Teatro Folclórico
O aniversário do Saci
Teatro desinibe, eleva, cria e transforma.
Teatro em forma de brincadeira faz das horas passadas na escola
momentos alegres de refúgio.
E paralelamente a essa relação intuitivo-emocional,
vão sendo trabalhados a coordenação motora fina e grossa,
o esquema corporal,gradativamente o equilíbrio e o psicológico,
desibinição,autoconfiança,
criatividade e liberação da agressividade e tensão.
Trava-Línguas que favorecem a oralidade
sem deixar a diversão de lado
Utilize as lendas tradicionais do repertório
popular em favor de suas aulas
popular em favor de suas aulas
Promova o conhecimento de personagens foclóricos
Represente-os em massinha de modelar
Revista Educação Infantil/Folclore
Editora Minuano nº30
Folclore para menores
Lenda: Iara
Autor: Juliana Gomes de Souza Dias
Co-autor:Eziquiel Menta
Estrutura Curricular
Pluralidade Cultural Cidadania
Artes: Arte Visual:
Apreciação significativa em arte visual
Produção do aluno em arte visual
Arte visual como produção cultural e histórica
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula:
Apresentar a lenda mitológica sobre Iara, instigar o imaginário dos alunos com a produção de desenhos, pesquisar outras lendas do folclore brasileiro, criar uma peça de teatro a partir das lendas.
Duração das atividades: De 3 a 8 aulas de 50 minutos cada.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Não são necessários conhecimentos prévios.
Estratégias e recursos da aula
Aula 01:
Contextualizando
Atenção professor!
O objetivo dessa aula é despertar a criatividade e a imaginação dos alunos, o vídeo O gesto, a voz e a palavra escrita [Livros etc.] (disponível em: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec /8829) aborda algumas práticas para trabalhar com os alunos).
O professor deverá iniciar a aula questionando seus alunos sobre os personagens do folclore brasileiro, quem conhece, como ele é e o que faz.
Para instigar os alunos o professor poderá citar alguns personagens: mula sem cabeça, Iara, cuca, Saci-Pererê, curupira, lobisomem, etc.
Sugerimos a leitura da história em quadrinhos da Turma da Mônica: Lendas do Folclore, disponível em: http://www.monica.com.br/comics/folclore/pag1.htm
Agora o professor deverá apresentar o áudio Os mistérios de Iara: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/9498 que aborda a história de Iara, mãe d’água.
Apresente o texto sobre a lenda:
A Lenda da Iara
De forma simples poderíamos dizer que existem duas versões sobre a origem do mito amazônico Iara.
Uma de que foi trazido pelos colonizadores portugueses, como as Mouras– as sereias portuguesas – que as difundiram entre os indígenas e caboclos após o século XVII. Iara teria origem européia e tendo suas raízes nas sereias.
A outra, a que nos parece mais abrangente, diz: esses mitos são universais e, por isso Iara já fazia parte das encantarias indígenas.
Entretanto, com o domínio cultural dos colonizadores ocorreu um sincretismo, da mesma forma como ocorreu nas religiões afro-brasileiras.
Assim, o mito das sereias deve fazer parte de todos os povos e, certamente, a partir do surgimento da sedução feminina.
Quando a feiticeira Circe, aconselhou Ulisses a amarrar-se no mastro de seu navio e tapar com cera as orelhas de seus marinheiros já se tinha notícia dessas sedutoras e encantadoras criaturas.
Em Portugal, a Moura ou as Sereias, na Espanha a Sirena, na Alemanha Loreley, na Grécia as Nereidas e na Amazônia a Mãe d’Água.
O caboclo é banhado por chuvas tropicais e pelas águas doces dos rios.
Nada mais esperado do que essas águas refletirem seus sonhos e encantos.
Assim das profundezas dos rios emergem as encantarias refletidas da profundeza da alma cabocla.
A Iara, Uiara, Ipupiara ou Oiara – Mãe D’Água – é um dos seres mais populares da Amazônia. Vive nas encantarias do fundo dos rios.
Mulher tentadora apresenta-se com um lindo rosto europeu, cabelos longos e ondulados, tentando esconder a sensualidade e beleza de seu ventre e busto.
Entretanto, sua parte inferior e como a inferior de um peixe.
Aparece banhando-se nas águas dos rios, ou sobre as pedras nas enseadas.
Apresenta-se penteando os cabelos, cantando, ou mesmo conversando com algum passante.
Ela atrai os moços e os fascina, mostrando-lhe seu rosto belíssimo a flor das águas e deixando submersa a cauda de peixe.
Seu poder de sedução é tão forte sobre os homens quanto o do Boto sobre as mulheres.
Encantado e hipnotizado, o moço que com ela mergulha nunca mais é visto.
Sempre que aparece morto ou desaparece um rapaz, atribui-se a desgraça aos ardis sedutores da Iara.
Para quem viaja nas águas dos rios da Amazônia, a Iara pode ser um perigo, pois encanta os navegadores e puxa os barcos para as pedras.
O ribeirinho só se dá conta da tragédia, quando não tem mais tempo para desviar.
Pelo canto anuncia sua presença ao navegante ou morador da beira do rio.
Por trás dos cantos da Iara, há um sensualismo de irresistível atração.
Faz promessas de todos os tipos e canta belas melodias com voz suave e harmoniosa.
Sua preferência são os jovens.
Convida-os a irem com ela para o fundo das águas do rio sob a promessa de uma eterna bem-aventurança em seu palácio onde a vida é de uma felicidade sem fim.
Quem tiver visto seu rosto uma única vez jamais poderá esquecê-lo.
Pode até, no primeiro momento, resistir-lhe aos encantos por medo ou precaução.
No entanto, mais cedo ou mais tarde acabará por se atirar no rio, levado pelo desejo de juntar seu corpo ao dela.
A mais divulgada lenda sobre a Iara é a do índio Jaguarari, índio da tribo Tuxaua muito admirado por sua força, coragem, bondade e beleza.
Um dia Jaguarari saiu para pescar e ouviu um canto que o deixou maravilhado. Jaguarari, encantado, queria conhecer a ave que cantava assim.
Sem perceber, foi andando, como se arrastado por algo invisível na direção da mágica melodia.
Não demorou muito, avistou Iara cantando e banhando-se na beira do rio.
Jaguarari foi possuído por uma paixão fulminante.
Saía todos os dias para pescar, mas o que Jaguarari tinha em mente era rever Iara.
A paixão transformara num índio completamente diferente.
Mudança percebida por todos na tribo.
A noite quando voltava da pescaria e queria dormir, a única coisa que conseguia era ouvir o canto sedutor da Iara.
Numa noite de luar, o índio não resistiu à canção sedutora da Iara e saiu correndo em direção a margem do rio.
Lá estava o lindo rosto de Iara e seus seios insinuando-se entre as ondas de seus cabelos.
No ritmo dos apelos melodiosos de Iara, jogou-se em direção daquele encantamento.
As águas então se abriram e desde então Jaguarari desapareceu para sempre nos braços de Iara.
A longa cabeleira da Iara flutua e é solta pelas ondas.
Cabelos soltos e desatados, considerados uma das principais armas da sedução feminina, conferem uma intensa sexualidade à atração da Iara.
O rosto da Iara emerge das trevas do rio como sedução e atrai com a luz de sua beleza o olhar e os desejos de navegantes e ribeirinhos.
Da mesma forma os cantos de Iara atraem e hipnotizam como o olhar de serpente quando dança para o bote mortal ás presas.
Apesar de todos esses artifícios ainda existe a promessa de uma vida de prazeres em palácios riquíssimos e submersos no rio.
Iara na parte visível e superior dos rios é mulher, na invisível e inferior é peixe.
A sedução mortal de Iara pode ser interpretada como a vitória do animal sobre a razão.
Vitória do irracional, invisível e simbolizado por sua parte inferior de peixe.
Quem ouviu seus cantos e a viu uma vez jamais pode esquecê-la.
Apesar de o desejo ardente de perder-se para sempre nas trevas do rio, abraçado pelo brilho da beleza de Iara e de seu palácio encantado, ser reconhecido por todos como mortal.
“Iara” são rimas seduzidas pelo encanto amazônico para registrar a lenda de Iara.
Observação: Este texto foi organizado em pesquisa bibliográfica em especial no livro "Cutura Amazônica" de João de Jesus Paes Loureiro e em diversos sites.
Roteiro
Agora realize um debate com a turma sobre o texto em relação ao áudio, os pontos em comum e em desacordo, os personagens, etc.
Após o debate os alunos deverão criar um desenho sobre a história, retratando os elementos que mais chamaram atenção do texto e do áudio.
Ao final da aula cada aluno deverá apresentar seu desenho e falar sobre ele.
Aula 02: Produzindo
Atenção professor!
Pesquise algumas das lendas citadas na aula passada e leve para sala de aula.
Para iniciar a aula o professor deverá questionar seus alunos se nos últimos dias não receberam a visita da Iara, isto é, foram tentados a fazer algo proibido.
Questione os alunos se eles estão curiosos para conhecer outras histórias, por exemplo aquelas citadas pela Turma da Mônica.
Divida a turma em pequenos grupos e distribua as histórias.
Cada grupo deverá ler uma história, escolher um trecho e adaptá-lo para uma peça de teatro. Cada grupo além de adaptar a lenda, deverá criar o cenário e o figurino de acordo com cada história.
Atenção Professor!
Auxilie seus alunos na adaptação do texto, informe o que é e para que serve um roteiro.
Em Recursos Complementares, indicamos alguns sites para elaboração de roteiro.
Sugestão de cronograma para realizar a atividade
Aulas Etapa Materiais necessários
1 Adaptação do roteiro Sugestões em Recursos
Complementares
Complementares
1 Confecção do cenário Material reciclado, papelão,
tintas, tecido, etc.
tintas, tecido, etc.
1 Confecção do figurino Tecido, papel colorido,
sacolas, maquiagem, etc.
sacolas, maquiagem, etc.
1 Ensaio geral Rádio, microfone,
caixas de som
caixas de som
1 Apresentação Sala para apresentação,
rádio, microfone,
caixas de som, narrador, etc.
caixas de som, narrador, etc.
Aula 03: Apresentação
Atenção Professor!
Convide os pais e toda a comunidade escolar para assistir a apresentação dos alunos.
No dia da apresentação o professor deverá organizar a apresentação dos grupos, auxiliar na iluminação, som, entre outras questões importantes.
Antes de iniciar apresentação comente com o público sobre a atividade realizada pelos alunos, as lendas pesquisadas, como foi o processo de criação da peças, e de que forma a atividade contribuiu para o aprendizado dos alunos.
Sugestão de avaliação
O professor deverá observar a reação e o comportamento dos alunos no decorrer das aulas, perceber as facilidades e deficiências de cada um durante o processo de ensino aprendizagem, lançando novos desafios para que o aluno explore todo o seu potencial.
Critérios Razoável Médio Bom
Participação nas aulasdurante os debates
Envolvimento com o tema
Criatividade no desenho
Participação na elaboração do roteiro
Participação na elaboração do cenário
Participação na elaboração do figurino
Apresentação: (postura, entonação, articulação do texto)
Recursos Complementares
Dicas de como escrever uma peça de teatro: http://www.cobra.pages.nom.br/ecp-teatroscript.html Roteiro da peça: Vamos brincar de roda http://recantodasletras.uol.com.br/roteirosdeteatro/175738
Avaliação
Professor apresente para a turma os critérios de avaliação, motive seus alunos para participar das atividades, debater com os colegas, respeitar as opiniões, colaborar para a aprendizagem do grupo e respeitar o espaço e desenvolvimento de cada um.
Em Estratégias da aula indicamos alguns critérios para avaliação.
Artesanato
Construa peças que ajudam os seus alunos a entenderem melhor o folclore
Construa peças que ajudam os seus alunos a entenderem melhor o folclore
Revista Folclore Especial Novo Educador
Editora Alto Astral
Fantoches da Iara
Editora Alto Astral
Fantoches da Iara
Fantasia Bumba-meu -boi
Revista Educação infantil Folclore
Editora Minuano nº 30
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