André Neves
Uma menina com nome de flor...
Obax é uma menina muito criativa que mora nas savanas de África e que usa a sua imaginação para viver muitas aventuras. Um dia conta a todos sobre uma chuva de flores, num lugar onde pouca chuva cai. Ninguém da aldeia acredita nela.
Obax vai então mundo fora com o seu amigo Nafisa, um pequeno elefante cinzento que, na verdade, não passa de uma pedra, em busca de provas para a sua história. Ao retornar da sua viagem descobre que era apenas a sua imaginação a criar-lhe tal visão.
Muito triste, decide enterrar a pedra Nafisa.
No mesmo lugar onde a pedra foi enterrada nasceu um enorme baobá e dos seus ramos nasceram muitas flores coloridas.
Durante o dia vários pássaros voaram e ao baterem as suas asas fizeram cair tantas flores, formando assim uma chuva, tal como contada pela menina Obax.
Em OBAX, André Neves, com suas palavras encantadas e seus desenhos mágicos, nos emociona com as personagens Obax e Nafisa.
Uma história de amor, amizade e sonhos… que superam qualquer adversidade.
Uma semente que frutifica mesmo no solo mais duro.
Sem palavras pra dizer o quanto esta história é especial pra turma do Cuca.
“Pra quê uma história? Quem não compreende pensa que é para divertir. Mas não é isso. É que elas têm o poder de transfigurar o cotidiano. Elas chamam as angústias pelos nomes e dizem o medo em canções. Com isso, angústias e medos ficam mais mansos. Claro que são para crianças. Especialmente aquelas que moram dentro de nós e têm medo da solidão…”
O livro é um conto de ficção.
É a história de OBAX (que significa flor, numa língua da África ocidental) que conta pra sua aldeia que viu uma chuva de flores.
Mas num lugar no meio do deserto, que não chove nem água, fica difícil de acreditar em tudo que a menina conta que vê.
Então, Obax parte numa viagem em busca da chuva de flores para provar ao seu povo que o que ela diz é verdade.
No caminho ela encontra o elefante NAFISA (que significa pedra preciosa) e juntos vão tentar provar a história de Obax.
A faixa etária indicada pro livro é de 5 a 12 anos, mas eu acho que o livro é pra qualquer idade!
As ilustrações chamam a atenção até dos bem pequenos!
E o texto não é longo, ótimo pra que está lendo (iniciante), e muito poético!
E aproveitando que o natal está próximo e aqui em casa AMAMOS chocotone...vamos transformar uma embalagem em NAFISA!
Pegue uma embalagem vazia de chocotone (ou não, se você decorá-la para dar de presente pode deixar o chocotone dentro!).
Passe cola num dos lados...
E grude um guardanapo (papel de boca) de papel.
Vire e faça a mesma coisa do outro lado.
E em todos os outros lados.
Com paciência porque gruda nas mãos.
E amasse o papel enquanto você estiver grudando-o.
Assim, fica a pele rugosa do elefante.
Deixe secar bem.
Depois pinte com tinta branca toda caixa. Assim.
Em seguida pinte também um rolinho de papel.
E minha filha escolheu 2 cores para enfeitar o elefante,
como no livro.
Ela escolheu rosa e roxo.
Misture com branco para ficar mais suave.
E enfeite como quiser.
Ela também quis pintar o rolo de roxo.
Depois corte-o em 4 partes iguais (se possível) e cole na base.
Num dos lados, desenhe a orelha do elefante com uma canetinha...
Mais ou menos do tamanho da mão de uma criança de 5 anos.
Faça a mesma coisa do lado oposto.
Depois com um estilete corte para formar a orelha de abano!
Em cima, no canto da orelha, desenhe um olho
Na frente (a foto ficou virada e não quis desvirar)
desenhe a tromba de canetinha.
E corte também com estilete
(foto: fazendo o barulho do elefante!).
LADO. LADO e FRENTE LADO e VERSO
(também corte um mini rabinho atrás) LADO.
Prontinho!
Proposta de mediação de leitura:
Para início de conversa, devemos lembrar que literatura é arte, e o aspecto estético proposto pelo autor André Neves está intrinsecamente abraçado no livro Obax.
A imagem é o elemento mais significativo na obra de André neves.
Quando escreve, seu pensamento circula a partir da imagem.
O autor constrói o visual da cena para depois desenvolver a história.
A imagem ajuda a contar mais.
Atividade lúdica/ artística de mediação da leitura
A nós leitores, cabe o papel de explorar essas características, passeando com a menina e o elefante e observando os elementos que compõem verbalmente e imageticamente a obra: cores, texturas, som, movimento.
Aos professores, cabe a função de instigar seus alunos nessa descoberta, aos elementos característicos de uma África pouco conhecida, as vestimentas, as cores, os animais presentes nas ilustrações…
Enfim, convidar o aluno a participar da narrativa e embarcar na viagem nesse mundo com Obax.
Sugestão:
- Prepare uma caixinha com tampa e dentro coloque uma pedra lisa e redonda e encha-a de pétalas de flores. (caso tenha a possibilidade de colocar nessa caixa, um elefante pequenino de pedra, melhor).
- Instigue as crianças com perguntas sobre a história: exemplo: você já viu um elefante que vira árvore? Saberia dizer sobre uma chuva de flores? Já viu uma? Etc. Depois passe a caixinha e deixe que as crianças toquem, explorem.
- Após essa roda de conversa, leia para eles, de maneira que possam ver as imagens – após leitura permita-lhes que toquem e folheiem o livro; No final pergunte sobre a obra, se gostaram e o que sentiram. Retome a ilustração contextualizando o tema afro e contando sobre as cores e desenhos próprios das Savanas e o seu valor cultural; conte-lhes um pouco sobre esse contexto, fazendo relação com a nossa cultura, costumes; etc.
- Proponha uma atividade de pintura e desenhos sugerindo a Simbologia Adinkra (Ver site Negro Mostra Tua face para referência). Na simbologia Adinkra cada desenho tem um símbolo. E nós podemos propor que cada criança crie seus próprios desenhos simbólicos, de maneira a imprimir sua marca e história no objeto desenhado. Após essa fase, trabalhem com a argila (podem utilizar diversas cores de barro), com as mesmas inscrições que criaram no papel.
- No final faça uma exposição onde todos possam apreciar.
Sugestão do blog
Cantinho da leitura
"Quando o sol acorda no céu das savanas, uma luz fina se espalha sobre a vegetação escura e rasteira.
O dia aquece, enquanto os homens lavram a terra e as mulheres cuidam dos afazeres domésticos e das crianças.
Ao anoitecer, tudo volta a se encher de vazio, e o silêncio negro se transforma num ótimo companheiro para compartilhar boas histórias.
Ali morava a pequena Obax.
Para uma criança, viver numa paisagem como aquela pode ser perigoso.
Mas Obax não tinha medo.
Corria pela planície em busca de aventuras e depois retornava com os olhinhos brilhantes.
As histórias eram muitas.
(...) Uma vez Obax contou ter visto cair do céu uma chuva de flores.
(...) As histórias, como contam os contadores na África, são sagradas.
Mas algumas invenções de Obax eram demais.
Como poderiam chover flores onde pouco chove água?"
“QUANDO o sol acorda no céu das savanas, uma luz fina se espalha sobre a vegetação escura e rasteira. O dia aquece, enquanto os homens lavram a terra e as mulheres cuidam dos afazeres domésticos e das crianças. Ao anoitecer, tudo volta a se encher de vazio, e o silêncio negro se transforma num ótimo companheiro para compartilhar boas histórias.” (p.6)
É na sombra da noite, na sinfonia dos bocejos, que Obax, nome da menina, cria suas histórias fabulosas que preenchem o vazio e o silêncio. Certa vez, a menina contou aos amigos que tinha visto cair do céu uma chuva de flores. E surgiram muitas perguntas:
“– Nossa, e você não se molhou?”
“– Onde foi isso?”
Obax tinha uma imaginação muito fértil e criava coisas que estavam além do raciocínio comum das pessoas, surgindo perguntas que denotavam incredulidade. Como acreditar em chuvas de flores onde havia pouca água!
Triste por não ser compreendida, a menina resolveu sair à procura da chuva de flores e contou com a ajuda de Nafisa, um elefante que havia se perdido de sua manada e vivia sozinho na savana.
Na viagem por vales e montanhas, por países da África e por muitos outros países, Obax e Nafisa viram chuva de água, chuva de pedras, chuva de estrelas, chuva de folhas. Nos países mais frios, viram até chuva de flocos de algodão. Onde encontrar a chuva de flores? Os dois deram a volta ao mundo e nada de chuva de flores. Será que existiu mesmo uma chuva de flores?
Não falta nessa história um baobá, grosso e forte como o elefante Nafisa, com o tronco todo enrugado. Quem se encosta no tronco dessa árvore sagrada procura repouso e sonha com muitas histórias, até com histórias de chuva de flores.
André Neves sabe lidar muito bem com as duas linguagens – palavra/imagem. Neste livro fica difícil saber o que mais se sobressai – será a linguagem verbal ou a pictórica?
A beleza da ilustração do livro começa na capa – o título OBAX aparece em letras bem grandes, vermelhas e brilhantes, dando-nos a impressão de que o título foi escrito em alto relevo. No meio da capa, uma figura diminuta de uma menina com cabelos encaracolados. Juntinho da menina se encontra uma pequena pedra. Essa pedra é muito importante, ela esconde um segredo que só é revelado para aqueles que lerem o livro.
As paisagens áridas das savanas são retratadas pela intensidade dos tons laranja e vermelho que se associam à luminosidade do sol. Essas são, também, as cores preferidas dos africanos
Nas pesquisas feitas por André Neves, ele descobriu que OBAX significa “flor” e NAFISA “pedra preciosa”.
Sugestão de atividade
Leitura em família
Leitura em família
Enviamos uma sacola às casas dos alunos com o livro“Obax” de André Neves, uma boneca e um elefante confeccionados em feltro e
tecido e mais um caderno
com a seguinte introdução:
Vejam tudo aqui:
Projeto histórias que alimentam
Um cronograma pedagógico com sugestões literárias afro-brasileiras
http://www.slideshare.net/emebgr/projeto-histrias-que-alimentam
Fafá conta
AQUI
Varal de histórias
AQUI
Sequência didática: AQUIFafá conta
AQUI
Varal de histórias
AQUI
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