Neste livro, Paulo Coelho e Mauricio de Sousa unem-se para contar 24 histórias que têm sido passadas de geração a geração. Paulo Coelho reuniu e reescreveu esses contos, e Mauricio de Sousa acrescentou um encantamento especial com a Turma da Mônica. Editora Globo.
EM BUSCA DE CHUVA
Depois de quatro anos de seca na pequenina aldeia, o pároco reuniu todos para uma peregrinação até a montanha; ali fariam uma prece coletiva, pedindo a chuva de volta.
No grupo, o padre notou um garoto, agasalhado e coberto por uma capa de chuva.
"Você enlouqueceu?", perguntou. "Nesta região não chove há cinco anos, e a subida vai lhe matar de calor!"
"Estou resfriado, padre. Se vamos pedir a Deus que chova, já imaginou a volta da montanha? Vai ser tal a enxurrada que preciso estar preparado".
Neste momento, ouviu-se um grande estrondo no céu e as primeiras gotas começaram a cair. Bastou a fé de um menino para realizar um milagre esperado por milhares de homens.
Depois de quatro anos de seca na pequenina aldeia, o pároco reuniu todos para uma peregrinação até a montanha; ali fariam uma prece coletiva, pedindo a chuva de volta.
No grupo, o padre notou um garoto, agasalhado e coberto por uma capa de chuva.
"Você enlouqueceu?", perguntou. "Nesta região não chove há cinco anos, e a subida vai lhe matar de calor!"
"Estou resfriado, padre. Se vamos pedir a Deus que chova, já imaginou a volta da montanha? Vai ser tal a enxurrada que preciso estar preparado".
Neste momento, ouviu-se um grande estrondo no céu e as primeiras gotas começaram a cair. Bastou a fé de um menino para realizar um milagre esperado por milhares de homens.
OLHANDO OS OUTROS
"Gilberto de Nucci tem uma excelente imagem a respeito de nosso comportamento. Segundo ele, os homens caminham pela face da Terra em fila indiana, cada um carregando uma sacola na frente e outra atrás. Na sacola da frente, nós colocamos as nossas qualidades. Na sacola de trás, guardamos todos os nossos defeitos. Por isso, durante a jornada pela vida, mantemos os olhos fixos nas virtudes que possuímos, presas em nosso peito. Ao mesmo tempo, reparamos impiedosamente, nas costas do companheiro que está adiante, todos os defeitos que ele possui. E nos julgamos melhores que ele — sem perceber que a pessoa andando atrás de nós, está pensando a mesma coisa a nosso respeito."
"Gilberto de Nucci tem uma excelente imagem a respeito de nosso comportamento. Segundo ele, os homens caminham pela face da Terra em fila indiana, cada um carregando uma sacola na frente e outra atrás. Na sacola da frente, nós colocamos as nossas qualidades. Na sacola de trás, guardamos todos os nossos defeitos. Por isso, durante a jornada pela vida, mantemos os olhos fixos nas virtudes que possuímos, presas em nosso peito. Ao mesmo tempo, reparamos impiedosamente, nas costas do companheiro que está adiante, todos os defeitos que ele possui. E nos julgamos melhores que ele — sem perceber que a pessoa andando atrás de nós, está pensando a mesma coisa a nosso respeito."
O PRESENTE INVISÍVEL
No dia de Natal, a família inteira se reuniu em torno da árvore, e começou a abrir os presentes. Contente, a filha entregou uma caixa para o pai.
- Isso é para você, com todo o meu amor.
O orgulhoso pai abriu a caixa, mas ela estava vazia. Com todo carinho, comentou com a filha:
- Meu amor, sei que você teve a melhor das intenções, mas na verdade a vida irá lhe ensinar que não podemos dar algo que não existe, mesmo que esteja bem embrulhado, e seja entregue com todo carinho. Acho que você se esqueceu de colocar algo aqui dentro.
- Você não está vendo?
- Não estou vendo nada, minha filha.
- Pois eu passei uma tarde inteira enchendo-a de beijos!
Os olhos do pai brilharam:
- Claro! Muito obrigado por um presente tão bonito!
E durante o resto da sua vida, sempre que se sentia deprimido ou desencorajado, o pai abria a caixa, retirava um beijo que tinha ali sido colocado, e voltava a ter coragem suficiente para enfrentar seus desafios.
DE QUEM É A CULPA?
Um casal saiu de férias e, ao voltar, encontraram a casa arrombada; os ladrões tinham levado tudo que havia dentro. O marido acusou a mulher, dizendo que as trancas não tinham sido colocadas. Ela afirmou que ele esquecera de fechar a porta com a chave. Uma longa discussão começou, até que os vizinhos chamaram um padre para serenar os ânimos. - A culpa é dela, que sempre foi desleixada, disse o marido. - Não, a culpa é dele, que não presta atenção no que faz, respondeu a mulher. - Um momento, disse o padre. Vivemos culpando uns aos outros por coisas que jamais fizemos e terminamos carregando um fardo que não é nosso. Será que nunca ocorreu a vocês a idéia de que os ladrões são os verdadeiros culpados pelo roubo?
Vendemos apenas as sementes
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