Traços travessos/Adriana Abujmra e Sylvains Baré
Editora Geração
Revista Projetos Escolares?infantil
Editora On line nº 73
Formas e cores
Fovismo ou favismo:
Uso das cores sem referência a aparência real
O fovismo ou fauvismo (do francês les fauves, "as feras", como foram chamados os pintores não seguidores do cânone impressionista, vigente à época) é uma corrente artística do início do século XX, que se desenvolveu sobretudo entre 1905 e 1907.
Associada à busca da máxima expressão pictórica, o estilo começou em 1901 mas só foi denominado e reconhecido como um movimento artístico em 1905.
Segundo Henry Matisse, em "Notes d'un Peintre", pretendia-se com o fovismo "uma arte do equilíbrio, da pureza e da serenidade, destituída de temas perturbadores ou deprimentes".
O fauvismo foi um movimento relativamente curto, durando entre 1898 e 1908, mas revolucionou o conceito de cor na arte moderna.
Os fauvistas rejeitaram a paleta impressionista de cores suaves e cintilantes, em favor das cores violentas que já vinham sendo usadas pelos pós-impressionistas Paul Gauguin e Vincent Van Gogh, dando-lhes uma ênfase expressiva.
Os artistas deste novo estilo aplicaram ao seu trabalho uma energia poética, através de linhas vigorosas, da simplificação dramática das formas e da aplicação de cores intensas.
Henri Émile Benoît Matisse
(1869-1954)
Henri-Émile-Benoît Matisse nasceu em Le Cateau, Picardia, em 31 de dezembro de 1869.
Mudou-se para Paris em 1891 e estudou na École des Arts Décoratifs e no ateliê de Gustave Moreau.
No período entre 1900 e 1905 participou do Salão dos Independentes e do Salão de Outono. Causou sensação ao incluir-se, com Albert Marquet e André Derain, entre os primeiros fauvistas.
Sua arte conheceu depois grande divulgação.
Fundou uma academia freqüentada por alunos do mundo inteiro.
Em 1909 abriu-se uma exposição sua em Moscou e, em 1910, uma retrospectiva em Paris.
As viagens que fez ao Marrocos e a Tânger, entre 1910 e 1912, influenciaram sua obra.
Em 1913 expôs no Armory Show, em Nova York, e em 1920 colaborou com a companhia russa de balé de Diaghilev.
Em sua primeira fase, Matisse se mostrava como descendente direto de Cézanne, em busca do equilíbrio das massas, mas outras influências, como as de Gauguin, Van Gogh e Signac, levaram-no a tratar a cor como elemento de composição.
Em 1904-1905, "Luxo, calma e volúpia" ainda revelava a influência dos pós-impressionistas, mas já demonstrava grande simplificação da cor, do traço e dos volumes.
Em 1908, a euforia decorativa de "O aparador, harmonia vermelha" atestava que Matisse já tinha estilo próprio.
Dos pintores fauvistas, que exploraram o sensualismo das cores fortes, ele foi o único a evoluir para o equilíbrio entre a cor e o traço em composições planas, sem profundidade.
Ao explorar ora o ritmo das curvas, como em "A música" (1909) e "A dança" (1933), ora o contraste entre linhas e chapadas, como em "Grande natureza morta com berinjelas" (1911-1912), Matisse procurou uma composição livre, sem outra ligação que não o senso de harmonia plástica. Sua cor não se dissolvia em matizes, mas era delimitada pelo traço.
Já liberto do fauvismo, o pintor mostrou, às vezes, tendência a reduzir as linhas à essência, como em "A lição de piano" (1916), mas não se interessou pela pura abstração.
O amor pela exuberância decorativa aparece em "Blusa romena" e na série "Odaliscas", de 1918.
Em sua fase final, Matisse voltou-se para a esquematização das figuras, de que são exemplos a decoração mural "A dança", para a Barnes Foundation, em Merion, nos Estados Unidos, e os papiers collés ou gouaches découpées (técnica que chamou de "desenho com tesoura") que ilustram Jazz (1947), livro com suas impressões sobre a arte e a vida.
Foi também escultor e ilustrador.
Em 1944, como desenhista, ilustrou as Fleurs du mal (Flores do mal), de Baudelaire, e, como litógrafo, as Lettres portugaises (1946; Cartas portuguesas), atribuídas a soror Mariana Alcoforado, e Les Amours, de Pierre Ronsard.
Entre 1948 e 1951 dedicou-se à concepção arquitetônica e à decoração interior da capela do Rosário em Saint-Paul, perto de Vence, no sul da França.
O autor considerava essa sua melhor obra, e nela concebeu todos os detalhes, dos vitrais ao mobiliário, voltado para uma concepção mais ascética das formas, embora nos arabescos florais predomine uma linha sinuosa.
Henri Matisse morreu em Nice, França, em 3 de novembro de 1954.
ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL COM HENRI MATISSE
Autor: EDNA MARIA DA SILVA
Co-autor :Suzana Maria Brito de Medeiros
Estrutura Curricular:
Educação Infantil :
Linguagem oral e escrita Falar e escutar
Escrita Práticas de leitura
Arte Visual :O fazer artístico
Dados da Aula:
O que o aluno poderá aprender com esta aula:
Com essa aula as crianças de 5 anos da Educação Infantil poderão:
■Ampliar seu conhecimento de mundo a respeito da Arte como forma de expressão de um momento da história.
■Conhecer um pouco da produção do artista Henri Matisse.
Duração das atividades:
A atividade poderá acontecer em diferentes momentos, com duração de 30 minutos cada um.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno:
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno:
■O professor deverá já ter trabalhado com suas crianças algumas características gerais (físicas externas) do corpo, nomeando-as e relacionando-as umas com as outras.
A partir de então, poderá introduzir um trabalho com a arte tomando como referência um artista em que o corpo humano apareça evidenciado.
No caso, sugerimos o artista Henri Matisse.
Estratégias e recursos da aula:
1º momento:
A aula poderá ser iniciada com uma breve apresentação do artista às crianças, a fim de que conheçam alguns aspectos da vida e obra de Henri Matisse.
Sugerimos que o (a) professor (a) reúna imagens do artista para que as crianças possam visualizar a pessoa (aspecto físico) do artista e, também, conhecer qual a cidade e o país em que nasceu, em que ano começou a pintar, quais suas principais obras e definir quais as obras que escolherão para apreciar.
O professor poderá propor um momento de pesquisa na internet junto com as crianças, na ocasião poderão visitar sites que falem a respeito do artista, bem como, visualizar suas produções.
Esse momento deverá ser orientado a partir de uma pesquisa bibliográfica prévia a respeito do artista feita pelo (a) professor (a), que numa roda de conversas expõe os aspectos da vida e obra de Henri Matisse.
Fonte: http://static.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/05/Henri_Matisse.jpg
Fonte: http://static.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/05/Henri_Matisse.jpg
2º momento:
Sugerimos a leitura do livro “Matisse: o rei das cores” de Laurence Antholt numa roda de histórias para que as crianças possam familiarizar-se melhor com a vida do artista e percebê-lo como uma pessoa comum com desejos, necessidades e projetos de futuro.
3º momento:
Após a leitura da história o professor poderá montar um texto coletivo, em que serão sintetizadas as informações que mais chamaram a atenção do grupo, sobretudo no que se refere a infância e as obras do artista.
Além disso, o professor poderá organizar uma aula nas sala de multimídia para que em trios as crianças organizem o que aprenderam sobre o artista num blog previamente criado pelo professor. Esta ferramenta permite que os conhecimentos sejam socializados com pessoas do mundo inteiro através da rede internacional de computadores.
Uma outra atividade possível é o uso do paint-brush para criação de desenhos a partir das obras dos artistas e se organizar uma galeria virtual das produções das crianças.
Esta proposta de aula poderá ser finalizada com a socialização do que as crianças aprenderam sobre Henri Matisse e suas obras para uma outra turma da escola com uma exposição das atividades realizadas na sala de multimídia.
No momento do uso da sala de multimidia
Recursos Complementares:
■Sugerimos uma visita nos sites:
■Sugerimos assistir o 1º episódio do DVD: Um minuto no museu de arte moderna e contemporânea. Ed. Logon Multimídia, São Paulo: 2004.
Avaliação:
As crianças poderão ser avaliadas observando se as crianças conseguiram: se envolver e participar nas discussões a respeito do artista Henri Matisse; identificar alguns aspectos da vida e obra de Henri Matisse, reconhecendo algumas de suas obras.
Desse modo, o professor observará e registrará o interesse, a participação, o envolvimento e desenvolvimento nas atividades propostas durante a aula.
CITANDO MATISSE ATRAVÉS DA OBRA “NU ROSA” – PARTE I
Autor :EDNA MARIA DA SILVA
Co-autor:Suzana Maria Brito de Medeiros
Estrutura Curricular:
Movimento Coordenação
Arte Visual O fazer artístico
Linguagem oral e escrita Falar e escutar
Dados da Aula:
O que o aluno poderá aprender com esta aula:
Com esta aula as crianças de 4 anos da Educação Infantil poderão:
• Ampliar suas possibilidades de expressão e comunicação, utilizando diversos materiais gráficos e plásticos.
• Produzir trabalhos de arte, utilizando a linguagem do desenho, da pintura, do recorte e da colagem.
• Desenvolver o gosto, o cuidado e o respeito pelos processos de produção e criação.
Duração das atividades:
A atividade deve ser dividida em diferentes momentos, com duração de 30 minutos cada um. Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
• É importante que o (a) professor (a) tenha trabalhado previamente os elementos que compõem uma obra de arte (cenário, elementos do cenário e a cena representada), destacando o estilo que o Henri Matisse trabalha em suas produções.
Estratégias e recursos da aula:
1º Momento:
O professor poderá iniciar a aula com uma breve retomada do que vem trabalhando nas aulas de arte, recuperando o que foi discutido com as crianças anteriormente (o nome do artista, aspectos de sua vida, o estilo de sua obra) como por exemplo:
Qual o artista que estamos trabalhando?
Como são as obras desse artista ?
Em seguida, o professor poderá propor ao grupo de crianças que apreciem a obra “Nu Rosa” para que tentem destacar o que aparece na obra, realizando alguns questionamentos: onde acontece a cena apresentada pelo artista?
O que podemos ver nesse trabalho de Matisse?
Quais as cores que o artista utilizou para pintar esta tela?
Fonte:
2º Momento:
Nesse momento, o (a) professor (a) apresentará o material a ser utilizado pelas crianças e organizará os encaminhamentos da atividade, ou seja, como irão proceder para fazer uma releitura da obra representando, primeiramente, o cenário que o artista retrata.
A apresentação do material deverá ocorrer mediante questionamentos que criem nas crianças a necessidade e interesse em realizar sua própria produção. Sugerimos que as crianças usem a bucha para pintar todo o papel (na horizontal, na vertical ou fazendo círculos).
Prossegue, assim questionando:
■Qual a parte que pintaremos primeiro?
■Como podemos fazer o corpo?
3º Momento:
O professor retoma a atividade, definindo com as crianças como farão uso do pincel para conseguirem representar os elementos do cenário desta obra de Henri Matisse.
É importante o professor combinar, coletivamente, o uso do pincel na vertical com um traçado fino para que as crianças consigam realizar uma melhor citação do elemento representado pelo artista.
Após cada criança produzir sua releitura do cenário da obra "Nu Rosa" o professor poderá colocar para secar e explicará que atividade será concluída quando pintarem a cena que aparece na obra, no caso, em outro momento.
Recursos Complementares:
Sugerimos uma visita nos sites:
Avaliação:
Observar o interesse, participação, envolvimento e desenvolvimento das crianças durante a realização das atividades, bem como, se as crianças conseguiram:
seguir as orientações dadas durante os momentos da aula (pintar fazendo círculos, na horizontal, na vertical, quais as cores, etc.) e apresentar elementos presentes no cenário da obra “Nu Rosa” em sua produção com criatividade.
Nesta aula as crianças poderão aprender noções de textura, cor, forma, entre outros conhecimentos necessários à produção artística.
CITANDO MATISSE ATRAVÉS DA OBRA “NU ROSA” – PARTE II
Duração das atividades:
A atividade deve ser dividida em diferentes momentos, com duração de 30 minutos cada um. Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno:
É importante que o (a) professor (a) tenha trabalhado previamente os elementos que compõem uma obra de arte, destacando o estilo que o Henri Matisse trabalha em suas produções.
Estratégias e recursos da aula:
1º Momento:
A professora poderá iniciar com uma retomada da aula anterior, lembrando qual a obra de Matisse estão citando na produção.
É nesse momento que o (a) professor (a) apresentará o material a ser utilizado pelas crianças e organizará os encaminhamentos da atividade, ou seja, como irão proceder para conseguirem representar a imagem que o artista retrata em sua obra.
A apresentação do material deverá ocorrer mediante questionamentos que criem nas crianças a necessidade e interesse em realizar sua própria produção. Sugerimos alguns questionamentos:
como usaremos o papel (na horizontal ou na vertical)?
Como faremos o desenho (linhas retas e curvas com um traço firme)?
Como usaremos o giz de cera para pintar toda a superfície do desenho?.
2º momento:
A aula terá continuidade com o desenho da cena, no caso, representado por uma mulher deitada em uma poltrona/sofá.
O desenho da cena poderá ser realizado com hidrocor na cor preta.
Em seguida as crianças poderão realizar a pintura da cena com giz de cera na cor que se assemelhe mais à obra do artista.
3º momento:
Nesse momento as crianças farão o recorte da imagem, procurando se aproximar o máximo possível do contorno do desenho.
Em seguida poderão colar o desenho no cenário que pintaram anteriormente, definindo a melhor posição (centralizado, mais acima, mais abaixo).
Recursos Complementares:
Sugerimos uma visita no site:
Avaliação:
Observar se as crianças quanto conseguiram:
■Seguir as orientações dadas durante os momentos da atividade.
■Representar elementos da cena da obra “Nu Rosa” em sua produção
Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=15773
Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=15773
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