Nicolau tinha uma ideia
Ruth Rocha
“Era uma vez um lugar onde cada pessoa só tinha uma idéia na cabeça.
João tinha uma idéia assim: #######
Maria tinha uma idéia assim: *********
Pedro tinha uma idéia desse jeito: !!!!!!!!!!!
E Manuela tinha uma idéia desse jeitinho: +++++++++
Um dia apareceu um homem chamado Nicolau.
A idéia de Nicolau era assim: ????????
Logo que Nicolau chegou, foi procurar João.
E contou sua idéia a ele.
E João ficou com duas idéias na cabeça: # ? # ? # ?
João contou a idéia dele para Nicolau.
E Nicolau ficou com duas idéias na cabeça. ## ? ## ? ##
Aí, Nicolau foi contar sua idéia para Maria.
E Maria ficou com duas idéias na cabeça. ****?*****?
E contou a Nicolau a idéia dela.
Nicolau ficou com três idéias na cabeça. ???****###???****###
Nicolau falou com Pedro,
Com Manuela
E uma porção de gente mais.
Nicolau ficou cheio de idéias.
E as idéias de Nicolau começaram a se misturar
Umas com as outras e a formar
Muitas outras idéias.
Então, as pessoas começaram a achar que era
Muito divertido ter muitas idéia na cabeça.
Começaram a procurar Nicolau para ele
Contar as idéias que ele agora tinha.
E todo mundo foi ficando com uma porção de idéias na cabeça.
Aí, cada um resolveu trazer os filhos para o Nicolau contar suas idéias.
Nicolau teve que arranjar
Um lugar grande, onde
Ele pudesse contar às
Crianças as suas idéias.
E naquele lugar, agora, todo mundo tem
Uma porção de idéias.
Como você, que também conversa com os outros,
Ouve as idéias deles e aprende uma porção
De idéias na escola.”
Plano de aula de Literatura
"Na primeira aula, queria que as crianças entendessem que durante as aulas de literatura poderíamos viajar para lugares do nosso imaginário, lugares distantes, lugares dos contos infantis, queria que todos se empolgassem com a proposta, mas queria que as idéias partissem delas também, então escolhi o livro, NICOLAU TINHA UMA IDÉIA, de Ruth Rocha.
Os alunos gostaram da história e ao final conversamos sobre o fato de todos termos muitas idéias a todo momento e que deveríamos juntar as nossas idéias e formar mais um monte delas.
Depois de tudo isso convidei a todos que quisessem viajar para o mundo da imaginação durante nossas aulas neste ano que assinassem a um painel.
Como se fosse o nosso passaporte para este mundo encantado."
Trouxe daqui esta sugestão:
Vejam a aula:
TEMA:
- Apresentação da Oficina de Literatura.
HISTÓRIA:
Nicolau Tinha Uma ideia. (Ruth Rocha)
OBJETIVOS:
- Explicar às crianças como serão as aulas de Literatura;
- Mostrar que para termos aulas criativas, a ajuda delas é indispensável, através da troca de idéias que cada um tem.
- Despertar o interesse pela história do livro do dia.
DESENVOLVIMENTO:
- Recepcionar os alunos, fazer as apresentações, falar sobre o perfil da Oficina de Literatura.
- Saber deles quem gostaria de entrar para o mundo da imaginação através das histórias, dos livros.
- Pedir que todos sentem no tapete: Ler/contar a História: Nicolau Tinha Uma Idéia.
- Ouvir as idéias dos alunos sobre como gostariam das aulas de Literatura
- Pedir que assinem nosso mural, como compromisso de sempre que estiverem naquela aula contribuir com idéias para que possamos todos entrar no mundo da imaginação.
RECURSOS:
- Painel em branco apenas com o enunciado: (Entrada para o mundo da imaginação, assine aqui).
- Pincel Atômico de várias cores,
- Pincel e tinta Guache.
- Livro: Nicolau tinha uma idéia.
Das rodas de conversas as conversas informais
Conversa vai, conversa vem...
Bete Godoy
Foi assim que Nicolau, personagem do livro Nicolau tinha uma ideia de Ruth Rocha, começou a ter várias ideias e a partir daí muitas coisas aconteceram...
Conta a história que um sujeito chamado Nicolau chega num lugar onde cada pessoa tem só uma ideia na cabeça e ele também. Vivia cada um com a sua única ideia.
Até que um dia Nicolau resolveu contar a sua ideia para outra pessoa.
As pessoas começaram a trocar suas idéias umas com as outras, a falar o que pensam, desejam e sentem. Tudo mudou naquele lugar.
Agora as pessoas se reúnem para partilhar e conhecer novas idéias.
A conquista da linguagem oral é um marco no desenvolvimento do homem.
Ela possibilita dentre outras coisas, que o homem planeje suas ações e a solução para um problema antes da sua execução.
Falar, conversar é algo aprendido na cultura.
A linguagem oral e escrita é uma construção social.
Não falamos apenas porque temos os órgãos reprodutores da fala. Ouvimos as pessoas falarem e assim as imitamos.
As primeiras falas se dão no convívio familiar e aos poucos vai se ampliando na medida em que esta criança interage com outras pessoas.
Aprender as práticas sociais típicas dessa língua é algo que se faz praticando. ( Orientações Curriculares para Educação Infantil- Secretaria Municipal de Educação de SP).
O momento da alimentação é um convite para o bate-papo entre amigos.
Afinal, para que serve a conversa?
• PARA SE COMUNICAR
• SE CONHECER
• RESOLVER PROBLEMAS E CONFLITOS
• AMPLIAR CONHECIMENTO
• COLOCAR PROPOSTAS
• CHEGAR A UM CONSENSO
• SOCIALIZAR
• FOFOCAR
• ACOLHER
• TROCAR EXPERIÊNCIAS...
São várias as situações em que conversa pode ser estimulada no cotidiano escolar, mas dentro das modalidades organizativas é comum ter um espaço reservado para denominamos RODA DE CONVERSA.
As Orientações curriculares para a educação infantil traz os conteúdos e aprendizagens reunidos em campos de experiência e são eles:
a. Experiências voltadas ao conhecimento e cuidado de si, do outro, do mundo
b. Experiências de brincar e imaginar.
c. Experiências de exploração da linguagem corporal.
d. Experiências de exploração da linguagem verbal.
e. Experiências de exploração da natureza e da cultura.
f. Experiências de apropriação do conhecimento matemático.
g. Experiências com as expressividade das linguagens artística.
O documento apresenta na linguagem verbal as rodas de: conversa, contação, mauseio e de leitura que se organizam da seguinte maneira:
Qual a importância da roda de conversa para o desenvolvimento infantil?
A roda de conversa cria um tipo de interação totalmente diferente da conversa em pequenos grupos: no coletivo, as crianças precisam colocar em jogo competências lingüísticas e expressivas que não são acionadas quando o diálogo é entre duas pessoas.
Entendemos roda de conversa como recurso pedagógico democrático que vai proporcionando o uso da palavra, que não é apenas som... mas que é, também, pensamento, concepção de mundo, ação, sentimento, posicionamento diante da realidade.
Este movimento dialógico, Paulo freire denomina como círculo de cultura e Vygotsky de interações sociolingüísticas.
É importante que as instituições de ensino proporcionem situações em que crianças, jovens e adultos no exercício democrático da expressão ideias, sentimentos e desejos busquem e construam resposta às necessidades de organização de ideias e gerência de conflitos favorecendo o cultivo de valores da solidariedade, do amor e da amizade, do respeito às diferenças, do senso crítico, do aprendizado dos direitos e dos deveres para uma vida em cidadania.
É na troca de ideias que as pessoas têm grande chance de estar expondo suas ideias aos outros, de estar escutando as idéias dos outros sobre o mesmo assunto, de estar comprando suas idéias com a dos outros e a dos outros entre si, a partir daí, podendo melhorar, completar, ou modificar o que pensam ou, então, confirmar ainda mais seus pontos de vista.
Roda é movimento, que contribui à produção do conhecimento não de um conhecimento qualquer, mas daquele que se registra, se elabora, se amplia e se reconstrói.
Conhecimento próprio do ser humano do ser humano que existe, sempre, em toda sua vida, tenha ele zero, cinco, dez ou oitenta anos de idade.
O que o professor precisa saber: para oferecer situações que rendem boas conversas:
1-O modo próprio como a criança pensa e conversa:
• A criança ainda está em fase de construção dos conceitos e de abstração para isso faz uso da imaginação e emoção para expor seus sentidos e conhecimentos.
A subjetividade para ligar uma idéia na outra é uma presença marcante.
• Os diálogos são marcados por generalizações confusas, porém é possível afirmar que existe pensamento (pensamento de criança).Vygotsky chama de pensamento sincrético.
• Quanto mais rica for a experiência pessoal da criança, mais material sua imaginação terá a sua disposição para construção de conhecimento.
2-Planejar boas situações para conversa.
• Se utilizar texto, história, imagem, música e etc como elemento desencadear precisa conhecer bem o material para saber mediar às falas durante a conversa.
• Pensar em possibilidade de conversa que o material oferece.
• Garantir espaço e tempo adequado para o momento planejado para conversa.
• Respeitar o tempo de “concentração” das crianças.
A faixa etária deve ser levada em consideração. Os pequeninos se dispersam com maior facilidade.
*Roda de manuseio e conversa durante a formação de professores
3-Valorizar as conversas espontâneas das crianças.
• Ouvir o que as crianças pensam livremente em especial enquanto brincam e fazem as refeições.
4-Observar e registrar (quando necessário transcrever as conversas das crianças) para:
• Compreender como as crianças pensam.
• Saber o que elas: gostam, sonham, suas dificuldades, desejos, valores e etc.
• Para planejar novas situações.
5-Ser o mediador e não o doutrinador durante a conversa.
• Não impor seus valores como corretos.
• Participar como sendo mais um membro do grupo.
• Não concluir no lugar da criança.
• Respeitar a possibilidade e a necessidade de cada um concluir por si e para si.
A construção de idéias é coletiva, mas conclusão é individual.
As crianças são curiosas por natureza e muito mais que a capacidade de responder o educador precisa estimular e valorizar a capacidade de perguntar.
As crianças são capazes de conversar sobre os mais diversos assuntos e com a ajuda do adulto, novas idéias vão brotando.
*Não queremos ter uma só idéia na cabeça, queremos?
0bs: Esta semana apresentaremos um vídeo de uma roda de conversa com crianças de 5 anos. Boas práticas a luz da teoria. Não deixe de conferir.
Para saber mais:
1-Vygotsky, L. S. A formação social da mente. Martins Fontes.
São Paulo
2-Freire, Paulo. Papel da Educação na Humanização. Revista Paz e Terra.
-Pedagogia da Esperança . São Paulo: Paz e Terra.
3-Oliveira, Zilma Ramos de Educação Infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez Editora.
4-Lorieri, Marcos Antonio. Filosofia: Fundamentos e Métodos. Cortez Editora.5-Lipman, Mathhew; Oscanyan. Fredericks S. e Sharp, Ann Margareth. A filosofia na sala de aula. Editora Nova Alexandria.
6-Rocha, Ruth. Nicolau tinha uma idéia. São Paulo. Quinteto Editorial.
7-Warschauer, Cecília. A roda e o registro. Paz e Terra editora.
8-Orientações curriculares. Expectativas de Aprendizagem e Orientações didáticas para educação infantil. Prefeitura do Município de São Paulo .
9-Scarpa, Regina.Pensamento de criança. Revista Avisa Lá.
10-Rede em rede formação continuada na educação infantil. Secretaria Municipal de Educação de São Paulo.
Livro de literatura: possibilitando a criação de novas ideias
Autor: Miriam Raquel Piazzi Machado
■Ler, com desenvoltura, as imagens contidas no livro.
■Recontar a história oralmente, a partir das gravuras. ■Saber ouvir a ideia do colega com atenção e respeito.
■Identificar e valorizar a importância do trabalho em grupo.
■Produzir um outro final para a história, elaborando novas ideias sobre o assunto.
Duração das atividades3 aulas de 50 minutos aproximadamente
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o alunoEstar inserido no processo de alfabetização/letramento.
Estratégias e recursos da aula
1ª aula a) Como atividade preparatória para a apresentação do livro, a professora proporá que os alunos se dividam em grupos.
Depois, entregará para um dos alunos de cada grupo uma folha de papel dobrada em diversas partes, como uma sanfona.
Pedirá que cada criança escreva uma ideia numa parte da sanfona, dobrando-a antes de passar para o colega, que não poderá ler o que está escrito.
Quando todos tiverem escrito suas ideias, o grupo abrirá a folha e fará a leitura das ideias escritas, tentando formar um texto harmonioso.
b) Explicar aos alunos que o livro que será trabalhado tem como título: Nicolau tinha uma ideia.
Perguntar aos alunos o que esse título sugere. Deixar que exponham suas opiniões.
c) Apresentar a capa do livro e explorar: autora, ilustradora, editora e a imagem.
d) Fazer a leitura do livro, explorando as ilustrações.
e) Pedir aos alunos que recontem, oralmente, a história, verificando se compreenderam, conseguindo apresentar claramente as ideias.
f) Numa folha de papel cortada ao meio, os alunos farão o registro de sua ideia sobre o livro: se gostaram, o que aprenderam sobre o trabalho em equipe.
2ª aula: a) Retomar a atividade da aula anterior, solicitando que cada aluno apresente o registro que fez.
b) Conversar sobre a importância do trabalho em grupo e sobre as descobertas que fazemos juntos. c) Propor que os alunos discutam em grupos o que podem fazer para contribuir para a diminuição do lixo em nossa escola. Cada aluno deverá expor a sua opinião. Depois, em uma folha de papel pardo ou cartolina, o grupo fará o registro das ideias que tiveram.
d) Cada grupo fará a apresentação para o restante da turma e os trabalhos ficarão anexados em lugar de destaque no corredor do colégio.
3ª aula: a) Retomar o livro e pedir aos alunos que recontem oralmente, fazendo um resumo.
b) Convidar os alunos a conhecer um pouco mais sobre a autora do livro, que propôs aos alunos uma participação na sua obra através da última página, em que são convidados a registrar também suas ideias:
c) Retomar a última página do livro. Propor que os alunos façam o desenho em uma folha, pois o livro pertence a todos os alunos. Esse desenho poderá ser um outro final para a história, ...
d) Quando os alunos terminarem de desenhar deverão registrar por escrito esse final da história criado por eles.
e) Cada criança fará a apresentação da sua ideia e ao final os textos serão afixados no mural da sala, com a identificação de cada aluno.
Recursos ComplementaresBiografia da autora disponível no link:
http://www.algosobre.com.br/biografias/ruth-rocha.html Avaliação■Verificar se os alunos foram capazes de compreender as ideias apresentadas pela autora no livro, através da recontagem oral.
■Observar se todos os alunos conseguiram expor suas ideias no grupo e se os grupos conseguiram ouvir com respeito as opiniões dos colegas.
■Avaliar a produção dos cartazes feitos pelos alunos, observando a construção coletiva.
■Avaliar o texto produzido pelos alunos em relação à coerência das novas ideias apresentadas. http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=26237
b) Explicar aos alunos que o livro que será trabalhado tem como título: Nicolau tinha uma ideia.
Perguntar aos alunos o que esse título sugere. Deixar que exponham suas opiniões.
c) Apresentar a capa do livro e explorar: autora, ilustradora, editora e a imagem.
d) Fazer a leitura do livro, explorando as ilustrações.
e) Pedir aos alunos que recontem, oralmente, a história, verificando se compreenderam, conseguindo apresentar claramente as ideias.
f) Numa folha de papel cortada ao meio, os alunos farão o registro de sua ideia sobre o livro: se gostaram, o que aprenderam sobre o trabalho em equipe.
2ª aula: a) Retomar a atividade da aula anterior, solicitando que cada aluno apresente o registro que fez.
b) Conversar sobre a importância do trabalho em grupo e sobre as descobertas que fazemos juntos. c) Propor que os alunos discutam em grupos o que podem fazer para contribuir para a diminuição do lixo em nossa escola. Cada aluno deverá expor a sua opinião. Depois, em uma folha de papel pardo ou cartolina, o grupo fará o registro das ideias que tiveram.
d) Cada grupo fará a apresentação para o restante da turma e os trabalhos ficarão anexados em lugar de destaque no corredor do colégio.
3ª aula: a) Retomar o livro e pedir aos alunos que recontem oralmente, fazendo um resumo.
b) Convidar os alunos a conhecer um pouco mais sobre a autora do livro, que propôs aos alunos uma participação na sua obra através da última página, em que são convidados a registrar também suas ideias:
c) Retomar a última página do livro. Propor que os alunos façam o desenho em uma folha, pois o livro pertence a todos os alunos. Esse desenho poderá ser um outro final para a história, ...
d) Quando os alunos terminarem de desenhar deverão registrar por escrito esse final da história criado por eles.
e) Cada criança fará a apresentação da sua ideia e ao final os textos serão afixados no mural da sala, com a identificação de cada aluno.
Recursos ComplementaresBiografia da autora disponível no link:
http://www.algosobre.com.br/biografias/ruth-rocha.html Avaliação■Verificar se os alunos foram capazes de compreender as ideias apresentadas pela autora no livro, através da recontagem oral.
■Observar se todos os alunos conseguiram expor suas ideias no grupo e se os grupos conseguiram ouvir com respeito as opiniões dos colegas.
■Avaliar a produção dos cartazes feitos pelos alunos, observando a construção coletiva.
■Avaliar o texto produzido pelos alunos em relação à coerência das novas ideias apresentadas. http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=26237
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Olá, estava a procura de uma aula diferente sobre o livro: Nicolau Tinha Uma Ideia. E encontrei essa aula ao ler fui achando familiar, até que li os créditos e achei muita graça quando me deparei com o endereço do meu Blog de literatura ahahahahha.... Obrigada pelos créditos da aula, abraços e sucesso com o blog Linguagem e Afins, é muito bom. Parabéns
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