Se pudéssemos olhar a Terra de cima, veríamos uma grande esfera azul: é porque o mar toma conta de quase todo o planeta.
Os oceanos compõem cerca de 70% da superfície da Terra, e os continentes ocupam o restante.
Ou seja: quase 2/3 do planeta são cobertos de água.
Mas a maior parte desse montão de água é imprópria para consumo.
Do total, 97% é água do mar, muito salgada para beber e para ser usada em processos industriais; 1,75% está congelada na Antártica, na região do pólo Norte e em outras geleiras; 1,243% fica escondida no interior da Terra. Sobram apenas 0,007% de água boa para ser usada.
O planeta Terra possui mais água do que qualquer outra substância em sua estrutura.
A camada externa da Terra é dura e rochosa e tem até 60 quilômetros de espessura.
Embaixo dos oceanos essa crosta não é tão grossa, e chega a 8 quilômetros.
A água é também muito importante para a vida dos animais, pois eles dependem dela para a respiração, a digestão e a reprodução, e o mesmo acontece com o homem.
Grande parte do corpo humano é feita de água, assim como em todos os outros seres vivos: é o elemento em maior quantidade nas células e no sangue dos animais e também na seiva das plantas.
Sem água, o planeta seria uma imensidão sem vida.
Você sabia que existem lençóis de água debaixo da terra? Não?
UM LENÇOL EMBAIXO DA TERRA
A água que bebemos todos os dias é captada de diversas maneiras: em lençóis freáticos, fontes, mananciais, rios e lagos.
Os lençóis são menos sujeitos aos efeitos da poluição, pois são reservas subterrâneas de água.
Mas quando há poluição do solo, substâncias podem se infiltrar e contaminar até mesmo essas caixas d'água sob o chão.
Os lençóis não são rios subterrâneos _ como a maioria das pessoas pensa _, pois a água não corre embaixo da Terra.
A água dos lençóis fica parada, armazenada entre pedras, areia e outros minerais, como calcário.
A água não ultrapassa uma certa profundidade pois encontra rochas impermeáveis.
Quando a água é pressionada para a superfície, surge uma fonte natural, também chamada de poço artesiano.
Mas o consumo de água não acontece apenas quando bebemos um copo d’água ou abrimos a torneira para escovar os dentes.
O homem utiliza água em muitas outras atividades: na limpeza de casas, prédios e ruas; na agricultura para regar as plantações; na indústria, para sintetizar novos produtos e misturar substâncias; e ainda em atividades de lazer, como os grandes parques aquáticos.
A água é um recurso natural renovável.
Os ciclos de chuva garantem água sempre limpa caindo do céu e suprindo as nascentes dos rios e o nível dos lagos.
A água dos mares, rios e lagos evapora e se transforma em chuva novamente.
Mas o grande aumento do consumo e o desperdício ameaçam essa ordem da natureza, pondo em risco o recurso natural mais importante da Terra.
A poluição das reservas e das fontes é o grande problema para o futuro abastecimento do planeta. E a maioria das pessoas não percebe que a água, apesar de parecer existir em quantidades infinitas, não é um recurso inesgotável quando há interferência do homem na natureza.
O acúmulo de lixo junto às nascentes e a infiltração de fertilizantes minerais (fosfatos e nitratos) no subsolo contaminam as principais fontes de obtenção de água, poluindo uma riqueza que não tem preço.
Nas grandes cidades, o despejo de esgoto e detritos industriais também são uma grande ameaça. No Brasil, 80% dos esgotos não recebem nenhum tipo de tratamento, e são jogados diretamente nos rios, lagos, represas e mananciais.
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Algumas soluções estão sendo estudadas para a falta de água na Terra. Tem gente até pensando em buscar água em outros planetas e astros se a escassez virar um fantasma de verdade _ se é que existe água em Marte e na Lua...
Ainda bem que a gente já pode dar um jeito nisso aqui na Terra mesmo! A primeira solução fica por conta de cada cidadão consciente, e deve ser praticada todos os dias: economizar o quanto puder.
Sabe a história do beija-flor que tentava apagar o incêndio na floresta carregando um montão de água, de gotinha em gotinha, no bico? O leão tirou um barato da cara do beija-flor, achando que era perda de tempo. E o beija-flor respondeu "Estou fazendo a minha parte". É a mesma coisa: se cada um fizer a sua parte e não deixar a torneira aberta, a mangueira escorrendo enquanto lava o carro, não demorar um século no chuveiro, nem deixar vazamentos sem conserto, já é uma grande façanha! Parece pouco, mas não é.
Além desse "trabalho de formiguinha", que é muito importante, especialistas em todo o mundo quebram a cabeça para resolver o problema da escassez de água. Entre as soluções estão a dessalinização, a irrigação e o uso das geleiras.
Dê uma olhada em algumas soluções para acabar com a falta d'água no planeta!
Dessalinização - É possível aproveitar as águas dos mares, se elas forem tratadas em processos de purificação.
Já existem projetos de dessalinização da água do mar na Austrália, nos Estados Unidos e no Kwait.
A água obtida por esse processo não é potável, ou seja não pode ser usada para beber, mas pode ser útil para irrigação e no sistema de esgoto doméstico.
Irrigação - É um processo em que a água é normalmente captada em rios e lagos e transportada através de canos até o local da plantação. No Brasil, já se estuda essa solução para amenizar a seca no Nordeste, com a transposição das águas do rio São Francisco.
A água pode ser colocada diretamente no subsolo, embaixo das plantas, ou borrifada no solo com chuveirinhos. Pode também ser despejada diretamente no chão em longos canos.
A superfície total irrigada em todo o mundo ainda é pequena: cerca de 250 milhões de hectares (menos de um terço da área do Brasil). Os países que mais utilizam a irrigação são a China e a Índia, principalmente em plantações de arroz.
Existem técnicas de irrigação muito antigas, de até 5000 a.C., usadas pelos povos da Mesopotâmia. O aproveitamento das águas do rio Nilo, um dos maiores do mundo, também é muito antigo e fundamental para a região do deserto do Saara no Egito.
No entanto, menos de 20% das áreas agrícolas de todo o mundo utilizam métodos de irrigação porque é um processo muito caro.
Geleiras - É o processo mais difícil de obtenção e armazenamento de água. As geleiras são grandes massas de neve que se transformam em gelo, quando acontece a expulsão do ar que normalmente fica misturado à neve. A maioria das geleiras fica na Antártica e na Groenlândia, mas existem algumas em regiões montanhosas da Europa e do Alasca. Mesmo localizadas em regiões marítimas, as geleiras são sempre formadas por água doce.O Brasil não possui desertos em seu território, mas a seca que atinge o Nordeste todos os anos é uma situação crítica de falta de água.
A perfuração de poços artesianos e projetos de irrigação fazem com que certas fazendas tenham água e produzam alimentos. Mas a maioria da população sofre muito com a seca
Existe um ambicioso e polêmico projeto que pretende acabar definitivamente com o problema da falta de água no Nordeste: a transposição das águas do rio São Francisco.
O projeto desviaria as águas do Velho Chico (como é conhecido na região) do seu curso normal. Por meio de dutos e canos, a água seria captada no rio e levada para lugares distantes, abastecendo outros rios e irrigando áreas dos Estados de Pernambuco, Bahia, Paraíba, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte.
As águas seriam bombeadas e conduzidas por dutos até pequenos rios que normalmente secam durante uma parte do ano transformando-os em rios permanentes.
A transposição do São Francisco abasteceria uma população de 6 milhões de habitantes, além de reativar 2100 quilômetros de rios secos e irrigar uma área de 300 mil hectares.
Mas o projeto é também muito polêmico, pois não se sabe o impacto ambiental das obras, isto é, até onde o "seqüestro" das águas do Velho Chico vai modificar a natureza.
Os cientistas ainda não chegaram a uma conclusão sobre como o meio ambiente da região vai reagir. Não se sabe o que aconteceria com os peixes, as aves e os microrganismos que vivem no São Francisco ou às suas margens.
Alguns dizem também que a transposição iria diminuir a produção de energia das hidrelétricas do São Francisco, pois com menos água, o rio corre com menos força e gera menos energia elétrica. Enquanto os cientistas e os políticos não chegam a uma conclusão, o Nordeste sofre com a seca e passa mais um ano sem solução para a falta de água e alimento para seus moradores.
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