Expressões populares e seus significados
Meter o nariz onde não é chamado:
Utilizado para uma pessoa que está fazendo algo, tentando escutar algo, presenciar ou falando algo que não deveria. Se duas pessoas estão conversando sobre algo que ninguém deve saber e essas pessoas percebem que há uma terceira interessada no assunto, as duas primeiras podem dizer: "Você está metendo o nariz onde não é chamado."
A casa caiu:
É utilizado em várias situações , principalmente onde tudo dá errado e não há nada que se possa fazer para se contornar o caos, quando uma mentira é descoberta.
Sardinha em lata:
É utilizado quando muitas pessoas estão em um mesmo espaço, de forma que estejam bastante perto umas das outras e espaço se torne pequeno para tantas pessoas. Esse espaço pode ser um cômodo, veículo ou algo semelhante. Muito utilizado na superlotação de transportes públicos. É originado do fato de as sardinhas enlatadas virem coladas umas nas outras, ou seja, todas juntas e fechadas em uma lata.
A vaca foi pro brejo:
Faz referência a tempos difíceis, de seca, quando o gado parte em direção a brejos ou terrenos pantanosos em busca de água e se uma vaca vai para o brejo, ela pode morrer ou dar muito trabalho atolada. Dessa forma, essa expressão significa uma coisa ruim, a situação ficou ruim.
Em maus lençóis:
Significa que alguma coisa ruim está para acontecer com uma pessoa ou que algo ruim já aconteceu, algo inesperado.
Estar com a corda no pescoço:
Utilizada para designar alguém que está sob pressão, com problemas financeiros ou algo muitoruim está acontecendo com essa pessoa. Essa expressão é utilizada como referência a um enforcamento onde o algoz já teria colocado a corda no pescoço da pessoa que está apra ser enforcada. É como se a pessoa ja estivesse em uma situação muito ruim, mas a pior coisa ainda não aconteceu, ou seja, ainda pode piorar.
Acabar em pizza:
Uma das expressões mais usadas no meio político é “tudo acabou em pizza”, empregada quando algo errado é julgado sem que ninguém seja punido.
O termo surgiu por meio do futebol.
Na década de 60, alguns cartolas palmeirenses se reuniram para resolver alguns problemas e, durante 14 horas seguidas de brigas e discussões, estavam com muita fome.
Assim, todos foram a uma pizzaria, tomaram muito chope e pediram 18 pizzas grandes.
Depois disso, simplesmente foram para casa e a paz reinou de forma absoluta.
Após esse episódio, Milton Peruzzi, que trabalhava na Gazeta Esportiva, fez a seguinte manchete: “Crise do Palmeiras termina em pizza”. Daí em diante o termo pegou.
Casa da Mãe Joana:
A expressão se deve a Joana, rainha de Nápoles e condessa de Provença que viveu na Idade Média entre 1326 e 1382. Em 1346, a mesma se refugiu em Avignon, na França.
Aos 21 anos, Joana regulamentou os bordéis da cidade onde vivia refugiada. Uma das normas dizia: "o lugar terá uma porta por onde todos possam entrar." Transposta para Portugal, a expressão "paço-da-mãe-joana" virou sinônimo de prostíbulo.
Trazida para o Brasil, o termo paço, por não ser da linguagem popular, foi substituído por casa. Assim, "casa-da-mãe-joana" passou a servir para indicar o lugar ou situação em que cada um faz o que quer, onde impera a desordem e a desorganização.
Dar com os burros n'água:
A expressão surgiu no período do Brasil Colonial, onde tropeiros que escoavam a produção de ouro, cacau e café precisavam ir da região Sul à Sudeste sobre burros e mulas.
O fato era que muitas vezes esses burros, devido à falta de estradas adequadas, passavam por caminhos muito difíceis e regiões alagadas e muitos morriam afogados.
Daí em diante o termo passou a ser usado para se referir a alguém que faz um grande esforço para conseguir algum feito e não consegue obter sucesso.
Na época da intensa imigração no Brasil, os imigrantes tinham que ter suas próprias ferramentas. As "mãos abanando" eram um sinal de que aquele imigrante não estava disposto a trabalhar. A partir daí o termo passou a ser empregado para designar alguém que não traz nada consigo.
Uma aplicação comum da expressão é quando alguém vai a uma festa de aniversário sem levar presente.
Dor-de-cotovelo:
A expressão “dor-de-cotovelo”, muito usada para se referir a alguém que sofreu uma decepção amorosa tem sua origem na figura de uma pessoa sentada em um bar e com os cotovelos em cima do balcão, enquanto toma uma bebida e lamenta a má sorte no amor.
De tanto o apaixonado ficar com os cotovelos apoiados sobre balcão, os mesmo deveriam doer. Esta é a idéia por trás desta expressão.
Entrar com o Pé Direito:
A tradição de entrar em algum lugar com o pé direito para dar sorte é de origem romana. Nas grandes celebrações dos romanos, os donos das festas acreditavam que entrando com tal pé, evitariam agouros na ocasião da festa. A palavra “esquerda” significa do latim, sinistro, daí já fica óbvia a crença do lado obscuro dos inocentes pés esquerdos. Foi a partir daí que a crença se espalhou por todo o mundo.
Fazer nas Coxas:
A expressão “fazer nas coxas” surgiu na época da colonização brasileira. As telhas usadas nas construções da época, feitas de barro, eram moldadas nas coxas dos escravos. Assim, algumas vezes ficavam largas, outras vezes finas, nunca com um tamanho uniforme. Foi desta forma que surgiu a expressão, utilizada para indicar algo mal feito.
Fazer Vaquinha:
A expressão “fazer vaquinha” surgiu na década de 20 e tem sua origem relacionada com o jogo do bicho e o futebol.
Nas décadas de 20 e 30, já que a maioria dos jogadores de futebol não tinha salário, a torcida do time se reunia e arrecadava entre si um prêmio para ser dado aos jogadores.
Esses prêmios eram relacionados popularmente com o jogo do bicho.
Assim, quando iam arrecadar cinco mil réis, chamavam a bolada de “cachorro”, pois o número cinco representava o cachorro no jogo do bicho.
Como o prêmio máximo do jogo do bicho era vinte e cinco mil réis, e isso representava a vaca, surgiu o termo popular “fazer uma vaquinha”, ou seja, tentar reunir o máximo de dinheiro possível para um fim específico.
Guardado a Sete Chaves:
No século XIII, os reis de Portugal adotavam um sistema de arquivamento de jóias e documentos importantes: um baú que possuía quatro fechaduras.
Cada uma destas chaves era distribuída a um alto funcionário do reino. Portanto, eram apenas quatro chaves.
O número sete passou a ser utilizado em razão de seu valor místico, desde a época das religiões primitivas.
Foi assim que começou-se a utilizar o termo “guardar a sete chaves” para designar algo muito bem guardado.
Jurar de Pés Juntos:
A expressão surgiu através das torturas executadas pela Santa Inquisição, nas quais o acusado de heresias tinha as mãos e os pés amarrados (juntos) e era torturado até dizer a verdade.
Até hoje, o termo é empregado para expressar a veracidade de algo que uma pessoa diz.
Lágrima de Crocodilo:
Quando dizemos que uma pessoa está chorando “lágrimas de crocodilo”, estamos querendo dizer que ela está fingindo, chorando de uma forma falsa. Tal expressão, utilizada no mundo inteiro, veio do fato de que o crocodilo, quando está devorando suas presas, faz uma pressão muito forte sobre o céu da boca e estimula suas glândulas lacrimais, dando a impressão de que o animal está chorando.
Obviamente, o animal não “chora”, por isso surgiu a expressão popular.
Motorista Barbeiro:
No século XIX, os barbeiros faziam não somente os serviços de corte de cabelo e barba, mas também tiravam dentes, cortavam calos, entre outras coisas.
Por não serem profissionais, seus serviços mal feitos eventualmente geravam marcas.
A partir daí, desde o século XV, todo serviço ruim passou a ser atribuído ao barbeiro, por meio da expressão “coisa de barbeiro”.
Este termo veio de Portugal, contudo, a associação de “motorista barbeiro”, ou seja, um mau motorista, é tipicamente brasileira.
OK:A expressão inglesa “OK” (okay), mundialmente conhecida para significar algo que está tudo bem, teve sua origem na Guerra da Secessão, nos EUA.
Durante o conflito, quando os soldados voltavam para as bases sem nenhuma morte entre a tropa, escreviam em uma placa “0 Killed” (nenhum morto), expressando sua grande satisfação. Foi assim que surgiu o famoso “OK”.
Onde Judas perdeu as botas:
A expressão "onde Judas perdeu as botas" é usada para designar um lugar distante, desconhecido e inacessível.
Existe uma história não comprovada que relata que após trair Jesus, Judas enforcou-se em uma árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro que ganhara por entregar Jesus dentro de suas botas.
Quando os soldados viram que Judas estava sem seus sapatos, saíram em busca dos mesmos e do dinheiro da traição.
Nunca ninguém ficou sabendo se tais botas foram achadas.
Acredita-se que foi assim que surgiu tal expressão.
Pensando na Morte da Bezerra:
A história mais aceitável para explicar a origem do termo é proveniente das tradições hebraicas, nas quais os bezerros eram sacrificados para Deus como forma de redenção de pecados.
Um filho do rei Absalão tinha grande apego a uma bezerra que foi sacrificada.
Assim, após o animal morrer, ficou se lamentando e pensando na morte do mesmo. Após alguns meses o garoto morreu. Foi desta forma que surgiu tal expressão.
Pra inglês ver:
A expressão surgiu por volta de 1830, quando a Inglaterra exigiu que o Brasil aprovasse leis que impedissem o tráfico de escravos.
No entanto, todos sabiam que essas leis não seriam cumpridas, assim, as mesmas teriam sido criadas apenas "para inglês ver".
Foi assim que surgiu a expressão.
Rasgar Seda:
Tal expressão, utilizada quando alguém elogia exaustivamente outra pessoa, surgiu através da peça de teatro do teatrólogo Luís Carlos Martins Pena.
Na mesma, um vendedor de tecidos usa o pretexto de sua profissão para cortejar uma moça e começa a elogiar exageradamente sua beleza, até que a mulher percebe a intenção do rapaz e diz: “Não rasgue a seda, que se esfiapa.” Foi assim que surgiu a expressão.
Tirar o Cavalo da Chuva:
No século XIX, quando uma visita iria ser breve, deixavam o cavalo ao relento, em frente à casa do anfitrião. Caso a visita fosse demorar, colocavam o animal nos fundos da casa, em um lugar protegido da chuva e do sol.
Contudo, o convidado só poderia colocar seu cavalo protegido da chuva se o anfitrião percebesse que a visita estava boa e dissesse: “pode tirar o cavalo da chuva”. Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de alguma coisa.
Procurar chifre em cabeça de cavalo:
A expressão "procurar chifre em cabeça de cavalo" ou ainda "caçar chifre em cabeça de cavalo" significa procurar por problemas onde não há problemas apenas pelo prazer de criticar as pessoas.
Ou seja, alguém que fica procurando chifre em cabeça de cavalo faz de tudo para encontrar um erro em algum lugar, um problema em algo, uma história que manche a reputação de alguém, etc.
Uma expressão usada com o mesmo sentido é "procurar pelo em ovo".
Calcanhar de Aquiles:
De acordo com a mitologia grega, Tétis, mãe de Aquiles, a fim de tornar seu filho indestrutível, mergulhou-o num lago mágico, segurando-o pelo calcanhar.
Na Guerra de Tróia, Aquiles foi atingido na única parte de seu corpo que não tinha proteção: o calcanhar.
Portanto, o ponto fraco de uma pessoa é conhecido como calcanhar de Aquiles.
Voto de Minerva:
Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado pelo assassinato da mãe.
No julgamento, houve empate entre os acusados. Coube à deusa Minerva o voto decisivo, que foi em favor do réu. Voto de Minerva é, portanto, o voto decisivo.
Vá Se Queixar Ao Bispo:
Durante o Brasil Colônia, a fertilidade de uma mulher era atributo fundamental para o casamento, afinal, a ordem era povoar as novas terras conquistadas. A Igreja permitia que, antes do casamento, os noivos mantivessem relações sexuais, única maneira de o rapaz descobrir se a moça era fértil.
E adivinha o que acontecia na maioria das vezes?
O noivo fugia depois da relação para não ter que se casar.
A mocinha, desolada, ia se queixar ao bispo, que mandava homens para capturar o tal espertinho.
Conto do Vigário:
Duas igrejas de Ouro Preto receberam uma imagem de santa como presente. Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários contariam com a ajuda de Deus, ou melhor, de um burro.
O negócio era o seguinte: colocaram o burro entre as duas paróquias e o animalzinho teria que caminhar até uma delas.
A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa.
E foi isso que aconteceu. Só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burro. Desse modo, conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.
Ficar a Ver Navios:
Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de Alcácer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo, o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios.
Não Entendo Patavinas:
Os portugueses encontravam uma enorme dificuldade de entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova; sendo assim, não entender patavina significa não entender nada.
Dourar a Pílula:
Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas em papel dourado, para melhorar o aspecto do remedinho amargo.
A expressão dourar a pílula significa melhorar a aparência de algo.
Sem Eira Nem Beira:
Os telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imóvel.
Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura. Não ter eira nem beira significa que a pessoa é pobre, está sem grana.
Abraço de Tamanduá:
Para capturar sua presa, o tamanduá se deita de barriga para cima e abraça seu inimigo.
O desafeto é então esmagado pela força.
Abraço de tamanduá é sinônimo de deslealdade, traição.
O Canto do Cisne:
Dizia-se que o cisne emitia um belíssimo canto pouco antes de morrer.
A expressão canto do cisne representa as últimas realizações de alguém.
Estômago de Avestruz:
Define aquele que come de tudo.
O estômago do avestruz é dotado de um suco gástrico capaz de dissolver até metais.
Memória de Elefante:
O elefante lembra-se de tudo aquilo que aprende, por isso é uma das principais atrações do circo.
Diz-se que as pessoas que se recordam de tudo tem memória de elefante.
Olhos de Lince:
Ter olhos de lince significa enxergar longe, uma vez que esses bichos têm a visão apuradíssima.
Os antigos acreditavam que o lince podia ver através das paredes.
Dar uma colher de chá é perdoar, é dar uma chance, dar uma oportunidade para alguém tentar de novo, corrigir um erro que cometeu, recomeçar, fazer mais uma tentativa.
Antigamente dava-se chá de colher aos acamados porque a bebida considerada refrescante e estimulante, era bem apropriada a quem se encontrava em tal situação.
Hoje em dia, a colherada do remédio engolido por alguém em tratamento representa, para o paciente, a esperança de que ele venha a ser curado em pouco tempo, e certamente por isso o povo adotou essa recomendação médica em sua linguagem corrente, usando-a como frase-feita nos casos em que se pretenda dar uma oportunidade a quem se envolveu em algum problema. Seria, por assim dizer, uma espécie de estimulante, ao necessitado de ajuda, compreensão ou nova oportunidade, para que este possa deixar para trás a dificuldade que complicou sua vida e reinicie sua caminhada em busca de melhores dias.
No caso desta locução, a preferência popular provavelmente recaiu sobre a colher de chá porque ela é intermediária entre a pequena, de café, e a grande, de sopa, ou seja, a ajuda dada a quem dela precisa não será nem pouca, ou reduzida, nem muita, ou excessiva, mas na medida conveniente à situação.
Conversa mole pra boi dormir:
Conversa mole pra boi dormir é aquela conversa chata que não acaba mais, que dá sono e ninguém aguenta escutar.
Ou então é quando uma pessoa está mentindo, querendo enganar, enrolar a gente, tentando ganhar tempo, dizendo coisas que a gente sabe que são só embromação.
Significa assunto sem importância, esta frase nasceu quando o boi era tão importante que dele só não aproveitava o berro.
Tratado quase como pessoa, com ele os pecuaristas conversavam, não, porém, para fazê-lo dormir.
A ovelha negra da família:
A história desta frase nasceu do trabalho de pastoreio.
Em todo rebanho sempre existe aquele animal de trato difícil, insubmisso, que não acompanha o outros.
Está-se cuidando das ovelhas, protegendo-as dos lobos, providenciando-lhes os melhores pastos, e de repente uma delas se desgarra.
Essa é a ovelha negra.
Por metáfora, a frase passou a ser aplicada nas famílias ou em outras comunidades aos filhos ou afilhados que não têm bom comportamento.
Minhoca na cabeça:
Ficar com minhoca na cabeça é ficar desconfiado, é suspeitar que alguma coisa ruim vai acontecer, é ficar inseguro achando que alguém está contra a gente. Pode ser também ficar imaginando coisas, fazendo fantasias de qualquer tipo.
Fonte:http://fulaninha-entretenimentos.blogspot.com/2010/08/expressoes-e-tradicoes-populares.html
ADIVINHAS E FRASES FEITAS
Sugestão de aula
Autor e Co-autor(es)
Joseli Rezende Thomaz
Maria Cristina Weitzel Tavela
Universidade Federal de Juiz de Fora/MG
Ensino Fundamental Final
Língua Portuguesa
Língua oral e escrita: processos de interlocução
Dados da Aula:
O que o aluno poderá aprender com esta aula?
Objetivos:
■Valorizar a cultura popular
■Despertar o gosto pelas adivinhas
■Conhecer uma diversidade de frases feitas e a possibilidade de aplicá-las no nosso cotidiano.
Duração das atividades:
2 horas/aula
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno:
Não há conhecimento prévio exigido.
Estratégias e recursos da aula:
AULA 1
1ª etapa
- Professor: inicie sua aula com uma adivinha:
“O que é? o que é?/ Todos têm duas / E você só tem uma?” (1)
- Deixe os alunos pensarem, analisando cada uma das partes da adivinha.
- Outra: “O que é? o que é? / Tira a roupa, aparecem os dentes; / Tira os dentes, aparece o corpo?” (2)
- Sabe as respostas, Professor?
- Explique aos seus alunos que a adivinha é uma fórmula enigmática em verso ou em prosa, cujo tema vem descrito “despistadamente”, através de suas causas, efeitos, contatos, qualidades, contrastes, equívocos, semelhanças ou diferenças, muitas vezes em expressões ambíguas e até obscuras, com a intenção de “quebrar a cabeça” de seu adivinhador.
É um jogo intelectual, cuja simples decifração é um verdadeiro divertimento.
Nele a metáfora, a homonímia, a analogia, a comparação desempenham papel muito importante. Quanto mais obscura, mais interessante, porque força a inteligência e dá asas à reflexão e à interpretação.
- A prática de adivinhar vem da mais remota antiguidade e foram aceitas entre todos os povos das mais remotas eras.
Daí a sua importância no estudo da cultura popular.
- Uma adivinha se compõe, estruturalmente, de dois elementos:
1) uma fórmula interrogativa, que pode ser introdutória ou de arremate;
2) uma declaração descritiva do tema, apresentando um ou vários aspectos do objeto, definidos em termos de ambiguidade ou de contradição, visando a confundir o ouvinte.
No Brasil, as adivinhas são comumente colocadas por: “O que é? o que é?”
- Outra: “O que é? o que é? / Rico faz quando quer,/ Pobre quando pode / E cachorro a toda hora?” (3)
- Consulte o site http://www.arteducacao.pro.br/Cultura/adivinhas.htm para outras informações e mais adivinhas.
- Peça aos seus alunos que tragam para a próxima aula o maior número possível de adivinhas para que seja feito um campeonato.
Lembre a eles que deverão trazer as respostas, mas não poderão mostrá-las aos colegas.
Seria mais interessante que estas adivinhas fossem colhidas oralmente por eles com pessoas da família, da vizinhança, da comunidade.
2ª etapa
- Campeonato de adivinhas:
1) Divida a turma em 2 grupos.
2) Definindo a vez por sorteio, um membro do grupo A deverá apresentar uma adivinha para que um membro do grupo B (também definido por sorteio) tente responder.
3) Depois, um membro do grupo B faz a pergunta para um membro do grupo A, que deverá responder. Todas as vezes os membros dos grupos deverão ser sorteados.
4) Quando houver acerto, ponto para o grupo que acertou. Quando a resposta estiver errada, o grupo que perguntou é que ganhará o ponto.
5) Será eliminado da disputa o membro que responder fora da sua vez.
6) Quando cada um dos membros dos grupos perguntar 1 vez e responder 1 vez, deverá ter seu nome retirado do sorteio.
7) Ganhará o grupo que obtiver mais pontos.
OBS: Professor, você pode variar a organização do campeonato da maneira que quiser. Esta é uma sugestão. O interessante é fazer a atividade do campeonato, de maneira que os alunos possam conhecer o maior número possível de adivinhas, despertando o gosto por elas e valorizando a nossa cultura popular.
- Em tempo: Respostas das adivinhas anteriores:
(1) A letra “o”.
(2) Espiga de milho.
(3) Festa.
AULA 2
- Professor: inicie esta aula fazendo uma apresentação de algumas frases que são comuns em nossa oralidade. Pergunte se os alunos conhecem estas frases:
a) Dormir com as galinhas.
b) Sair cuspindo fogo.
c) Chover no molhado.
- Solicite que eles imaginem uma situação em que tais frases possam ser usadas.
Mostre que elas têm que ser entendidas no seu sentido figurado e não literal, pois se assim não fosse, o significado delas mudaria por completo.
Oriente-os na compreensão destas frases no seu sentido literal; depois a diferença de sentido quando o sentido é figurado, metafórico.
- Esclareça que estas são chamadas de frases feitas, que são locuções populares, expressando a profunda sabedoria e o vivo espírito de observação do povo. Muitas delas são eufemismos, de maneira a evitar palavras feias ou tabus.
- Pergunte se eles conhecem outras frases feitas. Deixe-os falarem e explicarem o significado.
- Separe a turma em duplas ou trios (da maneira que preferir).
Distribua uma frase para cada dupla (ou trio) e peça que eles imaginem uma situação em que tal frase seja empregada.
Depois disso, eles deverão escrever esta situação em forma de uma pequena narrativa.
- Sugestões de frases:
1) Querer tapar o sol com a peneira.
2) Pedir pinico.
3) Ser carne de pescoço.
4) Ter o olho maior do que a barriga.
5) Conversa mole pra boi dormir.
6) Falar pelos cotovelos.
7) Arranjar sarna pra se coçar.
8) Pôr mais lenha na fogueira.
9) Custar os olhos da cara.
10) Ir a Roma e não ver o Papa.
11) Pular de galho em galho.
12) Meter a viola no saco.
13) Procurar chifre em cabeça de cavalo.
14) Desse mato não sai coelho.
15) Ficar de orelha em pé.
- Depois da produção da pequena narrativa, solicite aos alunos apresentarem oralmente seus textos para os colegas.
Posteriormente, eles poderão ilustrar seus textos e fazerem um mural no corredor da escola com as produções, de modo a socializarem o trabalho.
- Sugira, também, que eles recolham com outras pessoas diferentes frases feitas que sejam comumente utilizadas pelo povo.
Estas frases farão parte do mural, que poderá receber o título de “A sabedoria do povo”.
Recursos Complementares:
Maiores informações, consulte o site http://www.arteducacao.pro.br/Cultura/adivinhas.htm
Avaliação:
Avalie o mural organizado pela turma, junto com os alunos.
Peça que eles levantem pontos positivos do trabalho realizado e a participação de cada um na execução da atividade.
Deixe que façam sua auto-avaliação.
Fonte:http://portaldoprofessorhmg.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=21286
Link para essa postagem
Olá amiga do meu coração:)
ResponderExcluirVim deixar meu carinho e te oferecer meus Selinho's do post de hoje,um muito especial que é o do"Top Comentarista"espero que goste:)Uma bela noite para você e um excelente final de semana beijos fica com Deus!
oieee é o que quer dizer a expressão ''Colocar a gorduchinha na gaveta'' e ''cuspir fogo''
ResponderExcluir?????????????responda o mais depressa possível pq preciso muito disso
Anônimo: não deixou nem email?
ResponderExcluirCuspir fogo é qdo estamos nervosos e saímos "dando coices". Gorduchina é bola. Talvez seja uma expresão futebolista. Eu teria que ter tempo para pesquisar. Correndo assim é impossível.