
Os Porquês do Coração, de Conceil C. Silva;
Vó Nana (Margaret Wild);
Menina Nina (Ziraldo);
Eu vi mamãe nascer (Luiz Fernando Emediato);
A Montanha Encantada dos Cisnes Selvagens (Rubem Alves);
Quando os Dinossauros Morrem de M. Brown;
A história de uma folha (Leo Buscaglia);
Tempos de Vida" (B.Mellonie e R. Ingpen);

Estes são alguns livros em que a morte é abordada como parte do ciclo vital.
 
 
O soldadinho de chumbo
Ilustração de Sandra Nascimento
Vejam o resumo da história em seu blog:
 



Ética e Morte: Vários são os olhares sobre a morte!

O que o aluno poderá aprender com esta aula
1.Respeitar a diversidade cultural em relação à morte.
2.Conhecer os rituais, as crenças e os significados atribuídos à morte em diferentes culturas.
3.Produzir um “dossiê” sobre as curiosidades, as peculiaridades culturais diante da morte e divulgá-lo em um encontro com a comunidade escolar.

Aula completa aqui:







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