Ana Luísa Amaral
Através da história de uma aranha que, em vez de fazer teia, gostava de fazer meia, a autora, Ana Luísa Amaral, ensina que há formas diferentes - e todas podem ser boas - de viver e de mudar o nosso mundo. Uma história em verso, cheia de ternura, cor e música
É que a pobre da aranha Leopoldina
era infeliz naquilo que fazia,
ou seja, em vez de teia,
só queria fazer meia (…)
"O texto é um poema narrativo cuja voz poemática discorre sobre a história de uma
aranhinha simpática e gordinha que era infeliz com o que fazia – tecer teias. Ela queria tecer
meias em vez de teias mesmo que este fosse o ofício esperado de toda aranha, por isso tinha
patas e não mãos, como dizia sua mãe. Leopoldina, teimosa e persistente e, não convencida
dessa sua atividade tarefeira, mesmo sem o apoio de sua família e de sua comunidade, começa
fazer o que lhe dá prazer, uma delicada meia. Para tornar possível a realização de seu sonho, a
aranha faz teias durante o dia e a noite, no período que teria para descansar, ela trabalha
escondido, tecendo fio a fio o objeto de seu desejo, uma delicada meia. Leopoldina, a teimosa
e obstinada aranha, mesmo sabendo que meias não eram consideradas importantes, por não
terem utilidade no mundo das aranhas, acreditava que o belo também poderia ser útil. Ao
concluir sua obra, Leopoldina consegue a admiração, aceitação e reconhecimento de todos.
Desta forma, por acreditar em si mesma, com sua persistência conquistou a liberdade de poder
executar sua atividade artística, bem como possibilitou que outras aranhas, igualmente
interessadas, pudessem dedicar-se à arte livremente daquele dia em diante." Fonte
Ouvindo a história
Numa respeitável família de aranhas, nasceram lindas aranhinhas, criadas com mimos e manhas. Vinham de uma família de aranhas-tecelãs, famosas por tecerem noite adentro até raiar a manhã.
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