Alguém pegou o meu lugar
Miriam Portela
Sergio Magno - ilustrador
Sergio Magno - ilustrador
Você já teve a sensação de alguém pegar o seu lugar?
É uma coisa muito, muito ruim, pior até que ficar de castigo.
E sabe o que é ainda mais horrível? É que nem sempre as pessoas conseguem te entender.
Mas também como é que adulto pode entender alguma coisa?
Fala uma coisa e faz outra! Ou muito mais grave: fala uma coisa e muda de ideia rapidinho.
De vez em quando, eles se esquecem e tratam você como se fosse um deles.
Você "fica grande", "já é uma mocinha!".
Mas se você acredita, aí vem eles e voltam atrás: "Isso não pode, você ainda é muito pequena".
Mesmo assim, lá em casa, tudo ia muito bem.
Até que... apareceu uma "intrusa" em minha vida. Isso mesmo: minha mãe ficou grávida e eu ganhei uma irmãzinha. Mas NINGUÉM me perguntou se eu queria.
No novo livro de Miriam Portela, com ilustrações de Sérgio Magno, percebemos que não é nada fácil estar na pele de Ana.
Ela tem seis anos, ganha uma irmãzinha chamada Maria e tem que dividir tudo com ela.
Até os adultos chatos que não sabem de nada.
Não sabem que toda aquela birra não é ciúmes, é apenas uma maneira de mostrar que ela não estava feliz com aquela novidade.
É... não estava. Porque depois de um tempo as coisas começaram a mudar...
Texto By krika
Baseado na obra recomendada acima
Ana vai ganhar uma irmãzinha e sua primeira reação foi dizer que não precisava de uma irmãzinha.Nesta teimosia, ela continuou dizendo que tinhas amigas para brincar, que também adorava brincar sozinha e que não precisava de irmãzinha alguma para lhe fazer companhia!
- Acho melhor vocês mudarem de ideia e desencomendarem este bebê!
Foi pra seu cantinho pensando:
_ Como é que eles fizeram isto comigo?
Solicitou conforto de sua avó, dizendo que ela e seus pais não precisavam de outra cirnaça na casa, que sua mãe já vivia correndo pra lá e pra cá,cuidando dela e trabalhando fora.
Sua avó explicou que seus pais desejavam ter outro filho, que todos ficariam mais felizes.
Mais uma vez ,ela contesta:
_ Pensei que meus pais estivessem felizes comigo. E nem me perguntaram se eu queria uma irmã.
_ eles te amam . Ser filha única é muito chato. Disse vovó.
Nada estava bom para Ana. Não quis ouvir mais nada e saiu emburrada, sentindo-se enganada.
Chorando no quarto, mordeu até o lençol de raiva e ciúmes.
A menina dormiu e teve pesadelo. Sentiu a casa tremer, toda rachada,cheia de bichos. Sua cama tremia, seria um terremoto?
Gritando de medo,foi acordada pela sua mãe, que a acalmou carinhosamente.
Na verdade Ana estava tão assustada com a notícia da chegada da irmãzinha, que sonhou com coisas ruins.
(Não é fácil para uma criança entender e aceitar que os pais optaram por ter outro bebê.
Digerir esta ideia de que perderá regalias únicas, inclusive dividir o colinho dos pais é algo impensável para as crianças.)
Ana desejou que o bebê não nascesse,principalmente depois que vi mamãe sentido enjoos.
Minha irmã nem tinha nascido e já estava atrapalhando a vida de gente. Pensava Aninha, toda enciumada.
Seus pais chamaram-na para participar da arrumação do enxoval, já que seus pertences de recém nascida foram doados. Precisavam comprar tudo. A reação de Ana?
Ciúmes ,claro!
_ Sua boba,ninguém vai tirar seu lugar, nem roubar o amor que nós sentimos por você.Disse sua avó.
Mas não adiantava, a menina se sentia ameaçada. Porém a barriga de sua mãe continuava crescendo. Até que sua irmã nasceu.
Ana fingia que estava tudo bem. Para ela nada seria como antes.Foi ver Maria no berçário e achou ela feinha, com cara amassada.
O bebê foi pra casa e não tinha mais jeito,estava ali e veio pra ficar.
Os primeiros dias foram terríveis pra Aninha. Ficou sem fome, perdia o sono. Sua reação era de irritação, tinha pesadelos. Pegava suas bonecas com raiva, batia nelas zangada,até arrancou um bracinho de uma delas...
Seus pais e avó davam-lhe carinho,conversavam,mas nada agradava...
Quando não tinha ninguém por perto ia espiar sua irmã. Seus pensamentos eram que Maria se afogasse no banho, caísse do berço,coisas assim.
Por fim não achava graça na irmãzinha,pois ela só chorava,mamava e dormia.
Agora meus pais só ligam pra ela, pensava ela.
Maria foi crescendo e Ana foi entendendo que ela também havia sido bebê, fazia tudo que agora ela via Maria fazer...
Seu pai saía com ela,passeava fazendo-a sentir tão amada e divertida. Assim ela se rendeu participando do crescimento de sua irmãzinha. Até ajudava a trocar sua fralda de vez em quando. Seus pais diziam que Maria era sua bonequinha, que precisava de mim,que irmãs se amavam.
No final do ano, sua mãe não pode ir a festa da escola porque Maria estava com catapora.
Mais uma vez Ana pensava que Maria havia tomado seu lugar...
Chegou da escola sentida e enciumada....Foi dormir e teve um pesadelo horrível ,onde um urso grande tentava comer sua irmãzinha.
Aflita,ela joga seu ursinho de pelúcia no grandão e salva sua irmãzinha. Ficou com medo de perdê-la.Acordou assustada de novo,mas viu que não tinha ursão nenhum, que alívio. Porém,sua irmã estava ainda com febre e o corpo todo cheio de pintinhas.
_E se sua irmãzinha morresse? Pensou ela, arrependida
Achando que sua irmãzinha estava doente porque ela tinha raiva dela,contou pra sua avó.
Sua avó lhe disse que não era por causa dela que Maria estava doente. Aliviou seu coração contando que ela também teve catapora quando bebê e que as vezes a gente fica com raiva das pessoas que amamos,e que Maria ficaria boa logo.
Ana pediu pra dormir no quarto da irmãzinha, emprestou-lhe seus brinquedos,ficando a seu lado até ela melhorar.A partir daí passou a gostar de Maria. Deixou o ciúme de lado,entendendo que existia amor de seus pais para ela e para Maria.
Possibilidades pedagógicas
- Acho melhor vocês mudarem de ideia e desencomendarem este bebê!
Foi pra seu cantinho pensando:
_ Como é que eles fizeram isto comigo?
Solicitou conforto de sua avó, dizendo que ela e seus pais não precisavam de outra cirnaça na casa, que sua mãe já vivia correndo pra lá e pra cá,cuidando dela e trabalhando fora.
Sua avó explicou que seus pais desejavam ter outro filho, que todos ficariam mais felizes.
Mais uma vez ,ela contesta:
_ Pensei que meus pais estivessem felizes comigo. E nem me perguntaram se eu queria uma irmã.
_ eles te amam . Ser filha única é muito chato. Disse vovó.
Nada estava bom para Ana. Não quis ouvir mais nada e saiu emburrada, sentindo-se enganada.
Chorando no quarto, mordeu até o lençol de raiva e ciúmes.
A menina dormiu e teve pesadelo. Sentiu a casa tremer, toda rachada,cheia de bichos. Sua cama tremia, seria um terremoto?
Gritando de medo,foi acordada pela sua mãe, que a acalmou carinhosamente.
Na verdade Ana estava tão assustada com a notícia da chegada da irmãzinha, que sonhou com coisas ruins.
(Não é fácil para uma criança entender e aceitar que os pais optaram por ter outro bebê.
Digerir esta ideia de que perderá regalias únicas, inclusive dividir o colinho dos pais é algo impensável para as crianças.)
Ana desejou que o bebê não nascesse,principalmente depois que vi mamãe sentido enjoos.
Minha irmã nem tinha nascido e já estava atrapalhando a vida de gente. Pensava Aninha, toda enciumada.
Seus pais chamaram-na para participar da arrumação do enxoval, já que seus pertences de recém nascida foram doados. Precisavam comprar tudo. A reação de Ana?
Ciúmes ,claro!
_ Sua boba,ninguém vai tirar seu lugar, nem roubar o amor que nós sentimos por você.Disse sua avó.
Mas não adiantava, a menina se sentia ameaçada. Porém a barriga de sua mãe continuava crescendo. Até que sua irmã nasceu.
Ana fingia que estava tudo bem. Para ela nada seria como antes.Foi ver Maria no berçário e achou ela feinha, com cara amassada.
O bebê foi pra casa e não tinha mais jeito,estava ali e veio pra ficar.
Os primeiros dias foram terríveis pra Aninha. Ficou sem fome, perdia o sono. Sua reação era de irritação, tinha pesadelos. Pegava suas bonecas com raiva, batia nelas zangada,até arrancou um bracinho de uma delas...
Seus pais e avó davam-lhe carinho,conversavam,mas nada agradava...
Quando não tinha ninguém por perto ia espiar sua irmã. Seus pensamentos eram que Maria se afogasse no banho, caísse do berço,coisas assim.
Por fim não achava graça na irmãzinha,pois ela só chorava,mamava e dormia.
Agora meus pais só ligam pra ela, pensava ela.
Maria foi crescendo e Ana foi entendendo que ela também havia sido bebê, fazia tudo que agora ela via Maria fazer...
Seu pai saía com ela,passeava fazendo-a sentir tão amada e divertida. Assim ela se rendeu participando do crescimento de sua irmãzinha. Até ajudava a trocar sua fralda de vez em quando. Seus pais diziam que Maria era sua bonequinha, que precisava de mim,que irmãs se amavam.
No final do ano, sua mãe não pode ir a festa da escola porque Maria estava com catapora.
Mais uma vez Ana pensava que Maria havia tomado seu lugar...
Chegou da escola sentida e enciumada....Foi dormir e teve um pesadelo horrível ,onde um urso grande tentava comer sua irmãzinha.
Aflita,ela joga seu ursinho de pelúcia no grandão e salva sua irmãzinha. Ficou com medo de perdê-la.Acordou assustada de novo,mas viu que não tinha ursão nenhum, que alívio. Porém,sua irmã estava ainda com febre e o corpo todo cheio de pintinhas.
_E se sua irmãzinha morresse? Pensou ela, arrependida
Achando que sua irmãzinha estava doente porque ela tinha raiva dela,contou pra sua avó.
Sua avó lhe disse que não era por causa dela que Maria estava doente. Aliviou seu coração contando que ela também teve catapora quando bebê e que as vezes a gente fica com raiva das pessoas que amamos,e que Maria ficaria boa logo.
Ana pediu pra dormir no quarto da irmãzinha, emprestou-lhe seus brinquedos,ficando a seu lado até ela melhorar.A partir daí passou a gostar de Maria. Deixou o ciúme de lado,entendendo que existia amor de seus pais para ela e para Maria.
Possibilidades pedagógicas
Provocar a reflexão sobre a questão
Apresentar o livro para os alunos, mobilizando-os para interagirem com o texto,questionando e conversando sobre o texto na intenção de compreensão textual.
Como a história trata-se de uma menina que deixou de ser filha única, pergunte na classe, quem tem irmãozinhos mais novos, como foi a chegada deles em casa,etc.
Os sentimentos de ciúme são comuns nestes momentos, principalmente tratando-se de algo novo.
A história mostra o sofrimento inicial da menina,que não queria uma irmã, mas depois ela foi gostando da ideia, despertando o amor natural que toda criança tem.
Neste sentido a sugestão é fazer um trabalho em grupo para despertar a união entre os colegas.
E de maneira descontraída saberem quem tem irmãos, quantos, nomes, afinidades, idades,etc.
Pesquisa da classe: Enquete sobre irmãos
O objetivo é quantificar em número total:
Quem é filho(a) único(a)? ( colocar quantos )
Quantos meninos? Meninas? (idem)
Tenho 1 irmão, 2, 3 ,sucessivamente
Tenho 1 irmã, 2,3, sucessivamente
Quantos são mais velhos? Mais novos?
Quantas são mais velhas? Mais novas?
Outra parte pode ser feita individual,como uma produção de textos, onde cada um relata suas experiências. Aqueles que são caçulas relatam como os irmãos mais velhos os receberam. Os que são mais velhos ,o contrário, e os que não tem irmãos, poderão dizer se gostariam ou não de ter irmãos.
Outra sugestão é que todos escrevam sobre o que gostaram mais do livro. O que provocou; o que sentiram?
Desdobramentos
Uma singela carta de uma mãe que preparou sua filhinha para a chegada de sua irmãzinha.
Aproveitem para introduzir o gênero cartas com sua turma!
"Carta de uma mãe orgulhosa"
Sofia,
Faltam apenas dois meses para a sua irmãzinha chegar e eu queria te dizer que já estou muito orgulhosa de você. Você me disse que vai amar sua irmã e cuidar dela. Fiquei feliz!
Mas o orgulho da mamãe vem mesmo da sua capacidade de falar e expressar o que está dentro do seu coraçãozinho.
Outro dia você me perguntou chorando: “Mamãe, você vai amar a Helena?”.
Com a culpa de uma traidora respondi com uma naturalidade forçada: “Claro, vocês duas serão as minhas filhas que eu tanto amo”.
Você logo respondeu com uma sinceridade muito saudável para uma menininha de 3 anos: “Quero que você ame só eu!”.
Desesperada para reverter a situação arrisquei:
“Mas Sofia, coitada da Helena, ela também precisa de uma mamãe para amá-la”.
Numa perspicácia inacreditável para uma menininha de apenas 3 anos você deu a solução para o problema: “Deixa que eu amo e cuido da Helena e você continua amando só eu”.
Perdi de goleada!
Também me emociono ao ver você vivenciando a minha gravidez.
“Tô grávida do Zezéis”, você fala todos os dias colocando o ursinho dentro da blusa.
Ontem você foi ao médico comigo, escutar o coração da Helena.
Acho que falamos mais sobre a “sua gravidez” na consulta do que a minha.
O Dr. Eduardo fez até o “parto do Zezéis”, tirando-o com toda a técnica de um obstetra experiente de dentro do seu vestido.
E quantas vezes ao dia você não pede para ler a história do João, que ganhou um irmãozinho e ficou com muito ciúmes?
Aliás, imperdível para as famílias que estão prestes a ganhar um novo integrante
Livro: E agora? Vão tomar o meu lugar. Bel Linares. Editora Salamandra
Livro: E agora? Vão tomar o meu lugar. Bel Linares. Editora Salamandra
Mas me surpreender é a sua especialidade.
Ontem, eu queria te convencer a trocar o vestido que você quer usar todos os dias por uma blusinha linda de morrer: “Olha só Sofia, que linda essa blusinha. Tem babado!”. Como um relâmpago você respondeu: “É linda mesmo. Vou guardar no quarto da minha irmã para ela usar quando nascer.” Genial!
É verdade que a sua esperteza me dá muito trabalho, mas continue assim, não mude uma vírgula. Diga o quê você sente, não guarde nada que aperte o seu coração e, com esse jeitinho esperto de lidar com a vida, sei que você será muito feliz.
Como eu te amo!
Beijos, mamãe.
CRIANÇAS, SEUS SENTIMENTOS E SUAS REAÇÕES
Autor: Regia Maria
O que o aluno poderá aprender com esta aula
Perceber que os sentimentos e as reações fazem parte da constituição humana;
Falar de sentimentos de alegria, tristeza, raiva, amor, entre outros;
Vivenciar histórias que tratam da questão;
Discutir sobre os sentimentos humanos e suas reações e o auto-controle sobre as emoções.
Duração das atividades
4 aulas com 30 minutos cada.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Vivencia com outras crianças e adultos.
Estratégias e recursos da aula ( adaptações para o livro recomendado feito por krika)
Criar situações problemas para as crianças resolverem verbalmente.
Leitura de imagens:
Apresente gravuras de irmãos juntos,brincando ,fazendo outra aitvidade, a mãe grávida,bebê no colo da mãe, a família reunida,etc.
As imagens devem sugerir sentimentos para as crianças descobrirem quais são eles,visíveis pelas expressões faciais e corporais.
O professor forma uma grande roda e as crianças em duplas apresentam a solução para o problema. ( tema: ciúme/ alguém pegou meu lugar)
Nesse momento, deve haver um diálogo (alunos x imagens, professor x alunos, alunos x alunos).
As crianças fazem a leitura das imagens e o professor discute com elas o que é ficar com ciúme e o que é ficar feliz e triste .
Pensar e falar sobre sentimentos:
Apresente as seguintes cenas :
Referência: CAMPOS, C.L. Dani furacão. Coleção sinto tudo isso e mais um pouco. São Paulo: Escala educacional, 2005.
Sugestão para este momento:
Aproveitar para fazer referências do relacionamento entre colegas.
O professor reflete com as crianças certos momentos na escola que elas ficam com raiva ou ciúmes dos colegas; em casa quando sentem raiva do pai, da mãe e dos irmãos.
Discutir com as crianças sobre tais sentimentos, como normais e inerentes aos seres humanos, mas a reação que eles provocam são prejudiciais aos outros.
Desse modo, o professor e as crianças planejam estratégias para descarregar raiva e canalizar tristeza, de modo que as reações, no momento de raiva, não tragam prejuízo para os colegas, irmãos e pais.
O professor discute com as crianças sobre o ciúme, deixando bem claro que esse sentimento é humano, mas podemos ter compreensão das nossas relações com objetos, com os animais ,com irmãos e com as pessoas e controlar esse sentimento.
Avaliação
Avaliação
A avaliação será realizada desde o inicio da aula até o final.
O professor verifica se durante o processo de ensino-aprendizagem as crianças verbalizam os seus sentimentos de alegria, tristeza, raiva, ciúme, amor, entre outros;
Se no processo trazem histórias vivenciadas ou vividas que tratam da temática;
Se fazem inferências sobre os sentimentos humanos e se dão sugestões para o auto-controle das emoções.
Vou ganhar um irmãozinho
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