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Nele pretendo postar comentários e apreciações de materiais didáticos de Língua Portuguesa, além de outros assuntos pertinentes, experiências em sala de aula, enfocando a interdisciplinaridade e tudo que for de bom para nossos alunos.
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Estarei atenta quanto aos direitos autorais e se por ventura falhar em algo, por favor me avise para que eu repare os devidos créditos.
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Krika.
30/06/2009

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terça-feira, maio 10, 2011

Pintores e Afins - Volpi - 09/05/11

Volpi - O pintor das bandeirinhas
Alfredo Volpi nasceu em Lucca, Itália, a 14 de abril de 1896. Em 1897, a família Volpi emigra para São Paulo e se estabelece na região do Ipiranga, com um pequeno comércio.
Destino comum aos filhos de imigrantes italianos, Volpi inicia-se em trabalhos artesanais e, em 1911, torna-se pintor decorador.
Talvez daí decorra o gosto pelo trabalho contínuo e gradual da sua linguagem estética, próprio da valorização de um “saber fazer”.
Até os anos 30, Volpi elabora sua técnica e, principalmente, a partir da década de 1930, emerge um trabalho mais consciente, utilizando-se das cores para a construção de um equilíbrio muito próprio.
Por esses tempos, Volpi aproxima-se de artistas como Fúlvio Pennachi e Francisco Rebolo Gonsales, integrando o Grupo Santa Helena.
 A denominação do grupo, e a inserção de Volpi nele, é oriunda mais de uma proximidade física dos pintores (que pintavam em uma sala do Edifício Santa Helena) e da sua origem comum do que de uma identificação estética.
Volpi destoava do grupo especialmente por não ser um pintor conservador.
Em 1938, Volpi conhece o pintor italiano Ernesto de Fiori.
O encontro seria muito frutífero para ambos, e se deu numa época muito oportuna para Volpi, que enveredava para um caminho de maior liberdade estética.
Um acontecimento fundamental para a evolução de Volpi foi a sua “estada” em Itanhaém, entre 1939 e 1941.
Sua esposa teve problemas de saúde e mudou-se para o litoral, a fim de se tratar.
O artista a acompanhou, retornando a São Paulo apenas nos finais de semana, em que procurava vender suas obras.
A gravidade da doença de Judite Volpi envolveu o artista em questionamentos que o fizeram rever sua obra e suas concepções, liberando um potencial criativo latente, ao qual Volpi finalmente conseguiria dar vazão.
A tensão própria de situações-limite possibilitou para Volpi uma liberdade gestual que imprimiria uma nova dinâmica à sua obra.
A série de marinhas que Volpi pinta a partir dessa época evidenciam uma obra muito própria que se desenvolveria gradualmente até atingir um ápice abstrato em que as composições eram compreendidas em termos de cores, linhas e formas.

Esse é um dos pontos que fazem dele um grande pintor: Volpi é moderno e atual sem se importar com rótulos artificiais.
A diferença é que ele não precisava ser moderno ou popular; simplesmente era.

Era um pintor original, inventivo, que criou a sua própria linguagem.
Suas famosas "bandeirinhas" remetem a uma leitura figurativa e seu abstracionismo geométrico fica evidente nas fachadas e na série de bandeiras e mastros de festas juninas.
Elas são uma homenagem ao interior do país e aos santos da Igreja Católica: São João, São Pedro e Santo Antônio.
O pintor ítalo-brasileiro Alfredo Volpi ficava tão encantado com as bandeirinhas das festas juninas que as desenhava em muitos dos seus quadros, seja diante de um casarão ou até mesmo no mastro de um barco.
E para você qual é o símbolo máximo da festa junina?

Nossos escritores e desnhistas expõem suas visões e impressões sobre essa festa:
 "A festa junina é uma festa que se comemora todo ano no mês de junho.
Nesse mês, as pessoas se divertem: comem. bebem e dançam com muita alegria.
Na festa junina há comidas, bebidas e caldos.
Os vestidos, usados pelas dançarinas das quadrilhas são muito bem feitos e alegram a noite de São João[ ...] ( Marina Lombardi)
"Normalmente elas acontecem no mês de junho por isso têm esse nome.
Nessas festas acontecem danças típicas do interior, fogueira, muitas bandeirinhas e muitas brincadeiras."( Yan Henrique)
Fonte:

Casario
O artista e a paisagem
Texto de Paulo Victorino
Marinha Itanhaém
De um lado o mar, vasto mar da Praia Grande, sem contornos, bravio, devorando a praia a cada ressaca, para depois, deixá-la, transformando a areia úmida em uma pista tão dura quanto o concreto, servindo, pois, de estrada natural, que ligava os pequenos vilarejos do litoral Sul do Estado de São Paulo.
No lado oposto ao mar, lá estava a mata atlântica, fechada, intransponível, estendendo-se numa planície que morria frente a um enorme paredão, a serra do Mar, no alto da qual ficava a capital paulista.
Felizmente, a maré estava baixa, e o pequeno ônibus, conhecido entre os da terra como «jardineira», engolia o caminho à sua frente, diminuindo, pouco a pouco, a distância que os separava do lugar de destino, a pequena cidade de Conceição de Itanhaém.

Mastro e bandeirinhas
Dentro da «jardineira», entre outros passageiros, um homem, já nos seus 40 anos, levando consigo um cavalete e uma maleta com toda a tralha de pintura: pincéis, tintas e algumas telas, que muitas não poderia levar, por falta de espaço.
Levava, também, alguns cartões para pintura e, na falta de qualquer base para seus quadros, arrumaria o que mais conseguisse na cidade, madeira principalmente, que era mais fácil de ser encontrada.
Itanhaém, neste ano de 1927, era uma cidade isolada e misteriosa, por onde, segundo a tradição - mas sem comprovação histórica - teria caminhado o padre José de Anchieta, apóstolo dos indígenas.
E, neste ano, acabara de falecer um de seus mais ilustres cidadãos, o pintor Benedito Calixto de Jesus (1853-1927), que imortalizou, em suas telas, as mais belas paisagens do litoral paulista.
Agora, naquele ônibus sacolejante e barulhento, seguia outro pintor, o brasileiríssimo italiano Alfredo Volpi, ansioso por desvendar os mistérios daquela cidade litorânea e transportá-los para suas telas ou, na falta destas, para qualquer outro material que estivesse ao seu alcance.
Formas circulares
Itanhaém, aqui estamos:
A cidade onde chegou, após horas de viagem, não o decepcionou.
Subiu à colina e contemplou, com olhos de artista, a igreja seiscentista reconstruída após um incêndio, este causado pela imprudência de um frade, ao usar tochas para desalojar os morcegos que se escondiam no telhado do templo.
De lá, no alto do morro, a vista era ampla e ia até onde os olhos pudessem alcançar.
Dos fundos da igreja, podia-se avistar a desembocadura do rio Itanhaém, onde pescadores arrumavam suas redes; bem próximo, alguns barcos de pesca.
Ao mar alto, alguns vapores, fazendo o serviço costeiro, transportando por água as mercadorias que, devido à falta de estradas, não tinham condições de seguir por rodovia.
Volpi pintou. Pintou com entusiasmo, com paixão, com pressa, como se a paisagem fosse volatilizar a qualquer momento, urgindo que a tivesse fixada nas suas telas, antes que tal acontecesse.
Foi aí que surgiu a fase marinha de Volpi que, se não foi a mais importante de sua vida, deixou registros que só encontrariam paralelo anos mais tarde, quando, no mesmo local, se instalaria o marinheiro José Pancetti (1902-1958), o qual, na mesma quantidade e com a mesma qualidade, registrou as inesgotáveis belezas naturais daquela cidade, distante quarenta quilômetros de Santos, comprimida entre o mar e a montanha (veja a Itanhaém de Pancetti).

Quando toda profissão era arte:
Alfredo Volpi nasceu em Luca, na Itália, em 1896 e faleceu em São Paulo em 1988.
Embora tenha vindo ao Brasil, com seus pais, com apenas um ano e meio, e ainda que tornando-se o mais brasileiro entre todos estrangeiros, jamais naturalizou-se, usando até a morte a cidadania italiana e mantendo-se fortemente ligado à Itália, não apenas por laços de sangue, mas por uma admiração muito grande -- podemos dizer até, babosa -- pelos mestres pintores de sua terra natal.
Sua vida no Brasil não foi fácil.
Filho de operários imigrantes, operário também se tornou.
Numa época em que toda profissão tinha um toque de arte, tentou a vida como carpinteiro, entalhador de móveis, encadernador e, por fim, pintor de paredes.
Os serviços manuais, por aquele tempo, não tinham nada da simplificação de hoje em dia.
Um pedreiro sabia dar um bom acabamento ao exterior, firmando estatuetas em nichos ou moldando baixos relevos na parede, para gravar ao fim o ano de construção em algarismos romanos, como se esta gravação representasse sua própria assinatura.
Por outro lado, um simples construtor de carroças ou charretes precisava dar um trato pictórico nelas, antes de entregá-las ao consumidor final.
E a carroçaria de um caminhão recebia toda série de complicados arabescos, antes de ser dada como pronta.
Outro grande pintor, Sylvio Pinto (1918-1997), começou sua vida pintando carroças.
Pois foi juntando o dom da pintura à necessidade de sobrevivência, que Volpi, depois de tantas tentativas frustradas para encontrar uma profissão estável, tornou-se pintor: um pintor de paredes, despejando sobre elas as idéias que giravam em sua mente, decorando cada parede segundo o gosto do freguês.
Dois grupos rivais:
Dezoito era um número significativo para Volpi: aos dezoito meses, chegou ao Brasil; aos dezoito anos, pintou seu primeiro quadro, digno desse nome, iniciando seus contatos com a paisagem. Quatro anos depois, participou de uma exposição promovida pela Muse Italiche, onde foi premiado com medalha de ouro, sem que isso significasse algo mais em termos de destaque.
Seus horizontes se abriram por volta de 1935, quando Volpi começou a frequentar o ateliê de Rebolo (Francisco Rebolo Gonzales - 1902-1980), no Palacete Santa Helena, onde costumavam se reunir outros pintores, operários como ele, e, da mesma maneira, procurando um lugar ao sol.
Em 1937, ano tumultuado na vida brasileira, um grupo de artistas, melhor situados na vida, criou para si, em São Paulo, um centro de exposições anuais, dando-lhe o nome de Salões de Maio.
Era um grupo fechado, de vanguarda, com idéias próprias de arte, rechaçando, por exclusão, tudo o que não estivesse de acordo com seus conceitos.

Nem pensar que os artistas do Grupo Santa Helena, quase todos operários, e quase todos autodidatas, tivessem qualquer possibilidade de inscrever-se nessas exposições.
Partiram estes, então, para um empreendimento próprio e, com o apoio de Paulo Rossi Osir (1890-1959), formaram um grupamento de oposição, denominado Família Artística Paulista, o qual, em novembro de 1937, realizou sua primeira exposição, duramente criticada pelos opositores.
Os Salões de Maio tinham o apoio do jornalista e crítico de arte Geraldo Ferraz, que acusava os pintores operários de viver o tradicionalismo, presos, no tempo, a uma arte já ultrapassada.
Por seu lado, a Família Artística Paulista ganhou um valioso advogado, na pessoa do escritor Mário de Andrade, que também tinha acesso à mídia, e que os defendeu dos ataques vindos do outro lado.
Enfim, o sucesso:
Se a exposição de 1937 foi uma nulidade, já na de 1939, a Família Artística Paulista -- Volpi incluído nela -- encontrou boa repercussão, permitindo que os participantes ganhassem, senão notoriedade, pelo menos um espaço para se expandir.
Voltando de Itanhaém, de cuja visita falamos ao início, Volpi já encontra algumas alternativas viáveis para seguir o caminho a que se propôs.
Em 1944, recebendo um convite oficial, faz uma visita às cidades históricas de Minas Gerais.
Por alguns anos, sua vida cai na rotina diária, mas, em 1950, juntamente com Rossi Osir e Mário Zanini (1907-1971), este também do Grupo Santa Helena, faz uma viagem de seis meses pela Europa, começando por Paris e seguindo depois para a Itália, onde se instala em Veneza, mas fazendo frequentes visitas a Pádua, não distante dali.

Foi em 1953, já nos seus 55 anos, que a arte de Volpi começou a ser aceita de forma incontestável, quando, na 2ª Bienal de São Paulo, empatou com Di Cavalcanti e ambos ganharam, em paridade, o título de Melhor Pintor Nacional.
A partir daí, foi um suceder de exposições, um enfileirar de prêmios, e uma carreira de sucesso que ninguém mais conseguiria deter. Demorou a chegar o reconhecimento, mas quando veio, foi de uma forma patente e insofismável. Desqualificar Volpi, nesta altura, corresponderia à heresia de desqualificar, com ele, o já consagrado Di Cavalcanti, e isso nem o maior inimigo ousaria fazer.
Em vão tentou-se enquadrar a pintura de Volpi em qualquer ramo do modernismo.
Volpi era um cidadão comum, avesso a rótulos, não os aceitando nem classificando-se em algum deles.
Homem simples, detestava homenagens.
Divulgação/MAC-USP
A pedido de vizinhos, no bairro do Cambuci, Volpi pintou um mural em via pública. Reciprocamente, os vizinhos organizaram uma festa na própria rua, mas Volpi recusou-se a sair de casa, protestando, num sotaque «italianado» de paulista: «Ma que, homenage, io stô trabalhando, não vê?»



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