Eclipse Lunar
Leitura informativa
Gêneros literários
Autor: MARIA ANTONIETA GONZAGA SILVA
Co-autor:Lízia Maria Porto Ramos
Estrutura Curricular
Ciências Naturais Ambiente
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula:
Entender como ocorre o eclipse lunar.
Duração das atividades:2 horas/aula
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
O aluno deverá entender que a Lua é o satélite natural da Terra e que ela gira ao seu redor; além de compreender como ocorrem as Fases da Lua.
Estratégias e recursos da aula
Introdução
Os eclipses são fenômenos celestes que, ao longo da história, causaram temor e admiração.
O termo eclipse é de origem grega, significando desmaio ou abandono, e refere-se ao obscurecimento da luz, quando se observa o Sol ou a Lua durante o fenômeno.
Observando a sombra circular da Terra sobre a Lua, por ocasião dos eclipses lunares, Pitágoras, e posteriormente Aristóteles, no séc. IV a.C., apontavam este fato como prova de que a Terra era esférica.
Através do estudo dos eclipses lunares, foram feitas as primeiras estimativas das dimensões e das distâncias dos astros, a determinação precisa do equinócio de março, a descoberta da precessão dos equinócios e da aceleração secular da Lua.
Atualmente, sua importância científica está ligada ao estudo da atmosfera terrestre.
Os eclipses totais da Lua serviram até o século XVII para estabelecer a longitude dos lugares de observação, ajudando os navegadores a determinar sua localização no mar ou na terra a ser explorada.
Este método foi usado por navegadores como Cristóvão Colombo.
Em 1504, quando estava na Jamaica, com seu exército revoltado pela falta de víveres para a viagem de volta, Colombo, sabendo da previsão de um eclipse lunar total, ameaçou os indígenas de privá-los da luz, caso não lhes dessem provisões para reabastecê-los.
Assim que o eclipse iniciou, os indígenas atenderam seu pedido, acreditando que o navegador cumpria a ameaça.
O eclipse ocorreu em 1o de março de 1504, observado na Jamaica e na Europa.
Eclipse Lunar
Um eclipse lunar ocorre quando a Terra se interpõe entre o Sol e a Lua, projetando sua sombra sobre o satélite.
Mas como se dá esta interposição?
Durante o ciclo lunar de 29,5 dias, a Lua apresenta suas fases em relação à Terra.
Na fase Nova, acontece um alinhamento Sol-Lua-Terra, e o observador terrestre não pode ver a face iluminada da Lua, pois ela não está voltada para o nosso planeta.
É como se o satélite estivesse "de costas" para a Terra, com a frente iluminada.
A fase Cheia acontece quando a Terra toma a posição mediana do alinhamento.
Alinham-se Sol-Terra-Lua e, desta forma, a face iluminada do satélite volta-se para a Terra.
Todo o disco lunar fica visível e temos as belas noites de Lua Cheia.
Os eclipses lunares ocorrem sempre na fase Cheia, pois é nesta ocasião que a Terra está posicionada entre o Sol e a Lua.
Mas há um fato que impede de haver um eclipse lunar a cada Lua Cheia.
É a inclinação da órbita lunar.
Estratégia
Na aula de hoje usaremos uma atividade experimental em que os próprios alunos farão uma demonstração de como ocorre um eclipse lunar.
Atividade Experimental – Demonstrando um Eclipse Lunar
Material Necessário
- Uma bola de isopor ou uma bola de futebol
- Uma lanterna média
Professor, escolha dois alunos, um representará o Sol e outro a Terra, enquanto a Lua será representada pela bola de isopor.
Com a sala em penumbra ou escura, posicione os dois alunos no centro da sala, de modo que eles fiquem como na posição abaixo.
Peça ao aluno que será a “Terra” para posicionar a “Lua” a sua frente na altura de seu rosto e de costas para o aluno que será o “Sol”, de modo que os três astros fiquem alinhados.
Inicie a discussão com as observações do fenômeno:
Turma, o que está ocorrendo?
- Acho que a Lua ficou escura, porque a Terra está na frente.
Qual fase da Lua está representada?
- Não tenho certeza, mas acho que é cheia.
- Eu acho que é nova, porque nós não enxergaríamos a Lua daqui da Terra.
Nós podemos perceber que a Lua não está recebendo a iluminação do Sol, e se isso não ocorre, nós, aqui da Terra, não conseguimos enxergá-la.
Se a Lua não estivesse tão alinhada com a Terra e com o Sol, nós certamente a veríamos.
Vamos fazer o experimento mostrando a Lua sem alinhar com a Terra?
Fotos: Priscila Barbosa Peixoto
Viram?
Quando a Lua não está alinhada com a Terra, é possível que a luz do Sol chegue a ela e a ilumine, de forma que nós, aqui da Terra, consigamos vê-la.
Qual a fase da Lua então seria, agora que vocês estão fazendo o experimento?
- Agora eu consigo perceber que é a Lua Cheia!
Isso!
Mas se colocamos a Lua em frente à Terra, de forma que não receba a luz do Sol, ela fica escura, e dessa forma não conseguimos vê-la, mesmo ela estando na posição de Lua Cheia.
Este fenômeno que ocorre de tempos em tempos, em que os três astros se alinham e não conseguimos ver a Lua Cheia é chamado Eclipse Lunar.
Um eclipse é o obscurecimento parcial ou total de um astro, pela interposição de outro astro.
Neste caso, então, a Lua escurece porque a luz do Sol não consegue chegar para iluminá-la.
Porque não ocorre um Eclipse Lunar toda Lua Cheia e um Eclipse Solar toda Lua Nova?
- Porque os planos das órbitas da Lua em torno da Terra e da Terra em torno do Sol não são coincidentes. Apenas quando a reta interseção entre esses dois planos passar pelo Sol (o que só acontece duas vezes por ano) podemos ter um eclipse.
Avaliação
Avaliar numa perspectiva formativa implica estar atento à construção de conhecimentos conceituais, comportamentais e atitudinais de nossos alunos.
Para isso é importante estar atento a todo o percurso do aluno enquanto aprende: suas ideias iniciais, aquelas apresentadas durante a investigação, à maneira que relaciona com os colegas, sua atitude investigativa e crítica, no decorrer da aula.
Feitas estas considerações, propomos mais um momento para que os alunos sejam avaliados.
Professor, peça que os alunos façam desenhos do Eclipse Lunar em folha separada e que escreva como ele acontece.
Desta forma, você poderá avaliar a construção de conhecimentos de seus alunos.
Notícia/jornal/internet
Eclipse lunar já começou.
Assista ao vivo
Fenômeno, o mais longo dos últimos dez anos, está sendo transmitido pela internet.
Acompanhe
O eclipse total da Lua mais longo dos últimos dez anos já começou e pode ser visto pela internet.
No Brasil, ele poderá ser observado a partir das 17h25min, dois minutos antes de o Sol se pôr.
A duração do fenômeno nos céus brasileiros será de uma hora e quarenta minutos.
A última vez que ocorreu um fenômeno desta duração foi em julho de 2000, quando durou 1h47.
De acordo com o diretor do Planetário de São Paulo, João Paulo Delicato, a explicação do longo período de eclipse se dá por causa da posição da Lua em relação à Terra.
“Ela vai atravessar a sombra da Terra pelo meio, pegando a sombra inteira e permanecendo mais tempo nela”, disse ao iG.
A lua cheia normalmente fica avermelhada em um eclipse, por causa da luz solar refratada pela Terra.
Um eclipse total ocorre quando a lua passa pela longa sombra da Terra produzida pela luz solar.
Enquanto a Lua fica imersa na sombra da Terra, um disco ao seu redor aparece e gradualmente vai mudando de cor, passando para prata, laranja e vermelho.
Isto acontece porque de alguns raios de sol indiretos conseguem alcançar a Lua, após passarem pela atmosfera da Terra que dispersa luz azul.
Delicato afirma que o eclipse poderá ser observado em qualquer lugar do Brasil, principalmente na costa do país.
Nuvens no céu e prédios muito altos podem atrapalhar a visualização.
O eclipse inteiro vai durar 5 horas e meia.
A América do Sul terá a melhor visão do fenômeno, que pode ser feita a olhos nus.
Observadores da Europa vão perder a primeira parte do espetáculo porque ele vai ocorrer antes do sol se pôr.
Ásia e Austrália não vão ver as etapas finais, que vai ocorrer depois do Sol nascer.
Consequências do vulcão Puyehue
De acordo com cientistas, o eclipse visto na Austrália e algumas regiões do Brasil terá componentes especiais.
As cinzas do vulcão chileno Puyehue que estão na atmosfera podem acrescentar ao espetáculo tonalidades de vermelho sangue.
Isto porque a intensidade das cores depende da quantidade de cinzas e poeira na atmosfera.
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