Autora:Mariana Caltabiano
Ilustrações:Patrícia Lima
Editora: Scipione
Há muitos e muitos anos, houve uma enorme enchente na Terra.
Um homem chamado Noé construiu uma arca para salvar os animais.
Essa história todo mundo conhece. O que ninguém sabe é que Noé teve muitos problemas para convencer os bichos a entrar na arca. Eles não queriam se misturar.
Os macacos queriam viajar na primeira classe, pois se achavam mais espertos que os outros bichos.
Nenhum bicho queria viajar com os porcos por causa do mau cheiro.
Os ratos tinham medo dos gatos e os gatos dos cachorros.
Ninguém queria dormir com as galinhas, porque elas acordavam muito cedo.
Os tigres achavam os leões metidos por serem os reis da selva.
As girafas se sentiam superiores e não queriam baixar o nível para falar com os outros.
O mico leão-dourado era minoria e tinha mania de perseguição.
Os pinguins estavam mais perdidos que cachorro em dia de mudança e eram os únicos que vestiam casaca.
Todos tinham raiva das hienas, que morriam de rir num momento daqueles.
As abelhas achavam as formigas o fim da picada.
As araras e os papagaios não se bicavam.
Os animais não percebiam que o mundo ia acabar e eles continuavam discutindo.
Então, Noé pediu a eles que parassem de agir como humanos e esquecessem suas diferenças pelo menos naquele dia.
O elefante disse que era impossível esquecer, por causa da sua memória indiscutivelmente grande.
O macaco, que é o bicho mais parecido com o homem, falou que aquilo era conversa pra boi dormir e fez pouco caso da água que não parava de subir.
Só que a água subiu, subiu e nem a coruja deu mais um pio.
Quando os animais perceberam que não tinham saída, subiram todos na arca.
Lá dentro, eles viram que conviver não era nenhum bicho de sete cabeças.
Afinal, apesar das diferenças, estavam todos no mesmo barco, e ali ninguém era melhor do que ninguém.
Atividade literária: AQUI
COMPARTILHAMENTO DE INFORMAÇÕES PRÉ-TEXTUAIS
a) O professor pergunta aos alunos quem já ouviu a história da Arca de Noé?
b) Depois de todos compartilharem o que sabem sobre a história, a professora mostra o livro”Arca de Ninguém”
EXPLORAÇÃO DO TÍTULO
a) Será que a arca é de ninguém? Porque ninguém entrou nela?
b) Será que a arca é de todo mundo e ninguém manda nela?
c) Será que todos mandam dentro da arca e ninguém pode ser o seu dono?
d) Será que o Noé é o ninguém da arca?
LEITURA INTERPRETATIVA DO TEXTO
O professor inicia a leitura do texto apontado com o dedo as ilustrações de cada página.·
a) O que vocês acharam da história?
b) Os animais tiveram problemas uns com os outros? E vocês, já passaram por alguma situação semelhante?
c) Você já presenciou alguma vez pessoas tendo a mesma atitude dos animais, ou seja, gente rejeitando gente?
d) Com quem? Onde? Quando? Você viu esta cena de rejeição?
e) E você , já fez isso com alguém? Teve preconceito, não quis ficar junto de alguém?
Obs. Explicar o que é preconceito
Encerrada a leitura, sugerimos algumas questões para serem discutidas.
RECONTANDO A HISTÓRIA COM A TURMA
a) Liste, junto com os alunos, todos os personagens da história.
b) Deixe que cada um escolha seu personagem (o bichinho).
c) A história é apenas narrada, não aparecem diálogos, portanto, sugerimos duas formas de trabalho.
Personagens dramatizam e o narrador lê a história.· para teatro)
Professor e alunos montam os diálogos de acordo com a narração. (texto·
Confecção das máscaras.·
Obs. Se a turma for formada por mais de 20 alunos, sugerimos colocar dois alunos para representar alguns animais, pois a arca recebeu dois animais de cada espécie.
Apresentação para os colegas.
JOGO QUANTAS SÍLABAS, QUANTAS LETRAS
Esta é uma atividade para ruptura da hipótese silábica.
Material
Cartas contendo desenho de um lado e a escrita do nome deste desenho no outro·
Copinhos de café·
Dado
Instruções para o jogo
Espalham-se todas as cartas na mesa, com o lado dos desenhos voltados para cima.
Um aluno inicia o jogo, lançando o dado e escolhendo um desenho cuja quantidade de sílabas orais contidas no nome deste desenho seja a mesma da face do dado que ficou voltado para cima. Em seguida, o aluno vira a carta, observa a escrita e apanha um feijão para cada letra que a palavra contém, mantendo a carta consigo até o
final do jogo, que termina quando a última carta for apanhada.
No jogo há várias palavras monossílabas, dissílabas, trissílabas e com quatro sílabas.
É considerado vencedor, o aluno que terminar o jogo com maior número de feijões.
Variações
Pode-se pedir aos alunos que estiverem no nível alfabético, para dizerem, antes de virarem a carta, quantas letras tem a palavra do verso.
Neste caso o aluno só apanha os feijões se sua resposta estiver correta, em caso de erro a carta volta ao centro da mesa.
Outra forma de diversificação seria pedir aos alunos para escreverem a palavra, antes de virar a carta, e em seguida conferir sua escrita com a palavra do verso.
M
MACACO
JOGO DO QUARTETO OU DORMINHOCO
Nº de participantes
: de 4 jogadores
Nº de cartas
Desenhe ou cole figuras dos animais citados na história em papel catão e faça fichas.
Uma com a figura a outra com o nome do animal constante na figura em caixa alta, outra com a inicial do nome e, por último, outra carta com o mesmo nome em letra cursiva.
Ao final terá um acervo grande de cartas o suficiente para propor o jogo.
Regras
Para baixo para ninguém vê-la.
Os jogadores deverão tentar formar o quarteto, com as cartas que recebem.
O mico é uma carta que apenas tem o objetivo de atrapalhar a formação dos quartetos, portanto, ao recebê-lo, deve-se esperar uma rodada para passar ao próximo jogador.
O jogador que conseguir formar o quarteto primeiro, coloque-o sobre a mesa e não diga nada a ninguém.
Quem observar que o mesmo já abaixou, baixa em seguida o seu jogo também, mesmo que este não tenha feito seu quarteto.
O último jogador a perceber que todos abaixaram, mas menos ele, é que será o Dorminhoco.
Aquele que ficar de Dorminhoco terá que realizar um desafio.
Embaralhe as cartas, distribua-as de forma que o jogador iniciante fique com 5 cartas e o restante com 4 cartas.
O início do jogo se dá no momento que o jogador iniciante analisa as suas cartas e passa ao próximo jogador aquela a qual não seja pertinente ao seu jogo e, dessa forma, continuam-se as jogadas.
A passagem de carta para o próximo jogador não poderá ser exposta, ou seja, deve- se passar a carta virada
Sugestão de desafios
Caso o aluno for alfabético ou alfabetizado, ler um pequeno texto,uma parlenda, trava-línguas, etc.; caso seja silábico, ler palavras ou perguntar quantas vezes abre-se a boca para falar uma certa palavra; caso seja pré-silábico 1 ou 2, dizer iniciais de palavras, com qual letra começa certa palavra, etc.
O que vale é a criatividade do professor, o importante é não deixar o jogo pelo jogo.4 quartetos e um mico/ou letra que não faz parte do jogo, no total de 17cartas.
Cada quarteto deve compor:1 carta com uma figura, 1 carta com o nome da figura, 1 carta com a inicial do nome da figura e 1 carta com o nome da figura em letra cursiva.
Vejam aqui atividades sobre esta obra: AQUI
Vejam modelo:
Continua: AQUI
Projeto
Vejam no link
Tema: “Relações de igualdade, semelhanças e diferenças
Inclusão social
Oficina Arca de ninguém
A escolha deste tema foi baseada na oportunidade de trabalhar a questão da diversidade, as diferenças entre os alunos e o respeito entre as crianças,e a partir do livro montaremos também as regras de convivência, os combinados da turma.
A partir do livro e através da oficina trabalharemos também conteúdos de português (reconhecimento e traçado do alfabeto/ identificação de letras iniciais das palavras/escrita dirigida de palavras/letras de músicas/diálogos/ quebra cabeças/produção de texto coletiva/ alfabeto móvel/leituras), de matemática (representação de quantidades/gráfico/quebra cabeça), de ciências (animais selvagens e domésticos/animais terrestres, aéreos, aquáticos/ moradias e hábitos dos animais), de artes (dobraduras/colagens/pinturas).
PLANO DE AULA COM HORA DO CONTO
Epa! cadê Noé? Estímulos audiovisuais:
A proposta desta animação é bem interessante e até inusitada: e se, às vésperas do dilúvio, alguns animais não conseguissem embarcar na salvadora arca de Noé? Consciente das consequências que algo do tipo traria, os responsáveis por esta coprodução Luxemburgo/Alemanha/Bélgica/Irlanda/Estados Unidos aproveitaram o gancho para inserir, de forma sutil e necessária, elementos evolucionários pregados por Charles Darwin. Tudo sem tornar a narrativa didática ou maçante para os menores, mas ao mesmo tempo respeitando a inteligência daqueles que os acompanham.
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