O Sonho do Balãozinho
Era uma vez um balãozinho que caiu no jardim da casa de Zezé numa noite fria de junho.
O balãozinho era azul, todo azul! A garotada o batizou de "Balãozinho Azul".
Mas o balãozinho Azul vivia triste, sempre triste. Ele tinha um sonho. Ele queria subir alto, ir até as estrelas.
Até que chegou a alegre noite de São João. A garotada corria pra lá... pra cá... Cida levou doces para a barraquinha. Bete levou lenha para a fogueira. Marcelo e Renato colocaram bandeirolas. A festa estava tão animada!
Todos gritavam e dançavam perto da fogueira. Comiam doces, pipocas e canjica. Só o Balãozinho Azul estava triste. Ele queria subir alto, muito alto.
De repente, um ventinho frio e mansinho começou a levar o balão para cima.
Que alegria! Viva São João! Estou subindo! - Gritava ele.
E subiu tanto, que chegou ao céu e virou uma estrelinha. Uma estrelinha azul que brilha todo ano, na noite de São João.
Autor desconhecido.
Arraiá na floresta
Na floresta o alarido era imenso, o papagaio todo envaidecido foi incumbido de ir anunciando por todos os lugares, que no próximo dia de lua cheia haveria uma linda festa caipira, pois era noite de são João, e que todos estavam convidados, só que teriam que comparecer vestidos a caráter.
O local escolhido era uma clareira no centro da floresta, lugar suficiente grande para abrigar a todos.
O macaco imediatamente já providenciou a sua roupa e os seus instrumentos musicais, ele era o maestro de uma banda, todo contente corria de um lado para outro chamando os componentes da banda para o último ensaio.
O leão que por ali passava viu a pata toda charmosa com seu lindo vestido de chita novo e experimentava um chapéu com um grande girassol. Foi logo dizendo:
Nossa comadre, porque esse imenso girassol?
Ah! Eu quero ser a mais bela caipirinha dessa festa! Você não acha?
O leão olhou, balançou a cabeça e disse com seus botões essa pata é mesmo danada, e foi se arrumar, pois iria marcar a quadrilha.
A raposa quando viu o corre-corre alegre da bicharada, quis saber o que havia acontecido, e ficou sabendo da festa.
Botando a mão no queixo pensou, vou me regalar nessa festa, quero chegar primeiro e começar a comilança. E só de pensar já estou com água na boca.
Chegou o grande dia, a alegria reinava em toda a floresta.
Lá já estava a raposa toda vestida com uma calça rasgada e um grande chapéu de palha que cobria todo o rosto, quem a visse não a reconheceria.
Só que não lhe avisaram em que qual clareira seria o evento. Ela pensou que só poderia ser essa das reuniões de sempre. Esperou, esperou e nada, ninguém aparecia. Foi quando prestando mais atenção, começou a ouvir ao longe música que ressoava alegre pela mata, e ficou furiosa e partiu para lá.
Na clareira a alegria era geral, o gato com sua sanfona embalava um gostoso arrasta-pé, o galo com sua zabumba toda enfeitada ia marcando o compasso, o tatu com o padeiro fazia miséria, o sapo que pulava de um lado, para outro tocava o reco-reco, a cegonha toda emplumada afinava o seu bandolim, e o lobo dedilhava com muito sentimento o seu violão, e o macaco com sua batuta comandava com alegria o som melodioso que pairava no ar dando alegria ao lugar.
Todos vestidos a caráter já se preparavam para dar início à quadrilha com seus pares apostos.
O leão com sua voz impostada e imponente anunciava:
Pessoal todos com seus pares, porque a quadrilha vai começar. Olhou para a orquestra e deu o sinal: __ Se preparem.
Era uma agitação nas árvores, as aves batiam suas asas alegres e cantavam para acompanhar. No chão batido lá estavam todos os que iam dançar e os que só queriam apreciar.
A cigarra toda entusiasmada gritou a todo pulmão:- -Viva Santo Antônio, e o povo delirava, São João, era uma gritaria feliz, e São Pedro, as palmas e os gritos ressoavam por todo o imenso espaço da floresta.
O ratinho tomado por tanta alegria e com seu chapelão maior que ele, subiu nas costas do elefante e gritou:
Pessoal, viva nóis e a festança, comecem logo, que eu quero me acabar.
De repente pula no centro da clareira a raposa.
Como puderam fazer isso comigo, nem me convidaram para a festa, eu que sempre fui amiga de todos vocês.
Houve um silêncio total. Não se ouvia nem o respirar de ninguém, era como se tudo tivesse parado.
O leão se pôs a sua frente e pigarreando, -Sabe comadre raposa, como a senhora já nos deu muitas provas de sua amizade e que muitos de nossos amigos já a conhece muito bem quais são as suas intenções. Então de comum acordo resolvemos não convidá-la para que pudéssemos ter a nossa festa com alegria e sem desconfiança de que alguma coisa ruim iria acontecer.
A raposa foi saindo de cabeça baixa, arrastando o seu chapelão.
O leão gritou para a cegonha:
Dê o tom que a quadrilha vai começar e vamos nós, com muita alegria minha gente.
A música se espalhou pela floresta e todos se divertiram até o sol raiar.
Foi o maior acontecimento que se tem noticia em toda floresta
Moral:
Nem sempre os espertos levam vantagem.
Encontrei este vídeo...
Música Bandeira de São João
Adivinhações, poesias e cantigas, tradicionalmente usadas nas festas juninas do Nordeste, são ricamente exploradas neste texto.
A noiva, a boneca de milho, o Uanari, a Mãe da noite, todos se envolvem na procura do Sol, pois, sem ele, não haverá milho madurinho, casamento, nem mesmo a grande festa em homenagem a São João menino.
Não conheço o livro...
Coloco aqui como sugestão....
Fico tristinha quando não consigo mais informações ou atividades pedagógicas de um livro....
Procuro trazer fontes literárias temáticas com precisão....
Fica a dica....
Aqui tem mais!
http://linguagemeafins.blogspot.com.br/2011/05/projeto-juninopintores-e.html
Pesquisem em Festas juninas/Quadrilha/Cultura popular no Toque's Guia
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