André Neves
O livro, como as paredes da casa de Dona Sofia, também é todo 'ilustrado' com muitos poemas de diversos autores, despertando no leitor o desejo de conhecer mais esse universo tão rico de imagens e sonoridades. Um trabalho artístico delicado, que convida a ler e reler, inúmeras vezes, sempre descobrindo novos detalhes.
Com esse maravilhoso livro, A caligrafia de Dona Sofia, André Neves sugere que a vida seria muito melhor se espalhássemos poemas pelo mundo afora.
E ele, com sua carga de talento duplo e de humanidade, fez mais: espalhou muitos poemas, criou.
Dona Sofia, desenhando e escrevendo a história, provou que um poema partilhado provoca mais amor, mais amizade e que há muitas razões para também copiar e espalhar poemas.
Elias José
Na mais alta colina entre as colinas que guardam a cidade, existe uma casa diferente de todas as outras, com paredes decoradas com poemas.
Não haveria quem não pudesse dizer que, ali, as paredes recitavam, cada canto vivo cuidado com emoção e a caligrafia em estilo que só Dona Sofia sabia...
Mas, anos sempre em marcha, a velha percebeu que ficaria sem espaço para escrever os versos que tanto amava.
Com letra de caprichosa moça, a professora aposentada decidiu-se pelos cartões poéticos — prensando flores sobre o papel, colhendo palavras com sua florida caligrafia — endereçando-os a todos os moradores da pequena cidade...
Eis então que a ajuda de Seu Ananias seria de grande valia, e entra em cena o protagonista desta renda palavra–imagem que André Neves teceu: a história do carteiro e da amorosa leitora de poetas. E um dia chega, e ele próprio recebe um cartão...
Como as paredes da casa de Dona Sofia, as páginas do livro se abrem, preenchidas por uma caligrafia redonda, cursiva e constante: que o leitor entre nessa casa e descubra, distraidamente ou não, os versos que falam de deslumbramentos, estradas, brilhos, firmamento, primaveras do passado e do presente. São confissões de poetas de variados públicos — agora reunidos sob uma aura romântica, embora a diversidade das escolhas —, e parecem mesmo falar a um só ouvido. Esse é um projeto sensível, um livro para ser relido, e quem se atrever a espiar mais certamente encontrará os poemas motores para essa e para outras produções do autor, como se comentassem suas cores e fulgurações, seus horizontes de leitura...
Quando finda a primeira leitura, uma névoa triste de alegria e a certeza de que “Um poema partilhado provoca mais amor, mais amizade”, como afirma Elias José, “Que há muitas razões para também copiar e espalhar poemas”, como Dona Sofia, que resgatou, dividiu e multiplicou belezas que os livros guardam.
E sua memória jamais esqueceu.
Na colina mais alta da região havia uma casa diferente.
Uma casa enfeitada com os sonhos, as emoções, os segredos e as sensações provocadas pelas palavras.
A dona desta casa era uma professora aposentada chamada Sofia.
Além de cultivar flores, Sofia cultivava poesias.
Em cada cantinho de sua casa, dona Sofia escrevia, com sua caprichada caligrafia, um de seus poemas preferidos.
Com o passar do tempo e sem espaço para escrever seus versos, Dona Sofia resolveu presentear cada morador de sua cidade com um cartão poético, decorados com as flores que ela própria cultivava.
Dona Sofia não queria que os poemas ficassem escondidos dentro dos livros,mas sim alojados nos corações das pessoas.
A sua ideia trouxe colorido e vida a toda uma cidade.
Para ajudá-la na distribuição dos cartões , Dona Sofia contava com a ajuda do carteiro Ananias, que aos poucos foi aprendendo a encontrar a emoção e a alegria contidas em cada verso.
No final, uma pequena surpresa em forma de poema, que traduz toda a sensibilidade inspirada pela história.
Cada página do livro é recheada com diferentes poemas e ilustrações primorosas. Um verdadeiro presente para os amantes da poesia.
A CALIGRAFIA DE DONA SOFIA
(Pela aluna Eduarda Santos Pereira)
Tudo começou com a Sofia
Que sempre adorou
Cultivar flores e escrever poesias.
Essa era a vida de Dona Sofia.
Na casa de Dona Sofia
Havia muitas poesias
nas cortinas e nas paredes.
Era autor pra lá, autor pra cá, e
Dona Sofia nunca cansava de copiar.
Ananias era o carteiro,
Sempre estava a gritar:
Correiiiiiiiiiioooooooo!
No tempo livre
Ele ajudava Dona Sofia.
Dona Sofia começou a escrever
Lindos cartões
Carregados de emoções
Enfeitados com muitas flores.
Ananias ajudava Dona Sofia
A entregar as poesias
Que ela fazia
Com muita alegria.
Depois de muito tempo,
Seu Ananias, disse:
-Dona Sofia, todo mundo
Está lendo suas poesias!
Dona Sofia presenteou Ananias
Com um caderno de caligrafia,
-Vou tentar melhorar a caligrafia
Para poder escrever poesia!
Então, seu Ananias praticou
E um dia ele escreveu
Uma poesia sobre flores
Para Dona Sofia.
Fonte
Teatro
Outro vídeo
Mais
Roseana Murray
"O livro é a casa
onde se descansa
do mundo.
O livro é a casa
do tempo,
é a casa de tudo.
Mar e rio
no mesmo fio,
água doce e salgada.
O livro é onde
a gente se esconde
em gruta encantada".
onde se descansa
do mundo.
O livro é a casa
do tempo,
é a casa de tudo.
Mar e rio
no mesmo fio,
água doce e salgada.
O livro é onde
a gente se esconde
em gruta encantada".
Vejam um projeto
Poema em forma livre
Vejam no link um trabalho sobre os gêneros literários
incluindo uma atividades com a obra
A importância da escrita como forma de comunicação
P.18
AQUI
Sugestões para feira literária com obras de André Neves
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uma beleza de blog
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