Há vários tipos de pai, e todos eles
têm uma coisa em comum
- são os heróis das crianças.
PAI SABE TUDO e muito mais....
Edy Lima
Eu e meu pai somos os maiores amigos do mundo.
A única coisa que nos separa é a minha irmãzinha, porque ela acha que é a melhor amiga do papai. Sei que isso também acontece se a gente tem irmão mais velho, irmãzona ou irmãozinho, não importa o sexo nem a idade, qualquer um vai achando que o pai é só dele, mas é evidente que ele é só meu.
Pai não é de uso diário como mãe. Mesmo morando junto, não é sempre que a gente encontra com ele. Sai muito cedo e volta tarde. Trabalho de pai é diferente de trabalho de mãe. Ela, mesmo que trabalhe fora, trabalha também em casa, cuida dos filhos, ensina a lição de casa. Pai é diferente, o trabalho dele vai longe, não sobra tempo para olhar criança e sempre há uns amigos que ele tem que encontrar para negócios ou coisas assim.
Pai é para fim de semana. Então a mãe diz:
__ Você precisa levar as crianças para dar uma volta, assim você curte seus filhos.
Não sei se ele curte muito. Domingo de manhã, está com a maior preguiça, quer continuar dormindo e eu insisto:
__ Vamos, pai, está na hora.
Não sei bem hora de quê, mas na minha opinião ele está atrasado. Aonde quer que a gente vá, podia chegar antes para aproveitar melhor o dia.
A mãe decerto quer dormir mais um pouco, me dá o maior apoio e diz para ele:
__ Você precisa se aproximar de seus filhos, vá se divertir um pouco com eles.
Parece que pai tem muita falta de jeito para se divertir e prefere dormir de manhã, ver TV à tarde e sair à noite sem levar os filhos. Eu não acho graça nisso. Prefiro ir ao parque ou à praia, correr, nadar, andar de bicicleta, de patins, de skate.
Pai fica ótimo quando se entusiasma com a brincadeira. Ensina a andar de bicicleta, mesmo que seja dando um empurrão e deixando você ir aos trancos e barrancos até cair, levantar, aprender e terminar sabendo. Ensina a nadar, mesmo que deixe você engolir um pouco d’água. Pode não ser perfeito, mas sabe todas as coisas, é mestre em tudo e isso tem o seu valor.
(Pai sabe tudo e muito mais. São Paulo, Ed. Scipione, 1995. )
Interpretação
Leia o texto várias vezes e em seguida responda as questões no seu caderno:
1- Complete:
a) Título do texto:
b) Autor (a):
c) O texto possui ______ parágrafos. d) Este texto é : ( ) literário ( ) não-literário Por que?
2- Qual o tema central deste texto?
3- Quem está narrando ou contando esta história?
4- Segundo o texto, qual a diferença entre o trabalho do pai e da mãe?
5- E você, passa mais tempo com o pai ou com a mãe? Na sua opinião, por que isso acontece?
6- Retire do texto uma frase que mostre a opinião da criança em relação ao pai.
7-Quando é que o seu pai te deixa muito feliz? E o que ele faz que te deixa triste?
8-Grife a última frase da história. Você concorda com ela? Justifique sua resposta.
9-Use sua criatividade e dê outro titulo para a história.
PAPAI É MEU!
Ilan Brenman
O que será que acontece quando duas irmãs puxam, uma de cada lado, os braços de seu pai? 'Papai é meu!' nasceu de um fato real na vida do autor.
Ficção e realidade se misturam nessa maluca história de ciúme e amor entre duas irmãs e seu pai.
Ficção e realidade se misturam nessa maluca história de ciúme e amor entre duas irmãs e seu pai.
PROPOSTAS DE ATIVIDADES
Antes da leitura:
1. Revele aos alunos o título do livro, Papai é meu!, e veja se percebem que soa como a fala de um personagem. Chame atenção para o ponto de exclamação, explicando que é um sinal que indica ênfase, que denota que a frase deve ser lida em tom enfático, exaltado.
Acontece que essa não é a única entonação possível para essas palavras...
Proponha que eles descubram maneiras diferentes de dizer essa frase: com calma e firmeza, em dúvida, num tom alegre, triste etc.
Que pontuação seria mais adequada para cada uma delas?
2. Mostre à classe a imagem da capa, que já apresenta os personagens centrais. Quais seriam eles? Que relação os alunos estabelecem entre os mesmos? Estimule os alunos a criar hipóteses sobre o conteúdo da narrativa.
3. Leia com a turma a dedicatória do livro: “Aos pais que adoram brincar e contar histórias para seus fi lhos”. Pergunte a eles: seus pais costumam contar histórias?
São histórias lidas em livros, recontadas ou inventadas?
4. Quais crianças têm irmãos ou irmãs? Mais velhos ou mais novos?
Costuma acontecer muita briga em casa?
Durante a leitura:
1. Estimule os alunos a verificar se suas hipóteses se confirmam ou não.
2. Peça que eles prestem atenção às repetições da frase-título ao longo do livro.
Veja se notam como aparece sempre grafada com letra e diagramação diferentes do texto do narrador.
3. Diga a classe que atentem às expressões do rosto das meninas nas ilustrações.
O que insinuam estar sentindo a cada momento? Alegria, tristeza, raiva?
4. Há um personagem que aparece em quase todas as ilustrações, embora não tenha um papel ativo na história: o cachorro das meninas.
Proponha que, a cada uma das imagens, tentem localizar o bichinho.
5. Algumas das ilustrações incluem pequenos textos, como o da garrafa de leite na representação do café da manhã e o carro com bandeirinhas e com as frases “feliz dia papai” e “papai te
amo” escritas em giz branco.
Chame a atenção das crianças para esses textos e estimule-as a lê-los.
Depois da leitura:
1. Depois de rasgar o pobre pai ao meio, de modo que cada filha ficou com uma metade, as irmãs descobriram que um meio-pai não podia fazer muita coisa: nem escovar os dentes delas, nem pegá-las no colo, nem dar comida na boca, nem empurrá-las no balanço...
Proponha que as crianças, em duplas, façam uma lista de outras atividades que um pai partido ao meio não conseguiria fazer.
2. As meninas só descobriram a solução para o problema graças a uma fantástica papelaria na frente da sua casa, onde encontraram uma “cola para pai”.
Ora, seria ótimo se todo mundo tivesse
uma papelaria mágica como essa por perto, não é mesmo?
Isso certamente resolveria nossos problemas e realizaria nossos desejos.
Sugira que as crianças imaginem outros produtos que poderiam existir nas prateleiras dessa loja fantástica: uma borracha para apagar tristeza, lápis de cor que fazem as coisas saltarem do papel e existirem de verdade, um corretivo para desfazer as bobagens que a gente faz...
3. A relação entre irmãos, que pode ser tanto de cumplicidade quanto de profunda rivalidade, é tema bastante frequente em contos de fada e narrativas tradicionais.
Selecione algumas delas
para ler com os alunos – ao menos uma em que os irmãos apareçam como cúmplices (como João e Maria, dos Irmãos Grimm, Os cisnes selvagens, de Andersen, e o mito grego de Castor e
Polux) e outra em que surjam como rivais (o conto As fadas, de Charles Perrault, Cinderela, dos Irmãos Grimm, ou A Bela e a Fera, de Madame Leprince de Beaumont).
4. Leia com a turma a seção Autor e obra, onde é revelado que a narrativa do livro foi baseada num fato real, ocorrido entre o autor e suas duas fi lhas.
A única diferença é que Ilan Brenman, felizmente, não se rasgou ao meio...
Proponha que seus alunos sigam o exemplo e lembrem-se de alguma situação que tenham vivido com seus pais e/ou irmãos e transformem-na num conto com elementos mágicos.
5. A seguir, diga a eles que criem ilustrações para suas histórias, fazendo uso de colagens, misturando desenho a outros materiais, como papéis diversos, tecidos, fi os. Deixe que se inspirem nas delicadas imagens de Julianna Bollini.
6. Estimule-os a visitar o site do autor: www.ilan.com.br .
7. Assista com as crianças ao delicado e sensível filme de animação Father and daughter, de Michael Dudok de Wit, vencedor do Oscar de melhor curta de animação em 2001.
Trata-se da história de um pai que dá adeus a sua fi lha pequena, que o espera por dias, meses, anos... O filme encontra-se na coletânea O melhor do Anima mundi, vol. 2, disponível em DVD. Distribuição: Trama.
www.modernaliteratura.com.br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?fileId
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