BlogBlogs.Com.Br

CATIVA-ME

Glitter Photos

ESCREVAM-ME!

PROFESSORES VISITANTES
FICO HONRADA COM O SUCESSO DO LINGUAGEM.
E GRAÇAS A VOCÊS!
EMAIL ABAIXO:
Glitter Photos

Colaboração e Direitos

Colaboração e Direitos Autorais
Olá amiga(o) ,
Fui professora dos projetos "Estímulo À Leitura",
"Tempo Integral" e a favor da leitura lúdica,
afinal, quer momento mais marcante que a fantasia da vida?
Portanto, será um prazer receber sua visita em mais um blog destinado a educação.
Nele pretendo postar comentários e apreciações de materiais didáticos de Língua Portuguesa, além de outros assuntos pertinentes, experiências em sala de aula, enfocando a interdisciplinaridade e tudo que for de bom para nossos alunos.
Se você leu, experimentou, constatou a praticidade de algum material e deseja compartilhar comigo,
esteja à vontade para entrar em contato.
Terei satisfação em divulgar juntamente com seu blog, ou se você não tiver um, este espaço estará disponível dentro de seu contexto.
Naturalmente, assim estaremos contribuindo com as(os) colegas que vêm em busca de sugestões práticas.
Estarei atenta quanto aos direitos autorais e se por ventura falhar em algo, por favor me avise para que eu repare os devidos créditos.
Caso queira levar alguma publicação para seu blog, não se
esqueça de citar o "Linguagem" como fonte.
Você, blogueira sabe tanto quanto eu, que é uma satisfação ver o "nosso cantinho" sendo útil e nada mais marcante que
receber um elogio...
Venha conferir,
seja bem-vinda(o)
e que Deus nos abençoe.
Krika.
30/06/2009

Linguagem social...

Glitter Photos

Comemoração

Glitter Photos
JUNHO 2019
14 ANOS DE LITERATURA INFANTIL
ACOMPANHEM LINGUAGEM E AFINS NO FACEBOOK TAMBÉM!
GRUPO LINGUAGEM E AFINS
O BLOG LINGUAGEM E AFINS NÃO TEM FINS LUCRATIVOS
OS LINKS SUGERIDOS SÃO DE SITES AFINS A POSTAGEM

quarta-feira, maio 16, 2012

Quadrilha em cordel> 15/05/12




Quadrilha em cordel
Salve, salve minha gente
Em cordel quero mostrar
A história de uma tradição
Que devemos preservar,
É a quadrilha matuta,
Um festejo popular.

Dançada no mês de junho
No Brasil e especialmente
Nos estados de minas
Onde permanentemente
O povo se esforça para
Viver sempre alegremente.
A quadrilha é um misto
De teatro, música e dança
Onde aquilo que é cantado
A platéia embalança
E agrada do mais velho
À mais nova criança.

Baião, xote, xaxado,
Nosso forró pé-de-serra
São tocados por sanfona,
Só quem sabe é quem não erra,
O triângulo, a zabumba
Fazem o som da nossa terra.
 
Uns dizem que foi na França,
Outros que na Inglaterra
Onde a quadrilha surgiu,
Mas aqui em nossa terra
Fora bem assimilada
Pelo homem do pé da serra,

Do sítio, vila, cidade
E a mulherada adorou,
Foi uma festividade
Que no Brasil se espalhou
E por resistir ao tempo
É sinal que tem valor.

Em 1808,
Fugindo de Portugal,
Navegando em caravela,
Chegou a Corte Real
Portuguesa ao Brasil,
O motivo, nada banal:

Napoleão Bonaparte
Ameaçou invadir
Portugal e quem tentasse
O comércio insistir
Com o povo da Inglaterra,
Era ordem a se cumprir.

Dom João, rei de Portugal
Manteve com a Inglaterra
O comércio, mas depois
Viu que ia dá em guerra,
Temendo Napoleão,
Aportou em nossa terra.

Com ele, além da corte,
Veio desenvolvimento,
A divulgação da arte,
Um certo investimento
Em cultura, educação
E festa a todo o momento,

Como as danças em palácios,
Lá da Europa trazidas,
Nos salões iam pessoas,
Só ricas e bem vestidas
Em seus trajes luxuosos,
Retratos de boas vidas.

Com o tempo o povo simples
Estas danças conheceu,
Mas não gostou do que viu
E por isso resolveu
Fazer uma adaptação,
Veja o que se sucedeu:
A música lenta e suave
Foi logo modificada,
Entrou um ritmo mais forte,
Mais alegre e foi usada
Uma orquestra diferente
Da que era apresentada.

O piano deu lugar
À sanfona e também
À zabumba e ao triângulo,
Trio que sabemos que vem
Do nosso e bom forró,
Som bonito que entretém.

Foi o povo do interior,
O primeiro a dançar
A quadrilha desse jeito
E logo passou a usar
As roupas que eram então
Típicas do seu lugar.

Assim veio o chapéu de palha,
Vestido ou saia de chita,
A calça bem remendada,
Florada, mas bem bonita,
A camisa de xadrez,
Gravata e laço de fita.

A sandália currulepe,
Alpercata ou botina,
O lenço branco de seda,
Um toque de gente fina,
E também o xale de renda
No pescoço da menina.

Outros tantos adereços
Enfeitam o povo a dançar
A quadrilha, que em pares
Passa a se apresentar
Festejando um casamento
E a colheita do lugar.

Celebra-se um casório
Que o noivo nunca quer,
Não importa se ele é feio,
Se ela uma bela mulher,
O noivo sem compromisso
No meio do arrasta-pé.

Geralmente o pai da noiva
É o coronel do salão,
É quem comanda a quadrilha
Festejando São João,
São Pedro e Santo Antônio,
O colher milho e feijão.

Monta-se o arraial
Repleto de bandeirinhas,
De balão, fita e palhas,
De coqueiro, corda e linha,
Com palha de bananeira,
Soltam-se traque e chuvinha...

Soltam-se bombas e fogos,
Mas com o devido cuidado.
A fogueira já acesa
Aquece os namorados.
Faz-se adivinhação,
Come-se milho assado.

Do matuto lá da roça
Mantém-se o linguajar:
Coroné, malino, sô,
Muié, paioça, trepá,
Traquino, besta, cagado,
Vixe Maria, lascar!

Enquanto a quadrilha ensaia
Sua apresentação
São preparadas comidas
Especiais à ocasião:
Pamonha, bolo, canjica,
Mungunzá, milho, baião.

Bebe-se pinga ou quentão,
É bom não exagerar,
Uma é suficiente,
Não é pra se embriagar
E em frente a fogueira
É fácil se encontrar...

Inda hoje as pessoas
Que uma tradição mantêm
Ao escolherem padrinhos
E as madrinhas também,
Pedem bençãos, cantam, rezam,
Pulam o fogo, dizem amém.

É este o clima que envolve
Nossa quadrilha junina
Que no meio do pavilhão,
O coronel bem ensina
Os passos para a criança,
Pro adulto, jovem e à menina.

O idoso também dança,
Só quem não quer, fica fora,
Anavantur, Anarriê,
Balancê a toda hora
E no caminho da roça,
Meia volta e "vamo" embora!

E as duplas vão dançando,
As damas, os cavalheiros,
A noiva, o noivo, o padre,
A cigana, o seu parceiro,
Soldado, trabalhador
E a mulher do roceiro.

Tem criança, cangaceiro,
Tem príncipe e tem princesa,
Juiz, rainha do milho,
Sinhá-moça, camponesa,
Marinheiro e o coronel
Falando a la francesa.

Forma-se uma grande roda,
O povo todo a gritar,
Olha a chuva, olha a cobra,
Vamos nos cumprimentar,
Fazer túnel e serrote
E o bom baião dançar.

Olha-se o balão subindo
E as estrelas do céu,
Agradecemos a Deus
Por não vivermos ao léu
E vez em quando se ouve
Um poeta de cordel.

Meu sonho é que a quadrilha
Nunca venha a se acabar,
Que haja festival, concursos,
Que todos possam dançar,
Mas com a preocupação
Pra não mais adulterar...
Os passos, as vestimentas,
A música que é tocada,
Pois tradição que se preza
Não gosta de ser mudada
E eu acho muito feia
Tradição estilizada.





Link para essa postagem


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário e retornarei assim que for possível.
Obrigada pela visita e volte mais vezes!
Linguagem não se responsabilliza por ANÔNIMOS que aqui deixam suas mensagens com links duvidosos. Verifiquem a procedência do comentário!
Nosso idioma oficial é a LINGUA PORTUGUESA, atenção aos truques de virus.
O blogger mudou sua interface em 08/2020. Peço desculpas se não conseguir ainda ler seu comentário.

 
©2007 Elke di Barros Por Templates e Acessorios