Eles falam de coisas malucas e têm sempre cinco versos.
A primeira, a segunda e a quinta linhas terminam com a mesma rima.
Já a terceira e a quarta são mais curtas e rimam diferentes das outras.
Ninguém sabe direito como eles surgiram, mas começaram a fazer sucesso quando um inglês barbudo, gordinho e narigudo, chamado Edward Lear, passou a escrever limeriques.
O limerique da ilustração abaixo foi ele quem criou.
Daquela senhora o nariz
Sem parar prosperava crescia!
Um dia o perdeu de vista
E exclamou toda aflita:
Oh! Adeus ponta do meu nariz!
Agora que você já leu
A maluquice que Lear escreveu
Ponha a cabeça para funcionar
Comece logo a inventar
Os alunos do 3º ano do fundamental 1 fizeram um estudo sobre limerique com o objetivo de:
· Analisar esse gênero poético e conhecer suas características.
· Desenvolver habilidades de leitura para o outro.
· Produzir limeriques.
Nesse processo, descobriram algumas coisas ditas sobre os limeriques:
Que os limeriques tiveram origem na Irlanda, e foram criados por soldados que, na época da guerra, os inventavam para passar o tempo, que este nome deriva da cidade Irlandesa de Limerick, fundada pelos celtas.
Também souberam que Edward Lear, (1812/1888), desenhista inglês que viajou pelo mundo pintando paisagens e animais, certa vez, enquanto trabalhava na casa de um conde, percebeu que seus limeriques faziam muito sucesso entre as crianças.
Elas corriam para a cozinha, onde ele almoçava com os empregados, para ouvi-los.
Ele gostava de fazê-los pensando nas pessoas que via nas viagens que fazia pelo mundo e inventava excentricidades sobre elas.
Edward Lear nunca teve a intenção de publicá-los, mas acabou fazendo isso em 1846.
Os alunos leram e analisaram vários limeriques tradicionais e modernos e o livro:
“Limeriques das coisas boas”, de Tatiana Belinky, editora Formato.
Assim, descobriram as características desse gênero, ou seja, que limerique é um poema curto, bem-humorado, sem compromisso com o sentido (nonsense), e que, estruturalmente, é composto por cinco versos, com rimas entre o primeiro, o segundo e o quinto versos; e o terceiro e o quarto versos.
Além disso, realizaram um trabalho de leitura oral de limeriques, ensaiando e apresentando para os colegas alguns deles, explorando formas de torná-los mais compreensíveis e interessantes e desenvolvendo, assim, habilidades de leitura para o outro.
Ao final, coletivamente ou em pequenos grupos, os alunos produziram alguns limeriques.
Havia um cachorro na Bahia
Que comia ervilha na bacia.
Domingo comia no prato.E tinha medo de gato!
Esse estranho cachorro da Bahia.
O Pelé fazia um roléa torcida gritava: — Olé!
O Brasil fazia uma falta,
o juiz tocava flauta.
O Pelé fazia outro rolé.
A rima no limerique é uma peculiaridade e garante um som bem gostoso e animado para os leitores.
O limerique é um poema sempre de 5 versos
O limerique para ser limerique precisa que os versos 1, 2 e cinco rimem entre si.
Mas a rima não precisa ser perfeitas, como no Cordel, por exemplo.
DIFERENÇA DO CORDEL E LIMERIQUE
No caso do Cordel, seria absolutamente errado rimar tEMpo com vENto!
Mas no limerique pode sim.
Pode rimar TEMPO com COENTRO, por exemplo!
Ou seja, na linguagem mais popular, todo limerique precisa ter 5 linhas:
E esta é a lição mais básica e importante sobre os limeriques!!! Anotou?
O primeiro, o segundo e o quinto versos têm 8 sílabas!
Mas não as sílabas comuns (gramaticais), são as chamadas sílabas poeticas...
Veja como fica aquele mesmo limerique do livro MARELIQUES DA PRAIA-LOUCA com esta nova exigência: 8 sílabas poéticas no primeiro, no segundo e no quinto verso.
Fonte:
http://limeriques.blogspot.com/
Ritmo leve, ágil, "saltitante"
Ritmo leve, ágil, "saltitante"
Perita na criação de limeriques, Tatiana Belinky dessa vez utilizou a fórmula para falar das coisas boas da vida: amigos, amor, natureza, frutas e comidas gostosas, brinquedos enfim, todas as coisas que fazem da vida uma festa.
Após a leitura do livro "Limeriques das coisas boas" da autora Tatiana Belinky em roda de conversa os alunos fizeram uma lista das coisas boas da vida. Em seguida, ao destacar o limeriques que diz:
“Brinquedo legal é peteca,
Um jogo animado e sapeca,
De habilidade
E de agilidade,
É bom pra moleque e moleca.”
"Não devemos explicar nada a uma criança, é preciso maravilhá-la."
(Marina Tsvetana)
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