O 7 de setembro, os símbolos pátrios
e o projeto de construção de uma
identidade nacional brasileira
Observação do Linguagem:
Trata-se de aula mais elaborada,destinada ao ensino fundamental final.
Porém o estudo da obra pode ser adaptado para os pequenos do ensino infantil.
A linguagem mais coloquial pode ser substituída ,por você, colega.
Boa aula!
Autor :Leide Divina Alvarenga Turini
O que o aluno poderá aprender com esta aula
Analisar fatores estruturais da sociedade brasileira, os quais fundamentam a ausência da idéia de nação e de uma identidade nacional entre os brasileiros até a independência do Brasil.
Identificar e analisar iniciativas de construção de um projeto de formação da identidade nacional brasileira, a partir da independência.
Refletir sobre os conceitos de pátria e nação presentes no projeto de formação da identidade nacional brasileira, a partir da interpretação de fontes iconográficas e escritas.
Duração das atividades
03 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Mudanças ocorridas na sociedade colonial brasileira, a partir de 1808, com a chegada da família real portuguesa ao Brasil.
O processo de independência do Brasil.
Estratégias e recursos da aula
I- A ausência da idéia de nação e de uma identidade nacional entre os brasileiros
Atividade com Texto: O projeto de formação de uma identidade nacional brasileira a partir da independência
Em 7 de setembro de 1822 o Brasil deixou de ser uma colônia e tornou-se um Estado Nacional independente de Portugal. Entretanto, a idéia de nação como unidade não apenas territorial e lingüística, mas também como elemento de identificação social e política reconhecida por costumes, tradições, crenças e símbolos comuns, não existia entre os brasileiros.
Para a filósofa Marilena Chauí, a construção da idéia de nação no sentido acima colocado ocorreu no momento em que o “Estado precisava de algo mais que a passividade de seus cidadãos: precisava mobilizá-los e influenciá-los a seu favor.
Precisava de uma ‘religião cívica’, o patriotismo”.
A necessidade de construção da “idéia nacional” pelo Estado ocorreu, segundo a autora, apenas no século XIX, “no momento em que a divisão social e econômica das classes apareceu com toda a clareza e ameaçou o capitalismo". (Turini, Leide Alvarenga. mimeo, 2007).
O texto, na íntegra, pode ser acessado em: http://gephiseseba.blogspot.com
Atividades para o estudo do texto:
1) Ler atentamente o texto, interpretando as suas idéias centrais com a orientação do professor.
2) Responder, por escrito as seguintes questões:
a) Por que podemos afirmar que até o século XIX não existia a idéia de nação, ou melhor, não existia uma identidade nacional entre os brasileiros?
b) Explique a afirmativa: O Projeto de Nação defendido pelos grupos sociais dominantes após a independência passou a ser construído a partir da “idéia de unidade, de harmonia e de comunhão de interesses, procurando eliminar os conflitos e as diversas concepções de liberdade”.
II-Os símbolos pátrios e o projeto de construção de uma identidade nacional brasileira no Brasil Imperial
1- O quadro de Pedro Américo e o "Grito do Ipiranga"
A cena representada é uma reprodução da tela feita pelo pintor Pedro Américo (1843-1905), em 1888 (portanto 66 anos após a independência política do Brasil).
A tela intitulada “Independência ou Morte” e mais conhecida como "O grito do Ipiranga", encontra-se atualmente no Museu Paulista.
Nesta interpretação oficial, D. Pedro I, rodeado por soldados vestidos em seus uniformes de gala, aparece como o príncipe regente que rompeu com a dominação de Portugal, erguendo sua espada às margens do Rio Ipiranga e decretando a independência do Brasil a partir daquela data (7 de setembro de 1822).
Dizemos que esta imagem é a interpretação oficial porque foi construída para ser aceita e difundida como o marco histórico da separação da colônia brasileira em relação à metrópole portuguesa.
O primeiro governante a difundir esta imagem acerca da proclamação da independência do Brasil foi D. Pedro II, que governou o Brasil no período de 1840 a 1889.
A tela de Pedro Américo foi feita por encomenda do Imperador em parceria com o governo de São Paulo.
Orientações para a interpretação da atividade:
a- Pedir aos alunos que, após observarem atentamente a tela, descrevam o que veem na cena representada.
b- A partir do que conseguiram interpretar sobre a cena, explicar, por escrito, a idéia central da mesma.
c- Discutir com os/as colegas e com o professor as respostas e anotar, em seguida, as conclusões a que chegaram.
d- Sugerir aos alunos que confiram no endereço
o texto "Independência ou morte!
A representação idealizada de um fato histórico", de Antonio Carlos Olivieri.
Os esplendores da imortalidade JOSÉ MURILO DE CARVALHO http://www1.folha.uol.com.br/fol/brasil500/dc_6_2.htm
II- O hino da Independência do Brasil
Recursos Complementares
Avaliação
Tendo como princípio que a ação avaliativa deve permear toda a prática pedagógica do professor dando-lhe constantemente elementos que lhe possibilitem auxiliar o estudante no seu desenvolvimento, o professor poderá avaliar os alunos por meio das atividades de compreensão, interpretação e debate das idéias centrais do tema da aula, a partir dos recursos utilizados: textos, vídeos, pinturas.
Também poderá avaliar os alunos a partir das conclusões registradas no caderno e da sistematização das idéias centrais discutidas na aula.
Mais sobre o artista e sua obra
Obra " O Grito do Ipiranga"
O quadro feito em 1888, atualmente no salão nobre do Museu Paulista da USP, é a principal obra do museu e a mais divulgada de Pedro Américo.
O nome original dessa tela é "Independência ou Morte" mas ficou conhecida como "O Grito do Ipiranga".
A tela mede 7,60 x 4,15 m, tratando-se de uma tela retangular que representa a cena de Dom Pedro I proclamando a independência do Brasil. Na tela também aparecem:
-à direita e à frente do grupo principal, em semicírculo, estão os cavaleiros da comitiva;
-à esquerda, e em oposição aos cavaleiros, está um longo carro de boi guiado por um homem do campo que olha a cena curiosamente.
-Essa obra foi encomendada pelo governo imperial e pela comissão de construção do monumento do Ipiranga, antes que o Museu do Ipiranga existisse, e foi completado em Florença em 1888.
O artista se preocupava em estudar todos os detalhes de seus quadros, como roupas, armas e os tipo físicos das pessoas. Para a produção deste quadro, ele se dirigia freqüentemente ao bairro do Ipiranga para conhecer-lhe a luz, a topografia e outros aspectos.
Biografia
Pedro Américo de Figueiredo e Melo tinha apenas 10 anos quando foi escolhido como desenhista da missão científica do naturalista francês Louis Jacques Brunet, para estudar a flora e da fauna do Nordeste do Brasil.
Depois de se formar em Belas Artes no Rio de Janeiro, Pedro Américo obteve uma bolsa de estudos dada pelo imperador Pedro 2o e foi para a Escola de Belas Artes em Paris, na França, onde aperfeiçoou seu estilo com os pintores Jean-Auguste-Dominique Ingres e Horace Vernet.
Na capital francesa, cursou filosofia e literatura na Universidade Sorbonne, além de iniciar o estudo da física no Instituto Ganot.
Também escreveu poemas, estudos e romances.
Seu ensaio sobre a "Refutação da Vida de Jesus por Renan" valeu-lhe a comenda papal da Ordem do Santo Sepulcro. Entre suas obras literárias e filosóficas, destacam-se "A Reforma da Academia de Belas Artes de Paris", "Discursos sobre a Estética e Ciência e os Sistemas".
Obteve o doutorado em ciências físicas em Bruxelas, na Bélgica. Antes de voltar ao Brasil, passou por Lisboa, onde se casou com a filha do Conde de Porto Alegre.
No Rio, tornou-se professor de desenho da Academia Imperial de Belas Artes.
A seguir, ganhou a cátedra de história da arte, estética e arqueologia - esta última uma paixão do imperador Pedro 2o.
Américo foi um entusiasta da pintura histórica. Tinha 43 anos quando assinou um contrato com o governo do estado de São Paulo, em 14 de julho de 1886, para pintar a "Proclamação da Independência". Devia entregar a obra pronta em 1889, mas terminou um ano antes.
O trabalho foi todo feito em Florença, onde foi exposto, em abril de 1888, antes de ser entregue ao governo paulista, em 14 de julho daquele ano - é a tela conhecida como "Grito do Ipiranga".
Pintou seu auto-retrato a pedido do governo italiano, para ser colocado na sala de pintores célebres da Galleria Nazzionale degli Uffizzi, em Florença, a cidade italiana conhecida como berço da arte. Isso equivaleu a uma consagração.
Seus quadros mais conhecidos são "Batalha do Avaí", "Grito do Ipiranga", "Judith e Holofernes", "Rabequista Árabe, "Tiradentes esquartejado".
A "Batalha do Avaí", segundo Cardoso de Oliveira, seu biógrafo, é considerada uma das mais notáveis obras-primas da arte mundial.
Com 48 metros quadrados, a pintura representa a batalha da guerra do Paraguai.
Os personagens de maior destaque na cena são o duque de Caxias e o general Osório, este no momento em que é atingido por um tiro na boca.
Eleito deputado na Assembléia Constituinte de 1890, apresentou projetos de interesse cultural. Em 1900, em Florença, pintou "Paz e Concórdia", a grande tela alegórica que foi seu último trabalho e está exposta no Palácio do Itamarati, em Brasília.
Américo foi um dos mais famosos artistas de sua época e é um dos principais nomes da pintura histórica brasileira.
Morreu em Florença, aos 62 anos, e foi enterrado na Paraíba, a pedido do governo do estado.
http://educacao.uol.com.br/biografias/pedro-americo.jhtm
O grito do Ipiranga Turma da Mônica
Sugestão sobre o quadro de Pedro Américo:
Como trabalhar
★ Com a imagem em mãos, peça que as crianças descrevam o que veem em detalhes: a quantidade de pessoas e animais, os uniformes, a pose emocionada de D. Pedro, o caráter heroico da cena.
★ Conte que o quadro foi encomendado e que o pintor não estava presente na cena.
★ Distribua material de desenho e pintura e diga que elas também receberam uma encomenda. Depois do que aprenderam sobre a independência do Brasil, devem pintar um quadro - como fez Pedro Américo - reproduzindo como imaginam que aconteceu a declaração de independência.
★ Exponha os trabalhos na classe e discuta a diferença entre eles para evidenciar como o registro e o documento histórico são frutos do olhar de uma pessoa e de sua época.
★Proponha que os alunos confeccionem, com variados materiais como sucata, alguns dos elementos do quadro "O Grito do Ipiranga". Aqui temos algumas sugestões:
Vejam estas sugestões no blog Gente miúda
cavalinho feito com sucata
cavalinho com cabo de vassoura
cavalinho com cabo de vassoura 2
cavalinho feito com garrafa pet
espada e chapeú com dobradura de jornal
Link para essa postagem
Olá..
ResponderExcluirAdorei seu blog, achei muito interessante.
Se não for pedir muito, você poderia me seguir, no meu blog?
Já estou te seguindo
Desde de já agradeço =)
Teh mais!!
tutorialphots.blogspot.com