Comparação e reescrita de fábulas
Trabalhe a produção de
texto usando um gênero que
texto usando um gênero que
reúne várias características
propícias para tal, a fábula.
propícias para tal, a fábula.
Camila Monroe
Conto, poesia, notícia, biografia, parlenda, fábula...
Como você bem sabe, os gêneros textuais devem ser apresentados e trabalhados na sala de aula para ensinar a turma a ler, produzir bons textos, reconhecer os diversos aspectos da linguagem escrita e explorar as normas gramaticais e ortográficas.
De acordo com Bernard Schneuwly, psicólogo suíço, um dos autores de Gêneros Orais e Escritos na Escola, os gêneros são instrumentos para a aprendizagem dos discursos orais e escritos.
Não se trata só de instrumentos de uso da língua em si mesmos.
Têm também dentro de si instrumentos menores, aspectos estruturais e formas gramaticais.
No entanto, por reunir características próprias e ser organizados de modos distintos, cada gênero deve ser colocado em cena em momentos e com finalidades diferentes.
As fábulas, por exemplo, trazem à tona características narrativas diferentes de cartas e biografias, dentre outros tipos de texto, deixando explícito o discurso direto e indireto.
E por serem concisas, centradas em um só conflito, e apresentarem belas expressões, são ideais para explorar diversas questões com turmas das séries iniciais do Ensino Fundamental.
Mesmo assim, esse gênero não costuma ser muito popular entre alguns docentes por causa de um de seus pontos mais marcantes, a moral.
Como se o trabalho com os alunos tivesse de se resumir ou ficar centrado nela.
Ao contrário!
Não faz sentido usar essas histórias com finalidade disciplinar em sala.
É claro que vale a pena organizar uma discussão com as crianças sobre a atribuição de determinadas características que os autores dão aos personagens (na maioria das vezes, animais), com o intuito de fazê-las compreender que as regras ditadas pelas fábulas não são válidas em qualquer situação.
"Analisar de forma crítica essas atribuições é um bom exercício, pois elas são carregadas de simbolismos que os escritores utilizaram de acordo com o contexto da época em que viveram", explica Camila Castro, coordenadora da Comunidade Educativa Cedac, na capital paulista.
Tendo isso claro, fica mais fácil se concentrar em atividades que realmente importam, as que focam produção e análise linguística - um desafio para os estudantes se apropriarem de novos recursos de leitura e escrita.
A reescrita encaminha a turma para a autoria
Primeiramente, é fundamental ajudar a turma a conhecer e apreciar as fábulas para melhor compreendê-las e saber produzi-las na escola ou fora dela.
Para isso, atividades de reescrita são recomendadas por especialistas.
Além disso, é preciso fazer a criançada se debruçar sobre os textos para analisar como se dá a questão da pontuação e da paragrafação, por exemplo.
Esse foi o foco do trabalho desenvolvido por Jandira Stand, professora da 3ª série na EMEF Humberto de Campos, na capital paulista, vencedora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10 (leia mais sobre o projeto na última página).
Comparar diferentes versões da mesma história também pode ser muito proveitoso no que diz respeito ao tipo de discurso escolhido, à organização dos fatos, às características dos personagens e também ao vocabulário.
Exatamente por ser um gênero tão antigo (fábulas são contadas há quase 3 mil anos), esse tipo de texto possui palavras desconhecidas pelas crianças e vem quase sempre acompanhado de um glossário, um bom instrumento para ampliar o rol de palavras da turma.
Propor que os alunos façam comparações entre duas versões revela a existência de diversas possibilidades na hora de escrever e pode servir de inspiração para a produção autoral (leia a sequência didática).
Ler diferentes versões amplia as possibilidades de escrita
Monteiro Lobato (1883-1948), por exemplo, elaborou duas reescritas de A Cigarra e a Formiga, fábula originalmente contada por Esopo.
Em suas versões, ele apresenta diferentes finais modificando as características atribuídas normalmente aos animais citados.
No original, a formiga não ajuda a cigarra a se proteger do frio invernal, pois fica revoltada pelo fato de ela ter cantado o verão inteiro.
Na versão de Lobato A Formiga Má, a cigarra acaba morrendo.
Leia o trecho final:
(...) a formiga era uma usuária sem entranhas.
Além disso, invejosa.
Como se não soubesse cantar, tinha ódio à cigarra por vê-la querida de todos os seres.
- Que fazia você durante o bom tempo?
- Eu... eu cantava!...
- Cantava?
Pois dance agora, vagabunda! - e fechou-lhe a porta no nariz: a cigarra ali morreu entanguidinha; e quando voltou a primavera o mundo apresentava um aspecto triste.
É que faltava na música o som estridente daquela cigarra, morta por causa da avareza da formiga.
Mas se a usuária morresse, quem daria pela falta dela?
Na segunda versão, A Formiga Boa, Lobato confere um aspecto compreensivo à personagem do título. Confira.
- E que fez durante o bom tempo, que não construiu a sua casa?
A pobre cigarra, toda tremendo, respondeu depois de um acesso de tosse.
- Eu cantava, bem sabe...
- Eu cantava, bem sabe...
- Ah!... - exclamou a formiga recordando-se.
Era você então quem cantava nessa árvore enquanto nós labutávamos para encher as tulhas?
- Isso mesmo, era eu...
- Pois entre, amiguinha!
Nunca poderemos esquecer as boas horas que sua cantoria nos proporcionou.
Aquele chiado nos distraía e aliviava o trabalho.
Dizíamos sempre: que felicidade ter como vizinha tão gentil cantora!
Entre, amiga, que aqui terá cama e mesa durante todo o mau tempo.
A cigarra entrou, sarou da tosse e voltou a ser a alegre cantora dos dias de sol.
É importante ressaltar, porém, que encaminhar o trabalho autoral, nesse caso, não implica propor que os alunos criem fábulas próprias.
Estabelecer relações entre personagens e elaborar um fio condutor para a história que leve a um final moralista já é uma tarefa bastante complexa, ainda mais para crianças.
O propósito da atividade tem de ser realmente lidar com a transformação de algum elemento da narrativa (tempo, cenário, personagem etc), sem se preocupar com a criação do enredo.
Para que o processo de transformação não se torne algo automático, com a simples troca de uma palavra por um sinônimo, por exemplo, é fundamental fazer com que os estudantes reflitam sobre o que leram.
Assim, a fábula tem de ser contextualizada por eles, para que entendam os motivos que levaram o autor a escrever daquela forma e não de outra.
Para essa contextualização, é essencial conduzir o trabalho na perspectiva de ajudar a turma a pensar e avaliar o que e como mudar e quais os impactos que as mudanças provocam no enredo.
É preciso ainda valorizar a vivência de cada um, pois é isso que permite escolher os melhores pontos para a mudança.
Foi assim com La Fontaine e Monteiro Lobato - dois modelos literários de peso para as crianças se inspirarem a escrever com muita qualidade.
Reescrita de fábulas mudando
elementos da narrativa
elementos da narrativa
Objetivos
- Comparar diferentes versões de uma fábula, relacionando os diversos sentidos produzidos pelos recursos de linguagem.
- Apropriar-se de procedimentos de escrita, como planejamento e revisão.
Objetivos
Desenvolvimento
Anos :1º e 2º.
Tempo estimado :15 aulas.
Material necessário
Livros diversos que contenham fábulas e cópias das versões de A Menina do Leite presentes em 12 Fábulas de Esopo (Hans Gärtner, 32 págs., Ed. Ática, tel. 0800-115-152, 28,90 reais) e em Fábulas (Monteiro Lobato, 120 págs., Ed. Globo, tel. 11/3767-7400, 26 reais).
Flexibilização
Antecipar a leitura das diferentes versões do conto para as crianças com deficiência intelectual (DI) é uma boa medida para ajudá-las a compreender as atividades da sequência.
Estimule o aluno a colaborar com as discussões em sala - tanto para apontar distinções entre as histórias, quanto no momento de recontar o conto oralmente.
A escrita dos contos em duplas é um bom exercício, mas o aluno com DI também deve escrever. Caso ele ainda não seja capaz de reescrever todo o conto sugira que ele construa uma galeria de personagens - trabalhando com listas e descrições.
A turma pode ser avisada de que se precisarem de informações a respeito dos personagens da fábula, podem contar com o material produzido pelo colega.
Amplie o tempo de realização de cada uma das etapas.
Desenvolvimento
1ª etapa
Explore com os alunos fábulas diversas, para que eles conheçam características e recursos do gênero.
2ª etapa
Distribua cópias das versões de A Menina do Leite para cada estudante.
Realize uma leitura compartilhada e ajude a turma a identificar as diferenças entre elas.
Quais os recursos utilizados pelos dois autores que as fazem ser diferentes?
3ª etapa
Convide os alunos a escrever suas próprias versões para a fábula, alterando o que desejarem.
Pode ser o final da história, por exemplo.
Organize a turma em duplas para a atividade.
4ª etapa
Peça que os estudantes recontem a fábula oralmente antes de escrevê-la, propondo que realizem as alterações.
Este é o momento certo para explicar a eles a importância de criar elementos em suas produções, colocando marcas pessoais na hora da redação.
5ª etapa
No quadro, planeje a reescrita.
Questione a criançada sobre os episódios que não podem faltar.
Faça perguntas como "O que colocamos no primeiro momento?.
Se houver dificuldade na percepção desses elementos, sugira a consulta aos textos de referência e busque com os alunos os indicativos de apresentação dos personagens, por exemplo.
6ª etapa
É hora de começar a produção.
Percorra a sala, orientando as duplas e observando como os pequenos lidam com o processo de reescrita que exige mudanças.
7ª etapa
Recolha os textos e analise as produções.
Em uma folha à parte, anote os aspectos que precisam ser revistos pelas crianças, para usar na etapa seguinte.
8ª etapa
Devolva o material às duplas e peça que o revisem.
Para ajudar, escolha uma produção para ser discutida coletivamente.
Assuma a função de escriba e divida o quadro em três partes: na primeira, escreva o planejamento elaborado pela turma.
Deixe o meio para a reescrita e, na última parte, transcreva o texto selecionado.
Para fazer os ajustes necessários, vá fazendo interrogações como "Isso está repetitivo?"
Nas situações conflitantes, proponha a consulta aos escritos de referência, para que percebam como os autores resolveram o problema detectado.
Avaliação
Observe os avanços nos procedimentos de leitura, a inferência e a comparação de informações, o estabelecimento de relações, a síntese de ideias.
Em relação à escrita, observe se os alunos aprenderam a planejar, a articular os acontecimentos da narrativa em uma sequência temporal, a usar palavras, expressões e recursos (como a pontuação) de forma a deixar os textos bem escritos e interessantes a fim de proporcionar boas leituras. Também analise os procedimentos de revisão.
Por fim, avalie as modificações na fábula sugeridas pelas crianças.
Elas fazem sentido em relação ao resto da história?
http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/mudando-historia-617997.shtml
Livro de contos da turma
- Identificar o personagem principal de texto e descrevê-lo.
- Reconhecer a posição enunciativa do personagem.
- Reescrever o conto escolhido mudando o personagem principal.
- Apropriar-se das características discursivas do gênero conto.
- Planejar, produzir e revisar os textos.
Conteúdos
- Produção de texto.
- Revisão.
Anos:3º ao 5º ano.
Tempo estimado :Dois meses.
Material necessário
Livro Contos da Rua Broca e computadores.
Flexibilização
O aluno com deficiência intelectual não pode ser privado da experiência de produção textual vivenciada pelos colegas.
Por isso, selecione os objetivos fundamentais para a aprendizagem desses alunos – como identificar o personagem principal do conto de descrevê-lo, ou ainda, planejar, produzir e reescrever os textos.
Os demais objetivos devem ser adaptados de acordo com as competências de cada aluno.
Antecipe as etapas da atividade para a criança com deficiência intelectual.
Ela pode começar o trabalho antes dos colegas ou ter mais momentos dedicados a esta produção para que chegue ao final junto dos demais.
O trabalho em duplas auxilia e integra, mas você é o responsável por tirar todas as dúvidas e organizar, se preciso, etapas intermediárias, para repetir algumas atividades, o que ajuda na compreensão.
Permita que os alunos com deficiência avancem com relação aos conhecimentos sobre o sistema de escrita e a produção de texto.
A avaliação deve ser feita de acordo com os objetivos e conteúdos estabelecidos no início do projeto.
1ª etapa
Apresente o livro Contos da Rua Broca e proponha que os alunos, em duplas, reescrevam um dos textos, mudando o personagem principal. Explique que o material será organizado em um livro para ser doado à biblioteca da escola.
Flexibilização para deficiência intelectual
Em todas as etapas que constam leitura do conto, antecipe a atividade para o aluno, pedindo que, em casa ou junto ao AEE, ele leia ou leiam para ele o conto escolhido.
Peça, de lição de casa, que faça desenhos sobre cenas do conto que está sendo trabalhado.
Se ele ainda não dominar a escrita alfabética, combine com sua dupla o que ele irá escrever (por exemplo, ele pode copiar do livro o título e alguns trechos).
Solicite bastante sua participação oral, em que ele possa fazer o reconto da história.
2ª etapa
É o momento de repertoriar o grupo em relação ao gênero.
Leia alguns dos contos da obra escolhida.
O objetivo é que todos se familiarizem com o gênero. Discuta com o grupo como é feita a descrição de cada um dos personagens e com base em quais elementos é possível identificar o principal.
Peça que todos explicitem as respostas com pistas textuais (eles podem ler trechos, por exemplo). As conclusões devem ser registradas individualmente para que todos possam voltar a elas se necessário.
Flexibilização para deficiência intelectual
Peça para ele e outros alunos realizarem uma pesquisa sobre a biografia e outras obras escritas pelo autor.
3ª etapa
Organize a reescrita coletiva de um dos contos do livro para desenvolver um modelo dos procedimentos escritores (o planejamento do texto, a leitura do que já foi escrito para organizar o que ainda falta escrever, o cuidado com as repetições de palavras, a importância de produzir um texto coeso e coerente para que seja compreensível para o leitor) e oferecer mais recursos e boas condições para os estudantes realizarem a tarefa em duplas.
Terminada a reescrita, revise coletivamente.
4ª etapa
Proponha a reescrita em duplas de outro conto da obra.
Enquanto os alunos trabalham, circule pela sala e faça intervenções, como perguntar o que já escreveram e o que falta.
Anote os aspectos que deverão ser retomados durante as revisões.
Essa produção inicial deve ser analisada antes da revisão para que conheçam melhor os aspectos a serem retomados.
Flexibilização para deficiência intelectual
É favorável sempre alternar as duplas de traballho.
5ª etapa
Proponha revisões em dupla para organizar a segunda versão do texto.
Flexibilização para deficiência intelectual
Peça que o amigo da dupla aponte o que deverá ser revisado e ele faça a marcação no texto.
A revisão pode ser com cores diferentes (por exemplo, vermelho para ortografia, verde para pontuação, azul para enredo).
6ª etapa
Convide as crianças a substituir o personagem principal do conto A Bruxa da Rua Mufetar.
Elas devem definir as características do novo personagem.
Escreva as orientações para a troca e as decorrências (como as alterações a serem feitas).
7ª etapa
Peça que reescrevam em duplas o conto A Bruxa da Rua Mufetar, inserindo o novo personagem. Durante a produção, supervisione a turma para ajudar a coordenar as alterações necessárias.
Ao fim do trabalho, oriente a revisão pelos próprios autores.
8ª etapa
Peça que os alunos troquem os textos entre si e os revisem.
O objetivo é explicitar os problemas percebidos por leitores, mas não pelos autores.
Transcreva no quadro trechos dos textos revisados para que os estudantes proponham mudanças, justifiquem-nas e decidam se devem ser feitas ou não.
9ª etapa
É hora de a turma escrever a versão final, digitar os textos e preparar o índice do livro, a dedicatória, as ilustrações e a edição final.
Produto final
Livro de contos da turma.
Avaliação
Observe a adequação dos textos produzidos pelos alunos em relação à função comunicativa, à forma e aos aspectos textuais.
Analise a qualidade e a propriedade dos comentários nas atividades de produção e revisão de texto e o uso de comportamentos escritores (como planejar e decidir que aspectos serão tratados no texto e considerar o destinatário ausente).
Reescrita com personagem-narrador
Objetivos
- Reescrever um conto tradicional tendo um personagem como narrador.
- Trabalhar focalização (ponto de vista do narrador) e modalização (voz narrativa).
Conteúdos específicos
- Produção textual (reescrita de contos tradicionais).
- Focalização e modalização.
Anos:Do 3º ao 5º ano.
Tempo estimado :16 aulas.
Material necessário
Cartolinas e pincéis atômicos.
Quatro contos tradicionais que podem ser encontrados na coletânea de contos do Livro de Textos do Aluno do Programa Ler e Escrever.
Flexibilização para deficiência visual com maior domínio do braile
Livros em braile ou com ilustrações em autorrelevo ou em áudio.
Desenvolvimento
1ª etapa
O primeiro passo é familiarizar a turma com o gênero que será trabalhado.
Selecione quatro contos tradicionais para a leitura e explique a proposta: conhecer bastante as histórias para, depois, reescrever uma delas na pele de um dos personagens.
Inclua na coletânea diferentes versões de um mesmo conto, privilegiando os que expandem episódios da trama ou detalhem as características de um dos personagens.
2ª etapa
Reserve algumas aulas para ler as versões de cada conto.
Discuta com os alunos aspectos que vão ajudá-los a escrever os próprios textos:
Quem está contando a história?
O que ele sabe sobre a vida, os pensamentos e os sentimentos dos personagens?
Quais as características dos personagens?
Que mudanças seriam necessárias para que um deles fosse o narrador?
Essas perguntas são importantes para apresentar o conceito de focalização, o ângulo de quem conta a história.
Flexibilização para deficiência visual com maior domínio do braile
Deixe que ele manuseie livros em braile e com ilustração em autorrelevo o que irá ampliar sua atenção para o conto.
3ª etapa
Apoiado nas sessões de leitura, construa com a classe um painel coletivo com as características dos principais personagens.
No caso de Cinderela, por exemplo, pode-se dizer que a madrasta é arrogante e maltrata a filha adotiva, que a fada madrinha é bondosa e quer ajudá-la e assim por diante.
Transcreva os resultados em um cartaz e deixe-o à vista dos estudantes.
Isso vai ajudá-los a escolher um personagem para contar a história e a saber quais as intenções de cada um, algo essencial para determinar a modalização (a voz narrativa) da trama.
Flexibilização para deficiência visual com maior domínio do braile
Faça um cartaz em braile.
Facilite o acesso do aluno com texturas coladas no chão da porta de entrada da sala até o painel, fixe-o em uma altura acessível.
4ª etapa
Peça que cada um selecione um conto e um personagem como narrador, orientando a reescrita da história de acordo com as opções realizadas.
Flexibilização para deficiência visual com maior domínio do braile
Conte com a colaboração da família ou do AEE para que leiam esses contos para o aluno e estabeleçam um discussão mais individualizada em torno das características e do enredo da história.
Estimule-o a ouvir o áudio em casa ou na classe com uso de fone de ouvido.
Ele pode iniciar a escrita em sala e terminar em casa usando a máquina de braile.
5ª etapa
No quadro, realize a revisão coletiva do texto de um dos estudantes.
Para direcionar a atenção da classe sobre a focalização e a modalização, distribua cópias do texto em computador com espaçamento duplo (o que elimina dificuldades de caligrafia e abre espaço para comentários, perguntas e reformulações por parte dos revisores).
Nesse processo, enfatize os problemas discursivos do texto: deslizamento de ponto de vista (mudança de primeira para terceira pessoa), precária caracterização dos personagens ou passagens mal explicadas.
Flexibilização para deficiência visual com maior domínio do braile
Procure, sempre, relatar o que está escrevendo na lousa.
Coloque-o junto a uma dupla que possa esclarecer suas dúvidas durante a fala da professora.
6ª etapa
Proponha uma segunda etapa de revisão - dessa vez, em duplas, pedindo que os alunos repitam o processo que aprenderam na etapa anterior.
Pode também haver correção ortográfica e de pontuação, com você circulando pela classe e discutindo com as duplas as principais modificações que devem ser feitas.
Flexibilização para deficiência visual com maior domínio do braile
O aluno com deficiência poderá fazer essa etapa de revisão sozinho em classe e, posteriormente, com o AEE no contraturno.
Avaliação
Nos debates durante a leitura, na produção de texto e nos processos de revisão, verifique se cada aluno compreendeu e utilizou adequadamente os conceitos de focalização e modalização.
Atenção, sobretudo, às mudanças entre a primeira e a segunda versão do texto, avaliando que pontos precisam ser reforçados por meio de novas revisões e do retorno aos textos-fonte para confirmar os recursos dos autores.
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