O livro toca muitas questões civilizatórias fundamentais do nosso país, como a infraestrutura precária, o descaso com o patrimônio, as tragédias que sempre assolam primeiro as periferias, o colapso ambiental, a urgência de se pensar em formas de vida que não sejam predatórias.
Nota: Como sou totalmente ligada na literatura infantil fiquei com vontade de ler esta obra. Tão lúdica quanto possível: ( prédios com seus pés fugindo, correndo, pulando...)
Sobre a obra:
Certo dia, sem o menor aviso ou motivo aparente, um prédio deu no pé. É isso mesmo: de repente, aquele prédio foi embora da cidade onde fora construído e deixou todo mundo ao redor de queixo caído.
E esse foi apenas o primeiro. Depois dele, outras construções começaram a partir sem explicação e sem nem olhar para trás. Até os famosos fizeram o mesmo: o Museu Nacional, a Igreja do Bonfim, o Teatro Amazonas e o Palácio do Planalto foram para bem longe. No lugar, ficavam pessoas desabrigadas e espaços vazios.
Cadê o prédio que estava aqui? É isso mesmo que você ouviu: o prédio sumiu. Mas não só um. Vários. Um a um, eles criam pernas e vão embora. É isso que acontece nas páginas do livro “O dia em que meu prédio deu no pé”, o mais recente lançamento do escritor Estevão Azevedo, publicado pela Companhia das Letrinhas. Deu tudo errado, o progresso não está funcionando. Cansados, as construções vão aos poucos abandonando seus moradores e fugindo para outras paisagens. O texto do livro é uma carta de um avô à sua neta, contando como era a vida numa época distante e como ela mudou radicalmente, depois da debandada dos prédios. Os moradores abandonados tiveram, então, que reaprender a viver na natureza, levando uma vida bem mais simples, mas até quando?
A narrativa bem humorada, mas, ao mesmo tempo, melancólica e nostálgica nos leva em uma viagem fantástica a um passado, ou a um futuro, talvez, onde são as construções que desistem do Brasil, e não as pessoas. Carregado de crítica social, o livro diverte as crianças, mas também serve como um exercício de reflexão para os adultos. As coloridas e modernistas ilustrações de Rômolo D’Hipólito são muito interessantes nos lembrando da arte moderna do século passado. Passado e futuro se mesclando mais uma vez .Fonte
Entrevista com autor e de onde surgiu sua inspiração: AQUI, AQUI
O primeiro episódio da série sobre Desenvolvimento Urbano traz uma panorama de como o Brasil se transformou de rural e urbano. Para muitos, mais do que uma urbanização, houve uma desruralização, na medida em que as cidades não estavam preparadas para receber tanta gente. Foram mais de 70 milhões em 50 anos de urbanização das cidades brasileiras. Por conta disso, surgiram as periferias e uma profunda segregação entre as camadas sociais onde os pobres acabaram exilados nas áreas menos favorecidas e que, por muitos, consideradas não cidades, uma vez que nesses locais os serviços públicos básicos não são oferecidos para a população. Assim, o Direito à Cidade não é facultado à essas pessoas. O episódio discute todos esses aspectos e traz soluções que podem ser implantadas através de leis como a do Estatuto da Cidade e o Plano Diretor. Também aborda questões ligadas ao Patrimônio das Cidades e a questão do saneamento, deixando a pergunta no ar: afinal, que cidade queremos? AQUI
A casa da vida: AQUI
O toró: AQUI
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