A obra de Cristóbal Leon e Cristina Sitja Rubio toca em uma questão delicada e bastante contemporânea, a relação do ser humano com a natureza, utilizando a fábula e a ironia para abordar a perspectiva dos animais nessa via que não é de mão dupla.
O livro nos convida à reflexão, nua, crua e quase matemática: ao cortar uma árvore, um animal perde sua casa. Quantos animais perderam suas casas para que tivéssemos a nossa? Colocando na balança a nossa aparente superioridade frente aos animais, podemos nos perguntar se somos mesmo mais importantes e por quê. O diálogo entre homens e bichos só acontece quando os primeiros sentem na pele o que os animais viveram, levando à conscientização e à transformação.
As ilustrações contribuem para a apresentação de outra perspectiva, as imagens trazem diversos planos em um mesmo desenho, possibilitando um olhar diverso da floresta. É como se nos apontassem para o todo, composto de diversas camadas que se inter-relacionam. Fonte
Empatia ambiental
Não é de se estranhar que em um planeta tão grande como o nosso exista criaturas estranhas. Você mesmo leitor, tenho certeza que já se deparou com alguma espécie de animal ou planta extremamente estranha aos seus olhos. Mas quem e o que determina o que é estranho ou não? Você já pensou que as estranhas criaturas, podem ser você e eu, ou melhor, toda a espécie humana? Isso mesmo, ser estranho ou não também é uma questão de perspectiva. Afinal estranho é aquilo que está de fora. Mas de fora do quê? Essa é uma das perguntas que o livro “Estranhas Criaturas” provoca no leitor. Feito para o público infantil, facilmente o livro deixa qualquer adulto surpreso e encantado. Para os pequenos, é uma das melhores maneiras de promover empatia ambiental. A história começa com uma festa que vem para animar um verão tedioso. Houve muito bolo de chocolate e dança. No entanto como tudo que é bom acaba, chegou a hora de voltar para a casa. Mas meu querido leitor, o problema é que não havia casa para voltar. Durante a festa, as casas simplesmente sumiram. Depois desse susto, os personagens até tentaram construir novas moradias, mas não houve jeito, elas não eram resistentes o suficiente.
Decididos a procurar, eles encontram suas casas. Porém, elas já não estavam como eram antes. Eles até tentaram conversar com as criaturas que fizeram isso, mas elas eram muito ferozes. Por sorte, as estranhas criaturas tinham guardiões que ajudaram os personagens a criar um plano. Por fim, as criaturas entendem a dimensão do que elas roubaram quando percebem o quanto aquilo faz falta para elas também. A história termina com as estranhas criaturas reparando o seu erro.
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