Heloisa P.Lima
O vento, depois as águas, o barro, fazem parte da vida de uma sementinha que existe em toda a África. Dependendo de onde nasce, recebe um nome.
Baobá mas também Embondeiro.
Por viver até seis mil anos, se transformar num gigante na altura e na cintura, inspira muitas histórias para quem vive em torno dela. E convidamos o leitor para saborear algumas delas.
A proposta deste livro é como um abraço em torno de uma ideia.
Heloisa convidou o Georges, da Costa do Marfim e o Mário que vive em Moçambique para escreverem.
Depois a Véronique, que vive na África do Sul, para desenhar.
Debaixo dessa árvore da palavra entenderam que é muito gostoso conversar com a África mais do que sobre a África.
Em torno dela, ouviram histórias, brincaram com os jogos que existem com suas sementes, viram muitas fotos e a fotografaram também no Brasil. É assim, convidando para um abraço carinhoso esta proposta literária. O livro traz um divertido presente; o awalé ou mathacozona.
De origem africana, contam que o jogo é originário do norte do Golfo de Guiné, de onde começou a viajar pelo continente, e depois, pelo mundo.
Todo jogo tem uma estratégia. O awalé baseia-se na redistribuição contínua das sementes.
As estratégias são exercícios de calculus matemáticos, a lógica e a concentração.
Tudo isso numa irresistível brincadeira!
Mas é, sobretudo, um jogo baseado na generosidade; para ganhar, um jogador tem que saber doar ao seu adversário.
Proposta de trabalho
Podemos pensar em A semente que veio da África como um verdadeiro projeto interdisciplinar em torno de um tema: a árvore de nome científico Adansonia
digitata (o baobá ou embondeiro), pois o livro apresenta
várias formas de conhecê-la: por meio de lendas, mitos,
relatos, informações científicas, ilustrações, imagens, jogos e até mesmo pela história pessoal de dois dos
autores (Georges Gneka, nativo da Costa do Marfim,
e Mário Lemos, nascido em Moçambique).
“A sabedoria é como o tronco de um embondeiro
Uma pessoa sozinha não consegue abraçá-lo.”
Sugestão de oficina
Jogo awalé
Aula/Diversas etnias
Artes e o Baobá
Africanidades/Atividades da cultura africana
Modos de interagir/A cor da cultura
Seguindo uma tradição, iniciamos este caderno com o fragmento de uma canção:
Senhor, abençoe a África!
Que o espírito dela se erga,
Ouve também nossas preces!
Senhor, abençoa-nos...
Senhor, abençoa-nos...
Senhor, abençoe a África!
Que o espírito dela se erga,
Ouve também nossas preces!
Senhor, abençoa-nos...
A nós, a família africana!
Destacamos esse fragmento, que hoje faz parte do Hino
Nacional da África do Sul, mas que originalmente foi um hino religioso que entrou para a História
como uma canção de protesto contra o regime de segregação racial (apartheid).
Trazemos essa canção na esperança de que, como educadores e educadoras, sintamos
a responsabilidade histórica e social
diante da implementação da Lei nº
10.639/2003.
Com este trabalho, nos
ligamos a todas as pessoas que, com
ações esporádicas ou cotidianas, enfrentam o racismo e todas as formas de
injustiça social.
Jogo de tabuleiro
Mancala muitos jogos em um
Mancala o pai dos jogos
Contagem de peçãs
Como jogar
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