Adriano Messias/Roberto Weigand
O letramento pleno envolve mais do que a leitura das palavras e começa bem antes do que usualmente se chama alfabetização.
É dever da escola entender como os alunos interpretam as imagens que povoam suas vidas e proporcionar a eles oportunidades variadas de leituras do mundo, com especial apreço à ética e à estética.
Entram nesta categoria tanto livros com pouco texto quanto livros só de imagens.
Estes últimos podem contar com ilustrações vistosas e coloridas.
O enredo de cada história é criado tanto pela própria criança quanto pelos pais e professores com ela. Ou seja, o ato de ficcionar prescinde o ato de escrever.
Os primeiros contatos da criança com os livros também têm como objetivo despertar a sensibilidade semiótica do pequeno leitor, estimulando-o a desenvolver amor e interesse pelo livro.
Este livro é uma brincadeira sensorial e imaginativa para crianças bem novas, incluindo bebês.
A cada dupla de páginas, descobre- -se um animal e uma onomatopeia que o acompanha.
No aspecto visual, há cores fortes, além do destaque de partes dos bichos: pé, asa, boca, nariz, orelha, barriga, olho, cabelo, mão, finalizando com um bebê que diz “olá”.
O reconhecimento desses detalhes, tanto nos animais em si quanto fora deles, é um estímulo perceptivo extremamente enriquecedor para “leitores” pequeníssimos, o que torna Aperte aqui, em sua delicadeza e simplicidade, um gostoso exercício semiótico e linguístico nos primeiros anos de vida.
Gênero: conto
Cidadania e civismo (direitos da criança e do adolescente; vida familiar e social); multiculturalismo (diversidade cultural)
Tópicos para orientação do professor: animais; brincadeiras; charadas; cores; jogos de linguagem; humor; percepção corporal.
Hervé Tullet
A brincadeira começa com uma bola amarela no centro de uma página branca e um convite: aperte a bola e vire a página… Como num passe de mágica, surgem duas bolas na página seguinte. A partir daí, novos convites e novas surpresas aparecem a cada página, nesta obra que faz uma implícita alusão ao universo eletrônico dos tablets.
A brincadeira começa com uma bola amarela no meio da folha branca e o comando de apertá-la e virar a página.
Logo, o leitor terá que deslizar o dedo na página como se fosse a tela de um celular ou tablete; terá que clicar nas imagens que surgirem, assoprar e até sacudir o livro.
A cada comando, um resultado diferente. A bola duplica, triplica, muda de cor, se desloca e o leitor se sente o agente de cada alteração.
A obra de Hervé Tullet foi produzida em 2010 e lida, a partir de comandos tão típicos de brincadeiras infantis, com as reações do leitor ao envolvê-lo com uma linguagem digital dentro de um objeto analógico.
O livro pede para que se clique e arraste o dedo de um canto a outro.
As imagens são minimalistas, possuem cores vibrantes e, de forma divertida, todo o livro vai também apresentando noções primárias de direção (esquerda e direita), quantidade, ordem e tamanho.
Neste livro engraçado de ler e brincar em família, tudo o que precisa é obedecer aos comandos. Fonte
Atividades sugeridas
Objetivos: Apresentação do livro interativo aperte aqui trabalhando cores, formas, tamanhos, lateralidade e imaginação das crianças: AQUI, AQUI
Querida Krika : oportunizar nossos pequenos leitores para experiências de leitura, são fundamentais para o seu desenvolvimento. Todas as descobertas e vivências desempenham um papel importante na constituição do indivíduo, e a leitura é uma delas. Essa prática contribui para a alfabetização e a formação do vocabulário das crianças. Parabéns...
ResponderExcluirSem dúvida!
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