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Olá amiga(o) ,
Fui professora dos projetos "Estímulo À Leitura",
"Tempo Integral" e a favor da leitura lúdica,
afinal, quer momento mais marcante que a fantasia da vida?
Portanto, será um prazer receber sua visita em mais um blog destinado a educação.
Nele pretendo postar comentários e apreciações de materiais didáticos de Língua Portuguesa, além de outros assuntos pertinentes, experiências em sala de aula, enfocando a interdisciplinaridade e tudo que for de bom para nossos alunos.
Se você leu, experimentou, constatou a praticidade de algum material e deseja compartilhar comigo,
esteja à vontade para entrar em contato.
Terei satisfação em divulgar juntamente com seu blog, ou se você não tiver um, este espaço estará disponível dentro de seu contexto.
Naturalmente, assim estaremos contribuindo com as(os) colegas que vêm em busca de sugestões práticas.
Estarei atenta quanto aos direitos autorais e se por ventura falhar em algo, por favor me avise para que eu repare os devidos créditos.
Caso queira levar alguma publicação para seu blog, não se
esqueça de citar o "Linguagem" como fonte.
Você, blogueira sabe tanto quanto eu, que é uma satisfação ver o "nosso cantinho" sendo útil e nada mais marcante que
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Venha conferir,
seja bem-vinda(o)
e que Deus nos abençoe.
Krika.
30/06/2009

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domingo, junho 06, 2010

O tesouro de Baobá -Conto africano> 06/06/10



Copa do mundo me levou a pesquisar a Àfrica e a Àfrica me levou ao blog Bravo Afro Brasil.
De lá, trouxe esta história da àrvore da vida, que Simone,gentilmente publicou a meu pedido.


Imagem do livro Pequeno Príncipe
Num dia de grande calor, um lebrão parou à sombra de um baobá, sentou-se na erva e, contemplando ao longe a restolhada sob o vento a soprar, sentiu-se infinitamente bem. «Baobá», pensou ele, «como é leve e fresca a tua sombra ao braseiro do meio-dia!» Levantou o focinho para os ramos poderosos. As folhas estremeceram, felizes, devido aos pensamentos simpáticos que se lhes dirigiam. O lebrão riu-se, vendo-as contentes. Ficou calado por uns instantes e depois, piscando o olho e batendo com a língua, tomado de malícia jovial, disse:
— A tua sombra é boa, é claro, seguramente melhor do que o teu fruto. Não quero maldizer, mas o que me pende sobre a cabeça tem todo o ar de um odre de água morna.
O baobá, despeitado de ouvir assim duvidar dos seus sabores depois do elogio que lhe abrira a alma, entrou no jogo. Deixou cair o fruto num tufo de erva. O lebrão farejou-o, provou-o, achou-o delicioso. Depois devorou-o, lambeu o focinho e balançou a cabeça. A grande árvore, impaciente por ouvir o seu veredicto, susteve a respiração.
— O teu fruto é bom — admitiu o lebrão.
Depois sorriu, retomou a alegria impertinente e acrescentou:
— Seguramente é melhor do que o teu coração. Perdoa-me a franqueza: o coração que bate em ti parece-me mais duro do que uma pedra.
O baobá, ouvindo estas palavras, sentiu-se invadido por uma emoção que jamais experimentara. Oferecer a este pequeno ser as suas belezas mais secretas, Deus do céu, era seu desejo, mas, assim de repente, que medo tinha de as descobrir! Lentamente entreabriu a casca. Então apareceram colares de pérolas, panos bordados, sandálias finas, jóias de ouro. Todas estas maravilhas que enchiam o coração do baobá escorreram em profusão diante do lebrão, cujo focinho tremeu e cujos olhos se arregalaram.
— Obrigado, obrigado. És a melhor e a mais bela árvore do mundo — disse ele, rindo como uma criança satisfeita e apanhando febrilmente o magnífico tesouro.
Voltou a casa com as costas dobradas por todos esses bens. A mulher acolheu-o, pulando de alegria. Aliviou-o depressa de tão belo fardo, vestiu panos e sandálias, ornou o pescoço de jóias e saiu para o mato, impaciente de ser admirada pelas companheiras.
Encontrou uma hiena. Esse cadáver, ofuscado pelas invejáveis riquezas que passavam por si, foi imediatamente à toca do lebrão e perguntou-lhe onde tinha encontrado aqueles ornamentos soberbos com que se vestia a esposa. O outro contou-lhe o que tinha dito e feito à sombra do baobá.
A hiena correu para lá com os olhos inflamados, ávida dos mesmos bens. Jogou o mesmo jogo. O baobá, que a alegria do lebrão tinha verdadeiramente rejubilado, de novo se agradou de dar a sua frescura, depois a música da sua folhagem e o sabor do seu fruto, finalmente a beleza do seu coração.
Mas, quando a casca se abriu, a hiena atirou-se às maravilhosas oferendas como sobre uma presa e, escavando com unhas e dentes as profundezas da velha árvore para dela ainda arrancar mais coisas, pôs-se a resmungar:
— E nas tuas entranhas o que há? Também quero devorar as tuas entranhas! Quero tudo o que tens até às tuas raízes! Quero tudo, ouves?
O baobá, ferido, dilacerado, tomado de medo, guardou os seus tesouros, e a hiena, insatisfeita e furiosa, voltou de mãos vazias para a floresta. Desde esse dia que procura desesperadamente oferendas ilusórias nos animais mortos que encontra, sem nunca ouvir a brisa singela que acalma o espírito. Quanto ao baobá, já não abre a ninguém o seu coração. Tem medo. É preciso compreendê-lo: o mal que lhe fizeram é invisível, mas incurável.
Em verdade, o coração dos homens é semelhante ao desta árvore prodigiosa: cheio de riquezas e benefícios. Porque se abrirá tão pouco, quando se abre? De que hiena se lembrará?
(recriação de Henri Gougaud)
A Árvore dos Tesouros-tradução de Maria do Rosário Pedreira
FONTE:http://www.portaldacrianca.com.pt/ler1historiap.php?id=81 Acessado em 04/06/2010

Teatro: O coração do baobá
Cena 01
O espetáculo inicia com uma chegança, uma música alto astral que apresenta o Baobá, suas características, etc. Todo o elenco dança em torno da árvore, em seguida se retiram do palco.
Cena 02
A Bisavó de Randa, despede-se poeticamente do mundo, argumenta que deseja habitar o interior do Baobá, pois sabe que enquanto o Baobá viver, sua alma e a memória de seu povo também viverão.
Cena 03
Até agora existem duas possibilidades de resolvermos a cena em que a Bisa entra no tronco do Baobá. A primeira: A árvore existe e é coberta por um facho de luz, à medida que a personagem entra a luz vai baixando. A árvore permanece no palco, mas as crianças não podem identificá-la. Segunda possibilidade: A cena inteira será trabalhada com sombras.
Cena 04
Música ou ação, indicando passagem de tempo.
Cena 05
As crianças se reúnem, interagem e socializam seus sonhos. Todas sonham com o Baobá e Randa além de sonhar com o Baobá sonha com sua Bisavó, pessoas que ela não chegou a conhecer. Todas as crianças têm riqueza de detalhes a respeito da árvore.
Cena 06
As crianças adormecem no palco e sonham coletivamente, neste momento personagens lúdicos ocupam o palco ao som de uma música?...
OBS: Uma outra possibilidade é o enredo acontecer direto no sonho. Assim Randa sonha primeiro com sua Bisa e depois com o Baobá, em seguida encontra outras crianças que estão em diferentes partes do planeta e sonhando a mesma coisa.
Cena 07
As crianças se vêm envolvidas por um desafio, encontrar a primeira semente de Baobá. O Baobá é uma árvore sagrada, vive de 1.000 a 6.000 anos, pode armazenar até 120.000 litros de água, serve de abrigo eterno para os griots, importantes personagens da tradição africana, pois guardam a memória do povo. Acontece que por conta da poluição, desmatamento, aquecimento global, da ganância desmedida que extrai da natureza mais do que ela pode suportar e ainda da maldade humana, do preconceito e da indiferença, o Baobá corre risco de extinção, e toda a memória guardada por este gigante pode simplesmente desaparecer, como toda a história do povo da Bisavó de Randa. A primeira semente de Baobá é a única salvação para esta situação, somente ela poderá garantir a existência da árvore e resgatar parte da dignidade humana.
Cena 08
Apesar do Baobá estar presente no palco, as crianças não conseguem visualizá-lo. Mas á medida que vão avançando em sua busca a árvore vai ficando cada vez mais visível. A busca pode consistir na realização do jogo de origem africana Mancala, que fundamenta-se na distribuição de sementes no campo, trabalha com a lógica da semeadura e colheita. A cada avanço no jogo, as crianças passam apara uma nova fase e vão se aproximando da semente.
Cena 09
Trabalhar com o conto “O coração do Baobá”, considerando que o Baobá está fechado para o mundo por conta da falta de respeito pela natureza. As crianças, porém, ao aceitarem o desafio de encontrar a semente, enfrentarem todas as dificuldades para salvar a árvore, mostram ao Baobá que nem tudo está perdido e que ainda existe possibilidade de mudança, sendo assim, o Baobá se mostra e se mostra para as crianças.
Abaixo o conto, versão de Celso Sisto:


O coração do baobá
No coração da África, havia uma extensa planície. E no centro dessa planície, erguia-se uma alta e frondosa árvore. Era o baobá.
Um dia, embaixo do sol escaldante do meio-dia africano, corria pela planície um coelhinho, que, exausto, suado, quando viu o baobá, correu a abrigar-se à sua sombra. E ali, protegido pela árvore, ele se sentiu tão bem, tão reconfortado, que olhando para cima não pôde deixar de dizer:
- Que sombra acolhedora e amiga você tem, baobá! Muito obrigado!
O baobá, que não costumava receber palavras de agradecimento, ficou tão reconhecido, que fez balançar os seus galhos e tremular suas folhinhas, como numa dança de alegria.
O coelho, percebendo a reação da árvore, quis aproveitar-se um pouquinho da situação e disse assim: - É, realmente sua sombra é muito boa.... Mas e esses seus frutos que eu estou vendo lá em cima? Não me parecem assim grande coisa...
O baobá, picado no seu amor próprio, caiu na armadilha. E soltou, lá de cima de seus galhos, um belo e redondo fruto, que rolou pelo capim, perto do coelhinho. Este, mais do que depressa, farejou o fruto e o devorou, pois ele era delicioso. Saciado, voltou para a sombra da árvore, agradecendo:
- Bem, sua sombra é muito boa, seu fruto também é da melhor qualidade. Mas.... e o seu coração, baobá? Será ele doce como seu fruto ou duro e seco como sua casca?
O baobá, ouvindo aquilo, deixou-se invadir por uma emoção que há muito tempo não sentia. Mostrar o seu coração? Ah... Como ele queria.... Mas era tão difícil.... Por outro lado, o coelhinho havia se mostrado tão terno, tão amigo.... E assim, hesitante, hesitando, o baobá foi lentamente abrindo o seu tronco. Foi abrindo, abrindo, até formar uma fenda, por onde o coelho pôde ver, extasiado, um tesouro de moedas, pedras e jóias preciosas, um tesouro magnífico, que o baobá ofereceu a seu amigo. Maravilhado, o coelho pegou algumas jóias e saiu agradecendo:
- Muito obrigado, bela árvore! Jamais vou te esquecer!
E chegando à sua casa, encontrou sua esposa, a coelha, a quem presenteou com as jóias. A coelha, mais do que depressa, enfeitou-se toda com anéis, colares e braceletes e saiu para se exibir para suas amigas. A primeira que ela encontrou foi a hiena, que, assaltada pela inveja, quis logo saber onde ela havia conseguido jóias tão faiscantes. A coelha lhe disse que nada sabia, mas que fosse falar com seu marido. A hiena não perdeu tempo: foi ter com o coelho, que lhe contou o que havia acontecido.
No dia seguinte, exatamente ao meio-dia, corria a hiena pela planície e repetia passo a passo tudo o que o coelho lhe havia contado. Foi deitar-se à sombra do baobá, elogiou-lhe a sombra, pediu-lhe um fruto, elogiou-lhe o fruto e finalmente pediu para ver-lhe o coração.
O baobá, a quem o coelhinho na véspera havia tornado mais confiante e mais generoso, dessa vez nem hesitou. Foi abrindo o seu tronco, foi abrindo, bem devagarinho, saboreando cada minutinho de entrega. Mas a hiena, impaciente, pulou com suas garras no tronco do baobá, gritando:
- Abra logo esse coração, eu não agüento esperar! Ande! Eu quero todo esse tesouro para mim, eu quero tudo, entendeu?
O baobá, apavorado, fechou imediatamente o seu tronco, deixando a hiena de fora a uivar desesperada, sem conseguir pegar nenhuma jóia. E por mais que ela arranhasse a árvore, ela nada conseguiu.
A partir desse dia é que a hiena ganhou o costume de vasculhar as entranhas dos animais mortos, pensando encontrar ali algum tesouro. Mal sabe ela que esse tesouro só existe enquanto o coração é vivo e bate forte.
Quanto ao baobá, nunca mais ele se abriu. A ferida que ele sofreu é invisível, mas dificilmente curável. O coração dos homens se parece com o do baobá. Por que ele se abre tão medrosamente quando ele se abre? Por que às vezes ele nem se abre? De que hiena será que ele se recorda?
Fonte: SISTO, C. Mãe África. São Paulo: Paulus, 2005







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