Neuza Lozano Peres
Gabriela Guenther
Baseado numa história real, Wika Yawuwu virou Francisca quando aqui chegou.
Seus descendentes contam o que ouviam de seus antepassados, que Francisca viera ainda menina para o Brasil como parte do rapto perpetrado por homens que buscavam em várias regiões da África pessoas para escravizar.
Vinda da África em um navio inglês, lá, era chamada de Wika Yawuwu. Em Botucatu, a bela Wika ficou conhecida como vovó Francisca. De sua varanda, sentia o cheiro das árvores, e se recordava da infância cheia de histórias.
O que Wika mais gostava era das brincadeiras junto às crianças, porém, na fazenda, era destinada a tarefas diversas, mas nunca deixou de fazer o que mais gostava: lindas bonequinhas com o sabugo do milho e, claro, cantar com a sua linda e envolvente voz.
A bela Wika Yawuwu é uma história cheia de encantos, assim como Wika, que se tornou uma linda e respeitável mulher, admirada por todos de Botucatu por sua singularidade.
Assunto: escravização e cultura africana.
Indicações: séries iniciais e intermediárias do Ensino Fundamental. Fonte
Ouvindo: AQUI
A princesa negra da fazenda velhaA bela Wika Yawuwu nasceu na África.
Pertencente à nação de povos Nagô, foi raptada ainda jovem, ou talvez criança, para ser vendida pelos traficantes de escravos, aos senhores do Brasil.
Vejam história completa:
AQUILeitura informativa
Tradição das cicatrizes no rosto
Antiga prática muito difundida entre os iorubá, hoje em dia já não é tão comum, pois com o desenvolvimento cultural e tecnológico perdeu a finalidade, e tende a desaparecer por completo.
A origem desse costume foi na Nigéria Ocidental (povo iorubá), devido à grande quantidade de guerras que havia na região.
Os fulani estavam sempre em guerra com os iorubá, e as próprias cidades guerreavam entre si.
No meio de uma batalha uma pessoa poderia matar alguém do seu próprio grupo.
Já com as marcas no rosto a identificação tornou-se bem mais fácil, e só eram mortos ou aprisionados como escravos aqueles com marcas diferentes, ou os que não tinham marca alguma.
Os fulani estavam sempre em guerra com os iorubá, e as próprias cidades guerreavam entre si.
No meio de uma batalha uma pessoa poderia matar alguém do seu próprio grupo.
Já com as marcas no rosto a identificação tornou-se bem mais fácil, e só eram mortos ou aprisionados como escravos aqueles com marcas diferentes, ou os que não tinham marca alguma.
Outro motivo para as marcas era que os escravos, quando não tinham marcas, levavam no rosto a marca de seu dono.
Os grupos familiares também costumavam marcar o rosto para facilitar a identificação de pessoas da mesma família, ao se encontrarem fora da cidade.
Finalmente, algumas pessoas se achavam mais bonitas com cicatrizes no rosto, para “estar na moda”.
Atualmente os ijebú e os ijesá não cortam mais marcas no rosto dos recém-nascidos.
Em Ondo são feitas marcas somente no rosto do primogênito, enquanto em Oyo existem famílias que fazem as cicatrizes até hoje.
Em Ondo são feitas marcas somente no rosto do primogênito, enquanto em Oyo existem famílias que fazem as cicatrizes até hoje.
Alguns exemplos das marcas usadas nas diversas cidades do grupo iorubá:
Fonte:
AQUI
A bela Wika Yawuwu
By krika
Vovó Francisca lembra de sua história desde que foi trazida ao Brasil. Ainda criança, nascida na África. Seu povo era o ioruba de Ipó Kiyá.
São muitos nomes e tradições ricas....Para nosso deleite, hoje, porque não poderemos jamais imaginar o sofrimento daquelas pessoas, que por tantos anos foram escravos.
Francisca ou Wika cresceu numa fazenda. Como toda criança, brincava com bonecas feitas de espigas de milho. Mas a vidinha dela era também de muito trabalho...
Colegas professoras,
Mais uma obra linda da autora e amiga Neuza Lozano Peres.
Gostaria que vocês tivessem, assim como eu, o prazer de conhecer esta obra.
Trata-se de mais um estímulo literário bem apropriado para trabalharmos o tema Conscientização negra de forma lúdica e leve ( apesar da crueldade da época).
Trouxe também uma sugestão de leitura informativa sobre a tradição das marcas nos rostos, caso queiram se aprofundar nesta cultura.
A história envolve cantigas, brincadeiras, cores e fantasias de uma criança, que cresceu linda, como uma escultura nagô.
Divirtam-se com seus alunos!
Vejam mais obras de Neuza no Linguagem:
Link para essa postagem
Querida Krika...Grata por mais essa referência. O livro A Bela Wika Yawuwu exigiu até mesmo uma pesquisa para que fosse concretizado. Quanta história envolve a "história" da Wika Yawuwu. Mil bjs. Espero que possamos estar sempre juntas para levar ao nosso educador, informações, colaborações e por que não dizer agradecimentos pela gentileza de compartilharem nosso trabalho. Mil bjs...FELIZ 2015...NEUSINHA
ResponderExcluirO Linguagem sempre prestigia o que há de melhor!
ExcluirQuerida amiga Krika
ResponderExcluirDesejo para ti
braços bem abertos
para receber com carinho
o ano que se aproxima.
Ele traz um presente:
- Uma vontade de que olhes
para alguém ou para alguma coisa,
com olhos de primeira vez.
Recebendo este presente,
as sementes de alegria que te habitam,
estarão recebendo seu melhor alimento,
e assim se transformarão em realidade,
perfumando sua vida e sua alma
com sua maravilhosa, única e infinita
essência de felicidade.
Um ano novo de olhares novos para ti.
Aluísio Cavalcante Jr.