Brincadeiras:
pesquisa, experimentação e sistematização
pesquisa, experimentação e sistematização
Professoras do ensino fundamental:
Que tal utilizar este tema para uma sequência didática?
Ou gêneros literários envolvendo pesquisa, leitura, produção de texto,etc.
Brincar é a linguagem que as crianças usam para se manifestar, descobrir o mundo e interagir com o outro.
Quando ela é incentivada, a turma adquire novas habilidades e desenvolve a imaginação e a autonomia.
É possível brincar sem ter nada em mãos. Como ocorre durante o pega-pega e a ciranda, por exemplo.
Mas os brinquedos têm papel fundamental no desenvolvimento infantil.
Para que eles cumpram bem essa função, não basta deixar o acervo da pré-escola ao alcance dos pequenos, imaginando que, por já brincarem sozinhos em casa, eles saberão o que fazer.
É essencial oferecer objetos industrializados e artesanais, organizar momentos em que o grupo construa seus próprios brinquedos e ampliar as experiências da meninada.
Tudo isso sempre equilibrando quantidade, qualidade e variedade, o que significa exemplares variados, seguros, resistentes e com um bom aspecto estético.
Vejam aqui as questões sobre como trabalhar com brincadeiras:
É papel do educador agir como mediador, convidando todos à investigação.
Aproveite a curiosidade dos pequenos e incentive-os na busca sobre a origem da brincadeira em questão, as questões culturais relacionadas a ela etc.
Nesse processo, livros, vídeos, fotografias e sites são grandes aliados, mas também vale estender os horizontes com visitas a museus, parques e até à residência das crianças, onde familiares podem ajudar com as próprias experiências.
Pesquisa sobre brincadeiras de pegar
Pesquisa sobre brincadeiras de pegar
Durante a investigação, é importante realizar conversas constantes com a turma, questionando o que já foi encontrado, quais informações mais chamaram a atenção e também quais as relações entre a novidade e o que já se sabe.
A criançada da pré-escola da Escola de Educação Infantil Amuno, em Osasco, na Grande São Paulo, gosta muito das brincadeiras de correr, como pega-pega, mas sempre brincava seguindo as mesmas regras porque não conhecia outras variações possíveis.
Cientes dessa realidade, que precisava ser transformada, a coordenadora pedagógica Sônia Souza e a educadora Gerlaine Araújo dos Santos planejaram situações de pesquisa com os familiares da turma a respeito dessas várias possibilidades para brincar.
"Depois, incorporamos à atividade a consulta em livros, vídeos e sites e o grupo ficou entusiasmado com as descobertas", conta Gerlane.
"O resultado foi um grupo com muitas expectativas para colocar as novidades em prática e ensiná-las aos amigos também" (assista ao vídeo Brincadeiras de correr na pré-escola)
"O resultado foi um grupo com muitas expectativas para colocar as novidades em prática e ensiná-las aos amigos também" (assista ao vídeo Brincadeiras de correr na pré-escola)
História das brincadeiras indígenas
Objetivos:
- Reconhecer a diversidade de grupos indígenas da América Latina.
- Conhecer os tipos de brincadeira indígena.
- Comparar o próprio modo de vida com o de crianças indígenas.
Conteúdos:
- Povos da América Latina.
- Diversidade cultural.
Tempo estimado:
Três aulas.
Material necessário:
Folhas de jornal ou de papel crepom colorido, barbante ou elástico.
Desenvolvimento:
1ª etapa:
Comece o trabalho explicando que o propósito é conhecer como brincam diferentes grupos de crianças na América Latina.
De início, mostre imagens de brincadeiras em países dessa região, debatendo as semelhanças entre elas.
Nesse ponto, é importante enfatizar dois aspectos.
Primeiro: apesar de as comunidades indígenas serem muito diferentes, na maioria delas predominam as brincadeiras junto à natureza, principalmente nos rios.
Segundo: os brinquedos são feitos de materiais retirados da floresta.
Comente ainda que, em boa parte das atividades, os pequenos brincam em grupos e sem competir, aprendendo diversas práticas do cotidiano.
Finalize essa etapa pedindo aos alunos que discutam sobre as diferenças e semelhanças em relação às próprias brincadeiras.
2ª etapa:
Pergunte se conhecem uma peteca e se sabem usá-la.
Proponha, então, que façam uma em sala.
Comece amassando uma folha de jornal, formando uma bola achatada.
Coloque-a no centro de outra folha, deixando as pontas soltas.
Torça a folha na altura da bola e amarre com um barbante ou elástico.
Se quiser, pinte com tinta guache.
Com o brinquedo pronto, combine com o professor de Educação Física um jogo com a turma.
De volta à classe, mostre que a palavra "peteca" vem de péte ka, de origem tupi, nome de um brinquedo feito pelos indígenas com palha seca de milho.
É essencial explicar que o tupi era a língua falada em todo o litoral do Brasil até o século 18 e que inúmeras palavras dela foram incorporadas ao português.
Por último, conte que, em Minas Gerais, o jogo de peteca é um esporte reconhecido e muito praticado, destacando a influência indígena na nossa cultura.
Avaliação:
Proponha que os alunos produzam um texto curto que identifique a influência indígena na nossa cultura, com base em uma das brincadeiras que eles conheceram.
O texto pode ser incrementado por meio da comparação com algum jogo que eles veem como semelhante aos dos indígenas.
Avalie se a turma incorporou a compreensão de que esses povos não são homogêneos, mas diferentes em termos de cultura, língua e práticas sociais.
Consultoria: Daniel Vieira Helene
Coordenador de Ciências Sociais da Escola da Vila, em São Paulo, e selecionador do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10.
Fonte:
Sugestão de aula:
Momento em que as crianças conhecem outras brincadeiras ou descobrem a história e as distintas formas de realizar as diversões de que já desfrutam.
Objetivo:
- Ampliar o repertório de brincadeiras tradicionais de pegar.
Material necessário:
- Livros sobre as brincadeiras de pegar, como:
- Arte de Brincar - Brincadeiras e Jogos Tradicionais (Adriana Friedmann, 216 págs., Ed. Vozes, tel. (24) 2233-9000, 36,60 reais)
- Giramundo e Outros Brinquedos e Brincadeiras dos Meninos do Brasil (Renata Meirelles, 208 págs., Ed. Terceiro Nome, tel. (11) 3816-0333, 63 reais).
- Site Mapa do Brincar.
- Computador com acesso à internet.
Flexibilização:
Ter um intérprete de Libras é fundamental para que as crianças com deficiência auditiva participem desta pesquisa.
É importante, também, que os pequenos sejam acostumados, desde cedo, a fazer a leitura orofacial, para que se comuniquem melhor com os colegas.
O uso de imagens - tanto nos livros, quanto no computador, ajuda as crianças surdas nesta atividade.
Há, também, sites cujos conteúdos são interpretados em Libras.
Se necessário, amplie o tempo de pesquisa para que a criança conte com a ajuda dos familiares e do educador responsável pelo atendimento educacional especializado.
Desenvolvimento:
Converse com os pequenos sobre as brincadeiras de pegar que eles conhecem e convide-os a conhecer outras, consultando livros e o site recomendado.
Acompanhe o momento, ajudando a turma a manipular o material e a navegar no site.
Destaque a importância de buscar dados históricos e culturais sobre a diversão.
Peça também que conversem com os familiares para descobrir outras regras e nomes da brincadeira: eles podem mandar bilhetes.
Para socializar as informações, reúna a turma e convide o grupo a comparar as novidades com as brincadeiras já conhecidas.
Quais as diferenças?
Alguma novidade é parecida com as brincadeiras realizadas?
Como são as regras?
Avaliação:
Observe se as crianças estabelecem relações entre as brincadeiras novas e as já conhecidas.
Consultoria:
Sonia Souza
Coordenadora pedagógica da Escola de Educação Infantil Amuno.
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/pesquisa-experimentacao-sistematizacao-brincadeiras-pre-escola-608035.shtml
Este site só de nome já diz tudo.
Vale a pena conferir:
Brincadeira é a ação de brincar, de entreter, de distrair.
As brincadeiras recreativas distinguem-se por terem regras simples e flexíveis, não se necessitando de quadras, tabuleiros, instruções, treinamento, peças ou dispositivos especiais para delas se participar.
No mais das vezes, devido à sua simplicidade, brincadeiras são feitas por crianças.
No mais das vezes, devido à sua simplicidade, brincadeiras são feitas por crianças.
Somente umas poucas, como a mímica, são, ocasionalmente, feitas, também, por adolescentes ou adultos.
A brincadeira de criança, por ser livre de regras e objetivos pré-estabelecidos, é solta e despreocupada, o que proporciona uma certa liberdade.
As crianças brincam para gastar energia e se divertirem.
Na maioria das vezes, utilizam um brinquedo em seus jogos.
Este brinquedo é visto pelos adultos como um objeto auxiliar da brincadeira, mas para a crianças isso vai além.
Ela o vê como uma fonte de conhecimentos e um "simulador da realidade".
Como exemplo, podemos citar a menina que brinca que a boneca é a sua filha.
O termo brincadeira é utilizado, quando se fala das relações sociais, para se designar alguma ação cujo objetivo claro é divertir.
Nesse caso, incluem-se os gracejos, as piadas, os trocadilhos e outras ações do gênero.
As brincadeiras de crianças também podem ser educativas.
Brincadeiras com regras pré-estabelecidas e com objetivos, estimulam a responsabilidade, a disciplina, entre outros valores sem que as crianças se sintam obrigadas a cumprir.
As responsabilidades na vida da criança irão favorecer o seu convívio na sociedade.
Além do conhecimento de uma maneira espontânea, as brincadeiras trazem vantagens em todas as etapas da vida das crianças.
O desenvolvimento da criatividade e da coordenação motora, o estimulo da imaginação e das habilidades das podem ser trabalhadas nas brincadeiras independente da faixa etária das crianças.
Chama-se de brincadeira de mau gosto àquela em que quem a faz procura fazer graça às custas de outrem, que pode estar presente ou não ou, ainda, citando situações que devem ser levadas a sério, geralmente merecedoras de pena ou reflexão.
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Brincadeira
Nos dias de hoje, as brincadeiras mais legais tem a ver com computadores, videogames ou no máximo alguns jogos de tabuleiro.
Mas e quando não tem nada disso por perto?
Fica difícil imaginar como se divertir, não é?
Mas você já parou pra pensar como os seus pais se divertiam quando eram crianças?
Pois é!
Eram brincadeiras de roda, amarelinha, pular corda... as chamadas brincadeiras de rua!
Que tal aprender algumas para se divertir ao ar livre, ou quando os jogos eletrônicos não estiverem disponíveis?
Sequência didática:Vamos brincar?
Conteúdo:
Exploração dos objetos e brincadeiras
Introdução:
Nesta sequência didática, as crianças participarão de uma série de brincadeiras e jogos de regras simples. Os jogos e brincadeiras serão apresentados de diversas maneiras e as crianças serão convidadas a explicar suas regras aos colegas, tendo como apoio fotos e desenhos das brincadeiras.
Objetivos:
Esta sequência didática tem como objetivo a ampliação do repertório de brincadeiras do grupo e a possibilidade de criar diferentes situações de aprendizagem nas quais as crianças possam se divertir, brincar, falar, representar e reapresentar as diferentes brincadeiras.
- Compartilhar informações sobre as brincadeiras
- Participar de situações significativas nas quais as crianças possam agir e falar sobre um tema comum de maneira mais estruturada
- Conhecer as regras de algumas brincadeiras
Tempo estimado:
Aproximadamente 4 meses
Material necessário:
Material necessário:
Para as brincadeiras: bolas, bambolês, cordas, pedaços de madeira, sucatas, tecidos...
Para o registro: máquina fotográfica, papéis e canetinhas.
Desenvolvimento das atividades:
1. Elencar as brincadeiras que serão apresentadas e registradas:
Fazer um levantamento das possíveis brincadeiras a serem apresentadas ao grupo.
Garantindo tanto o contato com os jogos e brincadeiras que já fazem parte do repertório do grupo, como a apresentação de novas propostas.
Exemplo de brincadeiras: Chuva de bolinha, corre-cotia, elefantinho colorido...
2. Definir quantas vezes na semana o projeto será trabalhado:
Definir quais momentos da rotina da seqüência didática serão trabalhados, distinguindo momentos de conversa, momentos de brincadeiras, momentos de registro.
Isto é, pode-se primeiro propor a brincadeira e depois (até mesmo num outro dia) organizar uma roda de conversa sobre a brincadeira realizada.
Podem-se apresentar imagens (filmes e gravações) de outras turmas brincando e depois propor para as crianças brincarem.
3. Atividade disparadora , apresentação da sequência didática às crianças:
É importante para este primeiro contato planejar a maneira como a sequência didática será comunicada.
Uma roda de conversa com perguntas e respostas pode ser insuficiente.
É importante usar diferentes recursos para chamar a atenção das crianças, como por exemplo, levar imagens de jogos e brincadeiras, crianças jogando e materiais (bolas, cordas...) e formular perguntas como num jogo de adivinha para que as crianças falem sobre os jogos que já conhecem.
Como as crianças ainda são muito pequenas, deve-se evitar muita falação, por isso devem-se planejar adivinhas e o uso de imagens para garantir uma melhor participação e envolvimento por parte delas.
4. Instituir rituais para as atividades que envolvem a seqüência didática:
Criar rituais que dêem indícios às crianças sobre o assunto que irão tratar nas atividades de modo que se vinculem ao tema da seqüência.
Ex. confeccionar uma caixa com imagens de jogos e brincadeiras e levá-la para todas as situações relacionadas à seqüência; propor um grito de guerra que anteceda os jogos, entre outras possibilidades
5. Definir como será feito o registro da seqüência e a confecção do livro de regras:
Propor para as crianças a elaboração de um livro com as regras dos jogos e brincadeiras compartilhados pelo grupo.
Definir como o livro será elaborado e como será a participação das crianças em sua elaboração, levando em consideração que algumas crianças são muito pequenas para explicar de forma clara as regras das brincadeiras.
Garantir o registro gráfico das crianças, mesmo sabendo que os traçados das crianças desta faixa etária são rudimentares.
6. Oferecer aos pais a oportunidade de ensinarem uma brincadeira à turma:
Apresentar o tema da sequência didática aos pais e deixar em aberto a possibilidade de participação caso queiram ensinar uma brincadeira.
7. Realizar muitas vezes cada um dos jogos e brincadeiras trabalhados:
Considerando que um dos objetivos deste projeto é a ampliação do repertório de jogos e brincadeiras, deve-se planejar o contato sistemático das crianças com cada uma das propostas apresentadas, para que progressivamente possam se apropriar de suas regras.
8. Espaços e materiais:
Definir previamente os espaços onde as atividades ocorrerão e organizar os materiais que serão utilizados.
Caso seja interessante deve-se incluir a participação das crianças no preparo dos espaços e organização dos materiais.
Avaliação:
Devem-se criar pautas de observação para as situações de conversas, para as brincadeiras e para os momentos de registro do projeto.
A Avaliação deve ocorrer ao longo de toda a seqüência didática, levando em consideração tanto a participação das crianças, como a adequação das propostas levadas a elas.
Bibliografia:
Moyles, JANET R. - Só Brincar?: O Papel do Brincar na Educação Infantil – Artmed, 2002
Friedman, Adriana A Arte de Brincar: Brincadeiras e jogos tradicionais. – Vozes, 2004
Consultora: Ana Paula Yasbek
Pedagoga e diretora do Berçário do Espaço da Vila, em São Paulo
Link para essa postagem
Adorei, seu blog me ajudou muito em um trabalho da faculdade, com certeza visitarei mais vezes, sucesso.
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