Ruth Rocha
Ilustrador: Adalberto Cornavaca
Editora: Salamandra
Marcelo, marmelo, martelo
Essa história fala sobre um menino que vive fazendo perguntas para todo mundo, como por exemplo os nomes das coisas.
Marcelo perguntava ao seu pai várias perguntas relacionadas a palavras.
Um dia marcelo perguntou ao seu pai por que não botaram o nome mesa de cadeira, na cadeira nome de parede e na parede o nome de bacalhau.
Com isso podemos dizer que Marcelo vive imaginando a troca de palavras.
Parou de fazer as prguntas e foi trocar os nomes das palavras que não tinha nada haver com a figura e por palavra que tinha haver.Seus pais não entendiam nada, mas aos poucos eles foram entendendo.
Manual prof: AQUI
A história do Marcelo...
Marcelo vivia fazendo perguntas a todo mundo:
— Papai, por que é que a chuva cai?
— Mamãe, por que é que o mar não derrama?
— Vovó, por que é que o cachorro tem quatro pernas?
As pessoas grandes às vezes respondiam.
Às vezes, não sabiam como responder.
— Ah, Marcelo, sei lá...
Uma vez, Marcelo cismou com o nome das coisas:
— Mamãe, por que é que eu me chamo Marcelo?
— Ora, Marcelo foi o nome que eu e seu pai escolhemos.
— E por que é que não escolheram martelo?
— Ah, meu filho, martelo não é nome de gente! É nome de ferramenta...
— Por que é que não escolheram marmelo?
— Porque marmelo é nome de fruta, menino!
— E a fruta não podia chamar Marcelo, e eu chamar marmelo?
— E por que é que não escolheram martelo?
— Ah, meu filho, martelo não é nome de gente! É nome de ferramenta...
— Por que é que não escolheram marmelo?
— Porque marmelo é nome de fruta, menino!
— E a fruta não podia chamar Marcelo, e eu chamar marmelo?
No dia seguinte, lá vinha ele outra vez:
— Papai, por que é que mesa chama mesa?
— Ah, Marcelo, vem do latim.
— Puxa, papai, do latim? E latim é língua de cachorro?
— Não, Marcelo, latim é uma língua muito antiga.
— E por que é que esse tal de latim não botou na mesa nome de cadeira, na cadeira nome de parede, e na parede nome de bacalhau?
— Ai, meu Deus, este menino me deixa louco!
— Papai, por que é que mesa chama mesa?
— Ah, Marcelo, vem do latim.
— Puxa, papai, do latim? E latim é língua de cachorro?
— Não, Marcelo, latim é uma língua muito antiga.
— E por que é que esse tal de latim não botou na mesa nome de cadeira, na cadeira nome de parede, e na parede nome de bacalhau?
— Ai, meu Deus, este menino me deixa louco!
— Sabe, papai, eu acho que o tal de latim botou nome errado nas coisas. Por exemplo: por que é que bola chama bola?
bra?
— Lembra, sim, mas... e bolo?
— Bolo também é redondo, não é?
— Ah, essa não! Mamãe vive fazendo bolo quadrado... O pai de Marcelo ficou atrapalhado.
— Mamãe, quer me passar o mexedor?
— Mexedor? Que é isso?
— Mexedorzinho, de mexer café.
— Ah... colherinha, você quer dizer.
— Papai, me dá o suco de vaca?
— Que é isso, menino!
— Suco de vaca, ora! Que está no suco-da-vaqueira.
— Isso é leite, Marcelo. Quem é que entende este menino?
— Marcelo, todas as coisas têm um nome. E todo mundo tem que chamar pelo mesmo nome porque, senão, ninguém se entende...
— Não acho, papai. Por que é que eu não posso inventar o nome das coisas?
— Deixe de dizer bobagens, menino! Que coisa mais feia!
— Está vendo como você entendeu, papai? Como é que você sabe que eu disse um nome feio? O pai de Marcelo suspirou:
— Vá brincar, filho, tenho muito que fazer...
— Bom solário pra todos... O pai e a mãe de Marcelo se olhavam e não diziam nada. E Marcelo continuava inventando:
— Sabem o que eu vi na rua? Um puxadeiro puxando uma carregadeira. Depois, o puxadeiro fugiu e o possuidor ficou danado.
— Sabe, João, eu estou muito preocupada com o Marcelo, com essa mania de inventar nomes para as coisas... Você já pensou, quando começarem as aulas? Esse menino vai dar trabalho...
— Que nada, Laura! Isso é uma fase que passa. Coisa de criança...
— Bom solário, bom lunário...
— que era como ele chamava o dia e a noite. E os pais de Marcelo morriam de vergonha das visitas.
— Papai, papai, embrasou a moradeira do Latildo!
— O quê, menino? Não estou entendendo nada! — A moradeira, papai, embrasou...
— Eu não sei o que é isso, Marcelo. Fala direito!
— Embrasou tudo, papai, está uma branqueira danada! Seu João percebia a aflição do filho, mas não entendia nada...
— Gente grande não entende nada de nada, mesmo!
— Não fique triste, meu filho. A gente faz uma moradeira nova pro Latildo. E a mãe do Marcelo disse:
— É sim! Toda branquinha, com a entradeira na frente e um cobridor bem vermelhinho...
— É sim! Toda branquinha, com a entradeira na frente e um cobridor bem vermelhinho...
O pai e a mãe do Marcelo não aprenderam a falar como ele, mas fazem força pra entender o que ele fala. E nem estão se incomodando com o que as visitas pensam...
O que? Por que será? De onde vem? Por que isso? Por que aquilo?
Tem uma idade que perguntamos, perguntamos e perguntamos.
É chamada a “Idade dos Porquês”, por volta dos três aos oito anos de idade.
Por que paramos de perguntar?
Não temos mais nada para aprender?
Não queremos mais aprender?
O que você ainda não sabe, ou sabe pouco e quer aprender?
FAÇA SUA PERGUNTA.
Quando perguntamos aprendemos.
Vamos refletir assitindo ao programa da TV Escola sobre algumas curiosidades, apresentação "Marcelo - O perguntador " e logo após escutaremos a música de Adriana Calcanhotto "Oito Anos" visualizando algumas imagens no projetor multi mídia.
E agora é tempo de pensar: O que tenho curiosidade?
Marcelo, Marmelo, Martelo - Ruth Rocha -
Substantivo próprio e comum
Autor: Sandra Maria Rocha de Arruda
identificar as palavras que dão nomes às coisas
-reconhecer nome próprio e comum
Estratégias e recursos da aula
Espera-se que todos os alunos conheçam o martelo.
oisas. Ao final da história, apresente o livro e informe aos alunos o autor e o ilustrador.
s. Que há um processo de elaboração em partes e em forma de vai e vem.
vez. Aproveite para analisar as palavras repetidas no levantamento da turma.
Faça as crianças perceberem que elas são nomes comuns a todos.
Dessa forma, o professor já analisa com o grupo que o substantivo se difere dos verbos, circunstâncias, pronomes, artigos etc.
Ele também pode colocar verbos, circunstâncias, pronomes, artigos para, depois, serem analisados pela turma.
das. O professor lança as perguntas:
- Que palavras são comuns a todos?
. O professor propõe que essas palavras sejam separadas em dois grupos. Entrega os nomes da turma que foram escritos no 1º momento e sugere:
Qual a origem do meu nome?
Disciplina: Português
Tema: Qual a origem do meu nome?
Conhecer a origem do seu nome e dos seus colegas; produzir um pequeno texto e dramatizar uma peça.
Objetivo:
Se a criança não souber a origem, deve perguntar para os pais e contar no dia seguinte para a turma.
Neste momento, a professora deixará a conversa fluir livremente, fazendo intervenções quando necessário.
Esse trabalho pode ser exposto na escola e para os pais.
Descreve a importância da nomeação e ao mesmo tempo é divertido e envolvente.
. Pedir que eles escrevam as falas, com apoio do livro, e se organizem por si próprios com definições de papéis e funções (se for necessário faça a intervenção).
a. Se for apresentada aos pais, é importante e interessante fazer convites para os pais irem assistir à peça teatral.
Avaliação:
História do nosso alfabeto
Com as aulas propostas o aluno poderá compreender como surgiram as letras do alfabeto brasileiro, perceber a importância dos símbolos ou sinais na comunicação bem como decifrar e compreender o significado dos símbolos e sinais na vida cotidiana.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Aula 1: Uma (1) aula de 60 minutos
Como referência, indicamos os sítios abaixo, para que você possa se informar para estruturar uma dramatização da história da escrita.
Contando com a ajuda de outros professores, providencie roupas típicas dos homens das cavernas e materiais para representar os desenhos em caverna, argila e no papel.
Organize a turma para ouvir a história em um ambiente propício.
Dialogue com o grupo no sentido de perceberem que a escrita não surgiu de uma hora para outra e que levou muito tempo até chegarmos à escrita que temos hoje.
Professor retome com a turma as discussões anteriores sobre o surgimento da escrita.
Depois, organize a turma em duplas e distribua uma folha de papel em branco para cada aluno. Solicite que façam um desenho que represente o animal de estimação de mais gosta, sem contar para o colega.
Após desenharem, peça que troquem os desenhos com o colega da dupla.
Dialogue com a turma tendo em vista alguns apontamentos:
Hoje a turma participará de uma dinâmica que envolve formas diferentes de se comunicar.
Com os pares feitos, faça uma grande roda.
Explique para a turma que terão que se comunicar com o colega da dupla sem usar a voz.
O objetivo é tentar se comunicar utilizando a linguagem corporal para explicar ao colega o que fez na noite anterior.
Estipule um tempo de aproximadamente 5 minutos para esta conversa.
Finalizada a comunicação, possibilite que cada um busque relatar o que compreendeu a partir dos gestos do colega.
Depois de todos falarem, dialogue com o grupo sobre as dificuldades encontradas para compreender a mensagem transmitida.
Instigue a turma a pensar sobre a importância da comunicação e que para haver comunicação é preciso compreensão.
Com esta história a turma compreenderá melhor a importância de nos fazermos entender a partir da comunicação.
Conte a história utilizando o próprio livro para instigar na turma o gosto pela leitura.
Como sugestão, elaboramos a atividade abaixo para que você professor possa explorar com a turma a importância do nome e também a criatividade na elaboração de novas palavras.
Professor procure perceber, por meio das obersvações diárias e das atividades realizadas pela turma, a compreensão do grupo sobre a história da escrita e a importância da comunicação entre os seres humanos.
Aula completa aqui:
O nome de cada coisa
Simples ou composto?
Primitivo ou derivado?
Mostre aos alunos que o estudo dos substantivos pode ser bem mais interessante do que decorar regrinhas
Primitivo ou derivado?
Mostre aos alunos que o estudo dos substantivos pode ser bem mais interessante do que decorar regrinhas
Objetivos:
Ele é a expressão humana que deu nome às coisas, a fim de dominálas e transformá-las.
Para a psicanálise, a nomeação tem um papel crucial na constituição do sujeito, pois, antes mesmo de existirmos biologicamente e fisicamente, muitos de nós já habitamos o espaço da linguagem com o nosso nome próprio escolhido por nossos pais, muitas vezes, antes de nosso nascimento!
E quando nos ausentamos quem habita o mundo, quem nos representa, é nosso nome!
Além disso, a nomeação é a única maneira de simbolizar e representar os nossos sentimentos: o que sinto?
Medo, solidão, angústia, alegria, paixão?
De que sinto medo?
Apesar de essenciais para reconhecer o mundo e a nós mesmos, os substantivos são, às vezes, conteúdos menosprezados em sala de aula, sendo rapidamente trabalhados.
Nesta edição, várias atividades são propostas para explorar ao máximo a capacidade humana de nomear as coisas do mundo: pessoas, animais, sentimentos, valores e tudo o que nossa imaginação criar.
Pois bem, o universo lúdico da literatura permite amplas reflexões linguísticas. Marcelo, certo dia, começa a perceber o que, na linguística saussuriana, nomeia-se como “arbitrariedade do signo”.
E é exatamente isso que começa a incomodar Marcelo, que passa a perguntar:
“Pai, por que mesa chama mesa?” Ao ouvir que muitas palavras vêm do latim, Marcelo se assusta. Latim seria uma língua de cachorro?
Certo dia, um susto! “Mamãe, me passa o mexedor?”
E o que haveria de ser mexedor!
A colher, já que mexedor seria um nome muito mais adequado a uma colher que é usada, afinal de contas, para mexer!
Com o passar do tempo, a coisa fica complicada, pois nem sempre Marcelo consegue se comunicar com as pessoas, já que ele adquiriu um vocabulário completamente novo e diferente da “convenção dos falantes”.
E há quem diga que linguística não pode ser aplicada em sala de aula, ainda mais com os menores!
O livro pode ser adotado pelo 2º ano e lido com você. Já com o primeiro ano vale a contação de história ou a leitura em voz alta, mostrando as ilustrações.
Dá-se o nome de substantivo a todas as palavras que nomeiam seres, lugares, objetos, sentimentos etc. Se a turma já aprendeu os adjetivos, é possível tecer as relações: os adjetivos qualificam os substantivos, atribuem valor às coisas do mundo.
Proponha uma série de palavras aos alunos e peça que eles deem nomes às coisas de acordo com a sua função.
Para os mais velhos, dos 3º e 4º anos, você pode reuni-los em grupo e entregar tabelas para serem preenchidas, por exemplo:
Em letra cursiva, exemplifica-se o preenchimento da tabela pelos alunos.
Eles deverão ora definir um substantivo, ora descobrir de que substantivo se trata e também dar um novo nome às coisas do mundo de acordo com sua função!
Uma atividade como essa requisita que o aluno exerça uma série de habilidades: atribuição de conceito, ampliação do vocabulário e criatividade.
Eles deverão ora definir um substantivo, ora descobrir de que substantivo se trata e também dar um novo nome às coisas do mundo de acordo com sua função!
Uma atividade como essa requisita que o aluno exerça uma série de habilidades: atribuição de conceito, ampliação do vocabulário e criatividade.
Sabe como o autor, por exemplo, define o substantivo “aulas”?
Como “período de interrupção das férias”!
E “caveira”?
“A cara da gente quando a gente não for mais gente”.
Apresente o dicionário de José Paulo Paes aos alunos do 5º ano, que já possuem uma maior capacidade de abstração, depois forme grupos de três alunos e peça que eles iniciem a construção de um novo dicionário ilustrado, contendo significações de dez palavras.
Ensine-os também a brincar com as palavras, esvaziando o seu sentido inicial e abstrato para dar um novo sentido íntimo ao concreto, por exemplo: “excelente” pode ser “uma lente muito boa”; “semana” pode ser “a vida sem a Ana”; “coruja” é “uma nova cor chamada uja”.
O objetivo é a graça!
É brincar com as palavras indo muito além da mera apresentação de definições da gramática.
É interessante que, antes de ouvir a música, os alunos leiam a letra em silêncio.
Só depois você deve ler a letra em voz alta e, por fim, tocar a música.
Esclareça dúvidas referentes ao vocabulário.
Questione aos alunos:
“O que Marisa Monte lista em sua música?
Qual a classe de palavras que tem destaque na letra?”.
Aponte o fato de que, como os alunos fizeram em atividades anteriores, Marisa Monte também define os substantivos a partir de sua função.
Descoberta a resposta, grife com os alunos alguns substantivos específicos presentes na letra, por exemplo:
2. temporada
3. café
4. jacaré
5. homem-rã
6. repouso
7. guarda-sol
8. Avon
9. Volkswagen
a. Ex : pedra, flor, lápis.
Já os subs tantivos derivados são aqueles que se originam de um subs tantivo primitivo.
E x .: pedregulho, floricultura, lapiseira.
Peça aos alunos para identificar, dos substantivos d estacados, um substantivo primitivo e outro derivado.
Café, por exemplo, é subs tantivo primitivo do qual outros irão se formar: cafeína e cafeteira.
Já calculadora e temporada são derivados de cálculo e de tempo.
Substantivos concretos e abstratos
Ex.: pessoas, prefeitos, deuses, ninfas.
Substantivos abstratos são aqueles que se referem a uma ação, qualidade, estado ou sentimento. Ex.: abraço, beleza, frio, estranheza, amor.
Mostre aos alunos que Marisa Monte faz uso em sua maioria de substantivos concretos:
Omo, litoral, jacaré, calculadora, mas “repouso” indica uma ação (repousar), sendo, portanto, um substantivo abstrato.
Ex.: Gabriela, Mário, Natura, São Paulo, Alemanha. Substantivos comuns são aqueles que designam os seres em sua generalidade: rio, cidade, criança, mesa.
Peça, então, que os alunos encontrem substantivo simples como café e próprios como Avon e Volkswagen.
Ex. : sol, céu, menino.
Substantivos compos tos são aqueles que apresentam mais de um radical. Ex. girassol, guarda-chuva, passatempo.
Novamente, peça aos alunos que identifique substantivos simples como café e calculadora e os compostos que seriam homem-rã e guardasol
Por exemplo: “para solidão: amor, para frio: calor, para medo: amizade”.
O objetivo é manter o viés poético do texto, possibilitando aos alunos a expressão, sobretudo, de sentimentos.
Se houver alguns alunos com habilidades musicais, peça que eles toquem com instrumentos, com a música de Marisa Monte ao fundo.
http://letras.terra.com.br/marisa-monte/47279 .
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Excelente
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