Linguagem trás uma seleção de títulos e atividades para você trabalhar a antecipação de significados em textos de imagens, proporcionando a compreensão das possíveis conexões que relacionam a imagen com o texto.
Para tanto promova durante a leitura a ativação dos conhecimentos prévios necessários à compreensão do texto. Assim, antecipar conteúdos do texto a partir da observação de indicadores, como o título e as ilustrações, e da explicação do que esperam encontrar na sequência em que a narrativa se apresenta devem fazer parte de sua orientação de leitura, já que tais aspectos auxiliam sobremaneira a construção de significados do texto pelo leitor.
O livro de imagem é instrumento de possibilidades de leitura, interpretação e significação, um livro literário que se adequa a todos os leitores, independente de faixa etária, estando muito mais ligado ao repertório de leitura de cada leitor.
O livro de imagem é objeto inteligente, composto das mais diversas linguagens e deveria sim, estar ligado a todos os processos de leitura, tanto leituras verbais, já que possibilita construção de narrativa, quanto na leitura visual imagética, como instrumento de alfabetização visual, e assim, por consequência, leituras de mundo e conhecimento.
Leitura de livros de imagem
Autor: Ana Letícia Lima Guedes
Despertar o interesse dos alunos pela observação dos elementos gráficos das histórias.
Promover a utilização de expressões como: de repente, novamente, antigamente e outras, para dar continuidade à narrativa oral.
Produzir textos a partir da história imaginada.
Duração das atividades
3 aulas de 60 minutos.
Estratégias e recursos da aula
Material:
- Data show
- Gravador ou Mp3
1ª atividade
Professor, faça uma roda com os alunos e coloque, ao centro, diferentes livros de imagem para que possam manusear e trocar livremente.Seria interessante observar as expressões faciais, os comentários, as leituras feitas pelo grupo, pois são elementos preciosos para utilizar no decorrer da aula.
Logo após, converse com a turma sobre o que observaram, estimulando a participação de todos.
- Quais as semelhanças entre os livros expostos?
- Quem são os ilustradores e os autores?
- Se conheciam algum desses livros?
Depois escolha com a turma um dos livros para ser trabalhado coletivamente. Aproveite para organizar um espaço de leitura ou de empréstimo dos livros restantes, para que todos possam ler ou levar para casa por várias vezes.
Nesta aula vamos trabalhar com o livro de imagem “A Bela e a Fera” de Rui de Oliveira, FTD, no data show ou se preferir na sala de informática, basta acessar o site: http://www.dobrasdaleitura.com/contopop/contosempre/index.html
A cada página apresentada, oriente os alunos a observarem a riqueza de elementos gráficos, como por exemplo:
- Quais as personagens da história? Suas expressões?
- Vamos seguir os passos do pai de Bela?
- Como é o espaço em que se passa a história? Quais são os ambientes e quais são as mudanças observadas?
Pretendemos guiar o olhar inexperiente dos alunos para a narrativa das imagens e não a mera descrição das cenas. Quando utilizamos as três perguntas acima, mudamos todo o foco perceptivo do leitor e consequentemente sua leitura será mais rica.
2ª atividade:
Professor, divida a turma em pequenos grupos para lerem a história e discutirem como vão apresentar para os outros grupos : dramatização da história, leitura das imagens, teatro de varas, etc. A proposta é estimular a narrativa oral, por isso seria interessante gravar (áudio) a contação da história feita por cada grupo.
Reúna todos para ouvirem as histórias narradas e pare quando escutar o uso de expressões repetitivas ou muito usuais dos alunos, como, por exemplo: e aí, né,depois, tava... Estimule o grupo substituí-las por outras com a mesma função, a de dar continuidade a narrativa, tais como: de repente, novamente, antigamente, logo, depois, etc.
Aproveite para anotar as expressões no mural da sala, como se fosse um lembrete a ser usado quando sentirem necessidade. Desta maneira, a turma fixa e se apropria com facilidade do vocabulário novo.
3ª atividade:
Organize os alunos em duplas para escreverem a história imaginada. Mostre, novamente, o livro de imagem e relembre, escrevendo no quadro, alguns aspectos discutidos anteriormente.
- Quais são as personagens? Crie nome para elas, conte suas características ou curiosidades de sua personalidade (ex: era invejosa, falava da vida alheia, era vaidosa,...)
- Em que espaços ocorreu cada acontecimento da narrativa:
Situação inicial – casa de Bela e o trabalho de seu pai.
Desenvolvimento – casa da Fera e a flor pega sem permissão.
Enlace – a resolução do problema – entregar sua filha Bela à Fera.
Final – A paixão de Bela pela Fera desfaz o feitiço.
Durante a escrita das duplas, o professor deve ajudá-las tirando dúvidas e recordando o que foi dito e visto.
Outra sugestão é deixar sempre ao alcance dos alunos dicionários e a lista de palavras descobertas (vocabulário novo) para que usem com frequência.
Ao final, pergunte quais as duplas que querem ler seus textos ou que desejam a leitura feita pelo professor. Aproveite para apreciar a leitura das crianças, elogiar as histórias escritas, esta etapa não pretende corrigir os erros apresentados e sim enaltecer a narrativa de cada escritor.
Recursos Complementares
Outros livros de imagem:
A bruxinha atrapalhada
A bruxinha e o Godofredo
Autora: Eva Furnari
Global editora
A flor do lado de lá
Autor: Roger Mello
Global editora
Caixa de surpresa
Um elefante
Autora: Claudia Ramos
Global editora
Avaliação
Avalie seus alunos durante cada atividade :
- Se participou ativamente de cada atividade proposta?
- Se ao narrar a história, utilizou as expressões descobertas coletivamente ou ainda não faz uso?
- Se consegue trabalhar em grupo e dupla?
- Se escreveu a história imaginada, usando o novo vocabulário e quais são os erros cometidos com frequência?
- Se utiliza o espaço de leitura e faz empréstimo de livros? Com que frequência?
Bruxinha Zuzu e Gato Miú
Autor: Furnari, Eva
Editora: Moderna
Os livros desta coleção são um pouco diferentes dos livros com os quais estamos acostumados. Uma das razões é que suas histórias são contadas com desenhos e não com palavras.
A outra razão é que o assunto dos livros é um pouco atrapalhado...mas a culpa não é da autora, é da própria personagem.
A personagem, por sua vez, diz que a confusão não é dela e sim da bendita varinha mágica.
Atividades
A flor do lado de lá
Roger Mello
Quantas vezes ficamos inquietos e completamente impulsionados a buscar algo que não temos ou desejamos. Seja na carreira, na vida pessoal, no que desejamos para o futuro ou para a vida de quem amamos...Ficamos tão focados e impressionados com a FLOR DO LADO DE LÁ e não percebemos e nem valorizamos o belo, o único, especial que já temos bem pertinho de nós.
Este livro "de criança" revela através de suas imagens esse conflito "de adulto".
Tem gente que já conhece o animal que aí está, na capa, mas tem gente que ainda não — por isso, me isento de contar o que é. De fato, o divertimento deste livro é descobrir a sua identidade, caro leitor!
Pois Roger Mello criou um personagem ambivalente, com traços e cores de cartum, exagerando algumas características, deixando encobertas outras, que, às vezes, torna-se quase impossível descobrir onde estão os olhos ou as orelhas.
Dá para ver que tem pêlos ou patas com grandes unhas?
Pode ser um mamífero, então?
Que seja... Na hora de colocá-lo “em ação”, o autor vai deixando mais evidente como são suas patas ou onde está a boca.
Na seqüência das páginas, a influência do desenho animado é uma marca muito forte; e a imagem consegue congelar as posições mais engraçadas e mais escancaradas do estranho animal. Seu humor também oscila de alto e baixo, entre o estado mais alegre, espantado, esperançoso, derrotado e, novamente, entusiasmado, surpreso, sonhador e verdadeiramente sem forças...
Por duas vezes, o pequeno personagem parece perceber a presença do leitor — no início, com ares de irrevogável tédio, como quem pergunta:
“O que é que ‘tá’ olhando, nunca viu?” e já no fim de sua desventurada história, como que pego no meio do movimento, de repente, virado numa estátua, mas aí já são muitas possibilidades de interpretação: Gulp! Hein? Que foi?
Os enquadramentos da página não estão fixos. A cada nova cena, o olho-câmera de Roger se aproxima e afasta-se do personagem, ao mesmo tempo em que vai cruzando três pontos de vista: (1) um plano que permite ver tanto o animal, quanto a flor de pétalas vermelhas e brancas; (2) um plano em perspectiva, quando o expectador vê somente o cálice verde da planta e a borda da ilha do pequeno mamífero pouco mais distante; e (3) um contra-plano que inverte este último. Como o personagem, não pára quieto, estica para cá, pula, deita e rola no chão, talvez seja mais fácil detectar as três relações espaciais pela presença da água que encobre a base de ambas as ilhotas, apenas de uma ou de outra.
Todas as páginas sempre trazem uma surpresa, mas surpresa maior acontece quando o campo de visão é aberto para o leitor e somente o leitor compreende a situação tragicômica em que o pobre animal se meteu... Mas (como sempre), isso não é tudo.
Vídeo
Sugestão de atividade: Superação infantil
Aqui:
Vejam muito mais aqui: Livro também
Tema principal Comportamento
Temas abordados Equilíbrio Ecológico , Olhar ao Redor , Valorizar o que Está Perto
Temas transversais Ética
Interdisciplinariedade Artes , Língua Portuguesa
Atividades para o Professor
Levantar hipóteses sobre o título.
Compreender a história.
Encontrar formas de ajudar a anta chegar até a flor.
Criar balõezinhos para a fala das personagens, inclusive a baleia.
O último broto
Na paisagem acinzentada de uma grande cidade se observa um tímido broto que insiste em desabrochar em um pequeno vaso deixado no parapeito de uma janela de um prédio. Afastando-se do prédio em cuja janela está o pequeno vaso, entre destroços, trabalhadores parecem empenhados em derrubar as últimas árvores que restam.
Um deles segue determinado em direção a uma árvore solitária no alto de uma colina. Derruba-a com golpes enérgicos de machado sob um céu tempestuoso que parece protestar contra a violência do ato. Abandonado ao lado do toco, o machado. Passa o tempo: dias e noites, verões e invernos, até que um último broto surge do cabo do machado abandonado.
Como afirma o próprio Rogério Borges, o livro fala "da vida vindo do lugar menos provável, vindo do que parece morto, do que foi castigado e destruído". Do próprio machado, ferramenta que derrubara a árvore, brota o último broto. Apesar da destruição incessante, a vida insiste: nasce uma planta.
Atividades
http://www.moderna.com.br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?fileId=8A7A83CB30D6852A0131A96357B1442E
Dislexia e produção textual
A preocupação com a preservação do Meio
Ambiente é constante. Pensando nisso, propus a meus alunos uma atividade diferenciada de produção textual: histórias de imagens e cores.
A história escolhida foi "O Último Broto" de Rogério Borges.
Os alunos, num primeiro momento, apenas assistiram à apresentação.
Em seguida passaram a produzir a história oralmente para após transcrevê-la para o caderno.
A atividade foi desenvolvida com êxito.
A aluna com dislexia produziu oralmente a história com excelência.
"É triste pensar que a natureza fala e que o gênero humano não a ouve".
Victor Hugo
Sugestões da série ratinho
Monique Félix traz vários títulos com temas: opostos, vento,números,cores.
Não encontrei atividades no internet
Fica a dica da coleção
AQUI
O ratinho que morava no livro
Monique Félix traz vários títulos com temas: opostos, vento,números,cores.
Não encontrei atividades no internet
Fica a dica da coleção
AQUI
O ratinho que morava no livro
Monique Félix
O Ratinho que morava no livro" é um dos livros da série Ratinho da editora Melhoramentos e apresenta uma sequência de ilustrações completas em si mesmas, como linguagem narrativa, que visa a desenvolver na criança de qualquer idade a observação e a capacidade de apreender o sentido da imagem. Pertence ao gênero Infanto-Juvenil e fala de um ratinho que muito curioso decide investigar o que há além das páginas brancas de um livro. E nessa aventura de roer as páginas ele descobre um mundo novo e colorido. Se trata de um texto visual onde a ilustração presente não serve apenas para ilustrar mas ela é quem diz o que se passa nesta historia levando o leitor a se apropriar dessa leitura, rompendo com uma leitura automatizada, onde cada leitor verá essa historia com um olhar diferente, cada detalhe será visto por um determinado ponto de vista, e essa é a verdadeira leitura literária.
Produção textual de alunos
Aqui tem e o livro também
Era uma vez um ratinho inventor.
Um belo dia estava pensando no que fazer:
Ele empurrou o livro, pois estava pensando como fazer ia fazer alguma coisa.
Assim ele pensou como fazer e começou a roer uma folha do livro e continuou a roer mais um pedaço da folha. Decidiu espiar embaixo da folha e depois a arrancar a folha.
Então dobrou a folha em forma de um avião.
Começou a chover na fazenda do livro enquanto ele estava terminando o avião.
Parou de chover na fazenda e apareceu um arco-íris, o ratinho subiu no avião de papel, voou até a fazenda, aterrizou nos trigos e resolveu roer um trigo.
O ratinho e o alfabeto
Monique Felix
É uma sequência de ilustrações, que visa a desenvolver na criança de qualquer idade a observação e a capacidade de aprender o sentido da imagem.
O ratinho quer conhecer melhor o livro onde mora. Roendo, vai formando letras.
Na brincadeira, ele descobre o alfabeto: vogais, consoantes, maiúsculas, minúsculas.
Temas principais: alfabeto e livro de imagens
Temas transversais: ética e pluralidade cultural.
Outra vez
Angela Lago
As cenas contam a história, causam suspense, revelam segredos.
História de amor, trapaças, competição e humor, para os pequenos leitores criar e recriar história de “Era uma vez...”.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES:
•Produzir história a partir das Ilustrações do livro;
•Produzir um livro de imagem a partir das imagens do livro.
Link para essa postagem
Olá minha querida educadora Krika...Mais uma vez nos trouxe 'riquezas' literárias. Os livros que sugere, são ícones para a representação dos 'livros sem texto verbal'...Quando tiver chance busque o livro chamado “Ida e Volta”, de Juarez Machado, foi o primeiro livro sem texto lançado no Brasil...Vc foi enfática em dizer da importância deste tipo de 'linguagem'...pois ela é a primeira que no nosso 'leitor' usará...Parabéns...Grande bj NÊ
ResponderExcluirMaravilhoso esse blog!! Gostei tanto que criei uma pasta no pc para salvar não algumas, mas várias ideias!! Parabéns pela iniciativa de reunir tudo isso.
ResponderExcluirAbraço
Muito obrigada!
ExcluirParabéns pelo blog, umdos melhores que já visitei, criativo, com atividades, maravilhosas.
ResponderExcluirObrigada,continue prestigiando.
Excluir