PINTURA: REPRESENTAÇÃO
DO VALE DOS DINOSSAUROS
Autor :PATRÍCIA LÚCIA GALVÃO DA COSTA
Co-autor:Raimunda Porfírio Ribeiro
Estrutura Curricular
Educação Infantil Arte Visual O fazer artístico
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula:
Expressar, por meio da pintura, o conhecimento que construiu sobre o ambiente vivido pelos dinossauros.
Duração das atividades
Os momentos da aula devem ter duração de 20 e 30 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Aspectos físicos do ambiente da era dos dinossauros; anatomia externa dos dinossauros.
Estratégias e recursos da aula
Atividade 1- Observar cenários que representam o habitat dos dinossauros.
1º momento – O(a) professor(a) pode propiciar a observação de cenários em livros, vídeos e outros materiais que mostrem os dinossauros em seu habitat, de modo que apareçam os elementos do ambiente: cores, vegetação, o solo e o céu, local onde supostamentente os dinossauros viveram.
Figura 1 - Cenários do habitat do disnossauro.
O levantamento desses elementos é feito juntamente com as crianças.
No momento da pintura, o professor:
■pergunta quais elementos que elas escolherão para compor o quadro (pintura);
■orienta a pintura do fundo, em seguida, os elementos que compõem a paisagem.
Atividade 2 - Criar um cenário que expresse o habitat dos dinossauros.
1º momento - Para retratar o ambiente por meio da pintura, são necessários alguns procedimentos.
As crianças devem:
■ usar pincel para pintar o fundo do cenário com tinta guache (em cartolina ou cartão);
■ escolher cores para representar a parte da terra e a do céu (fundo do quadro);
■ desenhar elementos da natureza no fundo do quadro e e pintá-los;
■ desenhar, em uma folha de papel peso 40 ou putro tipo, os dinossauros de sua preferência;
■ recortar tais desenhos com ajuda do(a) professor(a);
■ colar e fazer a montagem do quadro, formando, assim, uma bela obra de arte.
2º momento - O trabalho das crianças deve ser exposto para ser apreciado por outras crianças. Os alunos devem participar da organização da exposição e da apresentação do seu trabalho para outras crianças.
Avaliação
O(a) professor(a) poderá avaliar se as crianças:
■realizaram a atividade de pintura atentando para as orientações dadas;
■escolheram elementos do habitat do dinossauro para compor o quadro com harmonia e equilíbrio.
Hora da História
O Vale dos Dinossauros
Olá amiguinhos, eu sou o Beto Carreiro. Seja bem-vindo ao meu Mundo Encantado!
Vou contar-lhe uma linda história, vamos viajar no tempo através da imaginação, descobrir o Vale dos Dinossauros e viver uma grande aventura ao lado de nossos heróis Bront e Trion.
Aprender que a verdadeira amizade supera todas as dificuldades e vence todas as barreiras. Descobrir também que unidos realizamos grandes façanhas.
Há milhões de anos atrás, quando o homem ainda não existia, os dinossauros dominavam a Terra. Criaturas magníficas que despertam nossa imaginação e conquistam a nossa admiração.
Numa época onde a sobrevivência era uma luta entre a força e a agilidade, Trion e Bront nos mostrarão que viver é uma verdadeira aventura entre os dinossauros.
Nossa história começa no Grande Vale: um lugar onde famílias de várias espécies convivem em paz. Trion pertence a família dos tricerátops, é um jovemdinossauro que se orgulha de ser o melhor lutador entre seus irmãos, ninguém pode com ele.
Bront por sua vez é um brontossauro, conhecido como “Pescoçudo”, não gosta de luta, prefere usar sua energia e tempo explorando novos lugares.
Embora sejam tão diferentes, Trion e Bront são amigos e estão sempre juntos.
Como cada família se ajudava e não se misturava com os demais, não gostavam de ver seus filhos com as outras espécies.
O desejo de conhecer o mundo além do Grande Vale era o sonho dos dois jovens dinossauros, porém seus pais e todos os outros temiam ir além da Montanha Vermelha, pois logo adiante ficava a caverna de Tirano, O Terrível.
Tirano era um tiranossauro rex que atacava e devorava os outros dinossauros.
Sua caverna era a única passagem para o outro lado, além da montanha.
Todas as manhãs, Bront sai à procura de novas espécies de plantas, e Trion o acompanha.
- Não sei que graça tem ficar procurando plantas!
É tudo igual na hora de comer! - reclamou Trion.
- É melhor do que ficar batendo chifres! - falou Bront.
Ofendido Trion disse:
- Você fala assim porque não tem nenhum! Pois saiba que são muito bons em uma luta. Afinal quem é que o defende quando implicam com você, hein, “pescoçudo”?
- Pescoçudo, é? Pois bem! Quero só ver quem vai apanhar folhas no alto das árvores para você quando não tiver nada no chão para comer!
Trion que era comilão como ninguém, pensou nas folhas que perderia brigando com o amigo e logo disse:
- Desculpe, não lhe chamarei de pescoçudo, mas pare de falar mal dos meus chifres!
- Então pare de reclamar! - disse Bront.
- Está bem!!! - falou Trion, - aproveitando que você está perto, apanhe algumas folhas para mim?!
Bront esticou seu pescoço eabrindo sua boca colheu algumas folhas, só que seu dente bateu em algo.
- Ai, ai, ai! Cuidado com meu bico! - era Ptolomeu, um jovem pterodáctilo.
- Um voador! Desculpe, não queria machucá-lo, meu nome é Bront.
- Eu sou Ptolomeu e estava descansando. E o chifrudinho, quem é?
- Eu sou Trion, desça dessa árvore e você vai ver quem é chifrudinho!
- Calma, não quis ofender! falou Ptolomeu descendo da árvore.
Não era todos os dias que um voador se aproximava de um dinossauro.
Para eles, todos que andavam na terra queriam devorá-los nào sabiam que alguns comiam apenas folhas. Quando descobriu que Bront e Trion eram herbívoros Ptolomeu ficou tranquilo.
Bront logo foi perguntando a Ptolomeu como era além da montanha vermelha.
Ptolomeu falou que além da montanha existia um grande lago outro vale ainda maior.
Daquele dia em diante, Ptolomeu passou a ser amigo dos dois.
Voava e trazia folhas novas para Bront e Trion crescia: eles queriam ver o outro vale.
Certa manhã, a montanha se agitou, o vulcão que estava adormecido começou a dar sinal que voltaria a expedir sua lava. Assustados os dinossauros se reuniram cada um em sua caverna.
- O que vamos fazer? - perguntavam os jovens.
- Não podemos fazer nada, - diziam os mais velhos.
Bront levantou seu pescoço e disse:
- Vamos embora! Além da motanha existe um lugar para nós!
- Os mais velhos repreenderam Bront, ele deveria estar sonhando.
Bront falou de Ptolomeu e o que ele viu, trouxe também as folhas diferentes como prova.
O desafio porém era a caverna de Tirano, a única passagem para sair do Vale. Bront e Trion reuniram todas as famílias e disseram:
- Vocês vivem no mesmo Vale, mas não se ajudam. Agora no entanto, estão diante do mesmo perigo, escolham: vamos unir nossas forças e viver ou iremos todos morrer.
As famílias se olharam, naquela hora ouviram o barulho de uma erupção, não tinham tempo a perder. Reuniram-se e marcharam para a caverna.
Na entrada podiam ouvir o rugido de Tirano. Tegaro, o estegossauro adiantou-se na fila e disse:
- Um de nós tem que distrair Tirano para os outros passarem.
- Esse alguém morrerá com certeza! - falou Guanon, o iguanodonte.
Um velho pinacossauro adiantou-se, e ohando para Bront falou:
-Como disse o jovem pescoçudo, temos que nos ajudar, eu distrairei o Tirano.
Já vivi muito, se morrer ficarei feliz de saber que foi para salvar outros.
Bront e Trion colocaram-se ao lado do velho pinacossauro e falaram:
- Juntos somos mais fortes que Tirano, ninguém vai morrer!
Naquela hora o vulcão entrou em erupção, expelindo uma chuva de pedras incandescentes.
Marchando decididos, os dinossauros entraram na caverna.
No meio da caverna segui-se uma luta: Tirano avançou sobre o pinacossauro.
Bront e Trion atacaram Tirano, e Ptolomeu dando vôos rasantes, bicava seus olhos.
Os demais dinossauros, encorajados pelo exemplo deles avançaram sobre Tirano, derrubando-o. Logo depois, caminharam vitoriosos para o outro lado e viram o maravilhoso lugar que seria o novo lar.
Daquela gloriosa batalha guardaram a coragem e a lição que aprenderam com Bront e Trion: juntos eram mais fortes e capazes de realizar grandes façanhas
POEMA A UM DINOSSAURO
Vieira Calado
É urgente estudar as pegadas dos dinossauros
que por aqui morreram há milhões de anos
deixando no ar este frémito de angústia,
para algum ensinamento útil, alguma nova luz
sobre o comportamento das raízes febris,
mormente sobre a função do seu apego à terra.
Nelas se reconhece uma ideia de passageiro
num alvo horizontal sobre o chão cercado.
Têm a estrutura móvel, táctil, dum esteiro
organizado pelas ciências exactas do comércio
estratificado em paralelas camadas geológicas.
Roçam o paradigma da precisão geométrica
como as estátuas, insinuando os gregos.
Explicam os tijolos feitos do barro nupcial
a curvatura vã do céu observado à noite
e são como um livro de sentenças insuspeitadas
que jaz na fronteira duma torre entreaberta.
Fonte:
Poema/conto
Ruth Rocha
Um pequeno dinossauro
Apareceu no jardim
Educado, inteligente,
O seu nome era Joaquim.
Nunca consegui saber
De onde foi que ele saiu
Quando a gente perguntou
Disfarçou e até sorriu...
Ficou muito nosso amigo
Fez tudo que é brincadeira.
Levou o Miguel pra escola
Levou a mamãe pra feira.
As pessoas espiavam
Estranhavam um pouquinho
Onde será que arranjaram
Este dinossaurosinho?
Nessa tarde o papai trouxe
Um amigo bem distinto
Que se espantou e exclamou:
— Mas este bicho está extinto!
Há muitos milhões de anos
Ele já virou petróleo!
Ou já virou gasolina,
Ou algum tipo de óleo.
Meu dinossauro sorriu
— Estou vivo, “podes crer”!
Eu não virei querosene
Como o senhor pode ver!
Antigamente diziam
Que o petróleo era formado
Por montes de dinossauros
Um sobre o outro empilhados.
Mas isso não é verdade!
Foram plantas e outros bichos
Que ficaram bem fechados
Entre buracos e nichos.
Sofreram muita pressão
Por muitos milhões de anos
Sofreram muito calor
No fundo dos oceanos.
— Mas então por que o petróleo
Até parece cigano?
Ora aparece na Terra,
Ora debaixo do oceano!
É porque o planeta Terra
Esteve sempre a mudar
Depois de milhões de anos
Tudo mudou de lugar.
Todos ficaram espantados
De tanta sabedoria
E perguntavam: — Que mais
Sabe Vossa Senhoria?
— Sei ainda muitas coisas
Disse o amigo Joaquim
Para que serve o petróleo
E outras coisas assim.
Petróleo move automóvel,
Navio, trem, avião,
Ônibus e motocicleta,
Helicóptero e caminhão.
Com petróleo se faz pano,
Brinquedo, bolsas e mala,
Pele pra fazer salsicha,
Copos, pratos, nem se fala.
Se faz tinta, faz garrafa,
Material de construção,
Se fazem peças de automóvel
E se faz tubulação.
— Tenho mais uma coisinha
Pra dizer. – Pois então diga!
E o dinossauro puxou
O fecho em sua barriga.
E saíram lá de dentro
O Pedro mais o Raimundo
— Nós não somos dinossauro,
Enganamos todo mundo!
Pense bem: que palavrinha engraçada é "DINOSSAURO", não?
Esse nome foi inventado em 1842 por um inglês chamado Richard Owen.
Nessa época, o mundo só conhecia os fósseis de três dinos, e os três eram bem grandões e ameaçadores.
Por isso o Richard resolveu chamá-los de lagartos (sauros) terríveis (dino)... e assim foram batizados os dinossauros!
Eles foram ENORMES, dominaram a Terra por milhões de anos e mexem com a imaginação do homem há muito tempo.
Os dinossauros eram seres fascinantes, terríveis, incríveis, assustadores.
Pena que a gente não pôde conhecer nenhum dino bem de pertinho... mas pelo menos, já dá para saber um monte de coisas sobre esses bichões, né?
Tudo começou há milhões de anos, na ERA MEZOZÓICA...
Horas, dias, semanas, meses, anos...a gente tem um bocado de maneiras de contar o tempo da nossa vida.
Mas para contar o tempo da vida do nosso planeta, até os séculos são pequenos demais!
Por isso a história da Terra é dividida em Eras, que por sua vez são divididas em períodos.
E cada um deles dura um monte de milhares de anos.
Os DINOSSAUROS surgiram na Era Mezozóica, conhecida como Era dos Répteis, que durou de 248 milhões a 65 milhões de anos atrás.
Os dinos surgiram há mais ou menos 230 milhões de anos, e fizeram a festa durante os três períodos da Era Mezozóica: Triássico, Jurássico e Cretáceo.
Os dinossauros não eram todos iguaizinhos.
Enquanto alguns eram quadrúpedes e herbívoros, outros andavam em cima de duas patas e comiam carne.
Por isso os cientistas, que não gostam nada de bagunça, resolveram organizar a coisa e, em 1887, um inglês chamado Harry Seeley dividiu os dinos em dois grandes grupos, chamados de ordens.
E adivinha que critério ele usou para "criar" essa ordens?
O tamanho?
O modo de andar ou comer?
Que nada, o Harry dividiu os dinos pela cintura!
Calma aí, isso não quer dizer que ele cortou os bichos no meio, não!
É que o critério usado para definir a que ordem pertencia cada dinossauro foi a estrutura dos quadris.
Quem tinha quadril parecido com o dos lagartos ficou na ordem dos SAURÍSQUIOS.
E quem tinha quadril parecido com o das aves, foi para o ordem dos ORNITÍSQUIOS.
Grandes, pequenos, rápidos, ferozes... esses dinos eram mesmo danados!
O FIM DA FESTA DOS DINOSSAUROS
Durante toda a Era Mezozóica, eles foram os reis do pedaço.
E, de repente, pluft, sumiram do mapa.
Mas o que será que aconteceu com os dinossauros?
Na verdade, ninguém sabe com certeza o que causou a extinção dos dinos.
Os cientistas tem um bocado de "palpites", que eles chamam de hipóteses, para explicar o desaparecimento dos bichões.
Vamos conhecer algumas?
Quando a gente diz que alguma coisa se extinguiu, isso quer dizer que ela desapareceu, acabou.
E qualquer coisa pode se extinguir: um bicho, uma planta, um fungo, etc.
O tipo de extinção que aconteceu com os dinossauros é chamado de "extinção em massa".
Ela acontece quando muitas espécies de bichos e plantas desaparecem em pouco tempo, por causa de um mesmo motivo.
Existem também outros tipos de extinção, que acontecem devagarinho, ao longo dos séculos.
E, na verdade, antes da extinção em massa, muitas e muitas espécies de dinossauros já tinham aparecido e desaparecido naturalmente da face da Terra.
E, surpresa: nem todos os dinos tomaram chá de sumiço ao mesmo tempo, não!
Muitos deles sobreviveram ao fim da Era Mezozóica e passaram ainda vários anos no nosso planetinha!
Uma das teorias diz que os dinos teriam sumido do mapa depois do impacto de um asteróide!
Sabia que tudo o que sabemos sobre os dinos aconteceu por causa dos fósseis?
Depois de ler sobre as teorias, você vai descobrir como caçar um fóssil!
Pense bem: se os dinossauros sumiram do mapa há mais de 65 milhões de anos, como é que a gente sabe tanta coisa sobre eles?
Será que naquela época existia alguma espécie de "fotografia pré-pré-histórica" ou de "tataravô do cinema" que tenha registrado alguma imagem dos dinos?
É claro que não!
Todas as informações "dinossáuricas" que a gente tem hoje existem graças aos esforços de alguns cientistas com alma de detetives: os paleontólogos!
Xeretando "pistas", fazendo escavações, descobrindo fósseis, eles conseguiram trazer para os dias de hoje um bocado da vida dos dinos!
E aí, preparado para dar um mergulhão no Maravilhoso Mundo da Paleontologia?
Para começar... o que raios é um fóssil?
Os fósseis de dinossauros podem ser divididos em duas categorias: os bichões propriamente ditos, ou melhor, as partes deles transformadas em fósseis (ossos, garras, pele e outras); e os icnofósseis, que são "pistas fossilizadas", como pegadas que ficaram cravadas em rochas, ninhos, marcas de dentes e até cocô!
Pode parecer meio bobo ficar procurando caca de dinossauro, mas os icnofósseis são superimportantes para decobrir quais eram os hábitos dos dinos, o que eles comiam, se eles eram rápidos ou lentos.
E será que todos os dinos viraram fósseis?
É claro que nem todos os dinossauros viraram fósseis.
Afinal, existiam milhões e milhões deles!
Se cada um tivesse se fossilizado, era só a gente cavar um buraquinho na areia que já ia dar de cara com um pedaço de dino!
A maior parte dos dinossauros que morreram simplemente acabou se decompondo, e só uma pequena parte se fossilizou.
Mas por que nem todos viraram fósseis?
Ora bolas, porque para isso acontecer o dino teria que ter sido enterrado rapidamente depois de morrer, enquanto ainda estava inteirinho.
E como os dinossauros não tinham a menor idéia do que fosse um cemitério e nunca tinham ouvido falar em funeral, o enterro deveria acontecer espontaneamente. Como?
Bom, o "defunto" podia dar a sorte (!) de cair em um monte de lama, ou em um buraco.
Ou poderia acontecer uma tempestade de areia que conseguisse cobri-lo.
Dá para sacar que esse tipo de coisa era exceção na vida (ou melhor, na morte) dos dinossauros! Entendeu porque nem todos eles viraram fósseis?
Então, prepare-se para a sensacional receita de fóssil!
Se um pobre dino é enterrado rapidinho, depois de morrer, ele tem grandes chances de se tornar um bonito fóssil!
E como isso acontece?
Bom, em primeiro lugar, depois de enterrado, o dinossauro vai sendo "re-enterrado" por um montão de sedimentos que, ao acaso, se depositam em cima do bicho.
E, enquanto muitas partes do seu corpo vão se decompondo, as mais resistentes (como osso e dentes), "esmagadas" pelo peso dos sedimentos, acabam se fundindo com eles.
Aí entra a inestimável ação do tempo,que faz a maior parte do trabalho: enquanto ele passa, a água começa a entrar nas tais partes mais resistentes.
Só que a água nunca vem sozinha, e traz sempre um monte de minerais.
E esses minerais vão, devagarinho, "expulsando" os elementos químicos que formam as partes do dino e tomando seu lugar.
Resultado: depois de milhões de anos, o que tinha sido um osso ou dente de dinossauro virou um fóssil!
"Sei, sei...".
E como se chama a ciência que vive fuçando nos fósseis, você sabe?
Velharia é com ela mesmo! A paleontologia é um "tentáculo" da biologia que só estuda formas de vida bem antigas, que existiram em períodos geológicos anteriores aos que a gente está vivendo.
O nome dessa ciência vem de uma colagem de palavras gregas: palaios, que quer dizer "antigo", onto, que quer dizer "ser", e logos, que significa "estudo".
E, para conseguir "imaginar" o que aconteceu há tanto tempo, os paleontólogos têm que ser como detetives, e sair por aí procurando pistas de como era a vida antigamente.
E é claro que essas tais pistas nada mais são que os fósseis!
Uma das técnicas que os paleontólogos usam para saber a "idade" de um dino é a estratigrafia...
Ok, o paleontólogo foi lá, escavou, escavou e achou um fóssil (oba!).
E agora, como é que ele faz para descobrir quantos anos tem esse fóssil e em que época o "ex-dinossauro" viveu?
Bom, um dos métodos mais antigos para descobrir a idade de um fóssil tem um nome bem complicado: é a estratigrafia, uma técnica de identificação da idade da Terra!
Esse método de identificação da idade de um fóssil é mais exato do que a estratigrafia, mas também é bem mais complicado de usar - e de entender.
Preparado?
Então vamos começar: existem alguns elementos químicos que são radioativos, ou seja, emitem radiação.
Só que, com o passar do tempo, esses elementos vão ficando mais "fraquinhos" e passam a emitir menos radiação.
E os cientistas, essas criaturas superespertas, sabem direitinho determinar a idade dos elementos pela quantidade de radiação que eles têm.
Ah, já saquei como funciona esse método: é só pegar os elementos radioativos de dentro de um fóssil, descobrir quanta radiação eles têm e pronto, dá para saber a idade do fóssil, certo?
Quase: como não existem elementos radioativos dentro dos fósseis, os cientistas pegam as rochas que estão acima e abaixo deles (dos fósseis, não dos cientistas! :-) e xeretam atrás de elementos radioativos.
E o resto você já sabe.
Um dos elementos mais usados para fazer essa datação é um tipo de urânio, que os cientistas chamam de isótopo do urânio (daí o nome "radioisótopo").
Será que é só colocar a pá na terra é ir cavando para achar um fóssil de dino?
Como será que se faz uma escavação paleontológica?
Os fósseis de dinos normalmente são encontrados em um tipo de solo chamado de sedimentar, que é, como o próprio nome diz, formado por camadas de sedimentos.
As camadas de cima são mais jovens e as de baixo, mais velhinhas.
Aí é só ver em que camada de solo estava o fóssil, comparar com as outras e descobrir a idade do bicho!
Existe também uma outra técnica de nome esquisito: ela determina a idade por radioisótopo!
ESCAVANDO
Escavar um fóssil não é só chegar e ir metendo a pá na terra, não: é preciso muitas pesquisas e uma bela dose de paciência e cuidado!
Para começo de conversa, os paleontólogos precisam ver direitinho onde vão fazer as escavações. O local deve ser formado por rochas sedimentares, que são as "preferidas" dos fósseis.
O lugar foi definido?
Então começam as escavações.
Cava daqui, cava de lá e... tchans!
Aparece um fóssil!
Agora é só pegar a danado e fim de papo, certo?
Que nada!
A primeiríssima coisa que deve ser feita é fotografar o fóssil, para depois saber direitinho onde e como ele foi encontrado.
Agora o fóssil precisa ser "desencavado" da rocha em que ele está grudado. Como?
Bom, a parte mais exterior da rocha pode ser quebrada com picaretas e pás.
Como o fóssil normalmente é bem frágil, as porções de rocha que ficam pertinho dele precisam ser retiradas com ferramentas mais delicadas: martelinhos, pequenas brocas (como aquelas usadas por dentistas), pincéis (para limpar a poeira) e espátulas.
Às vezes, quando o fóssil está muito frágil, os paleontólogos cobrem o pobrezinho com uma resina especial antes de arrancá-lo da rocha.
Mais uma sessão de fotos, agora com o fóssil já livre da rocha, e é hora de colocar etiquetas nele. Tudo pronto?
Ainda não: agora os paleontólogos vão levar sua descoberta para o laboratório.
Chegando lá, o fóssil passa por mais uma sessão de "libertação da rocha", agora com ajuda de equipamentos superespeciais (micro-agulhinhas, brocas minúsculas e delicadas) e com aplicação controlada de ácidos.
E acabou!
Quer dizer, pelo menos essa etapa.
Com o fóssil já prontinho, é hora de descobrir a que dinossauro ele pertence, a que parte do corpo, quantos anos ele tem Xii, o trabalho ainda vai longe!
Bom, como os saurísquios tinham o quadril precido com o dos lagartos atuais, provavelmente eles são os ancentrais dos jacarés e iguanas, certo?
Errado!
Depois de um montão de pesquisas, os paleontólogos concluiram que os saurísquios são os prováveis ancestrais das aves!
Estranho, né?
Essa ordem de dinos é dividida em duas subordens:
- terópodes, que andavam em cima das duas patas de trás (eram bípedes) e comiam carne;
- saurópodes, que eram quadúpedes (andavam de quatro) e herbívoros.
Você já parou para pensar porque os dinossauros desapareceram da Terra?
Um monte de gente já quebrou a cabeça tentando desvendar esse mistério: descubra as teorias da extinção.
O IMPACTO DO ASTERÓIDE ALVAREZ
Hum, 100% de certeza, ninguém tem, mas a maioria dos cientistas acredita que a extinção dos dinossauros aconteceu por "culpa" de um asteroidezinho malvado, chamado Alvarez.
Ele foi batizado assim em homenagem ao físico Luís Alvarez, o pai dessa hipótese, criada em 1980.
Mas não pense que o Alvarez simplesmente caiu na cabeça dos dinos e achatou os bichões.
O que aconteceu deve ter sido bem mais assustador: os cientistas acreditam que o impacto desse asteróide modificou muito nosso planeta, e transformou a vida dos dinossauros em um filme de terror!
Grandes incêndios, ondas gigantes, terríveis chuvas ácidas, erupções vulcânicas, terremotos esse cenário de meter medo era a Terra depois do choque com o Alvarez!
Além disso, a força da "pancada" do asteróide na superfície teria levantado uma nuvem de poeira que deixou o planeta no escuro por vários meses!
Aí, já viu: sem Sol, a Terra ficou mais fria e quem não se adaptou dançou.
Sem a luz solar para transformar em energia, as plantinhas bateram as botas.
E sem plantas para papar, os dinos e outros bichos herbívoros acabaram morrendo de fome, tadinhos!
E os carnívoros?
Esses não tiveram melhor sorte: como se alimentavam de bichos herbívoros, também acabaram indo para o beleléu! Que triste!
Outra hipótese é que uma mudança na órbita da Terra teria acabado com a festa dos dinos...
AS MUDANÇAS DE ÓRBITA DA TERRA
A Terra está lá, toda satisfeita girando ao redor do Sol e de repente, ops, dá uma escorregada e muda de órbita!
É claro que a coisa não aconteceu assim, mas têm cientistas que acreditam que os dinos se extinguiram por causa de uma mudança na órbita do nosso planeta.
Essa mudança deu uma bela esfriada no clima da Terra.
Resultado: os dinossauros morreram de frio e os mamíferos peludos dominaram o pedaço!
E por falar em mamíferos, outra teoria culpa esses gulosos pelo fim dos lagartos terríveis!
OS TERRÍVEIS MAMÍFEROS
Oba, ovo de dinossauro!
Alguns cientistas acreditam que esse era o prato favorito dos mamíferos no fim do Período Cretáceo.
E por causa dessa "preferência culinária", os mamíferos acabaram devorando todos os futuros dinossauros e exterminando os lagartos terríveis!
Acontece que poucos acreditam de verdade nessa hipótese.
É que ela não explica porque tantas outras espécies se extinguiram ao mesmo tempo que os dinos. Será que é tudo culpa dos mamíferos?
Isso não é nada!
Vêm mais idéias malucas por aí!
Achou pouco?
Pois hipótese para a extinção dos dinossauros é o que não falta: tem gente que jura de pé junto que uma estrela explodiu na "vizinhança" da Terra e a radiação dela matou os dinos; tem quem ache que os dinossauros herbívoros se multiplicaram tão mais rápido que os carnívoros, que não houve comida para todos eles.
E tem até uns malucos dizendo que a culpa foi do cocô dos dinos!
Esse pessoal acha que a extinção aconteceu por causa de uma superconcentração de gás metano na atmosfera da Terra.
O metano é um dos gases expelidos pela decomposição do lixo orgânico, e que também é inflamável.
O excesso de metano teria surgido por causa de algumas algas marinhas, que liberaram o tal gás, e também por causa dos restos da digestão dos dinos herbívorosÖou seja, nada mais, nada menos que o cocô dos bichões!
MAIS DINOS
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Dinos brasileiros:
RECREIO:
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