Primeiras considerações
A assemblage é baseada no princípio que todo e qualquer material pode ser incorporado a uma obra de arte, criando um novo conjunto sem que esta perca o seu sentido original.
É uma junção de elementos em um conjunto maior, onde sempre é possível identificar que cada peça é compatível e considerado obra.
Ao se utilizar de diversos materiais como papéis, tecidos, madeira "colados" a uma tela o artista consegue ultrapassar as limitações da superfície, rompendo assim o limite da pintura, criando uma junção da pintura com a escultura.
Jean Dubufet utilizou esta técnica, que segundo ele, é a estética de acumulação.
Todo tipo de material pode ser utilizado, diversificando e dinamizando mais ainda uma obra de arte.
Apesar da imagem pós modernista, o assemblage foi utilizado por Picasso e Georges Braque,que misturava areia e serragem, procurando novas texturas as suas pinturas.
Picasso apresentou colagem em sua obra natureza morta com cadeira caning ( 1912).
Outros exemplos desta técnica: Umberto Boccioni, Marinetti,Marcel Duchamp,entre outros.
Em 1912 surgem as primeiras colagens (utilização de materiais estranhos, como etiquetas, pedaços de jornais, chapas, tela encerada, areia, sobre a superfície do quadro) e dos papiers-collés (papeis coloridos colados) e inicia-se a fase sintética.
Já não se fragmenta o objeto nas suas partes sucessivas, dá-se uma imagem que sintetiza as suas formas essenciais e a sua matéria.
O quadro é cada vez mais um objeto, um pequeno mundo completo em si mesmo, que se dirige à inteligência, propõe uma nova relação entre o verdadeiro e o falso, a realidade e a representação.
(Adaptado de "Guia de História da Arte", Editorial Presença, 5.ª edição, 2002).
Sabe-se que aos oito anos de idade já pintava.
Aos quinze anos de idade foi inscrito na Escola da Belas Artes de sua cidade natal, ao mesmo tempo em que cursava o liceu local.
Em 1918, aos dezassete anos, vai para Paris, inscrevendo-se na célebre Academia Julian, a qual só frequentou durante cerca de seis meses, por achar que não lhe ensinavam o que queria aprender.
Cumpre o serviço militar até 1924, altura em que se deslocou para Buenos Aires, onde trabalhou numa empresa de calafetação durante seis meses.
Em 1927, casa-se com Paulette Bret. Do casamento, nasce uma filha, Isalmina, em 1929.
De regresso a Le Havre, resolve dedicar-se ao negócio familiar de produção de vinhos.
Em 1930 funda uma empresa de comercialização de vinhos a granel, em Paris .
Em 1933 resolve dedicar-se em exclusividade à sua arte, tendo para o efeito alugado um atelier em Paris.
Em 1934, separa-se de Paulette Bret e, na companhia de Emile Carlu, que mais tarde virá a ser a sua esposa, viaja por alguns países da Europa.
Em 1937, volta a tomar conta dos seu negócio em Bercy, pois este estava a poucos passos da falência.
Dubuffet, em 1942, consegue entregar a gestão da sua empresa a um procurador, ficando ele com disponibilidade para se dedicar novamente à pintura, conseguindo alugar um atelier, perto de sua casa em Paris.
André Malraux foi um dos apreciadores da sua obra tendo comprado uma obra sua aquando da sua primeira exposição na Galeria René Drouin de Paris.
Dubuffet denominou seu estilo de art brut ("arte bruta").
Desde então, a expressão é utilizada para se fazer referência à arte de Dubuffet marcada por essa originalidade .
Assim como muitos artistas contemporâneos anteriores, ele procurava inspiração em fontes alheias à tradição ocidental.
Rejeitava a idéia de que a arte devesse ser esteticamente agradável ou, apenas, ilustrar a realidade visual.
Seu estilo de desenho, deliberadamente seco, enfatizava um processo de criação lento e difícil. Desse modo, rejeitava a facilidade e a impulsividade dos pintores abstratos em favor de uma arte mais primitiva, crua e bruta.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Dubuffet
Natureza Morta em Cadeira de Palha, Pablo Picasso, 1912, Museu Picasso, Paris.
Em 1912 surgem as primeiras colagens (utilização de materiais estranhos, como etiquetas, pedaços de jornais, chapas, tela encerada, areia, sobre a superfície do quadro) e dos papiers-collés (papeis coloridos colados) e inicia-se a fase sintética.
O quadro é cada vez mais um objeto, um pequeno mundo completo em si mesmo, que se dirige à inteligência, propõe uma nova relação entre o verdadeiro e o falso, a realidade e a representação.
(Adaptado de "Guia de História da Arte", Editorial Presença, 5.ª edição, 2002).
Jean Dubuffet
Dubuffet, oriundo de uma família de produtores de vinho, começou muito novo a demonstrar a sua queda para a arte. Sabe-se que aos oito anos de idade já pintava.
Aos quinze anos de idade foi inscrito na Escola da Belas Artes de sua cidade natal, ao mesmo tempo em que cursava o liceu local.
Em 1918, aos dezassete anos, vai para Paris, inscrevendo-se na célebre Academia Julian, a qual só frequentou durante cerca de seis meses, por achar que não lhe ensinavam o que queria aprender.
Cumpre o serviço militar até 1924, altura em que se deslocou para Buenos Aires, onde trabalhou numa empresa de calafetação durante seis meses.
Em 1927, casa-se com Paulette Bret. Do casamento, nasce uma filha, Isalmina, em 1929.
De regresso a Le Havre, resolve dedicar-se ao negócio familiar de produção de vinhos.
Em 1930 funda uma empresa de comercialização de vinhos a granel, em Paris .
Em 1933 resolve dedicar-se em exclusividade à sua arte, tendo para o efeito alugado um atelier em Paris.
Em 1934, separa-se de Paulette Bret e, na companhia de Emile Carlu, que mais tarde virá a ser a sua esposa, viaja por alguns países da Europa.
Em 1937, volta a tomar conta dos seu negócio em Bercy, pois este estava a poucos passos da falência.
Dubuffet, em 1942, consegue entregar a gestão da sua empresa a um procurador, ficando ele com disponibilidade para se dedicar novamente à pintura, conseguindo alugar um atelier, perto de sua casa em Paris.
André Malraux foi um dos apreciadores da sua obra tendo comprado uma obra sua aquando da sua primeira exposição na Galeria René Drouin de Paris.
Dubuffet denominou seu estilo de art brut ("arte bruta").
Desde então, a expressão é utilizada para se fazer referência à arte de Dubuffet marcada por essa originalidade .
Assim como muitos artistas contemporâneos anteriores, ele procurava inspiração em fontes alheias à tradição ocidental.
Rejeitava a idéia de que a arte devesse ser esteticamente agradável ou, apenas, ilustrar a realidade visual.
Seu estilo de desenho, deliberadamente seco, enfatizava um processo de criação lento e difícil. Desse modo, rejeitava a facilidade e a impulsividade dos pintores abstratos em favor de uma arte mais primitiva, crua e bruta.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Dubuffet
O que é assemblage
Assemblage é o nome que se dá a um tipo de trabalho artístico produzido a partir da incorporação de objetos do dia a dia na composição da obra de arte.
No assemblage é importante que o objeto incorporado à obra, apesar de assumir novos significados estéticos e simbólicos, mantenha algo de sua identidade original.
O termo "assemblage"foi cunhado pelo artista plástico Jean Dubuffet nos anos 1950, mas esse tipo de obra artística já vinha sendo produzida desde o começo do século 20, como nas colagens cubistas feitas por Pablo Picasso e Georges Braque ou nas esculturas dos futuristas Umberto Boccioni e Filippo Tommaso Marinetti.
Obras assemblages foram feitas também por artistas do dadaísmo e do surrealismo.
O assemblage busca romper a fronteira entre arte e vida cotidiana e com sua "estética da acumulação" defende que todo tipo de material pode ser incorporado a uma obra de arte, desde que não perca seu sentido original.
Assim, busca-se não uma síntese desses elementos, mas uma justaposição deles de modo que cada um mantenha a sua identidade no conjunto da obra. Em 1961, o Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) realizou uma exposição que foi o marco da arte assemblage com destaque para as obras de Dubuffet e de Robert Rauschenberg.
Entre as técnicas de assemblage está a junk sculpture, na qual se faz o uso de refugos industriais, sucatas e materiais descartados na composição de uma escultura.
Utilizando assemblages ...
Muito interessante como ferramenta pedagógica, principalmente em tempo de reciclagens e preservação do meio ambiente, e por esta razão o Linguagem traz algumas sugestões de trabalhos em sala de aula.
A partir de objetos que encontramos no cotidiano podemos realizar assemblages, podemos denominá-las também como " arte de sucatas".
Datas comemorativas podem ter um desfecho criativo levando a técnica de assemblages.
Já pensou nisto?
Estudando o corpo humano: Pode ser feito em tamanho original, como fantasia:
..."É como se as formas falassem, como se elas tivessem uma linguagem que transcendesse seu significado habitual, mesmo quando há figuração. E quando não há figuração, então, nesse caso são gestos, cores, a própria matéria que fala."
..."Gigantescas esculturas que fazem parte dela, é como se as próprias formas abandonassem a tela e saíssem caminhando para o espaço. Não são exatamente esculturas, mas volumes ambulantes. Dubuffet chegou até a montar uma dança com eles, que caminham em movimentos que ora nos assustam, como seres mortos que ganham vida súbita, ora nos encantam, como se representassem uma festa de emancipação das formas. Como se elas pudessem se aproximar de nós e dizer: “Até logo, humanos! Estamos livres de vocês!”
Vejam suas obras para tirarem ideias....
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