Era uma vez uma moça chamada Maria que morava na cidade de Nazaré, ela gostava de ajudar a todas as pessoas. Sua maior qualidade era ser humilde de coração.
Por isso ela achou graça diante de Deus que a escolheu para ser a mãe de seu filho Jesus Cristo, o Salvador do mundo. Então Deus enviou um anjo até a casa de Maria, o anjo disse:
- Maria, não temas! O Senhor é contigo! Traga novas de grandes alegrias.
Tu achaste graças diante de Deus, eis que você dará a luz a um filho e dará o nome de Jesus, este será chamado de filho do altíssimo, e será o príncipe da paz.
Maria ficou muito feliz e orou agradecendo a Deus.
- Obrigada, Senhor! Porque escolheste a tua humilde serva para ser a mãe do seu filho amado.
Passaram-se nove meses a barriga de Maria já havia crescido e ela teve que viajar com seu esposo José para Belém para se recensear.
Quando chegaram a Belém a cidade estava cheia de gente, muitas pessoas de todas as partes estavam ali para o recenseamento e também era dia de natal, por isso José não achou nenhuma vaga nos hotéis da cidade, todos estavam super lotados.
José falou para o atendente de um dos hotéis.
- Amigo, minha esposa está prestes a dar a luz será que você não tem um lugarzinho que ela possa ao menos passar esta noite?
- Só tem o estábulo, onde ficam os animaizinhos se você quiser podem passar a noite lá.
E lá se foram José e Maria para o estábulo. Era um lugar simples e humilde e ali mesmo Maria deu a luz ao menino Jesus, O Salvador do Mundo, O Príncipe da Paz e o envolveu com um lençol e colocou-lhe em um bercinho de palha chamado de manjedoura.
E lá no campo, estavam os pastores, cuidando de suas ovelhinhas, quando um anjo do Senhor apareceu e lhes deu a notícia do nascimento do menino Jesus.
- Jesus, nasceu lá em Belém em um estábulo siga a estrela e vocês o encontrarão.
De repente apareceram muitos anjos cantando:
- Glória a Deus nas alturas e paz na Terra entre os homens de boa vontade.
Os pastores imediatamente foram a Belém ao encontro de Jesus e ficaram felizes em vê-lo.
Os três reis magos que moravam no oriente viram a estrela, a seguiram e encontraram Jesus, Maria e José.
Os reis magos presentearam a Jesus com incenso ouro e mira.
Aquela noite foi a mais feliz de todas as noites, pois o filho de Deus havia nascido trazendo felicidade, paz, amor e salvação aos homens.
E Anjos em coro diziam:
- Nasceu Jesus, fonte de luz!
Autora: Bernadete Sena de Santana de Jesus
Histórias natalinas
Espaços e tempos diferentes para um mesmo tema.
Autor :Maria Lucia Brandão dos Santos
1.Caracterizar quanto ao ambiente e ao tempo o contexto de cada história natalina.
Livro: Degustação:AQUI
Era Natal. E Natal sem presépio vivo não é Natal, acreditava vovó Ana.
2.Organizar numa sequência lógica os fatos de cada história.
3.Identificar semelhanças e diferenças no enredo das histórias lidas.
4.Realizar uma análise do texto em sua forma original com a finalidade dos alunos perceberem as mudanças de acentuação através dos tempos, havendo, inclusive, momentos de reflexão sobre isto durante a aula proposta.
Duração das atividades
3 aulas de 50 min.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Ordenação de fatos de histórias lidas ou ouvidas.
Estratégias e recursos da aula
1° momento:
O professor apresenta à turma um cartaz com a reprodução da folha de rosto do livro de onde foi retirada a história que será contada.
A turma observa o cartaz, e com a orientação do professor, identifica dados que mostram a época em que foi escrito o livro, a ortografia da época e palavras e expressões interessantes, curiosas, ricas para reflexões:
■Por que as histórias deste livro são um "tesouro" maravilhoso do Papai Noel?
■Será que é correto afirmar que existe livro só para crianças?
■O que serão histórias acomodadas às crianças brasileiras?
■Que palavra está escrita de forma diferente de como a escrevemos hoje?
"Noél"
O professor, então, lê com a turma a história "Rosabela e Julião".
Fonte da história e imagens (scaneadas) retirada do livro: A Árvore de Natal. Coleção Biblioteca Infantil da livraria Quaresma.-Tycho Brahe. 1954- RJ
Observação: texto sem correções ortográficas, mantida sua forma original com a finalidade dos alunos perceberem as mudanças de acentuação através dos tempos, havendo, inclusive, momentos de reflexão sobre isto durante a aula realizada..
Observação: A Livraria Quaresma foi uma livraria e editora fundada por Pedro da Silva Quaresma em 1879 no Rio de Janeiro, tendo como predecessora a Livraria do Povo e tendo seu encerramento em 1951. Hoje em dia, este livro é encontrado em sebos ou nas Bibliotecas de colecionadores de livros raros.
ROSABELA E JULIÃO
ERA véspera de Natal num dêsses países onde, em dezembro, a neve branqueia tudo.
A igreja da cidade estava repleta de fiéis que iam assistir à missa de Natal. Entre êles, se achava Rosabela, uma das lindas donzelas daquela terra.
Era uma formosa criança de quatorze anos, muito interessante e encantadora. suas mãos delicadas seguravam de leve o livro da missa, de madrepérola e ouro.
Junto dela estava um rapazinho, da mesma idade, e que tinha ao lado um cachorrinho muito preto.
Acabava Rosabela de se ajoelhar, quando o livro de orações caiu-lhe das mãos. O rapazinho pegou-o ràpidamente e entregou-a à moça.
A mãe desta, rezando fervorosamente, nem vira o pequeno incidente.
Rosabela, orando dizia:
- Meu Deus, fazei com que haja bastante neve, pois gosto de ver os caminhos alvos e endurecidos de gelo. Fazei com que haja muitos presentes para mim, amanhã, nos meus sapatos.
O rapazinho, a seu turno, implorava:
- Permití, Jesús que não faça neve nem vento forte, pois a cabana de mamãe não resistirá e se ela cair não sei que será de nós. Mandai-me dinheiro, se podeis, pois minha mãe quer pagar a minha escola e eu desejo aprender.
Rosabela ouviu este voto, como Julião - era o nome do estudante - ouvira o dela.
Ambos se entreolharam e o cachorrinho preto, abanando a cauda, veio lamber as mãos de Rosabela que lhe fez uma carícia.
Rosabela e a mãe sairam da igreja; ela ia contente porque a neve alvejava os telhados. Julião, embuçado num velho capote, seguia para a cabana onde sua boa mãe esperava com algumas gulodices para o filho querido.
Julião não tinha pai; era muito estudioso mas demasiado pobre; tinha de suspender as aulas no ano próximo por falta de recursos.
Rosabela era rica e querida dos pais, que lhe faziam tôdas as vontades. Era dócil, bela e caridosa.
***
Pela manhã, ao despertar, Julião, que não acreditava pudesse sua mãe dar-lhe festas de Natal, pediu-lhe um abraço. Recebeu, porém, não só o abraço e beijo, como uma roupa nova, botinas e chapéu.
- Oh! mamãe, disse êle contente. Como é que pôde...?
- São economias de um ano, meu bom Julião. Falta é o dinheiro para as lições...
Em casa de Rosabela também reinava a alegria. Ela, mal o sol aparecera, fôra ver os presentes que de noite lhe haviam trazido e batia palmas satisfeita.
A igreja da cidade estava repleta de fiéis que iam assistir à missa de Natal.
Dentro do seu sapatinho de pelica branca, havia uma bolsinha com três moedas de ouro e um bilhete inteiro de loteria de Natal - a maior loteria do ano.
Rosabela pedira êsse dinheiro para comprar uma boneca. Pensou que esta não caberia no sapato e simplificou a dúvida porque com as moedas compraria a seu gôsto.
Muito elegante no seu vestido azul claro, enfeitado de veludo e na capa de arminho, ela foi com a professora de piano comprar uma boneca no bazar.
Ao entrar deparou com um cachorrinho muito preto que, saltando, fazia-lhe festas.
Rosabela reconheceu-o logo; era do rapazinho que apanhara o seu livro de orações na igreja.
Vendo Julião mal vestido, pois o fato novo êle guardara para ir ao colégio, a moça apiedou-se dele. era tão simpático apesar de maltrapilho!
Quis Rosabela comprar o animalzinho e perguntou a Julião:
- Compro-te o cãozinho. Queres vender-mo?
O rapaz sorriu contrariado.
-É meu único companheiro e por isso não o vendo.
- Se o vendesses pagarias a escola de que falavas ôntem.
O menino não respondeu e chorou.
- Não te zangues. Olha. Toma estas moedas e mais êste bilhete. Fica com o teu cãozinho. Talvez tires a sorte grande.
E Rosabela saiu contente, arrastando consigo a professora, enquanto Julião, depois de um instante de hesitação corria para contar o feliz acontecimento a sua mãe; o cãozinho seguia-os aos saltos.
***
Passaram-se dez anos. A sorte foi adversa para Rosabela. Mora sozinha numa choupana à beira do rio.
Certa noite de tempestade uma faísca elétrica caiu sôbre a casa e matou cinco pessoas. Só ela escapou.
Rosabela tinha um parente afastado que roubou os bens que seus pais lhe deixara e um dia a expulsou de casa.
Uma velha que passava levou a moça para a casa e como era tida como bruxa, Rosabela passou a ser considerada também feiticeira.
Trajava sempre de luto o que aumentava a beleza triste do seu rosto.
Rosabela fazia rendas e flores artificiais. Fazia-as tão lindas e finas que, embora com repugnância, mandavam-lha comprar. Era desse pequeno comércio que vivia.
Ela não ia mais à igreja temerosa de que o povo lhe dissesse alguma injúria ou a apedrejasse; conservava-se, não obstante fiel à sua crença e seu livro de orações era manuseado todos os dias.
É Natal e Rosabela não se animou a sair. Nevava. Ficou na cabana, orando.
Estava com o livro na mão, quando ouviu tropel fora. Esperou. Alguém descavalgou à porta e batia.
Rosabela não era medrosa; a fama de ter partes com o diabo a resguardava e a solidão e a ingratidão a tinha tornado corajosa.
Abriu um pouco a porta e perguntou:
- Quem é?
Nisto um grande e formoso cão mostrou a cabeça inteligente e entrou latindo e dando demonstrações de amizade.
Um cavaleiro, trazendo o corcel pela rédea, perguntou:
É Natal e Rosabela não se animou a sair. Nevava. Ficou na cabana, orando.
- Dás-me abrigo, Rosabela?
- De certo. Não tens receio? Sabes bem quem eu sou?
- De mais.
- Se é assim, leva o teu cavalo para o galpão e volta.
O jovem cavaleiro assm fez e, voltando, entrou na cabana.
A luz deu-lhe em cheio no rosto.
- Não me conheces, Rosabela?
- Sim, as feições são de ... do rapazinho do cão. Ah! o cão! É êle!
O moço, comovido, disse, tomando-lhe as mãos:
- Sou eu, a quem deste as moedas e um bilhete. No dia seguinte ao Natal eu e minha mãe nos retiramos da cidade para um país distante. Teu bilhete foi premiado e eu e minha mãe ficamos ricos.
- Sim? perguntou a moça.
- Sim. Voltei à cidade para dividir com minha benfeitora a inesperada fortuna e soube que também se ausentara. Procurei-a largo tempo e soube depois que Rosabela era a feiticeira do rio.
A voz de Julião tremia. a moça soluçava.
- Não chores, Rosabela, eu venho dividir a fortuna contigo e mais alguma coisa. Dou-te o meu coração. Aceitas?
Os dois se abraçaram, e o cão - o antigo cãosito preto - pulava e latia, alegremente.
***
No dia seguinte a cabana ficou deserta. Julião e Rosabela partiram contentes para o país onde a mãe dele vivia. Casaram-se e foram felizes.
No lugar onde estava a cabana Julião mandou construir uma pequena, mas linda igreja onde se batizaram seus filhos e em cujo adro se armava todos os anos, por cuidados de Rosabela, uma grande árvore de Natal, cheia de presentes para as crianças pobres.
A história foi reproduzida em sua forma original, para que os alunos não percam a possibilidade de perceber as diferenças na escrita de um texto escrito em 1954.
2° momento:
O professor expõe em tiras de papel branco, no quadro- de-giz, as frases abaixo e faz análise indicando:
a) "Era véspera de Natal num desses países onde, em dezembro, a neve branqueia tudo."
■palavra não mais acentuada:
■países onde pode nevar em dezembro:
b) "Entre eles, se achava Rosabela, uma das lindas donzelas daquela terra."
■palavra não mais acentuada:
■palavra pouco utilizada hoje em dia:
c) "Suas mãos delicadas seguravam de leve o livro de missa, madrepérola e ouro."
■objetos que não é mais utilizado no dia-a-dia popular:
d) "O rapazinho pegou-o rapidamente e entregou-a à moça."
■palavra que contraria as regras de acentuação atuais:
e) "Permite, Jesús, que não faça neve nem vento forte."
■palavras acentuadas com erro de acordo com as regras de hoje:
As observações feitas pelos alunos durante a análise das frases devem ser escritas pelo professor ou por um aluno e expostas na sala de aula.
3° momento:
Na aula seguinte, a turma lê a história "Um Natal sem igual" - Telma Guimarães Castro Andrade. ilustrações Osnei. - São Paulo: Atual, 1995. - (É hoje! Hoje é...).
Telma Guimarães
Tema transversal:
Ética
Temas para atividades:
- Religião: as tradições do Natal – hábitos, objetos, cores, alimentos; a origem da figura do Papai Noel;
- Religião: a história do nascimento do Menino Jesus e sua simbologia;
- Ética e Religião: as mudanças comportamentais ocorridas na época do Natal; solidariedade, respeito mútuo, amor ao próximo, caridade.
Por isso, toda a família havia se reunido para encenar o nascimento do menino Jesus.
E, assim que a encenação terminou, as crianças correram para o jardim, à espera do Papai Noel. Mas ele estava atrasado.
Afinal, o que teria acontecido com o velhinho que todos os anos marcava presença naquela casa?
Depois da leitura o professor conversa com a turma sobre o Natal desta família e pede que os alunos contem algo parecido que tenha ocorrido com eles neste dia.
4° momento:
São distribuídos na turma materiais diversos para recorte e desenho, pintura e colagem e é pedido aos alunos que criem uma ilustração para uma parte da história que mais agradou, escrevendo-a no verso do papel.
Cada aluno apresenta a sua ilustração à turma, que deverá estar sentada em roda e que deverá adivinhar a história e a parte representada.
No centro da roda há o título das duas histórias. cada ilustração apresentada deverá ser colocada na coluna certa, de acordo com a ordem dos acontecimentos.
No final, a turma, conhecendo as histórias e observado suas ilustrações, identificará semelhanças e diferenças entre seus ambientes, épocas, personagens, narradores e enredos.
As semelhanças e diferenças escritas em colaboração, serão colocadas em um lugar especial, como por exemplo: caixinha, saco, envelope, etc.
UMA NOITE SEM IGUAL
Ana Maria Machado
Ana Maria Machado apresenta um conto de Natal sob o olhar de uma criança.
O pequeno pastor Benjamin nos conta tudo o que aconteceu naquela noite mais que especial para a humanidade, quando nasceu o menino Jesus.
Com ajuda do anjo Gabriel, Benjamin vai tentar encontrar o presente mais bonito para o bebê que nasceu para salvar o mundo.
Ana Maria Machado, que também nasceu no dia de Natal, apresenta com todo lirismo esta história de encantamento.
Um presente bastante adequados para os pequenos leitores.
Naquele tempo, as pessoas eram como as de hoje, mas o jeito de viver era mais calmo e mais trabalhoso. E lá na Judéia da nossa história havia um menino como você chamado Benjamim.
Ele era alegre e gostava de correr e pular. Ainda bem ,porque uma parte do seu trabalho era justamente correr e pular atrás dos carneirinhos que queriam fugir. É que Benjamim era pastor. Passava o dia com os pastores mais velhos. Às vezes, quando não havia gente grande por perto, aparecia um menino de asas mais brancas que os carneirinhos e os dois brincavam.
- Qual o seu nome ? perguntou um dia o pastor.
- Gabriel - disse ele.
- E, porque você voa pelo céu ?
- É que eu sou um anjo.
E o anjo e o menino eram amigos. De noite, quase sempre Benjamim dormia ali pelo, campo mesmo, com os outros pastores. Às vezes fazia muito frio e ele se esquentava pelo meio do carneirinhos. ( ... )
Mas uma noite, de repente, ele acordou com um susto. Tinha certeza de que alguma coisa esquisita estava acontecendo. Depois, reparou bem O QUE TINHAS FEITO ELE ACORDAR ERA O SILÊNCIO. Um silêncio enorme, como se o mundo todo tivesse parado para prestar atenção, igualzinho a ele.
- Que foi ? - perguntou um pastor.
- Não sei, está tudo tão quieto... - disse outro.
E todo mundo acordou .
Os dois que ficavam de vigia mostraram os que os carneirinhos também estavam de olhos abertos e cabeça em pé.
Aí eles foram começando a sentir um PERFUME bom e a ouvir uma música suave e linda, vinda do alto, como se o seu tivesse cantando assim :
- GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS E PAZ NA TERRA AOS HOMENS DE BOA VONTADE !
Ao mesmo tempo, tudo começo a clarear em volta e eles ficaram no meio de uma bola de luz, em plena noite.
Os pastores ficaram com muito medo.
Mas aí, sabe que apareceu ?
Gabriel ! Então Benjamim ficou sossegado e ajudou a acalmar os grandes enquanto o amigo explicava :
- Ninguém [precisa ter medo. Estou trazendo uma NOTÍCIA ÓTIMA, que vai ENCHER O MUNDO INTEIRO DE ALEGRIA, E VOCÊS SÃO OS PRIMEIROS A SABER...
- O que é ? - perguntou Benjamim.
- É que perto daqui, em Belém, nasceu um menino que vai SALVAR todos os homens.
- Quem é ele ??
- É o Filho de Deus e se chama Jesus...
Benjamim ficou todo animado e chamou os outros :
- Vamos até lá...
Depois, perguntou a Gabriel:
- Onde é a casa dele ?
O anjo explicou :
- Ele não tem casa. Maria, a mãe dele, veio de Nazaré, com José, o marido. Viajaram muito e estavam exausto, mas não acharam nenhum lugar para ficar. E aí chegou a hora do menino nascer.
Mas se não estavam numa estalagem, que era o hotel daquele tempo, onde é que o neném podia ter nascido ? No meio da rua ? Debaixo da ponte, feito tanta gente que não tem onde morar ?
Benjamim queria saber .
- Eles se abrigaram num curral - disse Gabriel - O menino está deitado num cocho de botar comida para os animais, porque não tinha berço. Podem ir lá, é fácil, é só seguir a Estrela.
Os pastores foram . Logo viram a estrela bem brilhante . Benjamim saiu correndo na frente, aos pinotes. Num instante chegou lá e viu o Menino enrolado num panos, deitado na manjedoura, que é como se chamava o cocho antigamente. Era tão pequenino, tão bonitinho, que Benjamim teve vontade de sorrir para ele, cantar , chorar , se ajoelhar e rezar, tudo ao mesmo tempo, e agradecer a Deus porque Alguém tinha vindo salvar todos os homens.
Ficou olhando, quietinho, pensando que ele era a primeira pessoa , além de José e Maria, que estava vendo o Menino Jesus, o Filho de Deus.
Os animais tinham chegado antes. Um boi e um burrinho respiravam parto da manjedoura, o ar ficar quente naquela noite fria. Um galo se encarrapitou no telhado para vigiar quem chegava. Um pavão apareceu não se sabe por que, vai ver que só para enfeitar. Passarinhos de todo o tipo tinham chegado perto, talvez fossem dar suas penas para fazer um colchãozinho mais macio do que aquela palha...
Até os grilos e vaga - lumes estavam por ali.
Lá longe, vinham os outros pastores. Traziam presentes para o menino : ovelhas, uma moringa d’água, flores cheirosas, uma manta de lã.
- Puxa ! - pensou Benjamim - Só eu não tenho um presente para ele ... E queria dar tanto algo bem lindo ...
Aí Gabriel disse um segredo, bem baixinho, no ouvido dele :
- Tem presente, sim. O que é que você quer dar ?
- Os brilhos da noite - respondeu Benjamim - Uma coroa de estrelas ou vaga - lumes.
Gabriel sorriu e as estrelas vieram. Ou eram vaga - lumes, não dava para ter certeza. Como se estivessem de mãos dadas, formando uma roda. E ficaram em torno da cabeça do Menino, brilhando e piscando.
E por todos os séculos, todos os pintores sempre viram e pintaram a luz dessa coroa. Mais leve que a luz da lua.
Presente de Benjamim, com a ajuda de Gabriel
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