Vejam aqui a versão ilustrada:
Autor: Maria Carolina da Silva
Parábola
O que o aluno poderá aprender com esta aula
■Identificar os elementos organizacionais e estruturais da parábola.
■Diferenciar parábola de fábulas.
■Identificar a finalidade do gênero textual parábola.
■Conhecer as práticas sociais de produção e de circulação de parábolas.
Duração das atividades
4 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
É desejável que os alunos tenham familiaridade com o gênero fábula.
Estratégias e recursos da aula
Uma definição de parábola, para orientar a execução e o planejamento das atividades:
Parábola: deriva do grego parabole (narrativa curta).
É uma narração alegórica que se utiliza de situações e pessoas para comparar a ficção com a realidade e através dessa comparação transmitir uma lição de sabedoria (a moral da história).
É uma narração alegórica que se utiliza de situações e pessoas para comparar a ficção com a realidade e através dessa comparação transmitir uma lição de sabedoria (a moral da história).
- A parábola transmite uma lição ética através de uma prosa metafórica, de uma linguagem simbólica.
- Diferencia-se da fábula e do apólogo, por ser protagonizada por seres humanos.
- Gênero muito comum na Bíblia: as parábolas de Jesus.
ATIVIDADE 1
Conte a seguinte história para seus alunos:
A VERDADE E A PARÁBOLA
Um dia, a Verdade decidiu visitar os homens, sem roupas e sem adornos, tão nua como seu próprio nome.
E todos que a viam lhe viravam as costas de vergonha ou de medo, e ninguém lhe dava as boas-vindas.
Assim, a Verdade percorria os confins da Terra, criticada, rejeitada e desprezada. Uma tarde, muito desconsolada e triste, encontrou a Parábola, que passeava alegremente, trajando um belo vestido e muito elegante.
— Verdade, por que você está tão abatida? — perguntou a Parábola.
— Porque devo ser muito feia e antipática, já que os homens me evitam tanto! — respondeu para a amargurada Parábola.
— Que disparate! — Sorriu a Parábola. — Não é por isso que os homens evitam você. Tome. Vista algumas das minhas roupas e veja o que acontece.
Então, a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola, e, de repente, por toda parte onde passava era bem-vinda e festejada.
Moral da História:
Os seres humanos não gostam de encarar a Verdade sem adornos.
Eles preferem-na disfarçada.
Os seres humanos não gostam de encarar a Verdade sem adornos.
Eles preferem-na disfarçada.
Faça alguns questionamentos com os alunos acerca do texto contado, tais como:
Quais são os personagens da história?
■Como a Verdade resolveu visitar os homens?
■ Qual foi a reação dos homens quando viram a Verdade?
■Que sentimentos a Verdade teve por causa da reação dos homens?
■Como estava vestida a Parábola?
■Qual foi o conselho que a Parábola deu para a Verdade?
■Depois que a Parábola emprestou suas vestes para a Verdade, como os homens reagiam à presença da Verdade?
Certifique-se de que os alunos compreenderam plenamente os aspectos factuais da história e passe para a interpretação de informações implícitas no texto. Para compreender plenamente do que trata a história, não basta identificar os seus personagens e suas ações, é preciso inferir outras informações. Pergunte se eles sabem o que é a Parábola a que se refere o texto. Pergunte se os alunos já ouviram a palavra parábola em outro contexto. Pode ser que eles conheçam parábolas religiosas, já que esse é um gênero presente na bíblia. Explique para os alunos que a parábola é um tipo de narrativa em que se busca ensinar alguma coisa (uma verdade), mas que, para fazer isso, conta-se uma história (coloca uma veste bonita nela). A partir do entendimento dessa questão, questione sobre o que entenderam da moral da história. Procure explorar algumas metáforas utilizadas no texto, como as roupas e adornos, e a reação das pessoas às personagens.
ATIVIDADE 2
Divida a turma em dois grupos. Entregue para um grupo a fábula “O leão e o ratinho” e para outro a parábola “A flor da honestidade”.
Segue uma versão dessas narrativas:
O leão e o ratinho
Esopo
Um Leão dormia sossegado, quando foi despertado por um Rato, que passou correndo sobre seu rosto. Com um bote ágil ele o pegou, e estava pronto para matá-lo, ao que o Rato suplicou:
— Ora, se o senhor me poupasse, tenho certeza que um dia poderia retribuir sua bondade.
Rindo por achar ridícula a idéia, assim mesmo, ele resolveu libertá-lo.
Aconteceu que, pouco tempo depois, o Leão caiu numa armadilha colocada por caçadores. Preso ao chão, amarrado por fortes cordas, sequer podia mexer-se.
O Rato, reconhecendo seu rugido, se aproximou e roeu as cordas até deixá-lo livre. Então disse:
— O senhor riu da simples idéia de que eu seria capaz, um dia, de retribuir seu favor. Mas agora sabe que mesmo um pequeno Rato é capaz de fazer um favor a um poderoso Leão.
Moral da História: Nenhum ato gentileza é coisa vã. Não podemos julgar a importância de um favor, pela aparência do benfeitor.
A flor da honestidade
Conta-se que, por volta do ano 250 a.C, na China antiga, um príncipe da região norte do País estava às vésperas de ser coroado Imperador, mas, de acordo com a lei, deveria se casar. Sabendo disso, resolveu fazer uma disputa entre as moças da corte, inclusive a quem quer que se achasse digna de sua proposta que não pertencesse à corte.
No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e apresentaria um desafio. Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe.
Ao chegar em casa e relatar o fato à jovem filha, espantou-se ao saber que ela já sabia sobre o desafio e que pretendia ir à celebração. Então, indagou incrédula:
— Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes todas as mais belas e ricas moças da corte. Tire esta idéia insensata da cabeça. Eu sei que você deve estar sofrendo, mas não transforme o sofrimento em loucura.
A filha respondeu:
— Não, querida mãe. Não estou sofrendo e muito menos louca. Eu sei perfeitamente que jamais poderei ser a escolhida. Mas é minha única oportunidade de ficar, pelo menos alguns momentos, perto do príncipe. Isto já me torna feliz.
À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas moças com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e com as mais determinadas intenções. Então, inicialmente, o príncipe anunciou o desafio:
— Darei a cada uma de vocês uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura Imperatriz da China.
A proposta do príncipe não fugiu às profundas tradições daquele povo, que valorizava muito a especialidade de cultivar algo, sejam relacionamentos, costumes ou amizades. O tempo foi passando. E a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura a sua semente, pois sabia que se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisaria se preocupar com o resultado.
Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara. Usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia ela percebia cada vez mais longe o seu sonho; mas cada vez mais profundo o seu amor. Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado. Consciente do seu esforço e da sua dedicação, a moça comunicou à mãe que, independentemente das circunstâncias, retornaria ao palácio na data e na hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe.
Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes. Mas, cada jovem com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores. Ela estava admirada. Nunca havia presenciado tão bela cena.
Finalmente, chega o momento esperado e o príncipe passa a observar cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele anunciou o resultado, indicando a bela jovem que não levara nenhuma flor como sua futura esposa. As pessoas presentes na corte tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque o príncipe havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado.
Então, calmamente o príncipe esclareceu:
— Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma Imperatriz. A flor da Honestidade. Pois, todas as sementes que entreguei eram estéreis.
Solicite que os alunos leiam as histórias que receberam.
Em seguida, peça que encenem para os colegas o que falam as narrativas.
Para isso, eles precisarão definir quem são os personagens, compreender a história que está sendo contada, os diferentes eventos que acontecem.
Se for preciso, eles podem escolher um narrador para ler certas partes da história, a fim de facilitar o entendimento dos colegas.
Para isso, eles precisarão definir quem são os personagens, compreender a história que está sendo contada, os diferentes eventos que acontecem.
Se for preciso, eles podem escolher um narrador para ler certas partes da história, a fim de facilitar o entendimento dos colegas.
Após as apresentações, discuta os textos com os alunos.
Faça novamente perguntas factuais, para certificar-se da compreensão total do texto por parte dos estudantes.
Peça que eles expressem suas opiniões a respeito dos textos, que se imaginem nas situações presentes nas histórias.
Faça novamente perguntas factuais, para certificar-se da compreensão total do texto por parte dos estudantes.
Peça que eles expressem suas opiniões a respeito dos textos, que se imaginem nas situações presentes nas histórias.
Passe, em seguida, para um trabalho de compreensão da estrutura do gênero textual parábola. Para organizar as informações referentes ao texto, divida a lousa em duas partes.
Em cada parte, coloque o título de uma das histórias. Vá anotando com os alunos as características estruturais comuns aos dois gêneros.
Espera-se que os alunos percebam que os dois textos contam uma história, têm personagens variados, apresentam um narrador e tentam ensinar algo para os seus leitores.
Em seguida, peça que os alunos identifiquem as diferenças entre os dois.
Peça para que foquem nas diferenças estruturais e não nas diferenças entre as histórias.
Espera-se que os alunos vejam que a principal diferença estrutural entre os dois textos: um tem como personagens seres humanos (parábola) e o outro tem animais como personagens principais (fábula).
Em cada parte, coloque o título de uma das histórias. Vá anotando com os alunos as características estruturais comuns aos dois gêneros.
Espera-se que os alunos percebam que os dois textos contam uma história, têm personagens variados, apresentam um narrador e tentam ensinar algo para os seus leitores.
Em seguida, peça que os alunos identifiquem as diferenças entre os dois.
Peça para que foquem nas diferenças estruturais e não nas diferenças entre as histórias.
Espera-se que os alunos vejam que a principal diferença estrutural entre os dois textos: um tem como personagens seres humanos (parábola) e o outro tem animais como personagens principais (fábula).
Com base nessa discussão, construa junto com os alunos uma definição do que são parábolas. Essa definição pode ser registrada no caderno.
ATIVIDADE 3
Proponha a leitura da seguinte parábola:
O SÁBIO SAMURAI
Perto de Tóquio, vivia um grande samurai, já idoso, que agora se dedicava a ensinar Zen aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.
Certa tarde, um guerreiro, conhecido por sua total falta de escrúpulos, apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação. Esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para observar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante. O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. Conhecendo a reputação do samurai, estava ali para derrotá-lo e aumentar sua fama.
Todos os estudantes se manifestaram contra a idéia, mas o velho e sábio samurai aceitou o desafio. Foram todos para a praça da cidade. Lá, o jovem começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direção, gritou todos os insultos que conhecia, ofendendo, inclusive, seus ancestrais. Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho sábio permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro desistiu e retirou-se.
Desapontados pelo fato de o mestre ter aceitado tantos insultos e tantas provocações, os alunos perguntaram:
— Como o senhor pôde suportar tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que poderia perder a luta, ao invés de se mostrar covarde e medroso diante de todos nós?
— Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente? — perguntou o Samurai.
— A quem tentou entregá-lo — respondeu um dos discípulos.
— O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos — disse o mestre. Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carrega consigo. A sua paz interior, depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a serenidade, só se você permitir!
Após a leitura individual, divida a turma em dois grupos, para que eles façam uma análise da atitude do velho samurai. Um grupo deverá defender a atitude do samurai e o outro deverá se posicionar contrariamente. Dê algum tempo para que sejam discutidos os argumentos de cada um dos grupos. O professor poderá auxiliar o processo. Sugira que os alunos registrem os argumentos para que não se esqueçam deles durante o debate. O professor pode ser o responsável pelo debate, observando a clareza dos argumentos utilizados. Peça que os grupos fiquem atentos aos argumentos apresentados pelo outro grupo e que tentem, no decorrer do debate, refutar as idéias contrárias às que defendem.
Quando o debate finalizar, construa coletivamente a moral da história que foi analisada.
ATIVIDADE 4
Agora que os alunos já compreenderam a estrutura de uma parábola e trabalharam bem o gênero textual, eles podem ser estimulados a desenvolver a própria parábola.
Essa atividade poderá ser desenvolvida individualmente, em duplas ou em grupos.
Distribua um ditado popular para cada aluno ou grupo.
Esse ditado deverá ser transformado em uma parábola, ou seja, o aluno deve pensar em uma história que ensine o mesmo que esse ditado pretende ensinar.
O ditado deverá ser a “moral da história”.
Algumas sugestões de ditados que podem ser utilizados: “A mentira tem perna curta”.
“A palavra é prata, o silêncio é ouro.” “A união faz a força”. “Quem tudo quer tudo perde” etc.
Essa atividade poderá ser desenvolvida individualmente, em duplas ou em grupos.
Distribua um ditado popular para cada aluno ou grupo.
Esse ditado deverá ser transformado em uma parábola, ou seja, o aluno deve pensar em uma história que ensine o mesmo que esse ditado pretende ensinar.
O ditado deverá ser a “moral da história”.
Algumas sugestões de ditados que podem ser utilizados: “A mentira tem perna curta”.
“A palavra é prata, o silêncio é ouro.” “A união faz a força”. “Quem tudo quer tudo perde” etc.
Após a escrita, lembrem os alunos da necessidade de revisar os textos, para garantir que as idéias tenham sido expostas com clareza.
Quando todos já tiverem produzido e revisado seus textos, peça a eles que leiam para a classe o que escreveram, sem falar qual o ditado que deu base ao texto.
Os colegas deverão tentar adivinhar qual a moral da história.
Nesse processo, será possível perceber se os alunos compreenderam a função do gênero textual parábola, assim como se perceberam a relação entre a narrativa e o ensinamento moral.
Os colegas deverão tentar adivinhar qual a moral da história.
Nesse processo, será possível perceber se os alunos compreenderam a função do gênero textual parábola, assim como se perceberam a relação entre a narrativa e o ensinamento moral.
Recursos Complementares
Para a realização das atividades, o professor pode consultar outras informações nos seguintes sites:
Avaliação
A última atividade funciona como um momento de sistematização da proposta e, por meia dela, o professor pode perceber se os alunos atingiram os objetivos estabelecidos. Ele poderá ler as parábolas produzidas para verificar possíveis inadequações e reforçar certos aspectos que se fizerem necessários. Além disso, durante todas as aulas, é aconselhável que se esteja atento ao envolvimento, à participação dos alunos e às suas prováveis dúvidas.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=24169
TEATRO>
http://amigasdaedu.blogspot.com.br/2013/02/peca-de-treatro-sobre-honestidade.html
TEATRO>
http://amigasdaedu.blogspot.com.br/2013/02/peca-de-treatro-sobre-honestidade.html
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Parabéns... adorei seu blog, principalmente referente aos textos sobre valores, pois é difícil encontramos bons textos e atividades para a turma de 5ºano.
ResponderExcluirObrigada Vanesa,volte sempre.
ResponderExcluirExcelentes ideias e material. Valeu pelas sugestões
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