AS BANDEIRINHAS DE VOLPI
Autor: Soraia Cristina Cardoso Lelis
Co-autor:
Elizabet Rezende de Faria
Estrutura Curricular:
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial
Artes Arte Visual: Apreciação significativa em arte visual
Dados da Aula:
O que o aluno poderá aprender com esta aula:
Conhecer a produção poética visual de Volpi;
Trabalhar a apreciação/leitura/recepção de imagens de obra, com enfoque em obras de Volpi cuja repetição de signos seja recorrente;
Exercitar a prática de recorte e colagem através da criação de formas e a sua repetição com clichê;
Produzir plasticamente propostas em mosaico com papel, à luz do referencial teórico-plástico estudado.
Duração das atividades:
• Cinco aulas de 50 minutos cada
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno:
• Exercícios de leitura/recepção/apreciação de obras e imagens de obras;
• Propostas em recorte e colagem para desenvolvimento da coordenação motora fina;
• Desenho abstrato e desenho figurativo;
• Trabalhos com repetição e seriação.
• Noções básicas de desenho: ponto, linha, forma e cor;
• Composição plástica.
Estratégias e recursos da aula:
Aula 1
Apresente a foto do artista Alfredo Volpi:
http://www.saopaulo.sp.gov.br/patrimonioartistico/sis/fl/imagem/artistas/Volpi.jpg
Comente com os alunos a biografia do artista.
Sugestão:
VOLPI - Alfredo Volpi (1896 - 1988). Pintor italiano que viveu em São Paulo.
Trabalhou inicialmente como marceneiro-entalhador e encadernador, tornando-se pintor-decorador.
Sua produção inicial é figurativa, destacando-se as marinhas.
Em 1940, ganha o concurso promovido pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, com trabalhos realizados a partir dos monumentos das cidades de São Miguel e Embu e encanta-se com a arte colonial, voltando-se para temas populares e religiosos.
Passa a executar, a partir da década de 50, composições que gradativamente caminham para a abstração. Recebe em 1953 o prêmio de Melhor Pintor Nacional, dividido com Di Cavalcanti (1897-1976) e melhor pintor brasileiro pela crítica de arte do Rio de Janeiro em 1962 e 1966.
Fonte: Itaú Cultural
http://www.escritoriodearte.com/Alfredo-Volpi.asp Mostre imagens de obras do artista Volpi, destacando a técnica utilizada, as cores mais freqüentes em sua poética e o elemento gráfico pelo qual o artista é conhecido mundialmente - “as banderinhas” tão presentes nas festas juninas;
http://salomao.tijolo.zip.net/images/volpi.jpg
http://olhaocaze.files.wordpress.com/2009/06/volpi101.jpg
http://www.mac.usp.br/mac/templates/exposicoes/exposicao_permanente_obras/imagem/volpi1.Jpg
Deixe as imagens das obras de Alfredo Volpi expostas em local visível e acessível a todos;
Convide a todos para a realização de uma dinâmica;
Distribua uma folha de papel sulfite a cada aluno, cuidando para prendê-la na mesa com fita crepe ou fita durex, de forma que esta não saia do lugar;
Explique aos alunos que eles farão um desenho cego, ou seja, deixarão o lápis correr sobre o papel no ritmo da música, respeitando o gesto da mão, sem a preocupação de criar formas, apenas linhas no espaço do papel;
Coloque a música e de tempo em tempo vá trocando o ritmo para provocar o gesto lento, médio e rápido do lápis deslizando sobre o papel;
Os alunos só abrirão os olhos após o encerramento do fundo musical;
Solicite ao grupo a socialização das impressões causadas com o “desenhar de olhos fechados” - se foi prazeroso ou desagradável; se conseguiram ou não trabalhar o lápis no ritmo ditado pelo fundo musical; se houve concentração;
Veja se há sintonia entre o que foi falado pelos alunos com a proposta que eles apresentam no papel e faça os comentários necessários;
Diga à turma para que escolham três cores quaisquer de lápis de cor e procurem encontrar formas entre as linhas traçadas na dinâmica – Lembre-os que a linha tem origem em um ponto e quando se fecha em outro ponto, dá origem a uma forma. Toda forma é fechada.
Aula 2
Retome a produção construída durante a dinâmica da aula anterior e destaque o conceito de forma;
Solicite ao grupo para escolherem uma das formas – a que mais gostou, a mais interessante ou a que achou mais estranha;
Leve para a sala de aula folhas de papel carbono, retalhos de papel mais encorpado, como papel cartão, cartolina ou papel canson e papéis coloridos variados, tipo creative paper, fantasia, lustroso;
Solicite a transferência da forma escolhida para um papel mais du ro com ajuda do papel carbono e o posterior recorte da mesma, criando um clichê ou molde;
De posse do clichê ou molde, os alunos farão a duplicação desta forma em várias cores, recortando o máximo de formas que conseguir;
Os alunos guardarão os recortes produzidos nessa aula para aplicação em trabalho plástico na aula seguinte.
Aula 3
Trabalhe os conceitos que envolvem uma composição plástica.
Sugestão:
Composição – Distribuição e organização harmoniosa de elementos que formam um todo.
Composição Abstrata – Composição em que as formas não são naturalmente definidas, afastando-se da representação real, através de uma interpretação livre do artista, independente do tema ou assunto.
Composição Figurativa – Obra que procura apresentar de maneira mais ou menos definida aspectos reconhecíveis da realidade natural.
Fonte dos conceitos: BELLINI, Antônio. A arte de educar – Cartilha de Arte e Educação para Professores do Ensino Fundamental e Médio. Antônio Bellini Editora & Cultura: São Paulo, 2003.
Retome as imagens de obras do artista Volpi trabalhadas anteriormente, uma a uma e pergunte que tipo de composição é – abstrata ou figurativa?
Disponibilize ao grupo, folhas coloridas de papel fantasia, color set ou cartolina no tamanho A4, para servir de suporte para a realização de uma composição plástica;
De posse das formas criadas, recortadas e duplicadas nas aulas anteriores, comente com o grupo que estas formas serão como peças de um mosaico - partes que formam um todo;
Rememore o conceito de mosaico.
Sugestão:
Mosaico
A arte de elaborar padrões e imagens através da organização de fragmentos coloridos de vidro, mármore e outros materiais adequados, fixando-se a uma base de cimento ou argamassa. Seu primeiro desenvolvimento extensivo deu-se em Roma, na decoração de pavimentos. Trata-se de técnica muito apropriada ao adorno de paredes e abóbodas, e foi muito empregada nas igrejas cristãs da Itália e do Império Bizantino durante toda a Idade Média. Como decoração de exteriores, figura por vezes nas fachadas medievais e de alguns edifícios modernos. Mais raramente, o mosaico é usado para compor imagens portáteis ou como incrustação em peças de mobiliário e outros objetos, como na arte asteca do México. (CHILVERS, Ian. Dicionário Oxford de Arte. 2ª ed. – São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 364)
Oriente os alunos na produção de uma composição plástica abstrata ou figurativa, para tanto, deixe-os brincar com as formas no suporte, fazendo as mais variadas experimentações e, só depois então, entregue a cola para o trabalho.
Aula 4
Prepare um espaço para a montagem de uma exposição com os trabalhos;Composição plástica em mosaico de papel - 3º Ano ESEBA-UFU/2008
Composição plástica em mosaico de papel - Aluno 3º Ano ESEBA-UFU/2008
Composição plástica em mosaico de papel - Aluno 3º Ano ESEBA-UFU/2008
Composição plástica em mosaico de papel - Aluno 3º Ano ESEBA-UFU/2008
Composição plástica em mosaico de papel - Aluno 3º Ano ESEBA-UFU/2008
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis
A partir das produções desveladas na proposta de criação de Mosaico de repetição de elementos em papel, realize a apreciação coletiva do que se apresenta em cada trabalho, retomando conceitos de forma, cor, mosaico, composição abstrata e figurativa.
Aula 5
Leve para a sala de aula imagens de obras que trazem a repetição de elementos e faça a apreciação estética das mesmas, no sentido de aprimorar o olhar sensível;
Reforce os conteúdos trabalhados ao longo do processo criativo, buscando o diálogo com as produções poéticas dos alunos;
Identifique semelhanças, discuta o suporte, a técnica utilizada pelo artista na obra em questão, buscando ampliar o vocabulário e o repertório plástico do grupo.
Sugestão:
Cláudio Tozzi, Trama Urbana, Acrílica sobre tela – 1,40 x 1,40 cm, 1983
Fonte: A metrópole e a arte. Banco Sudameris Brasil, São Paulo: Prêmio, 1992, p. 91
Detalhe do painel Azulejar de Rossi-Osir no Prédio do antigo Ministério da Educação e Saúde, Rio de Janeiro, executado entre 1941 e 1945.
Fonte: A metrópole e a arte. Banco Sudameris Brasil, São Paulo: Prêmio, 1992, p. 24.
E.E.S.G Leonor Quadros, 2005/2005
JAMAC (Robson da Silva Alves e estudantes)
Pintura sobre parede – dimensões variadas
Foto de Marcelo Zocchio
Fonte: Ensinar e aprender arte contemporânea. Material de apoio para o professor de arte, Vol II – A arte contemporânea e os temas transversais da atualidade. Centro da Cultura Judaica: São Paulo, 2006, p. 30
Recursos Complementares:
Elemento gráfico – representação visual de um objeto. (Soraia Lelis)
Suporte – Material que serve de base – o papel para o desenho, a tela para a pintura, etc. (SANTOS, Denise. Orientações Didáticas em Arte Educação. Belo Horizonte: C/Arte: FHC/Fumec, 2002. p.92)
Avaliação:
• Acredita-se que em um processo contínuo, as trocas e reflexões acerca da fruição e da produção artística pelo viés da História da Arte, atribuem mérito à produção do conhecimento em arte e contribuem para a construção do repertório e vocabulário plásticos. Neste sentido, o ensino de arte deve buscar a educação estética, entendendo a avaliação em Arte como processual e qualitativa, não visando apenas a um resultado final.
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