Projeto: Festa Junina – Informativa
Público Alvo: Alunos dos 6° aos 9° anos.
Objetivo:
Identificar na festa junina os pintores que retrataram os Santos Antônio, Pedro e João, e todo o folclore que envolve as tradições em relação às crendices, simpatias, culinárias, além do simbolismo desta festividade.
Justificativa:
Tornar possível o conhecimento de produções artísticas que envolvem o sagrado e o profano na festa folclórica.
Proposta:
Ao aluno foi proposta uma pesquisa sobre os artistas que já retrataram os Santos Antônio, João e Pedro. Feita a pesquisa, o aluno deverá relacioná-la com a festa junina e suas tradições, além de produzir um retrato sobre os Santos e a festa, que representem a popularidade dos mesmos no nosso folclore.
Avaliação:
Todo trabalho realizado pelo aluno, como:
· pesquisa;
· relatório;
· redação;
· desenhos e
· pintura em tela.
Professores responsáveis: Márcia Nishi e Maria Fernanda
RETRATANDO O CASAMENTO CAIPIRA
Os alunos do 7° ano B escolheram a obra de Cândido Portinari “Casamento Caipira”, para expressarem a beleza e pureza do casamento na roça.
Pesquisaram sobre esse acontecimento durante as festas juninas, juntamente com o trabalho, muitas risadas surgiram em relação a vida dos noivos e seus familiares, bem como a de seus padrinhos, tudo muito divertido.
O desenho foi feito pelo aluno Pedro Luiz Bronhara Pereira.
A pintura foi feita pelas alunas:
Bianca Mazzaro de Brito, Maria Eduarda Garcia Barruffini e Arianne Garcia Correa.
Técnica: acrílica sob tela.
Sob a orientação das professoras: Márcia Beleboni Nishi e Roberta Maria Baptista Galvão.
Nossos sinceros agradecimentos:
Direção do Colégio Anchieta;
Orientador Educacional – Antônio Carlos Tórtoro e a
Igreja Santo Antoninho, Pão dos Pobres, na pessoa do Padre Gilberto Kasper.
RETRATANDO SÃO PEDRO
Os alunos ao retratarem São Pedro, descobriram que ele foi fonte de inspiração para alguns artistas famosos como Leonardo Da Vinci, Portinari, Djanira da Motta e Silva, Heitor dos Prazeres e muitos outros, e em diferentes épocas e estilos.
Foi muito interessante fazê-lo, pois em suas roupas encontramos as cores de nossa bandeira. As proporções do desenho são todas triangulares e isto indica a preocupação dos artistas em demonstrar a sua força, o poder e a grandeza diante de sua história.
Para o desenho contamos com os alunos do 8° ano A: Matheus Romano Palmieri de Souza e Sofia de Freitas Portugal.
Já na pintura, as alunas: Isabela Bullamah Funck Thomaz, Luciana Moita Fernandes, Sofia de Freitas Portugal e Marcelly Cunha Alves.
RETRATANDO SANTO ANTÔNIO
Os alunos do 8° ano A retrataram Santo Antônio, baseando-se em obras de artistas como: Portinari, Cícero Dias, Djanira da Motta e Silva, Heitor dos Prazeres e outros.
Ao pesquisarem tal santo muitas foram as descobertas, mas escolhemos a mais simples e tradicional da obra de Cândido Portinari.
Entre seus poemas, o pintor deixou um verso agradecendo o olhar e as mãos firmes do santo, que muitas vezes pediu para segurar nas suas quando o trabalho se tornara difícil.
O desenho foi feito pelos alunos: Matheus Romano Palmieri de Souza e Sofia de Freitas Portugal.
E pintado pelas alunas: Isabela Bullamah Funck Thomaz, Luciana Moita Fernandes, Sofia de Freitas Portugal e Marcelly Cunha Alves.
RETRATANDO OS SÍMBOLOS DA FESTA JUNINA
Fonte: http://tribarte.blogspot.com/2011/03/serie-homenagem-as-mulheres-parte-i-i.html
Nesse projeto os alunos observaram as obras de Alfredo Volpi e retrataram através da simbologia as bandeirinhas, barracas, mastro e a fogueira, cada uma com o seu significado.
Os símbolos juninos sempre chamaram a atenção de Volpi que utilizou a geometria para dar leveza e suporte em suas obras.
O desenho foi feito pelos alunos: Clarissa Bechuate de Souza Azevedo.
E pintado pelos alunos: Vinicius Barros Zampieri, Bianca Mazzaro de Brito, Maria Eduarda Garcia Barruffini, Sofia de Freitas Portugal, Marcelly Cunha Alves e Luciana Moita Fernandes.
RETRATANDO SÃO JOÃO
Para identificar e retratar São João os alunos fizeram uma pesquisa e nela descobriu-se variações de imagens do santo em diferentes faixas-etárias. Opinou-se em retratá-lo, segundo Leonardo Da Vinci, com feições de crianças para desmistificar a sua imagem equivocada de um homem severo e rude.
O desenho foi feito pelos alunos: Matheus Romano Palmieri de Souza e Sofia de Freitas Portugal.
E pintado pelas alunas: Isabela Bullamah Funck Thomaz, Luciana Moita Fernandes, Sofia de Freitas Portugal e Marcelly Cunha Alves.
RETRATANDO A FESTA JUNINA
Os alunos encontraram na pintura de estilo “Art-Naif” (arte primitiva) as características da intuição criativa de Djanira da Motta e Silva, as cenas que mostravam os costumes, paisagens e festas populares do Brasil, incluindo a festa junina. Num caminho riquíssimo e amplo do folclore brasileiro, que mudou o conceito entre arte abstrata e figurativa, enfatizando a simplicidade da técnica, do desenho e da pintura.
O desenho foi feito pelos alunos: Lucas dos Santos Denone e Bruno Sanches Villela.
E pintado pelas alunas: Caroline M. Capareli de Novais, Juliana Jerônimo Moreno, Luciana Moita Fernandes e Marcelli Maria Teshima Zanotin
SOBRE OS TRABALHOS
Técnica: acrílica sob tela.
Sob a orientação das professoras: Márcia Beleboni Nishi e Roberta Maria Baptista Galvão.
Nossos sinceros agradecimentos: Direção do Colégio Anchieta; Orientador Educacional – Antônio Carlos Tórtoro e a Igreja Santo Antoninho, Pão dos Pobres, na pessoa do Padre Gilberto Kasper.
Festa do Divino
Djanira de Mota e Silva
Quem foi Djanira ?(1914- 1979 )
Jovem, trabalhou nos cafezais de Avaré antes de mudar-se para São Paulo no começo dos anos 30. Para curar-se de tuberculose, aos 25 anos foi para o Rio de Janeiro, onde aprendeu noções de arte com o pintor romeno Emeric Marcier.
Dona de uma intuição criativa, sua pintura evoluiu porque ela passou a pintar cenas que mostram os costumes, paisagens e festas populares do Brasil.
Fez sua primeira mostra no Rio em 1942.
Apoiada pelo grande pintor Cândido Portinari foi para os EUA, expondo obras em Nova York.
De volta ao Brasil, percorre o País pesquisando e pintando temas nacionais.
Expôs em países da Europa e das Américas.
Primeira artista da América Latina a ter um quadro exposto no Museu de Arte Moderna do Vaticano, ela recebeu em 1972 comenda do Papa Paulo VI. Religiosa, adotou o hábito de leiga da Ordem Terceira Carmelita, com o nome de irmã Teresa do Amor Divino, escolhido pessoalmente.
Sobre ela escreveu Jorge Amado:
“Djanira traz o Brasil em suas mãos, sua ciência é a do povo, seu saber é esse do coração aberto à paisagem, à cor e ao perfume.
Coral de Anjos
Fonte: http://tribarte.blogspot.com/2011/03/serie-homenagem-as-mulheres-parte-i-i.html
Pescadores
A Vida de Djanira
Texto de Paulo Victorino
Embarque bananas
O velório
Seria um velório como tantos outros que acontecem diariamente na cidade do Rio de Janeiro.
No esquife, uma irmã de caridade, vestida com o hábito da ordem que abraçara, cercada de outras irmãs, companheiras do mesmo convento, que, contritas, rezavam pela alma da falecida.
O que chamava a atenção, porém, era o grande número de pessoas que passavam pelo local, em trajes seculares, aparentemente desvinculadas de atividades clericais, mas que compareciam para prestar uma última homenagem àquela religiosa.
Tratava-se de um acontecimento singular, já que, ao afastar-se para a vida religiosa, a devota rompe com o mundo exterior, passando a ter o convento por casa, a clausura por objetivo, e o fardo da cruz por flagelo.
Quem seria, pois, esta santa mulher, que parecia ter, fora do claustro uma relação de amizades maior do que entre as religiosas que lhe eram íntimas?
Lá estava em seus registros: tratava-se da irmã Teresa do Amor Divino, da Ordem Terceira do Carmo.
Essa identificação era a que valia diante da Santa Igreja.
Porém, aqui fora, no mundo dos mais comuns mortais, até o dia em que assumiu o voto perante a Ordem, seu nome era Djanira da Mota e Silva, ou, simplesmente, Djanira.
A provação
Descendente de austríacos e de índios guaranís, ela era uma rara combinação do sangue ariano com o indígena.
Djanira nasceu em 1914 na cidade de Avaré, Estado de São Paulo, mudando-se logo nos primeiros anos para Porto União, em Santa Catarina, onde teve uma infância de duro trabalho na lavoura.
Já adolescente, voltou para Avaré, depois seguiu para São Paulo, morando em quarto de pensão e trabalhando dez ou doze horas seguidas por dia, como vendedora ambulante, momento em que chegou a sentir saudades da vida rural.
Vivendo em ambiente insalubre, ganhando pouco e se alimentando mal, trabalhando além de suas forças, o que não queria acabou acontecendo: um exame médico diagnosticou tuberculose em grau avançado, o que determinou seu internamento no Sanatório Dória, de São José dos Campos, onde, em breve, estava sendo transferida para o pavilhão de pacientes terminais.
Anjo
O milagre
Foi então que, em meio a intenso sofrimento e crises agudas, alguém lhe colocou às mãos pincéis e tintas.
Djanira nunca havia pintado, mas de sua imaginação foi surgindo, iluminada, a figura de um Cristo crucificado.
Não aquelas que costumamos ver a todo momento; era um Cristo diferente, dolorido, contorcido em dores, uma síntese da imagem de todos aqueles infelizes que se achavam atirados ao pavilhão dos desenganados, esperando a morte chegar.
Nos raros momentos de alívio à dor, as pinturas, uma a uma, foram surgindo e, aos poucos, o milagre começou a acontecer.
Djanira, a quem os médicos não davam mais que alguns meses de vida, começou a se recuperar e, no mesmo tempo estimado para sua morte, ante a surpresa de médicos e enfermeiros, ela estava recebendo alta, quase que completamente curada.
República dos artistas
Djanira mudou-se então para o Rio de Janeiro, onde se casou com Bartolomeu Gomes Pereira, um maquinista da marinha mercante.
Corriam os anos da Segunda Guerra Mundial, da qual o Brasil relutava, ainda, em participar, e o fantasma da morte, outra vez, passou por sua casa, quando um submarino alemão torpedeou o navio em que o marido trabalhava, deixando-a viúva.
Ciranda
Djanira Gomes Pereira era seu nome, quando recebia pensão pela morte do marido no afundamento do navio em que ele trabalhava como maquinista.
Novamente, era chegada a hora de recomeçar a vida a partir do nada.
Djanira alugou um quarto na Pensão Mauá, no Bairro de Santa Teresa, passando a trabalhar como costureira.
Lembrando seus tempos de despachada vendedora, logo começou a sublocar vagas na pensão.
Não tardaram em chegar os primeiros hóspedes: eram estudantes de pintura, com poucos recursos, e alguns pintores estrangeiros, estes refugiados de guerra.
Entre os refugiados, estava o romeno Emeric Marcier, que lhe fez uma proposta mais que decente: em troca de alojamento e comida, ele lhe daria aulas de pintura, transferindo para ela parte da experiência adquirida na Romênia, ou como ele próprio dizia dizia, iria ensinar-lhe "a cozinha da pintura, que não se ensina na escola".
Juntava-se, pois, a fome à vontade de comer.
Autodidata, refratária ao ensino tradicional, Djanira teve a oportunidade de aprender as técnicas e os macetes da pintura.
Por outro lado, independente e com opinião própria, ela assimilou os ensinamentos mas permaneceu fiel ao seu estilo de pintura, simples, plano, parecendo até infantil para a um olhar menos atento.
Só que os novos conhecimentos a faziam crescer na arte usando de pinceladas mais firmes, dentro de um conjunto melhor elaborado.
Djanira começa a ser notada
Enquanto a Pensão Mauá era o reduto de estudantes e pintores pobres, em outro local de Santa Teresa, o Hotel Internacional, reunia-se um grupo de pintores melhor situados na vida, incluindo, por exemplo, Arpad Szenes e sua esposa Maria Helena Vieira da Silva, ambos fugitivos, em virtude da ocupação da França pelos nazistas.
Os dois grupos não formavam aglomerados estanques: uns e outros se comunicavam e a estreante passou a receber apoio e incentivo daqueles que já possuíam nome no mercado, entre estes Lasar Segall, que se emocionou com as pinturas de Djanira.
Festa
Sua primeira participação se deu já no Salão Nacional de Belas Artes em 1942 (o mesmo ano em que enviuvou).
Seguiram-se mais duas exposições coletivas, e uma individual, onde a venda de quadros lhe permitiu juntar algumas economias.
Em 1945, viajou aos Estados Unidos, acompanhando Milton Dcosta, com quem vinha mantendo um flerte (Milton Dacosta se casaria quatro anos depois, mas com outra artista plástica, Maria Leontina).
Djanira, no auge da carreira
O Brasil dos humildes
Com um nome já feito e tendo o trabalho reconhecido no mundo artístico, foi um suceder de coletivas e individuais, nas quais arrebatou vários prêmios.
Em 1952, um prêmio de viagem pelo Brasil deu-lhe a oportunidade que tanto desejava, que era retratar, em suas telas, o cotidiano do brasileiro em suas múltiplas tarefas, assim como nas festas e práticas religiosas.
É a partir daí que surge o período mais expressivo no trabalho de Djanira, flagrando pescadores, homens rudes do campo, trabalhadores da cidade, enfim a gente simples que faz a história do país, ao mesmo tempo em que transportava para a tela, também, a mística do sincretismo religioso entre catolicismo e cultos afro-brasileiros, tudo colocado da maneira mais simples e efetiva.
«Sou uma nativa e não me envergonho disso», comentou uma vez a pintora.
Correndo em suas veias o sangue indígena, caldeado ao germânico, procurava conciliar o internacionalismo da arte com o nacionalismo da cultura de um país e, deste nacionalismo, não abria mão.
Para Djanira, a cultura local é a amálgama de um povo, sua identificação, sua individualidade. Retirando-se essa cultura, desaparecem as raízes que mantêm um povo unido.
Fim de contrato
A milagrosa sobrevivência à tuberculose, contrariando todos os prognósticos médicos, parece ter sido, para ela, um contrato de prorrogação da vida, por tempo determinado. Em 1979, com a saúde novamente debilitada, deu por encerrado esse contrato, internando-se na Ordem Terceira do Carmo.
Renunciou à vida e ao nome que conquistara, passando a chamar-se apenas Teresa do Amor Divino, e recebeu as roupas simples usadas no convento.
Foi com esse nome e com esse hábito de freira que Djanira morreu, em 31 de março de 1979.
Se sua missão era espalhar à sua volta a beleza, a amizade, o amor e a solidariedade, então, missão cumprida. Descanse em paz.
Fonte: http://www.pitoresco.com.br/brasil/djanira/djanira.htm
Fonte: http://www.pitoresco.com.br/brasil/djanira/djanira.htm
Henri Rousseau
ARTE NAÏF
É a arte da espontaniedade, da criatividade autêntica, do fazer artístico sem escola nem orientação, portanto é instintiva e onde o artista expande seu universo particular.
Claro que, como numa arte mais intelectualizada, existem os realmente marcantes e outros nem tanto.
Art naïf (arte ingênua) é o estilo a que pertence a pintura de artistas sem formação sistemática. Trata-se de um tipo de expressão que não se enquadra nos moldes acadêmicos, nem nas tendências modernistas, nem tampouco no conceito de arte popular.
Esse isolamento situa o art naïf numa faixa próxima à da arte infantil, da arte do doente mental e da arte primitiva, sem que, no entanto, se confunda com elas.
Assim, o artista naïf é marcadamente individualista em suas manifestações mais puras, muito embora, mesmo nesses casos, seja quase sempre possível descobrir-lhes a fonte de inspiração na iconografia popular das ilustrações dos velhos livros, das folhinhas suburbanas ou das imagens de santos.
Não se trata, portanto, de uma criação totalmente subjetiva, sem nenhuma referência cultural.
O artista naïf não se preocupa em preservar as proporções naturais nem os dados anatômicos corretos das figuras que representa.
Características gerais:
· Composição plana, bidimensional, tende à simetria e a linha é sempre figurativa
· Não existe perspectiva geométrica linear.
· Pinceladas contidas com muitas cores.
Principal Artista:
Henri Rousseau (1844-1910), homem de pouca instrução geral e quase nenhuma formação em pintura.
Em sua primeira exposição foi acusado pela crítica de ignorar regras elementares de desenho, composição e perspectiva, e de empregar as cores de modo arbitrário.
Estreou com uma original obra-prima, "Um dia de carnaval", no Salão dos Independentes.
Criou exóticas paisagens de selva que lembram tramas de sonho e parecem motivadas pelos sentimentos mais puros.
Nos primeiros anos do século XX, após despertar a admiração de Alfred Jarry, Guillaume Apollinaire, Pablo Picasso, Robert Delaunay e outros intelectuais e artistas, seu trabalho foi reconhecido em Paris e posteriormente influenciou o surrealismo.
H.Rosseau
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Olá Krika.
ResponderExcluirAdorei conhecer seu blog, cheio de idéias e planos de aula, vou colocá-lo na minha lista de blogs, pois com certeza será muito útil para nossos professores.
Parabéns.
Maria Clara