Richard Hamilton
Hora de dormir. Papai acompanha Daisy até a cama e diz:
"Se eu fosse você, me aconchegava e dormia".
Mas Daisy não está muito disposta a ir se deitar, como ele sugere, e diz: "Só que você não é eu"...
Aí começa um jogo de imaginação entre Daisy e o pai em torno da ideia do "se eu fosse você".
A primeira coisa que Daisy faz no papel de "papai" é vestir sua "filhinha" num tutu cor-de-rosa - e assim "ela" ficará vestida ao longo de todo o livro: na visita ao zoológico, brincando no parquinho, passeando de "cadeiracar", comendo papinha, tomando banho...
As ilustrações inconfundíveis de Babette Cole e a capa espelhada fazem deste livro um presente especial.
Ouvindo: AQUI
Da minha praia até o Japão
Quando eu era menino, o meu pai cavava um buraco maior que a praia, para a gente caber dentro e chegar até o Japão.
As pessoas me diziam que o Japão ficava do outro lado do mundo.
E eu queria muito ver o mundo de lado.
Cavar para chegar lá era tudo o que eu mais queria na vida.
Meu pai cavava com aquela mão, tão funda, tão esticada, tão grande que cabia o mar nela. E eu pensava que, um dia, também queria ser cavador, assim que nem ele.
Movidos pelo desejo de serem pais presentes, uma nova geração de homens têm tentado cada vez mais participar do cotidiano dos seus filhos, em casa, na escola, no dia a dia em geral. Mas, apesar da intenção, e muitas vezes do apoio feminino, a grande maioria desses homens ainda passa mais tempo em frente ao computador, falando ao celular, frequentando uma academia de ginástica, ou se estressando com a família, numa desenfreada agenda de passeios e atividades com as crianças, nos finais de semana. Então, na correria da rotina, para compensar ausências, os pais acabam carecendo da lucidez necessária para conviver com os filhos, sem tanta culpa, sem tanta pressa, sem tanta cobrança, sem tanta ansiedade; e olhar mais nos olhos das crianças do que no relógio.
“(...) aquele homem e aquele menino, juntos, descobriam castelos perdidos dentro de conchas quebradas, achavam tesouros em pinça de caranguejo, encostavam o ouvido na areia, para escutar os passos do vento, desciam nos porões mais escuros, para catar vontade amanhecida, empinavam pipa só para aterrissar, passavam a mão na espuma, para dar clareza no sonho dos peixes...”.
Numa época em que nos dedicamos a cavar oportunidades, preocupados mais com resultados do que com o percurso, e investimos tudo no futuro dos nossos filhos, para que um dia eles cheguem a algum lugar, Da minha praia até o Japão mostra que, quando nos disponibilizamos para a felicidade, hoje, a partir das coisas aparentemente mais simples, no fundo, estamos fazendo um investimento que rende a vida toda.
Sugestão de atividade
Estimulando vínculos
Trabalhar com as crianças questões como participar com alegria, interesse e entusiasmo das atividades, construir e seguir as combinações da turma e movimentar-se com maior segurança após conhecer os ambientes e as pessoas da Escola.
Após uma hora do conto, os estudantes tiveram que encontrar um mapa dentro de uma garrafa PET, assim começaram aventuras e aprendizados em diferentes setores até o término da leitura do livro. Por fim, todos foram convidados para uma festa, onde puderam vestir acessórios que lembram praia ou o Japão. Neste momento, além da confraternização, eles também aprenderam mais sobre a cultura japonesa e como confeccionar origamis.
Escrito em primeira pessoa, o livro de Márcio Vassallo. " DA MINHA PRAIA
ATÉ O JAPÃO " emociona, porque é uma declaração de amor ao pai.
" AFINAL, O ABRAÇO DO MEU PAI,
PARA MIM, SEMPRE FOI UMA
RESPOSTA, MESMO QUANDO
EU NÃO PRECISAVA FAZER
NENHUMA PERGUNTA PARA ELE."
Nas memórias de infância, o narrador-personagem conta que ele e o pai
costumavam cavar um buraco maior que a praia para chegar ao Japão.
Ali, eles viviam histórias fantásticas com monstros, castelos perdidos,
tesouros, porões escuros, missões secretas....
O autor sentia orgulho do pai, que via como um herói.
" MAS ME DAVA GOSTO PENSAR
NO QUE AS PESSOAS PENSAVAM,
QUANDO PARAVAM PARA OLHAR
A GENTE, QUANDO OLHAVAM UM
MENINO E UM HOMEM, SEM PRESSA,
SALVANDO A PRAIA DOS MONSTROS
MAIS HORRÍVEIS E MAIS PERIGOSOS
E MAIS ASSUSTADORES DE TODOS. "
Com linguagem poética, Márcio Vassallo, neste seu livro, resgata momentos
de encantamento e de aventura criados pela presença protetora e amorosa
do pai.
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