Como jogar futebol:
a importância das regras
Autor : Miriam Raquel Piazzi Machado
O que o aluno poderá aprender com esta aula
Identificar o texto de instrução e sua forma.
Compreender que todo jogo precisa das regras claras.
Perceber a importância dos cartões vermelho e amarelo e quando surgiu a necessidade de seu uso.
Criar uma regra de jogo tendo como recurso o uso de cartões vermelho e amarelo.
Duração das atividades
3 aulas de 50 minutos aproximadamente
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Estar inserido no processo de alfabetização/letramento.
Os alunos já deverão ter tido contato com outros textos de instrução como, por exemplo, regras de jogo.
Seria interessante que os alunos tivessem acesso aos conteúdos trabalhados na aula: "Texto informativo sobre o futebol".
Estratégias e recursos da aula
1ª aula:
a) Conversar com os alunos sobre como eles jogam futebol, quais as regras que utilizam para jogar, sobre a importância de se ter regras claras numa competição como a Copa do Mundo onde países de diferentes línguas são adversários.
b) Propor a escrita coletiva de um texto de instrução que ensine as regras do futebol, que deverão ser utilizadas, pelos alunos, quando estiverem jogando.
Partes essenciais desse texto:
1) Título: Como jogar futebol.
2) Materiais e local: bola e campo ou quadra com traves e rede (se não tiver, delimitar o espaço do gol).
3) Número de participantes: no jogo oficial são 11 jogadores em cada time (os alunos podem decidir o número de jogadores em cada time, devendo ser o mesmo número de jogadores nos dois times), sendo um o goleiro.
4) Como jogar:
O jogo inicia no meio de campo e o objetivo é marcar gol no adversário, levando a bola com os pés para dentro da rede adversária.
Os jogadores que colocarem a mão na bola cometem falta. Se estiver dentro da área é penalti.
Quando um jogador joga a bola para fora, a bola é do adversário.
O jogador que cometer falta levará cartão amarelo. Se a falta for grave, ou se ele já tiver cartão amarelo, levará cartão vermelho e será expulso do jogo.
c) Após o término do texto, a professora poderá fazer um cartaz para ser colocado no mural da sala com o texto coletivo produzido.
2ª aula:
a) A professora apresentará 2 cartões: um vermelho e o outro amarelo.
Perguntar onde é usado esses cartões. Perguntar o significado que eles têm.
Verificar se algum aluno sabe o porquê do uso dos cartões no jogo de futebol.
b) Contar para os alunos a história de como, quando e porque os cartões começaram a ser usados. A professora poderá contar a história do surgimento a partir do link: http://www.nominuto.com/esporte/copa-do-mundo/historia-das-copas-o-advento-dos-cartoes-amarelo-e-vermelho/51000/
História das Copas (adaptação)
O advento dos cartões amarelo e vermelho
Os temidos cartões indicando advertência e expulsão têm origem relativamente recente.
Além do apito e dos gestos, o árbitro de futebol tem outras duas armas essenciais, temidas pelos jogadores e "detestadas" pelos torcedores (fazer o quê?): os cartões.
Não, não são cartões de crédito nem telefônicos - e sim cartões especiais, um amarelo e um vermelho.
Quando o "Seu Juiz" põe a mão no bolso em meio ao jogo, depois que manda parar um lance com uma falta considerada bem séria... aí já viu.
Até a Copa de 1966, os árbitros de futebol indicavam as penalidades usando o apito e os gestos. Agora, imagine um jogador de um país indo reclamar no ouvido do árbitro (de outro país, bem diferente do país do atleta) da falta de justiça com que foi definida uma punição para um determinado lance... Ainda havia algum entendimento se as línguas fossem (ainda que vagamente) parecidas, ou se um dos interlocutores conhecesse a língua do outro.
Às vezes acontecia alguma surpresa, digamos, desagradável - como por exemplo com Garrincha em meio à Copa de 1962, no Chile.
O Brasil jogava contra os anfitriões chilenos e a certa altura da partida o craque se revoltou com a arbitragem de Arturo Yamazaki, que, supunha, ser japonês ou algo parecido.
E não contou conversa: crente que o juiz não entendia português, o brasileiro desceu-lhe ao pé do ouvido uma série de várias frases desagradáveis.
Só havia um pequeno detalhe: Yamazaki, apesar do jeitão oriental, era um tremendo peruano descendente de japoneses - e não só entendeu tudo o que o "Craque das Pernas Tortas" quis dizer, como ainda o mandou mais cedo para o chuveiro...
Se o jogador mandou o árbitro para, digamos, lugares impublicáveis, ninguém sabe, mas é certo que foi expulso, isto consta na súmula...
"Por diós", un intérprete! Mas nem sempre a comunicação era possível.
Nem por decreto, sinais de fumaça, usando esperanto, javanês ou código Morse - às vezes nem desenho funcionava!
Foi exatamente o que aconteceu na Copa de 1966.Transcorriam as quartas-de-final. Inglaterra x Argentina, arbitragem do alemão Rudolf Kreitlein, no meio da tarde do dia 23 de junho daquele ano no antigo estádio de Wembley - diante de umas 90 mil pessoas.
Nem havia se passado um minuto de partida e o alemão havia distribuído advertências para os jogadores Jorge Solari, Antonio Rattín e Luis Artime... E ficou entre os "hermanos" a sensação que algo cheirava mal ali.
Ainda no primeiro tempo, precisamente aos 35 minutos, o capitão Rattín já não aguentava as "barbeiragens" do alemão no apito e foi reclamar.
O argentino implorava por um intérprete - pedido não só "incompreendido" como negado; e como gesticulava demais, o alemão achou que Rattín estava lhe esculhambando.
Resultado: sobrou para o jogador argentino, que foi para o chuveiro mais cedo...
Consta que o jogo ficou parado uns 10 minutos, até o atleta ser retirado do campo de uma das piores formas: escoltado para fora das quatro linhas, e quase ocorreu um incidente diplomático!
A Inglaterra venceu o jogo por 1 a zero (gol de Geoff Hurst aos 33 minutos do segudo tempo), e só, classificando-se às semifinais.
Mais adiante o time da Rainha seria campeão - mas esta, naturalmente, é uma outra história, que a gente conta em breve...
Os cartões entram em campo: por conta deste incidente lamentável e controverso, a Fifa instituiu os cartões amarelo - indicando advertência - e vermelho - indicando expulsão.
Foi um modo de facilitar a comunicação entre árbitros e atletas que não entendiam a mesma língua.
Os cartões estrearam na Copa de 1970, no México - e estrearam com força.
Logo no primeiro jogo, entre os anfitriões mexicanos e a União Soviética, foram distribuídos cinco cartões amarelos pelo árbitro alemão Kurt Tschenscher: Gustavo Pena (MEX), Givili Nodia e Gennadi Logofet (URS) levaram advertência com menos de um minuto de partida; Kakhi Asatiani (URS) foi advertido aos 36 minutos; e Evgeni Lovchev (URS) recebeu seu "amarelo" aos 40 minutos do primeiro tempo.
O cartão vermelho não saiu dos bolsos de árbitros para ninguém na Copa de 1970. Só em 1974 é que o dito-cujo estreou: foi em Alemanha Ocidental x Chile - precisamente no dia 14 de junho de 1974, jogo realizado no meio da tarde no Estádio Olímpico de Berlim, diante de pouco mais de 83 mil pessoas.
O árbitro era o turco Dogan Babacan, e o jogador chileno Carlos Caszely foi agraciado com o primeiro cartão vermelho da história das Copas, aos 22 minutos do segundo tempo (o mesmo Caszelu havia recebido cartão amarelo aos 13 minutos do primeiro tempo).
Professor: esse texto, embora adaptado, possui inúmeras informações que podem ser sintetizadas ou simplificadas, de acordo com o nível de entendimento de seus alunos.
c) Os alunos poderão fazer um desenho para retratar a história contada pela professora.
Abaixo do desenho escreverão uma frase contando o que desenharam.
3ª aula:
a) Perguntar qual é o tipo de situação onde há mais problemas nos jogos que os alunos têm na hora do recreio.
Propor a confecção de cartões amarelo e vermelho e de um juiz para apitar os jogos, fazendo o uso desses cartões.
b) A turma, então, fará um texto coletivo onde listará as situações em que serão usados os cartões vermelhos e as situações em que serão utilizados cartões amarelos.
Por exemplo:
Cartão Amarelo
Cartão Vermelho
Quando o jogador colocar a mão na bola fora da área.
Quando derrubar um colega.
Quando o jogador colocar a mão na bola dentro da área.
Quando derrubar um colega, machucando-o.
c) Propor um trabalho interdisciplinar com os professores de Educação Física, fazendo um jogo de futebol com a turma, onde serão utilizadas as regras criadas pelo grupo.
Recursos Complementares
Para mais informações sobre os cartões vermelhos e amarelos, consultar:
Avaliação
Verificar se os alunos conseguiram fazer o texto de instrução sobre como jogar futebol, percebendo a necessidade de regras claras para o jogo..
Verificar se identificaram os usos diferentes dos cartões vermelhos e amarelos, sobre sua necessidade e se foram capazes de criar regras para o seu uso.
Observar o jogo de futebol da classe, verificando se usam as regras combinadas anteriormente.
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