Rubem Alves
ENSINANDO DENTRO DO PRINCÍPIO
DA IGUALDADE RACIAL
Autor: Denise D.C. Rizzotto
Co-autores: Ana Maria F.da Silva Nunes, Eliana A.Carleto, Luciana S. Muniz, Mariane É. da Silva
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
■Refletir sobre sua identidade racial e sua relação com o outro;
■Compreender a importância em respeitar e aceitar as diferenças;
■Compreender que todos nós temos uma história;
■Resgatar fatos importantes de sua história de vida;
■Reconhecer e valorizar suas características individuais (cor da pele, cabelo, tamanho e outras);
■Reconhecer a certidão de nascimento como primeiro documento.
Duração das atividades
Aproximadamente 180 minutos – 3 atividades de 60 minutos cada uma.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o alunoProfessor, é necessário que o aluno: esteja inserido no processo de alfabetização, reconheça palavras e seja capaz de expor seu pensamento.
Estratégias e recursos da aula
Professor, vamos trabalhar com a história de vida do aluno abordando o respeito às diferenças e a valorização das diferentes etnias (raças), de forma lúdica, contextualizando a partir da própria história da criança.
Para isso, utilizaremos como recurso uma história de Rubem Alves “A Porquinha do Rabo Esticadinho” e a Mala da Diversidade, uma sugestão desenvolvida com crianças de uma creche que adaptamos para nossa proposta, relatada nos sítios:
Professor, trabalhar com as diferenças étnicas é fundamental para que possamos combater o preconceito que muitas crianças trazem implícito em suas falas e ações.
É função da escola educar dentro do princípio da igualdade racial.
1ª atividade- aproximadamente 60 minutos.
Motivando:
Professor, para despertar o interesse dos alunos pelo tema, utilize a história de Rubem Alves, “A Porquinha do Rabo Esticadinho”, pois ela vai sensibilizar os alunos e possibilitar o debate sobre as diferentes raças e o respeito a cada uma.
Organize os alunos em uma roda, diga-lhes que vamos ler a história de uma porquinha.
Questione-os:
_Quem conhece porquinhos?
-Como eles são?
-O que comem?
-Onde eles vivem?
Depois, mostre-lhes a capa do livro e explore:
-O que tem na capa? (nome da história, nome do autor, nome do ilustrador e ilustração)
-O que mostra a ilustração?
-O que vocês acham que vai ser contado na história?
Professor, depois de ler a história explore as questões que achar relevante, veja a sugestão:
■Quais são os personagens da história?
■Qual é o nome da porca mãe?
■Quantos porquinhos ela teve?
■Como eram os porquinhos?
■Por que havia um porquinho diferente?
■O que tornava este porquinho diferente?
■O fato de uma porquinha ser diferente era um problema? Por quê?
■O que a porquinha fez para que seu rabo ficasse enroladinho?
■O que a porquinha fez para que seu rabo ficasse enroladinho?
■Nós seres humanos somos todos iguais?
■O que nos torna diferentes uns dos outros?
■Por que a porquinha ficava triste em ser diferente?
■Como foi que a porquinha superou a diferença?
Professor, ao final do debate conduza a discussão para que os alunos possam inferir que: não podemos discriminar ninguém por ser diferente e devemos aceitar as pessoas como elas são.
2ª Atividade: aproximadamente 60 minutos.
QUEM SOU EU
Professor, com esta atividade queremos que os alunos compreendam que todos nós temos uma história, além de resgatarem fatos importantes de sua história de vida é interessante que eles reconheçam e valorizem suas características individuais (cor da pele e do cabelo, estatura e outras), para isso vamos adaptar a experiência da Mala da Diversidade.
Ou pergunte em sua turma quem tem mamãe, avó ou tia que costura ou borda, pois geralmente quem possui estas habilidades tem também facilidade com artesanato.
Peça ajuda.
Faça bonecos utilizando diferentes tecidos, de acordo com as diferenças de sua turma, mas eles não deverão ter olho, boca e nem cabelo, pois isto vai ficar por conta do aluno e dos seus pais.
Depois de todos prontos, leve-os para sala e solicite que cada aluno escolha um boneco para ser ele e leve-o para casa.
Em casa, ele deverá discutir com seus familiares sobre suas características, resgatar fatos importantes de sua vida e terminar o boneco.
Na aula seguinte cada aluno deverá mostrar seu boneco, apresentá-lo para turma e contar um pouco de sua história.
Solicite que cada um diga o que mais gosta nele (boca, olhos, cor da pele, cabelo ou outros).
Professor, caso não tenha possibilidade de fazer os bonecos de pano, você poderá trabalhar com desenhos. Distribua papel duro, cartolina ou outro e solicite que cada aluno desenhe a si mesmo buscando valorizar suas características.
Depois que todos os alunos apresentarem seus bonecos e contarem sua história, discuta sobre as características das diferentes etnias, buscando ressaltar a importância sócio/cultural de cada uma.
Solicite também que analisem se escolheram bem os bonecos e se fizeram uma caracterização coerente com sua etnia.
REGISTRANDO
Solicite que façam um relatório da atividade, identificando desde a confecção do boneco, passando pela participação dos familiares até sua história, resgatando fatos importantes e sua percepção sobre as diferenças encontradas.
Se a sua turma for de 1º ano do ensino fundamental e os alunos ainda não escrevem de forma autônoma, faça o registro coletivamente e deixe as opiniões pessoais apenas na oralidade.
3ª atividade: aproximadamente 60 minutos.
Professor, pretendemos com esta atividade que os alunos se reconheçam enquanto cidadãos e que para estarem inseridos em uma sociedade precisam ter um documento que comprove a sua existência e que o nosso primeiro documento é a certidão de nascimento.
Solicite que tragam uma cópia de sua certidão de nascimento, mas se eles esquecerem procure na secretaria da escola e faça uma cópia.
Trabalhe com as certidões de nascimento dos alunos.
Solicite que identifiquem as informações contidas nelas.
ME LEVE PRA CASA
Professor, prepare uma mala ou mesmo uma sacola para colocar os bonecos.
Combine as regras com os alunos sobre a Mala ou Sacola da Diversidade:
- Cada dia um aluno levará para casa a mala contendo os bonecos de todos os colegas da sala de aula.
Deverá identificar a si mesmo e os colegas para apresentá-los à sua família.
-Junto com a Mala da Diversidade terá um caderno ou bloco para ser o Diário de Bordo.
Nele cada aluno deverá escrever: como foi a viagem da Mala da Diversidade em sua casa; o que aconteceu; como foi levar para casa todos os colegas da sala de aula.
Professor, este caderno ou bloco será um importante recurso para você trabalhar a leitura e a escrita além de possibilitar a reflexão sobre as questões étnicas abordadas na sala.
Faça uma página introdutória explicando o objetivo deste caderno, veja uma sugestão:
Professor, no dia seguinte, na rodinha, o aluno que levou a Mala da Diversidade deverá ler o que escreveu no Diário de Bordo para que todos possam comentar.
Este é um exercício de diálogo que ajuda o aluno a saber se colocar e respeitar a opinião do outro, além do trabalho com a leitura oral.
Recursos Complementares
Creche usa ''mala da diversidade'' para discutir diferenças
Quando uma das professoras da creche Heitor Villa-Lobos, em Santo André, retira uma maleta do armário, as crianças correm em sua direção.
Querem os bonecos de pano semelhantes a cada uma delas.
"Tem branco, preto e marrom. E os cabelos são todos diferentes", dizem os alunos, de três a cinco anos, todos ao mesmo tempo.
Conhecida como a "Mala da Diversidade", o projeto da creche municipal foi premiado no 4º Prêmio Educar para a Igualdade Racial, do Ceert (Centro de Estudos das Relações do Trabalho e Desigualdades), que reconhece escolas e professores que cumprem a lei 10.639.
Em 2007, após atividade em que os alunos fizeram auto-retratos no papel em tamanho real, os educadores, que passaram por curso de formação do MEC, decidiram elaborar bonecos que as crianças pudessem levar para casa.
Os professores costuraram bonequinhos de pano em branco, marrom claro e marrom escuro.
Chamaram os pais dos 197 alunos da creche para escolher os que representavam seus filhos e acrescentar rosto, cabelo e roupa.
Alguns pais de filhos negros, conta a diretora da creche, Rosane Arioza, escolheram a cor branca ou a marrom claro para seus filhos.
"Neste ano, depois de toda a discussão sobre as diferenças entre os colegas, notamos crianças que começaram a se queixar e dizer: "minha mãe me fez branca, mas eu sou marrom".
A criança não estava se identificando. Chamamos os pais, que concordaram em refazer os bonecos."
A diretora estima que 20% dos alunos sejam negros.
Todas as segundas, um sorteio nas salas decide quem vai levar a mala para casa por três dias.
Em um livro de depoimentos guardado dentro da mala, os pais escrevem sobre as experiências dos filhos com os bonecos.
"O objetivo é que reconheçam as diferenças e melhore a auto-estima desde cedo", diz Arioza.
A creche promove ainda atividades com comida típica, música e danças africanas.
(Folha de S.Paulo)
Avaliação
Professor por meio da avaliação deveremos verificar se alcançamos o que propusemos, ou seja, se as atividades com a história da “Porquinha do Rabo Esticadinho” de Rubem Alves, mobilizou os alunos e possibilitou uma reflexão sobre as diferenças, se a mala da diversidade contribuiu para que os alunos resgatassem fatos relevantes de sua história e se compreenderam a importância de respeitarmos as diferenças étnicas/culturais além de reconhecerem que a certidão de nascimento é nosso primeiro documento.
Acreditamos que se o trabalho foi bem direcionado, com certeza os alunos vão atingir estes objetivos além de outros.
A porquinha do rabinho esticadinho
Helena Regina Santarelli M. de Campos
Resumo:
Suposta tristeza no mundo da fantasia
Porquinha Rosinha é muito bonita ,e muito bem tratada,não é como as outras que vivem no chiqueiro.
Ela tem sua caminha ,toda de bolinhas e tem até um seu cobertor.
Todos os dias sua dona a leva a dar um passeio pela vizinhança.
_Bom dia Rosinha diz o S.Pedro.
_bom dia responde feliz a Rosinha.
Eu vim buscar hoje aquela moranga que esta bem fresquinha ,pois adoro legumes como as criançinhas.
Com isso feliz ia embora Rosinha com sua moranga dentro do carrinho .
Chegava em casa ,depois do almoço ,ficava a pensar que bom que seria ter uma amiguinha com quem brincar.
Até que um dia mudou na vizinha uma outra porquinha que era linda com uma flor.
Brincavam as duas com muita alegria até que um dia...........................
ela percebeu que o seu rabinho era esticado e da amiguinha todo enrolado.
Pensava ,pensava mas tinha vergonha de falar pra mamãe................
Até que um dia tomou coragem.......porque o meu rabinho não é enrolado e tão bonitinho como da amiguinha.
Mamãe explicou sobre as diferenças:ninguém neste mundo nasce igual ao outro,um tem seu foçinho grande o outro pequenino.
Um é gordo outro bem magrinho,o seu rabo esticadinho é diferente do dela ,mas também é bonitinho.
E assim os humanos com suas diferenças também são bonitos cada um do seu geito.
Pensou.......pensou a porquinha e chegou a conclusão: se todos fossem iguais que ruim que ia ser,seria como se a gente se olhasse no espelho e veria pela rua tudo sempre igual.
Por isso minhas crianças DEUS tem muita sabedoria ,não tem Feio ou BONITO só tem gente DIFERENTE.
A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE ÉTICA
E O RESPEITO ÀS DIFERENÇAS INDIVIDUAIS
O que o aluno poderá aprender com esta aula
1.Respeitar as diferenças individuais presentes na sala de aula;
2.Identificar os possíveis sentimentos das pessoas discriminadas e as conseqüências para suas vidas;
3.Analisar situações em que o próprio aluno ou os colegas agiram de forma discriminatória ou preconceituosa;
4.Reconhecer a importância de valores como solidariedade, respeito, justiça, dentre outros, para a vida das pessoas.
5.Propor formas respeitosas de relacionamento entre colegas e professores.
Veja aula completa AQUI
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