Lendas urbanas conquistam a classe
" Fatos amendrontadores fazem sucesso entre a garotada!
Planeje atividades de leitura e de análise para ensinar
os detalhes e as particularidades deles..."
Assim começa a matéria da Revista Nova Escola/Dez2011.
Deveras interessante disse-me logo...
Não é que eu estou postando sobre mistérios nestes dias?
A loira do banheiro é uma lenda muito apreciada pelos meninos de 6º e 7ºs anos.
E até por meninas!
Esta é uma recordação que guardo de minha oficina de leitura.
Por isto trouxe aqui a sequência didática publicada no site da Nova Escola.
Não sabia que estas lendas eram denominadas " urbanas".
Nem tão pouco conhecia esta nomeclatura: "Subgênero literário".
Acho que que vou começar a criar novas nomeclaturas...
Brincadeiras de fora e muita animação nesta postagem, afinal, minhas sugestões estão mais certeiras do que nunca,mesmo com Papai Noel à porta( ou chaminé!)
Leitura e produção de lendas urbanas
Leve o "Homem do Saco" e a "Loira do Banheiro" para a sala de aula e trabalhe a leitura e a produção de texto
Objetivos
- Aumentar o repertório de lendas conhecidas.
- Aprimorar a escrita e identificar características das modalidades oral e escrita.
Conteúdos
- Lendas urbanas.
- Leitura e produção de texto.Anos
6º e 7º.
Tempo estimado
7 aulas.
Material necessário
- Computadores com acesso à internet ou cópias de lendas urbanas para distribuir para os alunos, como Vovó Maria e A Loira do Banheiro, de Heloisa Prieto e O Homem do Saco, de Ana Cláudia Ramos.
- Gravador ou celular que possua a função de gravação.
Desenvolvimento
1ª etapa
Estude o subgênero em detalhes para conhecê-lo e poder trabalhar com os alunos.
Algumas leituras podem ajudar na reflexão. São elas:
- Lendas brasileiras para jovens, de Luis da Câmara Cascudo, Global Editora.
- A análise da narrativa, de Yves Reuter. Ed. Difel.
- Lendas urbanas, Jorge Tadeu, Ed. Planeta do Brasil.
- Introdução à literatura fantástica, de Tzvetan Todorov, Ed. Perspectiva.
- Em Busca do Gênero Lenda Urbana, artigo de Carlos Renato Lopes, do Departamento de Letras da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
- Lendas urbanas da Loira do banheiro e Vovó Maria, de Heloisa Prieto, e do Homem do Saco, de Anna Claudia Ramos disponíveis no site de Nova Escola.
2ª etapa
Questione quais lendas urbanas os alunos conhecem e peça como tarefa de casa que conversem com os pais, os avós ou conhecidos mais velhos sobre quais lendas do repertório popular assombrava-os quando crianças. Se possível, peça para que eles utilizem um gravador ou mesmo o celular para gravar a narrativa.
3ª etapa
Organize um momento de socialização para que os estudantes contem o que descobriram.
É possível que eles narrem indistintamente lendas folclóricas (Boitatá, Mula-sem-cabeça, Saci-Pererê, etc.) e lendas urbanas (Loira do Banheiro, Homem do Saco, Gangue do Palhaço, A brincadeira do copo, Mensagem secreta no navegador, Amor de mãe, etc.). Alguns podem também apresentar até contos (Barba Azul, Chapeuzinho Vermelho, Três porquinhos, etc.).
Oriente a exposição:
- Pontue oralmente o que difere as lendas dos contos (observe que as lendas costumam ser mais breves que os contos, seu enredo é mais simples e há menos personagens). Depois, diferencie as lendas folclóricas das urbanas (destaque que as primeiras são histórias mais antigas, enquanto as urbanas exploram aspectos inusitados da vida cotidiana que supostamente aconteceram recentemente).
- Quem contou a história. Procure saber não apenas quem narrou a lenda para o aluno, mas também quem a contou ao seu familiar ou conhecido, destacando que essas histórias geralmente não são retiradas de livros, mas fazem parte de um repertório da cultura oral.
- Qual é a personagem principal e como é caracterizada (física e psicologicamente). Enfatize que as lendas costumam ter poucas personagens - a história centra-se no que acontece à vítima ou no que faz o malfeitor, ou ainda na ameaça que determinado objeto representa.
- Se mais de um aluno apresentar diferentes versões para a mesma lenda aproveite a oportunidade para comentar que essa é uma das características que faz parte do gênero, enfatizando que pequenas alterações são próprias das histórias transmitidas oralmente. - Em que lugar se passa a lenda. É provável que alguns deles contem, inclusive, que viram ou conheceram alguém que passou por determinada experiência, sem contar o fato de os seus temores serem atuais (medo de assalto, sequestro, trapaça, etc.).
- As reações que a lenda provocava em quem ouve. Questione se os alunos têm medo ou se acreditam nas lendas folclóricas e urbanas.
4ª etapa
Convide a turma a diferenciar aspectos da linguagem oral e escrita. Peça que os alunos transcrevam o áudio com a lenda de forma literal, ou seja, registre as marcas da oralidade, como pausas, repetições, termos coloquiais etc. Em seguida, sinalize que há diferenças entre falar e escrever, como o uso da entonação, ritmo, postura e gestos que complementam o que é dito. Porém, em um texto escrito é necessário substituir essas marcas com recursos gráficos para que sejamos igualmente bem compreendidos. Tal exercício permite que se evidencie o processo pelo qual todos devemos passar ao transpormos de uma modalidade a outra o nosso pensamento. Solicite à classe que aponte os trechos marcadamente presentes na linguagem oral e circule-os no texto. Você também pode sistematizar essas características em uma tabela ao lado do texto.
5ª etapa
É hora de ampliar o repertório da turma. Entregue para as crianças cópias de algumas lendas urbanas, como as versões de Heloisa Prieto de Vovó Maria e A Loira do Banheiro. Oriente que pesquisem em bibliotecas outros textos. É possível encontrar versões online, mas para solicitar uma pesquisa na internet, selecione previamente os sites que têm bons materiais e sugira como referência para os alunos. Organize um roteiro para guiar a leitura e orientar a turma a fim de que constatem que as lendas urbanas costumam desenvolver-se ao redor de uma única personagem ou de um pequeno grupo de personagens, abordam temas ligados à violência urbana, exploram nomes, lugares e marcas conhecidos etc.
6ª etapa
Proponha que eles editem os textos que foram transcritos na etapa anterior. Depois de os alunos realizarem uma leitura individual e silenciosa, peça que observem as expressões e maneiras de falar próprias da tradição oral, sinalizando-as no texto e que reescrevam a lenda adequando a linguagem. Explique que a primeira coisa a fazer para garantir a coesão é eliminar as repetições, hesitações ("é...", "hum..." etc.) e conceitos redundantes. Em seguida, peça que façam as modificações necessárias no que se refere à pontuação e à ordenação dos parágrafos. Frise que são necessários ajustes para uma transposição que garanta clareza e resgate o mesmo senso de humor, assombro ou terror que a versão oral trazia. Ressalte a importância do processo de revisão, em especial para que observem se não há problemas de concordância verbal e nominal e se é preciso substituir algumas palavras por outras mais precisas.
7ª etapa
Recolha as produções para analisá-las. Selecione algumas para serem discutidas com todos – para elegê-las, selecione aquela que represente as dificuldades mais recorrentes apresentadas pela maioria da turma, principalmente as que preservam equivocadamente as marcas de oralidade, omitindo o nome dos autores, para discutir com a classe.
Avaliação
Com as atividades de produção e revisão de texto, verifique se os alunos fazem a transposição da lenda para a linguagem escrita, distinguindo as marcas de oralidade da escrita formal e, durante o processo de elaboração do quadro comparativo.
Consultoria Fernanda Müller
Professora do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Lendas urbanas:
A loira do banheiro
Vovó Maria
Homem do saco
História em Quadrinhos
Mônica e a loira do banheiro
O Homem do Saco
Sugestões de trabalho para o mediador de leitura
Editora Brinque-Book
Editora Brinque-Book
Antes da leitura e para começo de conversa...
Algumas questões são propostas para despertar no leitor uma participação mais interativa, oferecendo-lhe a possibilidade de refletir sobre seus conhecimentos e experiências, a fim de trazê-los para a situação presente, criando expectativa para a posterior leitura. Objetiva-se o desenvolvimento de habilidades que exercitem a memória do leitor, para que esta seja relacionada com o que se propõe a seguir. Em círculo, os participantes ficarão mais integrados para falar e ouvir os colegas, esta atividade permite o desenvolvimento da linguagem oral. O mediador só interfere para o equilíbrio da discussão, porque não há respostas a serem consideradas certas ou erradas, são todas subjetivas.
1 – O que é ser medroso?
2 – Quais os medos mais freqüentes das crianças? E dos adultos?
3 – Você conhece alguma pessoa diferente, que tem algum comportamento fora do comum e que anda pela rua, deixando as crianças com medo? Como ela é? Como se chama? O que costuma fazer? E você, como a trata?
4 – Você já ouviu falar no “homem do saco”? Fale sobre o que pensa e como reage quando ouve estas histórias.
5 – O que o deixa amedrontado? Qual sua reação: seu coração dispara? A boca fica seca? Dá dor de barriga? Você chora? Conte tudo.
6 – Você gosta de assistir filmes de terror? Justifique sua resposta.
7 – Seus pais permitem que você veja tevê até tarde? Qual o horário estabelecido? E quando eles saem à noite, você abusa?
Leitura
Este livro pode ser lido individualmente ou em grupo. Em seguida, o mediador vai propor as questões a seguir, para que sejam respondidas oralmente (jamais por escrito), para permitir a troca e a elaboração mais ampla das interpretações a fim de que o exercício da discussão enriqueça ainterpretação do texto e contribua para a formação do leitor competente e crítico, tanto do texto escrito como do texto visual, na sua completa inter-relação significativa.
A capa
Observe bem a capa do livro, descreva o "homem do saco" com todos os detalhes e fale sobre o cenário.
O conteúdo
(p.03)
Se você encontrasse esse cartaz, teria vontade de assistir ao que ele anuncia? Por quê? Leia as informações que estão nele contidas e vá completando, conforme o mediador for solicitando:
1 – Nome do teatro:
2 – Nome do protagonista: (se não souber o significado, procure no dicionário)
3 – Nome do autor do texto da peça:
4 – Nomes dos demais personagens:
5 – Diretor (nesse caso, diretora):
6 – Valor do ingresso:
7 – Dias de apresentação:
8 – Horário: (essa informação seria possível?)
(p.06)
1 – O título do programa de tevê atrairia o leitor a ficar acordado para assisti-lo?
2 – "Trim! Triiiiiiim!" Isto é uma onomatopéia. É assim que são chamadas as palavras cuja pronúncia lembra os sons dos barulhos ou a voz dos animais. Essas palavras funcionaram como a chave para a abertura da peça teatral. Depois, há duas outras onomatopéias, "Clic! Tu-tu-tu". O que ela estão indicando?
(p.08)
1 – Na segunda linha, há um desabafo de Pino. O que ele estaria sentindo?
2 – Quando cai a linha novamente, o porco verbaliza por que está irritado. E qual o motivo?
3 – O que você supõe que Pino ia falar quando parou em "interr..."
(p.9)
Por que "Será o Benedito!"? Você já ouviu ou falou esta expressão? Que significado ela tem?
(p.11)
1 – Quando Pino disse: "Noossa!", o que ele teria pensado?
2 – E, ao continuar, ele interrompe. O autor usou reticências, uma palavra entre parênteses, que é (pausa). Ela veio escrita em itálico (um tipo gráfico diferente, em que a letra é levemente inclinada) por não pertencer ao texto, como a fala do personagem. É uma rubrica (nunca diga rúbrica); no texto de teatro serve para fazer a indicação do movimento dos artistas, para dar expressividade e maior autenticidade à fala. Aí ele conclui: "louco?!"
3 – Quando é interrompida a ligação, Pino faz três perguntas, uma atrás da outra, que vêm seguidas de reticências, porque deixa todas elas sem resposta. Dá uma pausa e, então, levanta a dúvida maior. Releia esse parágrafo. Ficaria com medo, se fosse com você?
4 – 'Aarrgh!' Interprete essa expressão.
(p.13)
1 – Leia a primeira fala de Pino com a entonação de quem está vivendo aquele momento difícil. Que significado ganha a última palavra?
2 – O que leva o porco a ter a certeza de que o homem se aproxima? Então o que ele faz? Observe que esta é uma rubrica. Está instaurado o medo ou o pavor? Discuta com os colegas.
(p.14)
1 – Quantas vezes aparece o 'não' na segunda linha, na fala de Pino? E a primeira vez, por que está grafada assim?
2 – O que significa virar pernil?
3 – Quando ele consegue perguntar, por que repete a pergunta?
4 – Como está registrado o pedido de socorro?
5 – Educadamente Pino pede o quê? Mas ele não estava com medo? Explique.
6 – Afinal, o homem também estava sendo aborrecido, por quê?
7 – O medo se intensificou e isso se percebe pela expressão de Pino. Releia o texto. Uma oração exclamativa se repete. Em seguida, duas vezes a mesma pergunta. Uma rubrica enriquece o suspense. É bem isso que se faz para se certificar de que as portas estão bem trancadas, não é?
(pp.16 e 17)
O quadro representa o roteiro da peça teatral. A Galinha Xadrez dirige o elenco, apresentando o esquema da movimentação dos personagens. 1 – Você sabe o que é um cenário no teatro?
2 – Procure no dicionário o significado de 'sincronizado'.
(p.18)
1 – Sabe porque a letra do primeiro parágrafo está em itálico? É isso mesmo, porque é uma rubrica. O personagem não disse, só se movimentou em cena.
2 – Tem fundamento pensar que a mãe o estaria enganando? Justifique sua resposta.
3 – Nova rubrica, onde será revelado todo o enigma desta história. Como Pino ainda está sob o transtorno do medo, lê o bilhete com a interpretação dada pelo seu perturbado estado: "Peso, eu?". Interprete a expressão.
4 – Por que AMO vem escrito com letra maiúscula?
5 – Com essa rubrica, como você imagina a cena? Dá para acreditar que o porco não faria mais sujeira? Será que ele era gago ou nessa hora ele ficou gago?
(p.20)
Chegou o homem. Como ele entrou?
(p.21)
1 – Que expressão Pino usou na sua terceira fala? Essa é uma palavra que se encontra no dicionário? Explique seu uso.
2 – Pino foi sincero com o homem ao responder se estava com medo? Observe atentamente a grafia das palavras. Esta é mais uma marca significativa do texto escrito. O 'não' é grafado de três formas diferentes. Explique-as.
(p.22)
1 – Qual a ocupação do homem? E à noite? Esse trabalho merece o nosso aplauso por duas razões: a ecológica, de preservação do meio ambiente, e a sanitária, que seria a erradicação da dengue, recolhendo garrafas que poderiam servir para criadouro do mosquito transmissor.
2 – Para o pai, porque houve o mal-entendido?
3 – E para a mãe, qual o motivo? Como ela ficou sabendo qual era o filme que ele estava vendo?
4 – Resumindo, o que provocou todo o desespero em Pino?O responsável pelo divertido enredo da peça teatral só foi descoberto no final: um celular de segunda mão.
(p.24 e 25)
Quando se encerra a peça, os personagens voltam a se apresentar para receber os aplausos (leia a rubrica). E você, leitor, aplaude este livro?
Caro leitor
Agora que você já trocou idéias com seus colegas, o texto se tornou mais rico, porque foi melhor compreendido. Então faça uma leitura expressiva dele, com toda a entonação necessária.
Ao mediador da leitura
Esta obra nos oferece uma boa ilustração e um excelente texto escrito, riqueza e precisão na escolha dos recursos lingüísticos, que garantiram o suspense e a aflição do personagem.
Um leitor competente é formado quando tem a oportunidade de conhecer bons e variados textos. É recomendação dos PCNs de Língua Portuguesa que os alunos conheçam a maior diversidade de tipologia textual possível. Este livro apresenta o cartaz, o texto teatral e o esquema de troca de cenário, além do texto visual expresso pela sugestiva ilustração.
1 – Agora solicite que o leitor escreva o bilhete que ele deixaria para o homem do saco. Observe que Pino ficou mais apavorado quando leu 'peso'. Você vai criar outro que também tenha ambigüidade, porque foi isso que gerou mais medo no porco.
2 – Pino dizia Homem do Saco e o homem dizia que era o homem-do-saco. Compare e aponte adiferença.
3 – Você tem alguma história de terror vivida para contar aos colegas?
4 – Que tal ensaiar e apresentar esta peça na sua escola e depois em outros lugares? Pode haver bons atores escondidos na classe.
Recomenda-se uma pesquisa para o estudo do lixo reciclável e da coleta seletiva de lixo:
Depois de uma pesquisa, a Grande Gincana da Reciclagem vai ficar mais interessante.
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